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CURSO DE EDUCAÇÃO
FISICA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ED. FÍSICA
2º período / 2 semestre de 2012

PROF. JOELCIO FERNANDES PINTO
EMENTA


Estudo
dos
sentidos
historicamente
atribuídos à Educação Física no contexto
da Educação Brasileira, seu processo de
inserção na escola e nas instituições
espotivas e de Lazer. A pesquisa e sua
importancia na formação do graduado em
Educação Física.
OBJETIVOS








Conhecer os conceitos principais sobre a pesquisa
histórica e sua importância no entendimento do
contexto atual.
Identificar os principais sentidos das práticas
corporais nas diferentes temporalidades.
Relacionar os sentidos atribuídos à Educação
Física com as ambiências (políticas, sociais,
culturais, etc) de cada contexto histórico.
Discutir alternativas para o desenvolvimento da
Educação Física brasileira.
RECURSOS DIDÁTICOS
Aula dialogada
 Seminários de apresentação de textos
 Filmes épicos
 Visitas à Museus
 Leituras de textos e debates.

AVALIAÇÃO
Participação – 10 pontos
 Seminários – 15 pontos
 Avaliação escrita – 40 pontos (duas)
 Visitas aos Museus – 8 pontos
 Portifólio – 20 pontos
 Trabalhos avaliativos em sala – 7 pontos

História: conceitos e sentidos






“A história serve para que o homem conheça a si
mesmo – assim como suas afinidades e
diferenças em relação aos outros. Saber quem
somos permite definir para onde vamos”
(Conhecimento).
O estudo histórico serve para desnaturalizar o
presente. Recuos e progressos (Transformação).
História é a experiência humana no tempo.
Assim, o que fazemos hoje é história que poderá
se transformar em um estudo histórico no futuro.
História: conceitos e sentidos








Aprender história é aprender a formular questões
pertinentes.
“A análise histórica deve ter sempre um caráter
coletivo. O que se busca é compreender a ação
conjunta dos homens em sociedade.”
O estudo histórico pode então ser uma forma de
nos libertar do excesso de individualismo da
atualidade. Pois, nele percebemos o quão
dependentes somos um do outro.
História é vida. E vida não se dá sem o outro,
sem relações sociais.
História: conceitos e sentidos






Reflexão: é possível superar momentos de crise
ou resolver problemas que nos angustiam sem
refletir sobre eles, sem buscar suas origens e
causas?
“Ao proporcionar o conhecimento de outras
maneiras de viver, experimentadas por seres
humanos que viveram em outras épocas, em
outros espaços e em outras culturas, a História
nos ensina a conviver melhor com as diferenças
existentes em nosso meio social”
Conceito moderno cunhado pela História:
muticulturalismo.
Fundamento da História
Dar sentido à vida pela compreensão de
uma totalidade da qual fazemos parte.
 Dar
sentido social primeiramente à
pequena comunidade que nos rodeia,
depois à espécie humana como um todo e
finalmente, num exercício de imaginação,
à coletividade dos seres racionais e livres
do universo.


(Expressões e conhecimentos retirados do livro: Por que estudar
História? Caio Cesar Boschi)
HISTÓRIA E EDUCAÇÃO FISICA
“Os homens fazem sua própria História,
mas não fazem como querem, não a fazem
sob a circunstância de sua escolha e sim
sob aquelas que se defrontam diretamente,
ligadas e transmitidas pelo passado”.
(Marx, 1974, p.17)
 “Um disciplina moderna de Hist. da EF
deveria se preocupar em oferecer a
possibilidade de aprender a compreender
historicamente
um
problema.”(Victor
Marinho)

História e Educação Física




Compreender historicamente o problema ou a
realidade é conhecer a ambiência social, política e
econômica de cada momento histórico e seus
impactos sobre aquela realidade, relacionando
estes conhecimentos com o presente.
Exemplo: o sugirmento do esporte moderno e
suas transformações acontecem em função de
modelos econômicos e usos políticos que muitas
vezes induziram o aparecimento de graves
conflitos sociais, além de evidenciar, a olhos
vistos, as mazelas de uma sociedade.
Ciência e História






História já foi considerada como os relatos de
pessoas que vivenciaram ou diziam que havia
vivenciado.
Depois passou a ser considerada como os
acontecimentos mais importantes que marcaram
épocas e
Mais recentemente, a história tem se preocupado
em construir pesquisas que nos informem não só
os fatos marcantes, mas os seus condicionantes e
também a história da vida comum. Ou seja, a
vida dos homens simples, aquela que materializa
o dia a dia.
Ciência e História


Ciência é a modalidade de saber
constituída por um conjunto de aquisições
intelectuais que tem por finalidade propor
uma explicação racional e objetiva da
realidade . Mais precisamente ainda: é a
forma de conhecimento que não somente
pretende apropriar-se do real para
explicá-lo de modo racional e objetivo
Ciência Histórica






Ramo da Ciência que investiga a ação humana
em diversas temporalidades e que utiliza como
objeto de investigação as diversas inserções
humanas na sociedade, tais como: politica,
economica, social, cultural, biológica, outras.
Situação problema no presente que precisa ser
entendida historicamente. Questionamentos de
versões históricas já existentes.
Os métodos de investigação podem ser: história
oral, documental fisico (livros, cadernos, leis,
fotos, desenhos, outros), imagens televisivas,
artefatos culturais, dentre outros.
Ciências
Periodização clássica

Pré-história
Das origens do
homem até 4000 a.C.

Antiguidade
De c. 4000 a.C.
a 476 d.c.

Idade Média
Idade
De 476 a 1453 Moderna
De 1453 a
1789

Idade
Contemporânea
de 1789 aos dias
atuais
Antiguidade – 4000 a.c até 476 d.c







Vida muito simples: para grande maioria a vida
se resumia em lutar pela sobrevivência individual,
por meio de lutas, caças e trocas de mercadorias.
Acreditavam em diversos deuses. Politeístas
Os rituais para agradecer e louvar os deuses
eram constantes.
As práticas corporais assumiam então sentidos e
significados ritualísticos - religiosos.
Jogos, Danças, Lutas, Disputas de força e
velocidade, Ginástica, pesca, etc.
Os corpos na Antiguidade
As roupas eram véus jogados sobre os
corpos.
 Os corpos eram magros devido a escassez
de comida e um estilo de vida ativo.
 Os corpos eram judiados pelo tempo e
pelo trabalho.
 Mas os Romanos faziam questão dos
banhos nas termas construídas pelos
imperadores.

Idade Média – 476 d.c. até 1453 d.c.
Ambiência social e política da
Idade Media
O início da Idade Média se dá com a queda
do Império Roma pela invasão dos
Bárbaros.
 Inicia-se a estrutura Feudal.
 Início de uma estrutura mercantilista.
 O comércio se espalha por toda a europa.
 Veneza
se destaca nesse início de
atividade mercantilista.
 Ascenção e apogeu do Cristianismo

Dogmas da Igreja na Idade Média
A alma era coisa divina.
 O corpo era o lugar do pecado.
 As danças teatrais foram proíbidas por
serem sensuais.
 Mas as companhias de teatros ambulantes
preservaram a tradição da dança teatral.
 As pessoas com deficiência fisica eram
consideradas
pela
igreja
como
amaldiçoadas. Assim, o anão, o canhoto,
etc eram pessoas hereges.

Brincadeiras na Idade Média
Jogos na Idade Média

Palio – famoso jogo praticado em Florença – Itália
na Idade Média
Dança na Idade Média
Elaboração de representações de
mundo até hoje preconizadas
A esquerda é coisa demoníaca
 O sexo era a fraqueza do espírito.
 Aos sete anos os meninos deveriam ser
separados das meninas.
 Instituição de pápeis diferenciados para
homens e mulheres.
 Depreciação das atividades corporais que
não fossem para o trabalho.
 Instituição da cultura da monogamia e da
instituição casamento.

História da Educação Brasileira
Periodização segundo

Periodização segundo

José Luiz de Paiva Bello

José Claudinei Lombardi

Período Jesuítico

1549 a 1759

Pedagogia de Nóbrega

1549 a 1570

Período Pombalino

1760 a 1808

Ratio studiorium

1570 a 1759

Período Joanino

1808 a 1821

Pedagogia Pombalina

1759 a 1808

Período Imperial

1822 a 1888

Educ. da fase Joanina

1808 a 1822

Primeira Republica

1889 a 1929

1822 a 1889

Segunda Republica

1930 a 1936

Primeiras tentativas de
organizar a educação

Estado Novo

1937 a 1945

1889 a 1930

Nova Republica

1946 a 1963

Escolas graduadas e
Ideário Iluminista

1930 a 1964

Regime Militar

1964 a 1985

Regulament. da educação;
Ideário Renovador

Abertura Política

1986 a 2003

Internacionalização
capitalista e a ditadura

1964 a 1984

Nova ordem mundial:
educação e democracia

1984 a ...
Educação Jesuíta
Educação Jesuíta





O modelo de escola no Brasil quando colónia , foi constituído conforme
as políticas de colonização portuguesa;
A formação das crianças indígenas se baseava nas atividades tribais, até
que elas chegassem a idade adulta.Contexto observado pelos
colonizadores;
Educação Jesuíta


Aos colonos cabia a instrução , aos indígenas a catequização pois para a
religião catequizar era conquistar fieis ao catolicismo , sendo assim os
beneficiados era tanto o clero quanto os colonos, afinal a catequização dos
índios facilitava a dominação;



Com a população se tornando cada vez mais mista, os ofícios manuais eram
transmitidos através da observação e convivência, sendo assim a base de
uma "Educação profissional";



Quanto as mulheres cabia somente em aprender boas maneiras e trabalhos
domésticos;



A fatia elitizada da comunidade ficava com a formação de acordo com a
igreja, voltada a trabalhos intelectuais, no entanto muitos n se tornavam
sacerdotes;
Educação, sociedade e política.









Fortalecimento do Estado Imperial
Justificativa de oferecimento de aulas de primeiras letras:
necessidade de um país independente, autônomo e com
leis próprias. (1834)
Jornal Mineiro “O Universal” – (...) é preciso que o povo
seja livre para que possa escolher; e é preciso que ele seja
instruído para que faça a escolha certa.”(1825)
Necessidade de uma instituição que enfrentasse a questão
do analfabetismo.
A escola é pensada para erradicar o analfabetismo
considera as manifestações da cultura popular um folclore
e/ou ações perigosas de grupos ignorantes.
Cultura e forma escolar no Brasil


Heterogeneidade de formas de
escolarização (genéricos ou específicos)
Aulas de costura
Cultura escolar no Brasil
Espaços escolares
Casas adaptadas para serem escolas
Espaços precários de funcionamento
Final do séc. XIX construção de prédios escolares.

Tempos escolares
Muito heterogeneo cada escola organizava seus
próprios tempos. Crescia a idéia de que a
escolarização era uma prática sociocultural de
plena especificidade
Necessidade organizar os tempos escolares.
Prédios escolares
Prédios escolares – século XIX

Prédio do antigo Educandário de Nazaré e Escola Normal. Bahia. Século XIX
Cultura e forma escolar no Brasil


Transformações na profissão docente

Durante o séc. XIX má formação e baixos salários
Resultado: fracasso escolar
Necessidade de regulamentação da profissão.
Fuga de professores do sexo masculino do
magistério e ingresso maior de mulheres na
profissão.
Cultura e forma escolar no Brasil


A imprensa e as publicações pedagógicas.

Relação da escola com os impressos é de
interdependência.
A escola se afirma como importante em decorrência
da crescente produção de impressos.
O mercado editorial encontra na escola um mercado
especifico e certo de consumo da sua produção.
Cultura e forma escolar no Brasil


A questão metodológica

Até 1860 se entende por método a forma de
organização de aula.
Métodos de ensino: individual, mutuo e misto.
Nos anos 1870 e 1880 discute a questão do metodo
como a melhor forma de ensinar, independente
da organização da sala de aula.
Método intuitivo – a lição das coisas.
Cultura e forma escolar no Brasil


A legislação do ensino

Em Minas Gerais as primeiras leis são de 1835. Lei
de 28 paragrafos e 78 artigos.
Em 1906 já são quatro grossos volumes.
A questão da obrigatoriedade da frequencia à
escola só aparece nesta última.
Razoes: as resistências das famílias de enviarem
seus filhos à escola.
Tipos de escolas (metade do séc. XIX)
•
•
•
•

Escolas régias herdadas do período colonial
(espaços improvisados como casas antigas);
Escolas domésticas (professores contratos por
fazendeiros);
Escolas organizadas por grupos de pais que
pagavam os salários dos professores
Colégios (masc. e fem.) – final do séc. XIX
Foto do primeiro prédio educacional
de Belo Horizonte
Grupo Escolar Pedro II
Inaugurado em setembro de 1926
Pátio interno e salas de aula
A Educação Física no Brasil
Metade do séc. XIX
 Construindo um Brasil novo: a Educação
Física como instrumento da ordem.
 Instituições Médicas e Militares
 Idéias Higienistas
 Educação das Elites
 Onde: Colégios
 Conteúdo: Ginástica
A Educação Física no Brasil
A Educação Física na educação das elites:
um distintivo de classe
Influência Européia trazida pela Corte.
Uma nova ordem social – sociedade
escravista para sociedade capitalista
Uma valorização das cidades e de costumes
urbanos.
Uma nova elite – robusta, saudável e
conhecedora de novos hábitos.

A Educação Física no Brasil
A educação das elites, a educação do povo e o
papel da Educação Física.
 Em 1872 apenas 10% da população morava nas
cidades.
 Dois movimentos:
Imigração – dava conta do trabalho e aumentava a
população branca.
Educação do povo – muitos problemas (resistência
das famílias, poucas escolas, poucos
professores,etc) mas a EF também foi pensada.

A Educação Física no Brasil


Parecer de Rui Barbosa em 1882:

Instituição de uma sessão de ginástica em cada
escola normal.
Extensão obrigatória de ginástica a ambos os sexos
(formação de professores e escola normal)
Em relação a mulher: a harmonia da formas feminis
e a exigência da maternidade futura.
Inserção da ginástica nos programas escolares
como matéria de estudo, em horas distintas do
recreio, e depois das aulas.
Equiparação dos professores de ginástica.
A Educação Física no Brasil
Apropriação seletiva do ideário burguês
Europeu.
 A EF aparece como instrumento ideal para
forjar indivíduos saudáveis e úteis para
ocupar funções especificas na produção e
na defesa da pátria.
 O movimento de imigração do campo para
a cidade traz consigo o aumento das
doenças e a mortalidade infantil cresce.
 O discurso médico se potencializa.

A Educação Física no Brasil








A instituição médica passa a defender um
melhoramento da raça.
O estado e a instituição médica afinam o
discurso:o povo brasileiro precisa mais do que
qualquer outro da EF (ginástica), pois este
apresenta estado avançado de degeneração da
raça.
Mas o problema estava nas condições de trabalho
que o novo sistema econômico impunha.
O Povo resiste. A revolta da vacina em 1904.
A Educação Física no Brasil










O mundo presenciava a Primeira Guerra Mundial
(1914 – 1918). Declínio do prestigio europeu.
O mundo presenciava também a ascensão do
esporte moderno.
Discurso médico muda o foco: a infância e as
condições de trabalho passam a ter uma
importância acentuada.
Criação da ABE (Associação Brasileira de
Educação) em 1924 (movimento da Escola Nova).
Discurso do movimento da Escola Nova afina com
o discurso da Sociedade Brasileira de Higiene.
A Educação Física no Brasil
Em 1929, no Rio de Janeiro, acontece o
primeiro congresso Brasileiro de Eugenia.
 Fernando de Azevedo é o pensador que se
apresenta defensor da EF com o propósito
de melhoramento da raça.
 Incentivava o modelo ginástico sueco, em
detrimento ao modelo alemão.
 Sugere a dança para as mulheres.
 Incentiva a criação de cursos de formação
de educadores físicos.

Ideais higienistas – séc. XX
A Educação Física no Brasil
Os primeiros defensores da inclusão do
esporte nas aulas de EF (escola) aparecem
nos debates da ABE (1930)
 A segunda Guerra Mundial adia os planos
do esporte. A EF passa a ser entendida
como preparação dos homens para a
guerra.

A Educação Física no Brasil
Festival de Ginástica Alemã
Ginástica Francesa
Ginástica Sueca
Aula de EF - 1910
Aula de Ed. Física – século XIX
Esporte Moderno
Muitas sociedades em diversas partes do
mundo deixaram registros de atividades
de caráter competitivo.
 Mas é equivocado concluir que tais
atividades foram as origens do esporte
moderno
 O movimento inicial de criação do esporte
moderno se dá nas escolas inglesas.

Esporte Moderno
Não é mera coincidência o esporte
moderno ter aparecido primeiro na
Inglaterra.
 Nesse periodo, a sociedade inglesa
começava a sentir os efeitos da revolução
industrial
 O esporte moderno não é um produto da
industrialização, ele se apresenta como
adaptações da vida social, econômica e
política da época.

Esporte Moderno


O conceito moderno de esporte, para Mandell, formou-se
no Reino Unido em conformidade com os desejos de
diversão ou de ostentação das novas e ambiciosas classes
sociais, e só depois disso espalhou-se pela América e por
outros países da Europa. A Inglaterra é considerada como a
pátria do esporte moderno não apenas porque os ingleses
inventaram ou regulamentaram boa parte das modalidades
esportivas hoje praticadas. É assim considerada também
por ter introduzido uma série de inovações que mudaram a
feição dos jogos e competições atléticas. Segundo ele,
exemplos de novas idéias introduzidas são os obstáculos
nas corridas, a mensuração de disparidades nas chances de
vitória (como nas apostas), os conceitos de “esporte
amador” e de “esporte limpo”, a noção de recorde
esportivo.
Esporte Moderno






Historiadores do esporte moderno devem explicitar as
mudanças culturais que instituíram práticas corporais
competitivas construídas em bases racionais e estimularam
a busca por eficiência nas atividades de lazer de pessoas
das mais diferentes procedências.
No século XIX, tais práticas sociais ajudaram os indivíduos
a se adaptarem a uma sociedade que se urbanizava e se
industrializava. E devem notar que, no século XX, com o
progresso cultural, o esporte continuou ganhando novas
feições e significados.
Mandell menciona novidades sociais como a educação
universal compulsória e o lazer de massa, a difusão da
televisão e as teorias científicas do comportamento
humano, para argumentar que novos determinantes
passaram a atuar na definição das características e
motivações do esporte contemporâneo, tornando mais
complexo o entendimento de suas funções na sociedade.
Esporte Moderno
Pierre de Frédy (Paris, 1 de Janeiro de
1863 — Genebra, 2 de Setembro de 1937),
mais conhecido pelo seu título nobiliárquico
de Barão de Coubertin, foi um pedagogo e
historiador francês, tendo ficado para a
história como o fundador dos Jogos Olímpicos
da era moderna.
Nascido na capital francesa em uma família
aristocrática, Pierre de Coubertin foi inspirado
pelas suas visitas a colégios ingleses e
estadunidenses, propondo-se a melhorar os
sistemas de educação. Nas melhorias que
visionava estava incluída a promoção da
educação para o desporto, que ele acreditava
ser uma parte importante do
desenvolvimento pessoal dos jovens
Popularização do Esporte no Brasil
Fim do séc. XIX e início do séc. XX.
 Inicia-se pelas elites.
 Mas as classes desfavorecidas entram em
contato bem rapidamente.
 Via relações sociais ou comerciais.
 Diferente da Inglaterra que as escolas que
fizeram o papel de disseminar.

Nos primeiros momentos do futebol paulista, o treino entre o
Internacional e o Germânia, registrado em 1899.
Atletas Olímpicos
Popularização do Esporte no Brasil
Práticas esportivas nas camadas mais
populares eram regulares em 1930.
 Principalmente o Futebol, mas também o
Handebol, o Atletismo (corridas) e outros.
 Apropriação do esporte pelas camadas
populares significa um desvio dos sentidos
e significados do esporte?
 Os colégios também apropriaram do
Esporte com sentidos complicados.

Política de Esporte e Educação Física
Décadas de 30 e 40
 Políticas de Esporte e Ed. Física ainda
muito incipientes
 Políticas independentes
 Política de EF dialogava com a ABE
 Incentivava ainda o metodo de Ginástica
Francês (adoção oficial via lei).
 Muitos questionamentos sobre o
verdadeiro valor educativo do esporte.

Política de Educação Física












Décadas de 50 e 60

Poucos recursos
Tímido incentivo ao esporte
Primeiros cursos superiores de EF em BH
(Escola de EF de Minas Gerais e Escola
Católicas de EF de Minas Gerais)
Currículos esportivizados de forte influência
européia.
Presença marcante dos militares na EF.
Método incentivado – Metodo Desportivo
Generalizado (França)
Escassas referências bibliográficas
Esporte e Política
A política apropriou-se do esporte de
várias maneiras.
 Na ditadura militar foi um marco político
de incentivo financeiro e político.
 Muita prática, muito desenvolvimento e
pouca reflexão.
 Esporte e Escola uma combinação perfeita.

Política de EF na Ditadura Militar
Décadas de 70 e 80
 Fusão das política de Esportes e de EF DED
 Alterações legais que injetaram muito
dinheiro na política de estado para a área.
 Em função da união, o esporte passa ser
incentivado com bastante ênfase.
 Campanha de esclarecimento esportivo –
Revistas de Historia em Quadrinhos
DEDINHO.

Revista de História em Quadrinhos
DEDINHO
Representações positivas do esporte
 Reproduções do papel da mulher e do
homem na sociedade.
 Muita ênfase na beleza estética e na
performance.
 Desmerecimento dos jogos e das
brincadeiras.
 Estratégia inovadora divulgando conteúdos e
representações da sociedade capitalista em
ascenção.

Práticas de Ed. Física
Professores se sentiram valorizados, mas
não perceberam as consequências.
 Muitos
professores
atuaram
como
verdadeiros técnicos esportivos em suas
aulas de EF.
 Aulas esportivas, separadas por sexo e
com características de treinos.
 Mas a grande maioria não deram conta,
pois as condições impediam.
 Haviam
também professores que se
rebelaram.

Ambiência Acadêmica
* Muitos professores voltando dos cursos de

mestrado nos EUA.
• Currículos com forte influência americana e
voltados para o desenvolvimento de capacidades
motoras e de Fisiologia do Exercício.
• Muita preocupação no desenvolvimento de
atletas para o esporte profissional.
•
Concepção
Desenvolvimentista
muito
incentivada.
Primeiras críticas às aulas de
Ed. Física esportivizada.
Década de 90 e anos 2000.
 Reflexões sobre o caráter excludente das
aulas e as reproduções de um modelo
societário desigual.
 Quais reflexões: o esporte confraterniza
quem? O esporte ensina a respeitar quais
regras? O esporte desenvolve a saúde de
quem?



Concepções de Educação Física em uma
ambiência de abertura política:
crítico- emancipatória
 crítico- superadora.

QUADRO SINTÉTICO DA EF
Recorte
1850
Temporal

1900

1930

1970

1990

Função social
da EF

Preparar um
povo nobre
e saudável

Preparar um
povo forte guerra

Preparar
um povo
branco –
saudável e
forte.

Preparar
atletas p/
competição
internacionais.

Construir
cidadão crítico e
autônomo
cultura corporal

Influência

Higienista

Militar e
Higienista

Higienista e
Eugenia

Esportivizaç
ão

Justiça e
inclusão social

Conteúdo

Ginastica

Ginástica
Sueca

Ginásticas

Ginástica e
Esporte

Práticas
corporais e suas
dimensões

Métodos

Calistênia

Calistênia

Calistenia

Analitico
sintético

Encenações,
debates, textos,
vivências
críticas.

Participação

Testes
físicos

Auto-avaliação,
participação,
avaliação
escrita, debates

Avaliação
Pontos importantes
Relação com contextos sociais de cada
época.
 Leitura crítica da história (linear e
dinâmica).
 História: conhecimentos de avanços e
retrocessos. De espaços de reprodução e
questionamentos. De uma dinâmica de
luta e de conformismo.
 História: grande responsável por construir
cidadãos interventores críticos.


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História da Ed Física

  • 1. CURSO DE EDUCAÇÃO FISICA DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ED. FÍSICA 2º período / 2 semestre de 2012 PROF. JOELCIO FERNANDES PINTO
  • 2. EMENTA  Estudo dos sentidos historicamente atribuídos à Educação Física no contexto da Educação Brasileira, seu processo de inserção na escola e nas instituições espotivas e de Lazer. A pesquisa e sua importancia na formação do graduado em Educação Física.
  • 3. OBJETIVOS     Conhecer os conceitos principais sobre a pesquisa histórica e sua importância no entendimento do contexto atual. Identificar os principais sentidos das práticas corporais nas diferentes temporalidades. Relacionar os sentidos atribuídos à Educação Física com as ambiências (políticas, sociais, culturais, etc) de cada contexto histórico. Discutir alternativas para o desenvolvimento da Educação Física brasileira.
  • 4. RECURSOS DIDÁTICOS Aula dialogada  Seminários de apresentação de textos  Filmes épicos  Visitas à Museus  Leituras de textos e debates. 
  • 5. AVALIAÇÃO Participação – 10 pontos  Seminários – 15 pontos  Avaliação escrita – 40 pontos (duas)  Visitas aos Museus – 8 pontos  Portifólio – 20 pontos  Trabalhos avaliativos em sala – 7 pontos 
  • 6. História: conceitos e sentidos    “A história serve para que o homem conheça a si mesmo – assim como suas afinidades e diferenças em relação aos outros. Saber quem somos permite definir para onde vamos” (Conhecimento). O estudo histórico serve para desnaturalizar o presente. Recuos e progressos (Transformação). História é a experiência humana no tempo. Assim, o que fazemos hoje é história que poderá se transformar em um estudo histórico no futuro.
  • 7. História: conceitos e sentidos     Aprender história é aprender a formular questões pertinentes. “A análise histórica deve ter sempre um caráter coletivo. O que se busca é compreender a ação conjunta dos homens em sociedade.” O estudo histórico pode então ser uma forma de nos libertar do excesso de individualismo da atualidade. Pois, nele percebemos o quão dependentes somos um do outro. História é vida. E vida não se dá sem o outro, sem relações sociais.
  • 8. História: conceitos e sentidos    Reflexão: é possível superar momentos de crise ou resolver problemas que nos angustiam sem refletir sobre eles, sem buscar suas origens e causas? “Ao proporcionar o conhecimento de outras maneiras de viver, experimentadas por seres humanos que viveram em outras épocas, em outros espaços e em outras culturas, a História nos ensina a conviver melhor com as diferenças existentes em nosso meio social” Conceito moderno cunhado pela História: muticulturalismo.
  • 9. Fundamento da História Dar sentido à vida pela compreensão de uma totalidade da qual fazemos parte.  Dar sentido social primeiramente à pequena comunidade que nos rodeia, depois à espécie humana como um todo e finalmente, num exercício de imaginação, à coletividade dos seres racionais e livres do universo.  (Expressões e conhecimentos retirados do livro: Por que estudar História? Caio Cesar Boschi)
  • 10. HISTÓRIA E EDUCAÇÃO FISICA “Os homens fazem sua própria História, mas não fazem como querem, não a fazem sob a circunstância de sua escolha e sim sob aquelas que se defrontam diretamente, ligadas e transmitidas pelo passado”. (Marx, 1974, p.17)  “Um disciplina moderna de Hist. da EF deveria se preocupar em oferecer a possibilidade de aprender a compreender historicamente um problema.”(Victor Marinho) 
  • 11. História e Educação Física   Compreender historicamente o problema ou a realidade é conhecer a ambiência social, política e econômica de cada momento histórico e seus impactos sobre aquela realidade, relacionando estes conhecimentos com o presente. Exemplo: o sugirmento do esporte moderno e suas transformações acontecem em função de modelos econômicos e usos políticos que muitas vezes induziram o aparecimento de graves conflitos sociais, além de evidenciar, a olhos vistos, as mazelas de uma sociedade.
  • 12. Ciência e História    História já foi considerada como os relatos de pessoas que vivenciaram ou diziam que havia vivenciado. Depois passou a ser considerada como os acontecimentos mais importantes que marcaram épocas e Mais recentemente, a história tem se preocupado em construir pesquisas que nos informem não só os fatos marcantes, mas os seus condicionantes e também a história da vida comum. Ou seja, a vida dos homens simples, aquela que materializa o dia a dia.
  • 13. Ciência e História  Ciência é a modalidade de saber constituída por um conjunto de aquisições intelectuais que tem por finalidade propor uma explicação racional e objetiva da realidade . Mais precisamente ainda: é a forma de conhecimento que não somente pretende apropriar-se do real para explicá-lo de modo racional e objetivo
  • 14. Ciência Histórica    Ramo da Ciência que investiga a ação humana em diversas temporalidades e que utiliza como objeto de investigação as diversas inserções humanas na sociedade, tais como: politica, economica, social, cultural, biológica, outras. Situação problema no presente que precisa ser entendida historicamente. Questionamentos de versões históricas já existentes. Os métodos de investigação podem ser: história oral, documental fisico (livros, cadernos, leis, fotos, desenhos, outros), imagens televisivas, artefatos culturais, dentre outros.
  • 16. Periodização clássica Pré-história Das origens do homem até 4000 a.C. Antiguidade De c. 4000 a.C. a 476 d.c. Idade Média Idade De 476 a 1453 Moderna De 1453 a 1789 Idade Contemporânea de 1789 aos dias atuais
  • 17. Antiguidade – 4000 a.c até 476 d.c      Vida muito simples: para grande maioria a vida se resumia em lutar pela sobrevivência individual, por meio de lutas, caças e trocas de mercadorias. Acreditavam em diversos deuses. Politeístas Os rituais para agradecer e louvar os deuses eram constantes. As práticas corporais assumiam então sentidos e significados ritualísticos - religiosos. Jogos, Danças, Lutas, Disputas de força e velocidade, Ginástica, pesca, etc.
  • 18. Os corpos na Antiguidade As roupas eram véus jogados sobre os corpos.  Os corpos eram magros devido a escassez de comida e um estilo de vida ativo.  Os corpos eram judiados pelo tempo e pelo trabalho.  Mas os Romanos faziam questão dos banhos nas termas construídas pelos imperadores. 
  • 19. Idade Média – 476 d.c. até 1453 d.c.
  • 20. Ambiência social e política da Idade Media O início da Idade Média se dá com a queda do Império Roma pela invasão dos Bárbaros.  Inicia-se a estrutura Feudal.  Início de uma estrutura mercantilista.  O comércio se espalha por toda a europa.  Veneza se destaca nesse início de atividade mercantilista.  Ascenção e apogeu do Cristianismo 
  • 21. Dogmas da Igreja na Idade Média A alma era coisa divina.  O corpo era o lugar do pecado.  As danças teatrais foram proíbidas por serem sensuais.  Mas as companhias de teatros ambulantes preservaram a tradição da dança teatral.  As pessoas com deficiência fisica eram consideradas pela igreja como amaldiçoadas. Assim, o anão, o canhoto, etc eram pessoas hereges. 
  • 23. Jogos na Idade Média Palio – famoso jogo praticado em Florença – Itália na Idade Média
  • 24. Dança na Idade Média
  • 25. Elaboração de representações de mundo até hoje preconizadas A esquerda é coisa demoníaca  O sexo era a fraqueza do espírito.  Aos sete anos os meninos deveriam ser separados das meninas.  Instituição de pápeis diferenciados para homens e mulheres.  Depreciação das atividades corporais que não fossem para o trabalho.  Instituição da cultura da monogamia e da instituição casamento. 
  • 26. História da Educação Brasileira Periodização segundo Periodização segundo José Luiz de Paiva Bello José Claudinei Lombardi Período Jesuítico 1549 a 1759 Pedagogia de Nóbrega 1549 a 1570 Período Pombalino 1760 a 1808 Ratio studiorium 1570 a 1759 Período Joanino 1808 a 1821 Pedagogia Pombalina 1759 a 1808 Período Imperial 1822 a 1888 Educ. da fase Joanina 1808 a 1822 Primeira Republica 1889 a 1929 1822 a 1889 Segunda Republica 1930 a 1936 Primeiras tentativas de organizar a educação Estado Novo 1937 a 1945 1889 a 1930 Nova Republica 1946 a 1963 Escolas graduadas e Ideário Iluminista 1930 a 1964 Regime Militar 1964 a 1985 Regulament. da educação; Ideário Renovador Abertura Política 1986 a 2003 Internacionalização capitalista e a ditadura 1964 a 1984 Nova ordem mundial: educação e democracia 1984 a ...
  • 28. Educação Jesuíta   O modelo de escola no Brasil quando colónia , foi constituído conforme as políticas de colonização portuguesa; A formação das crianças indígenas se baseava nas atividades tribais, até que elas chegassem a idade adulta.Contexto observado pelos colonizadores;
  • 29. Educação Jesuíta  Aos colonos cabia a instrução , aos indígenas a catequização pois para a religião catequizar era conquistar fieis ao catolicismo , sendo assim os beneficiados era tanto o clero quanto os colonos, afinal a catequização dos índios facilitava a dominação;  Com a população se tornando cada vez mais mista, os ofícios manuais eram transmitidos através da observação e convivência, sendo assim a base de uma "Educação profissional";  Quanto as mulheres cabia somente em aprender boas maneiras e trabalhos domésticos;  A fatia elitizada da comunidade ficava com a formação de acordo com a igreja, voltada a trabalhos intelectuais, no entanto muitos n se tornavam sacerdotes;
  • 30. Educação, sociedade e política.      Fortalecimento do Estado Imperial Justificativa de oferecimento de aulas de primeiras letras: necessidade de um país independente, autônomo e com leis próprias. (1834) Jornal Mineiro “O Universal” – (...) é preciso que o povo seja livre para que possa escolher; e é preciso que ele seja instruído para que faça a escolha certa.”(1825) Necessidade de uma instituição que enfrentasse a questão do analfabetismo. A escola é pensada para erradicar o analfabetismo considera as manifestações da cultura popular um folclore e/ou ações perigosas de grupos ignorantes.
  • 31. Cultura e forma escolar no Brasil  Heterogeneidade de formas de escolarização (genéricos ou específicos)
  • 33. Cultura escolar no Brasil Espaços escolares Casas adaptadas para serem escolas Espaços precários de funcionamento Final do séc. XIX construção de prédios escolares. Tempos escolares Muito heterogeneo cada escola organizava seus próprios tempos. Crescia a idéia de que a escolarização era uma prática sociocultural de plena especificidade Necessidade organizar os tempos escolares.
  • 35. Prédios escolares – século XIX Prédio do antigo Educandário de Nazaré e Escola Normal. Bahia. Século XIX
  • 36. Cultura e forma escolar no Brasil  Transformações na profissão docente Durante o séc. XIX má formação e baixos salários Resultado: fracasso escolar Necessidade de regulamentação da profissão. Fuga de professores do sexo masculino do magistério e ingresso maior de mulheres na profissão.
  • 37. Cultura e forma escolar no Brasil  A imprensa e as publicações pedagógicas. Relação da escola com os impressos é de interdependência. A escola se afirma como importante em decorrência da crescente produção de impressos. O mercado editorial encontra na escola um mercado especifico e certo de consumo da sua produção.
  • 38. Cultura e forma escolar no Brasil  A questão metodológica Até 1860 se entende por método a forma de organização de aula. Métodos de ensino: individual, mutuo e misto. Nos anos 1870 e 1880 discute a questão do metodo como a melhor forma de ensinar, independente da organização da sala de aula. Método intuitivo – a lição das coisas.
  • 39. Cultura e forma escolar no Brasil  A legislação do ensino Em Minas Gerais as primeiras leis são de 1835. Lei de 28 paragrafos e 78 artigos. Em 1906 já são quatro grossos volumes. A questão da obrigatoriedade da frequencia à escola só aparece nesta última. Razoes: as resistências das famílias de enviarem seus filhos à escola.
  • 40. Tipos de escolas (metade do séc. XIX) • • • • Escolas régias herdadas do período colonial (espaços improvisados como casas antigas); Escolas domésticas (professores contratos por fazendeiros); Escolas organizadas por grupos de pais que pagavam os salários dos professores Colégios (masc. e fem.) – final do séc. XIX
  • 41. Foto do primeiro prédio educacional de Belo Horizonte Grupo Escolar Pedro II Inaugurado em setembro de 1926
  • 42. Pátio interno e salas de aula
  • 43. A Educação Física no Brasil Metade do séc. XIX  Construindo um Brasil novo: a Educação Física como instrumento da ordem.  Instituições Médicas e Militares  Idéias Higienistas  Educação das Elites  Onde: Colégios  Conteúdo: Ginástica
  • 44. A Educação Física no Brasil A Educação Física na educação das elites: um distintivo de classe Influência Européia trazida pela Corte. Uma nova ordem social – sociedade escravista para sociedade capitalista Uma valorização das cidades e de costumes urbanos. Uma nova elite – robusta, saudável e conhecedora de novos hábitos. 
  • 45. A Educação Física no Brasil A educação das elites, a educação do povo e o papel da Educação Física.  Em 1872 apenas 10% da população morava nas cidades.  Dois movimentos: Imigração – dava conta do trabalho e aumentava a população branca. Educação do povo – muitos problemas (resistência das famílias, poucas escolas, poucos professores,etc) mas a EF também foi pensada. 
  • 46. A Educação Física no Brasil  Parecer de Rui Barbosa em 1882: Instituição de uma sessão de ginástica em cada escola normal. Extensão obrigatória de ginástica a ambos os sexos (formação de professores e escola normal) Em relação a mulher: a harmonia da formas feminis e a exigência da maternidade futura. Inserção da ginástica nos programas escolares como matéria de estudo, em horas distintas do recreio, e depois das aulas. Equiparação dos professores de ginástica.
  • 47. A Educação Física no Brasil Apropriação seletiva do ideário burguês Europeu.  A EF aparece como instrumento ideal para forjar indivíduos saudáveis e úteis para ocupar funções especificas na produção e na defesa da pátria.  O movimento de imigração do campo para a cidade traz consigo o aumento das doenças e a mortalidade infantil cresce.  O discurso médico se potencializa. 
  • 48. A Educação Física no Brasil     A instituição médica passa a defender um melhoramento da raça. O estado e a instituição médica afinam o discurso:o povo brasileiro precisa mais do que qualquer outro da EF (ginástica), pois este apresenta estado avançado de degeneração da raça. Mas o problema estava nas condições de trabalho que o novo sistema econômico impunha. O Povo resiste. A revolta da vacina em 1904.
  • 49. A Educação Física no Brasil      O mundo presenciava a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918). Declínio do prestigio europeu. O mundo presenciava também a ascensão do esporte moderno. Discurso médico muda o foco: a infância e as condições de trabalho passam a ter uma importância acentuada. Criação da ABE (Associação Brasileira de Educação) em 1924 (movimento da Escola Nova). Discurso do movimento da Escola Nova afina com o discurso da Sociedade Brasileira de Higiene.
  • 50. A Educação Física no Brasil Em 1929, no Rio de Janeiro, acontece o primeiro congresso Brasileiro de Eugenia.  Fernando de Azevedo é o pensador que se apresenta defensor da EF com o propósito de melhoramento da raça.  Incentivava o modelo ginástico sueco, em detrimento ao modelo alemão.  Sugere a dança para as mulheres.  Incentiva a criação de cursos de formação de educadores físicos. 
  • 52. A Educação Física no Brasil Os primeiros defensores da inclusão do esporte nas aulas de EF (escola) aparecem nos debates da ABE (1930)  A segunda Guerra Mundial adia os planos do esporte. A EF passa a ser entendida como preparação dos homens para a guerra. 
  • 53. A Educação Física no Brasil
  • 57. Aula de EF - 1910
  • 58. Aula de Ed. Física – século XIX
  • 59. Esporte Moderno Muitas sociedades em diversas partes do mundo deixaram registros de atividades de caráter competitivo.  Mas é equivocado concluir que tais atividades foram as origens do esporte moderno  O movimento inicial de criação do esporte moderno se dá nas escolas inglesas. 
  • 60. Esporte Moderno Não é mera coincidência o esporte moderno ter aparecido primeiro na Inglaterra.  Nesse periodo, a sociedade inglesa começava a sentir os efeitos da revolução industrial  O esporte moderno não é um produto da industrialização, ele se apresenta como adaptações da vida social, econômica e política da época. 
  • 61. Esporte Moderno  O conceito moderno de esporte, para Mandell, formou-se no Reino Unido em conformidade com os desejos de diversão ou de ostentação das novas e ambiciosas classes sociais, e só depois disso espalhou-se pela América e por outros países da Europa. A Inglaterra é considerada como a pátria do esporte moderno não apenas porque os ingleses inventaram ou regulamentaram boa parte das modalidades esportivas hoje praticadas. É assim considerada também por ter introduzido uma série de inovações que mudaram a feição dos jogos e competições atléticas. Segundo ele, exemplos de novas idéias introduzidas são os obstáculos nas corridas, a mensuração de disparidades nas chances de vitória (como nas apostas), os conceitos de “esporte amador” e de “esporte limpo”, a noção de recorde esportivo.
  • 62. Esporte Moderno    Historiadores do esporte moderno devem explicitar as mudanças culturais que instituíram práticas corporais competitivas construídas em bases racionais e estimularam a busca por eficiência nas atividades de lazer de pessoas das mais diferentes procedências. No século XIX, tais práticas sociais ajudaram os indivíduos a se adaptarem a uma sociedade que se urbanizava e se industrializava. E devem notar que, no século XX, com o progresso cultural, o esporte continuou ganhando novas feições e significados. Mandell menciona novidades sociais como a educação universal compulsória e o lazer de massa, a difusão da televisão e as teorias científicas do comportamento humano, para argumentar que novos determinantes passaram a atuar na definição das características e motivações do esporte contemporâneo, tornando mais complexo o entendimento de suas funções na sociedade.
  • 63. Esporte Moderno Pierre de Frédy (Paris, 1 de Janeiro de 1863 — Genebra, 2 de Setembro de 1937), mais conhecido pelo seu título nobiliárquico de Barão de Coubertin, foi um pedagogo e historiador francês, tendo ficado para a história como o fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna. Nascido na capital francesa em uma família aristocrática, Pierre de Coubertin foi inspirado pelas suas visitas a colégios ingleses e estadunidenses, propondo-se a melhorar os sistemas de educação. Nas melhorias que visionava estava incluída a promoção da educação para o desporto, que ele acreditava ser uma parte importante do desenvolvimento pessoal dos jovens
  • 64. Popularização do Esporte no Brasil Fim do séc. XIX e início do séc. XX.  Inicia-se pelas elites.  Mas as classes desfavorecidas entram em contato bem rapidamente.  Via relações sociais ou comerciais.  Diferente da Inglaterra que as escolas que fizeram o papel de disseminar. 
  • 65. Nos primeiros momentos do futebol paulista, o treino entre o Internacional e o Germânia, registrado em 1899.
  • 67. Popularização do Esporte no Brasil Práticas esportivas nas camadas mais populares eram regulares em 1930.  Principalmente o Futebol, mas também o Handebol, o Atletismo (corridas) e outros.  Apropriação do esporte pelas camadas populares significa um desvio dos sentidos e significados do esporte?  Os colégios também apropriaram do Esporte com sentidos complicados. 
  • 68. Política de Esporte e Educação Física Décadas de 30 e 40  Políticas de Esporte e Ed. Física ainda muito incipientes  Políticas independentes  Política de EF dialogava com a ABE  Incentivava ainda o metodo de Ginástica Francês (adoção oficial via lei).  Muitos questionamentos sobre o verdadeiro valor educativo do esporte. 
  • 69. Política de Educação Física         Décadas de 50 e 60 Poucos recursos Tímido incentivo ao esporte Primeiros cursos superiores de EF em BH (Escola de EF de Minas Gerais e Escola Católicas de EF de Minas Gerais) Currículos esportivizados de forte influência européia. Presença marcante dos militares na EF. Método incentivado – Metodo Desportivo Generalizado (França) Escassas referências bibliográficas
  • 70. Esporte e Política A política apropriou-se do esporte de várias maneiras.  Na ditadura militar foi um marco político de incentivo financeiro e político.  Muita prática, muito desenvolvimento e pouca reflexão.  Esporte e Escola uma combinação perfeita. 
  • 71. Política de EF na Ditadura Militar Décadas de 70 e 80  Fusão das política de Esportes e de EF DED  Alterações legais que injetaram muito dinheiro na política de estado para a área.  Em função da união, o esporte passa ser incentivado com bastante ênfase.  Campanha de esclarecimento esportivo – Revistas de Historia em Quadrinhos DEDINHO. 
  • 72. Revista de História em Quadrinhos DEDINHO Representações positivas do esporte  Reproduções do papel da mulher e do homem na sociedade.  Muita ênfase na beleza estética e na performance.  Desmerecimento dos jogos e das brincadeiras.  Estratégia inovadora divulgando conteúdos e representações da sociedade capitalista em ascenção. 
  • 73. Práticas de Ed. Física Professores se sentiram valorizados, mas não perceberam as consequências.  Muitos professores atuaram como verdadeiros técnicos esportivos em suas aulas de EF.  Aulas esportivas, separadas por sexo e com características de treinos.  Mas a grande maioria não deram conta, pois as condições impediam.  Haviam também professores que se rebelaram. 
  • 74. Ambiência Acadêmica * Muitos professores voltando dos cursos de mestrado nos EUA. • Currículos com forte influência americana e voltados para o desenvolvimento de capacidades motoras e de Fisiologia do Exercício. • Muita preocupação no desenvolvimento de atletas para o esporte profissional. • Concepção Desenvolvimentista muito incentivada.
  • 75. Primeiras críticas às aulas de Ed. Física esportivizada. Década de 90 e anos 2000.  Reflexões sobre o caráter excludente das aulas e as reproduções de um modelo societário desigual.  Quais reflexões: o esporte confraterniza quem? O esporte ensina a respeitar quais regras? O esporte desenvolve a saúde de quem? 
  • 76.  Concepções de Educação Física em uma ambiência de abertura política: crítico- emancipatória  crítico- superadora. 
  • 77. QUADRO SINTÉTICO DA EF Recorte 1850 Temporal 1900 1930 1970 1990 Função social da EF Preparar um povo nobre e saudável Preparar um povo forte guerra Preparar um povo branco – saudável e forte. Preparar atletas p/ competição internacionais. Construir cidadão crítico e autônomo cultura corporal Influência Higienista Militar e Higienista Higienista e Eugenia Esportivizaç ão Justiça e inclusão social Conteúdo Ginastica Ginástica Sueca Ginásticas Ginástica e Esporte Práticas corporais e suas dimensões Métodos Calistênia Calistênia Calistenia Analitico sintético Encenações, debates, textos, vivências críticas. Participação Testes físicos Auto-avaliação, participação, avaliação escrita, debates Avaliação
  • 78. Pontos importantes Relação com contextos sociais de cada época.  Leitura crítica da história (linear e dinâmica).  História: conhecimentos de avanços e retrocessos. De espaços de reprodução e questionamentos. De uma dinâmica de luta e de conformismo.  História: grande responsável por construir cidadãos interventores críticos. 