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MANUAL TÉCNICO
Tecnologia e segurança na produção de leite
3
Mantendo a missão de levar alimentos de qualidade, seguros, e em maior
quantidade para a população, a Linha BST e Saúde do Úbere apresenta
mais um novo material: o Manual Boostin.
O objetivo deste material é contribuir com a reciclagem de conhecimentos
e com a troca de experiências, servindo de fonte de pesquisa rápida e
ampla sobre todos os aspectos vinculados à atividade leiteira, sob a ótica
da qualidade, rentabilidade e da sustentabilidade.
Ele reforça toda a segurança (para seres humanos, animais e para o meio
ambiente) desta molécula - que é uma das mais testadas do mundo, bem
como, o resultado diferenciado frente ao produto concorrente.
Aproveite bastante este material, e que ele sirva para ajudá-lo a continuar
com excelentes performances em sua atividade e, principalmente, na
missão principal, que é a de melhorar a vida das pessoas por meio da
ciência para animais mais saudáveis.
Boa leitura.
Vanessa Masson
Gerente Técnica
Leonardo Belli
Gerente de Produto
Henderson Ayres
Gerente de Produto
4
O que é a Somatotropina Bovina rBST?................................................................pág. 05
Mecanismo de Ação do BST.................................................................................pág. 07
Qual é o momento ideal para se usar e até quando devo usar?...........................pág. 09
Padrão de Resposta na Produção de Leite............................................................ pág. 10
Fatores Relacionados ao uso de Boostin®
............................................................. pág. 11
Produção de Leite e Balanço Energético............................................................... pág. 12
Condição Corporal................................................................................................. pág. 13
Reprodução........................................................................................................... pág. 14
Disponibilidade de Alimentos................................................................................ pág. 15
Curvas de Lactação (rebanhos de 7000 a 10000 kg/vaca/ano)............................. pág. 16
Composição.......................................................................................................... pág. 17
Características, vantagens e benefícios................................................................ pág. 18
Argumentos do uso de Boostin®
em relação ao concorrente............................... pág. 19
Locais de Aplicação...............................................................................................pág. 21
Mas afinal qual é o ganho com o uso de rBST?....................................................pág. 22
Segurança para os animais....................................................................................pág. 24
Segurança para os seres humanos.......................................................................pág. 26
Segurança para o ambiente...................................................................................pág. 31
Segurança comprovada mundialmente a mais de 25 anos...................................pág. 32
Dados Experimentais e de Literatura....................................................................pág. 34
Avaliação de dois diferentes rBST na produção de leite e nos parâmetros
reprodutivos de vaca de leite no Brasil..................................................................pág. 35
Relatório Final do Experimento MSD Saúde Animal/StarMilk/UFPR.....................pág. 41
Resultado Desafio Boostin®
- Cruzeiro da Fortaleza/MG: (Teste de campo)..........pág. 49
Resultado Desafio Boostin®
- Pilar do Sul/SP: (Teste de campo)...........................pág. 55
Resultado Desafio Boostin®
- Prata/MG: (Teste de campo)...................................pág. 61
Conclusões - outros estudos.................................................................................pág. 67
Índice
5
	 Somatotropina Bovina (BST) é também chamada hormônio do
crescimento bovino. O termo rBST é usado para referir-se ao produto
comercial produzido pela tecnologia de DNA recombinante.
	 rBST é transportado para inúmeros tecidos, entre eles, o fígado,
onde ele estimula os hepatócitos a produzir o fator de crescimento
semelhante a insulina (IGF-1).
	 IGF-1 também é um hormônio proteico que altera a atividade e tem
ação sobre diversas células do organismo, inclusive, as da glândula
mamária, promovendo melhor “saúde” a elas.
	 rBST na sua dosagem comercial de 500 mg é utilizada em vacas
leiteiras para aumentar a produção de leite, há mais de 25 anos.
	 Atua diminuindo a morte alveolar e, consequentemente, teremos
mais células produzindo leite.
	 Como todos os outros hormônios proteícos, rBST e IGF-1, quando
ingeridos oralmente, sofrem digestão no estômago, sendo quebrados
em aminoácidos.
	 BST é um hormônio proteico naturalmente produzido no sistema
nervoso central.
O que é a Somatotropina Bovina rBST?
6
HORMÔNIOS PROTEICOS E ESTEROIDES
Hormônios Proteicos Hormônios Esteroides
Seus efeitos biológicos são diferentes; são mensageiros químicos
que organizam atividades celulares no organismo
Unem-se a células específicas.
Não se armazenam no tecido adiposo
(gordura corporal).
São moléculas complexas formadas
por aminoácidos.
Possuem efeitos biológicos específicos
para a espécie.
São inativas em forma oral; digerem-se
no estômago e no intestino delgado
em aminoácidos, como todas as outras
proteínas do alimento.
Degradam-se rapidamente no
organismo.
Podem acumular-se no organismo.
Armazenam-se na gordura corporal.
São moléculas orgânicas
derivadas do colesterol.
Não possuem efeitos específicos
para a espécie.
Não se degradam rapidamente e
podem ter efeitos residuais.
Podem ser ativas em forma
oral e são absorvidas de forma
intacta.
(Etherton, 2012 – Revista Inforleite)
7
Mecanismo de Ação do BST
FígadoOssos Células Adiposas
Células Adiposas
Lipogênese
Formação de
cartilagem
Crescimento
Ósseo
Síntese
Proteica
Qualidade
do Oócito
Produção de leite
Integridade dos
alvéolos
Condrócitos Músculo Ovários Embrião
Glândula Mamária
SOMATOTROPINA
SOMATOMEDINA-C
IGF-1
Crescimento
Morte
Embrionária
Hipófise
8
Somatotropina bovina
Vitamina E e Lecitina
Hipófise
FSH+LH+BST
+ ocitocina
IGF-1
9
330300270240210180150120906030
Produção de
Leite
Ingestão de MS
ECC
Iniciar
Programa
Boostin® Crescimento fetal
Dias em Lactação
*Importante lembrar que o início da aplicação pode variar conforme a raça dos
animais e o perfil de produção.
60 dias pós-parto até 30 dias antes da secagem
Qual é o momento ideal para se usar
em função dos dias em lactação e até
quando devo usar?
Após o parto, o animal precisa aumentar o consumo de matéria seca para re-
cuperar o peso corporal e compensar sua produção de leite. Até que isso acon-
teça, dizemos que o animal está em balanço energético negativo (BEN), ou seja,
a quantidade de energia ingerida pelo animal é inferior a quantidade de energia
necessária para produção de leite e, também para a recuperação do peso corporal.
10
Padrão de Resposta na
Produção de Leite
rBST rBST
rBST
Típico
declínio na
produção
dias
rBST
0 7 14 21 28 35 42
Volume
do Leite
Com o uso de rBST a curva de produção continua acompanhando o ciclo natural,
porém com um incremento significativo na produção de leite, uma vez que a
morte alveolar é muito menor nos animais que recebem rBST.
11
Fatores Relacionados
ao uso de Boostin®
12
Produção de Leite e Balanço Energético
Controle
rBST
-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40
Semana de suplementação com rBST
Produção de leite ou
consumo de
matéria seca (Kg⁄d)
Energia (Mcal EL/d)
Produção de Leite
Balanço Energético
CMS
0
5
10
15
20
25
30
35
40
-10
0
10
20
30
40
50
BE+
BE-
Há incremento na produção de leite, imediatamente após o tratamento com rBST,
porém os animais demoram algum tempo para aumentar o consumo de matéria
seca (CMS). Mesmo nessa situação, o animal continua em Balanço Energético
Positivo (conforme mostrado no eixo Y da direita).
13
Condição Corporal
Animais suplementados com Boostin®
, desde que bem alimentados,
possuem uma melhor conversão alimentar, proporcionando um retorno
mais rápido a uma condição corporal ideal.
“Durante as quatro lactações consecutivas, as vacas que receberam
rBST produziram 3,7 kg/dia (14%) mais leite e ganharam 52 kg (37%)
mais peso corporal do que as vacas do grupo controle”... *
*J.T. Huber*, Z. Wu*, C. Fontes, Jr*, J.L. Sullivan* * Department of Animal Science, University of Arizona, Tucson
85721 - USA - Journal Dairy Science, 1997, 80:2355-2360
14
Reprodução
O uso do rBST inão interfere nos parâmetros reprodutivos.
rBST-63 rBST-73 Controle
Sem pré-sincronização
0
10
20
30
40
50
60
70
Taxadeprenhez(%)
Taxa de prenhez aos 74 d após a IA
para vacas Ciclando (n=375)
Taxa de prenhez aos 74 d após a IA
para vacas Ciclando (n=375)
34,2% 33,7%
25,3%
rBST-63 rBST-73 Controle
Com pré-sincronização
Moreira et al. J. Dairy Sci. (2001)
0
10
20
30
40
50
60
70
Taxadeprenhez(%)
58,1% 56,1%
42,6%
“Gêmeos, Ovários Císticos ou abortos não foram afetados pelo
tratamento. A suplementação de vacas com rBST não teve efeito no total
de casos de mastite, total de dias das mastites, duração de mastites, ou
tendência de novas vacas em desenvolver mastites"...
Journal of Dairy Science 2001, 84:1098-1108
15
As vacas que ganham rBST comem mais, sendo que a relação nutricional
é da ordem de 0,5 Kg de MS da dieta total, para cada litro de leite
produzido a mais.
Este cálculo é variável pelo nível de proteína da dieta. Lembrando que
pode haver diferença de teor de MS nas diferentes dietas.
“Com a dieta típica de feno, silagem de milho e ração de grãos, vacas de
alta produção irão consumir, aproximadamente 1 kg de matéria seca para
cada 2 kg de leite adicional produzido”...
J. F. SMITH
Kansas State University
Disponibilidade de Alimentos
É importante lembrar, que a ingestão de MS também é influenciada por fatores
externos como aumento de temperatura, ou seja, quando a temperatura se eleva o
consumo de MS cai, fazendo com que a produção de leite também caia independente
do uso de rBST.
16
Curvas de Lactação
(rebanhos de 7000 a 10000 kg/vaca/ano)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Cada litro de leite a mais
no Pico de Lactação
corresponde a um incremento
de 200 a 250 litros de leite
na lactação completa
Mês da lactação
Kgleite⁄vaca⁄dia
15
20
25
30
35
40
45
50
Quando começamos a utilizar rBST a partir do pico de produção, evitamos que uma
série de células da glândula mamária morra e pare de produzir leite. Dessa forma,
esse animal consegue expressar mais o seu potencial produtivo quando analisamos
a lactação completa.
As diferentes raças possuem diferentes curvas de lactação devido a sua aptidão.
As quantidades de BST endógenos produzidos diminuem conforme o DEL vai
aumentando. Isto diminui a produção de leite no decorrer da lactação, pois ocorre
uma maior morte celular.
17
Composição
Cada seringa 2 mL (uma dose) contém:
Somatotropina Bovina Recombinante...................................... 500 mg
Vitamina E.............................................................................. 1,200 mg
Lecitina..................................................................................... 300 mg
18
Características, vantagens e benefícios
Boostin®
Somatotropina
Recombinante
Bovina (rBST)
Extensão do
Veículo sem
reação local
período
de lactação
CARACTERÍSTICAS VANTAGENS BENEFÍCIOS
Maximização da
produtividade
individual, com rápido
retorno ao
investimento
Ferramenta para
redução de custos
fixos da propriedade,
aumentando
lucratividade
Possibilita a rápida
ação do produto,
grande diferencial
frente ao concorrente
Lecitina + Vitamina E
19
Argumentos do uso de Boostin®
em relação ao concorrente
	 Início de ação mais rápida que o concorrente.
	 Maior pico de produção.
	 Sempre lembrar que, como o concorrente tem uma resposta mais
lenta no início (pico por volta de 7 dias, enquanto Boostin®
tem pico
por volta de 4 dias), o número de dias em que há aumento efetivo de
produção leiteira é maior no Boostin®
.
	 Foi publicado no Congresso Mundial de Buiatria 2016 um trabalho
comparativo dos dois produtos do mercado durante uma lactação
completa, realizado no Brasil (ver na sessão “Dados Experimentais e
de Literatura”).
	 Lembrar que, a diferença de produção entre os animais de um mesmo
lote em uma fazenda de leite, comumente, é maior que a diferença de
produção de animais que são tratados com Boostin®
vs concorrente.
Além do mais, os dois produtos tem a mesma variação no consumo
de MS.
	 Completamente seguro para os animais.
	 Maior produção de leite quando comparamos a produção total entre as
aplicações.
20
Locais de Aplicação
Fossa ísquio-retal
Tábua do pescoço
Região subescapular
Sempre utilizar a via subcutânea
21
Mas afinal qual é o ganho
com o uso de rBST?
Aumento da
produção de leite
Aumento da eficiência
de produção
Maior retorno
econômico
Impacto ambiental
positivo
22
Aumento da produção de leite
Aumento da eficiência de produção
Aumento imediato na produção e na persistên-
cia da lactação, evitando a diminuição acentuada
da produção após o pico. Este aumento da persistência está rela-
cionado à manutenção das células secretoras de leite. De acordo
com a literatura, a resposta em aumento de produção de leite
pode variar de 10 a 40%, sendo o manejo o principal responsável
por esta variação, além da variação individual, status nutricional,
dosagem utilizada, dias em lactação (DEL) e ordem de lactação
(número de partos).
Com a utilização de rBST ocorre aumento
da eficiência de produção, ou seja, maior
quantidade de leite por Kg de alimento ingerido, o
que está relacionado, principalmente à diluição da mantença,
além do aumento da capacidade de síntese de leite pelas células
secretoras.
“Se os produtores aplicarem em somente 70 a 75% das vacas
elegíveis a resposta de produção de leite ao rBST na região do
platô da curva de lactação será de, aproximadamente 5 kg/dia “...
J. F. SMITH
Kansas State University
23
Maior retorno econômico
Em consequência do aumento de eficiência de
produção, haverá diminuição do custo por litro
de leite.
(Campos; Coelho, 2009 – Revista Leite Integral)
Impacto ambiental positivo
De acordo com Capper et al. (2008), a diluição
da mantença conferida pela utilização do rBST,
por unidade de leite, leva a uma redução na produção de fezes
de 6,8%, e na produção de metano de 7,3%.
Além disso, a excreção de nitrogênio e fósforo, os dois maiores
poluentes ambientais provenientes da atividade pecuária, foi re-
duzida em 9,1% e 11,8%, respectivamente. Ainda de acordo
com este estudo, fazendo uma simulação com uma população
de um milhão de vacas tratadas com rBST, comparada à mes-
ma população não tratadas, a quantidade de energia e proteína
economizada seria equivalente a 491.000 toneladas de milho e
158.000 toneladas de farelo de soja ao ano. Esses dados são
baseados na média anual americana de 28,9 kg de leite por
vaca e uma resposta média de aumento de produção de leite,
com o tratamento com rBST, de 4,5 kg de leite por vaca. Este
volume seria correspondente a, aproximadamente, uma área de
219.000 ha requerida para plantio.
24
	 Para verificar que o rBST é seguro para vacas leiteiras, vacas
foram tratadas com 60 vezes a dose comercial em um período
de duas semanas a até seis meses, durante duas lactações con-
secutivas. Estas pesquisas demonstraram que a administração
de doses elevadas de rBST não afetou a saúde animal.
-	 Em vacas em balanço energético negativo, em início de lacta-
ção, ou mal alimentadas, as concentrações sanguíneas de IGF-1
estão baixas. Isso ocorre em razão da diminuição do número
de receptores para somatotropina no fígado, orgão respon-
sável pela principal produção de IGF-1. Nessa condição, mes-
mo em presença de altas concentrações de somatotropina, não
há aumento das concentrações de IGF-1. Isso explica porque não
há resposta ao uso do rBST em vacas magras, mal alimenta-
das ou em início de lactação, nas quais, normalmente, o balanço
energético ainda é negativo.
(Campos; Coelho, 2009 – Revista Leite Integral)
Segurança para
os animais
(Etherton, 2012 – Revista Inforleite)
25
“Após a avaliação dos valores obtidos por meio da aferição de
parâmetros clínicos, juntamente com as análises dos exames
hematológicos e bioquímica sérica realizados em momentos
pré-estabelecidos, não foram detectadas alterações dos
parâmetros clínicos, hematológicos e bioquímicos nos
animais que receberam o produto Boostin®
. Não foram ob-
servados ainda efeitos colaterais ou quaisquer alterações cau-
sadas pela aplicação do produto teste. Conclui-se que o produto
Boostin®
é seguro para uso em vacas em lactação tratadas na
dose de uma aplicação via subcutânea (fossa ísquio-retal), du-
rante toda a lactação, com intervalos de 14 dias entre cada
administração.”
O rBST não causa mais mastite do que causaria com qualquer
aumento na produção de leite. Pelo contrário, as provas indicam
que este suplemento está associado a uma recuperação mais
rápida em secreção de leite nas vacas experimentalmente infec-
tadas com a bactéria que origina a mastite.
	 Ao aumentar a eficácia produtiva, o rBST também reduz a polui-
ção ambiental derivada de exploração leiteiras. Isso ocorre pelo
fato de requer 12% menos alimento para produzir uma unidade
de leite.
(Silva, 2015)
(Etherton, 2012 – Revista Inforleite)
26
Como as outras proteínas vegetais e animais na dieta, o
rBST se digere em aminoácidos e pequenos peptídeos
através de uma combinação das condições de pH baixo
e as enzimas digestivas que encontram-se no estômago e no
intestino delgado superior. Os aminoácidos resultantes não têm
atividade hormonal.
A somatotropina derivada da pituitária de animais de
pecuária e outros não primatas é inativa em crianças e
adultos, mesmo se fosse injetada. Esta “especificidade”
ocorre porque a sequência de aminoácidos do rBST difere
da humana em aproximadamente 35%. Como resultado, os
receptores de somatotropina em células humanas não podem
reconhecer o rBST.
	 O rBST está naturalmente presente no leite da vaca e na carne.
A base científica para a conclusão da FDA que o leite e a carne
de vacas com suplemento de rBST são seguras, baseia-se em
dois pontos comprovados cientificamente:
(Etherton, 2012 – Revista Inforleite)
Segurança para
os seres humanos
1
2
27
A corrente sanguínea dos seres humanos pode absorver o rBST?
É seguro o leite de vacas suplementadas com rBST?
Aumentam os resíduos de antibiótico no leite de vacas suple-
mentadas com rBST?
Não. Todas as proteínas na dieta (incluindo rBST) digerem-se em
aminoácidos individuais e fragmentos de peptídeos no estômago
e no intestino delgado. O processo de digestão destrói a atividade
hormonal de todas as proteínas alimentícias. O rBST não é ativo por
via oral.
Sim. O FDA concluiu que o leite de vacas suplementadas com rBST
é seguro para seres humanos e similar em termos de composição
e, nutricionalmente ao leite comum.
Não. Diversos programas nos EUA, bem como provas de produtores
e processadores de leite, confirmam a segurança e salubridade
do leite. O leite é o produto mais controlado para abastecimento
alimentício nos EUA. Além do mais, não existe prova alguma de que
o rBST aumente a incidência de doenças em vacas leiteiras. Pelo
contrário, existem indícios de que rBST pode ter efeitos benéficos
na saúde da vaca ao ter um papel chave na manutenção do sistema
imune que protege de doenças.
(Etherton, 2012 – Revista Inforleite)
O consumo de leite de vacas suplementadas com rBST aumenta
o risco de desenvolver alergias?
Não. O leite de vacas suplementadas com rBST é o mesmo leite
que o das vacas não suplementadas.
Existem níveis aumentados de rBST no leite de vaca suplementada
com rBST?
Não. O rBST encontra-se, geralmente no leite da vaca. Muitas
pesquisas demonstraram que o suplemento de rBST não afeta sua
concentração no leite.
28
1. Artigo do FDA intitulado “Hormônio de Crescimento Bovino: Avaliação de Segurança Ali-
mentar Humana”, agosto de 1990.
Existem áreas na biologia nas quais especialistas discordam, mas a segurança de alimentos prove-
nientes de vacas tratadas com rBST não é uma delas. O texto a seguir representa um resumo das
descobertas de todos os grupos médicos e científicos que avaliaram os aspectos de saúde humana
do uso de rBST.
“Os dados avaliados pelo FDA documentam a segurança dos produtos alimentícios provenientes de
animais tratados com rbGH”.
“Aspectos de Saúde Humana da
Somatotropina Bovina (rBST)”
Autores: D. E. BAUMAN, Cornell University
8 Fevereiro de 1994
2. Agências Reguladoras Mundiais
Além do FDA, agências reguladoras em mais de 30 países também completaram suas avaliações de
segurança humana e concluíram que a carne e o leite dos animais tratados com rBST são seguros
para o consumo humano.
3. Conferência de Avaliação de Tecnologia do NIH, dezembro de 1990 (estudo pedido pelo
Congresso dos EUA; publicado pelo NIH e também publicado no Journal of American Medical
Association Vol. 265:1423-1425).
“A composição e o valor nutricional do leite de vacas tratadas com rBST são essencialmente iguais
ao do leite de vacas não tratadas”.
“A carne e o leite de vacas tratadas com rBST é tão seguro quanto o de vacas não tratadas”.
4. Inspetor Geral, Departamento de Saúde e Serviços Humanos, fevereiro de 1992, (auditoria
do FDA/rBST solicitada pelo Comitê Doméstico de Operações Governamentais dos E.U.A.).
“As pesquisas foram conduzidas para demonstrar que o rBST não é prejudicial aos humanos”
5. Academia Americana de Pediatria, novembro de 1991, (revisão do artigo de segurança de
rBST publicado em Pediatrics,Vol. 88:1056-1057).
“O leite derivado de vacas tratadas com rBST (somatotropina recombinante bovina) é seguro para as
crianças e adultos humanos é, nutricionalmente semelhante ao leite comum”.
6. Relatório da OTA intitulado “Indústria Leiteira Norte-Americana em uma Encruzilhada:
Biotecnologia e Escolhas Políticas, maio de 1991 (estudo conduzido a pedido do Congresso
dos EUA)”.
“Foram feitas reivindicações de que o rBST é inseguro em produtos alimentícios para o consumidor
29
7. Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização de Alimento e Agricultura (FAO) das
Nações Unidas, junho de 1992.
8. Comissão de Medicamentos do Reino Unido, dezembro de 1992.
9. Comitê da EEC para Produtos Veterinários, janeiro de 1993.
10. Sociedade Médica do Estado deWisconsin, janeiro de 1990 (estudo pedido pela Legislatura
de Wisconsin).
O uso de rBST não representa nenhuma preocupação de saúde.
O rBST satisfaz todos os critérios de segurança, qualidade e eficácia.
O rBST não apresenta nenhum risco impróprio à saúde e bem-estar dos animais tratados e satisfaz
todos os critérios para segurança humana.
“... a somatotropina bovina sintética (rBST), também conhecida como hormônio do crescimento bo-
vino não produz nenhum efeito biológico inseguro, hormonal ou perigoso conhecido em humanos,
direta ou indiretamente por alterações no leite ou na carne”.
12. Sociedade Endócrina: Revisão Clínica intitulada “A Eficácia e a Segurança do Hormônio
de Crescimento para a Produção Animal”, maio de 1991 (revisão de segurança do rBST
publicada no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism Vol. 72:957A-957C).
13. Associação Dietética Americana, fevereiro de 1993.
O leite e a carne de animais tratados com GH são seguros – sem nenhuma restrição.
Sua revisão confirma a segurança humana do leite de vacas tratadas com rBST e a efetivida-
de da tecnologia, melhorando a eficiência da produção leiteira. Porque eles são a maior organi-
zação nacional de especialistas em alimento e nutrição, eles estabeleceram uma linha direta
(1-800-366-1655) para responder às perguntas de consumidores sobre rBST.
11. Conselho Americano em Ciência e Saúde, setembro de 1990(revisão na segurança do rBST
publicada em brochura).
“Embora os opositores ao rBST tentem anuviar o assunto com preocupações sem base científica,
permanece o fato de que o rBST é um meio efetivo e seguro para aumentar o abastecimento de
leite de nossa nação”.
- Este relatório concluiu justamente o contrário”.
A composição e as características industriais do leite não são alteradas. A somatotropina não é ativa
se consumida oralmente porque ela é digerida como todas as outras proteínas dietéticas. Deve ser
injetada para ser biologicamente ativa.
A somatotropina bovina difere, ligeiramente em estrutura da forma humana e não produz nenhuma
de suas ações biológicas normais em humanos, mesmo se acidentalmente injetada.
30
15. Federação das Sociedades Americanas de Ciência de Animais de Produção, maio de 1993
(representa as sociedades científicas norte-americanas relacionadas à produção animal -
Associação de Ciência LeiteiraAmericana,AssociaçãoAmericana de Ciência de Gado de Corte,
Sociedade Americana de Ciência Animal, Associação de Ciência Avícola).
14. Instituto deTecnologias de Alimento, maio de 1993.
A composição do leite não é afetada pelo rBST e não existe nenhum risco de saúde ou de segurança
conhecido para humanos.
“Não existe nenhuma razão para rotular alimentos provenientes de vacas tratadas com rBST porque
não há nenhuma restrição de segurança ou alteração na composição dos produtos”.
16. Conselho em Ciência Agrícola eTecnologia, maio de 1993 (organização educacional de 31
sociedades científicas relacionadas a alimento e agricultura).
17. Aliança Científica de Alimentos e de Nutrição, janeiro de 1994 (representa as sociedades
científicas norte-americanas relacionadas à tecnologia de alimentos e de nutrição humana
- Instituto Americano de Nutrição, Sociedade Americana de Nutrição Clínica, Instituto de
Tecnologias de Alimento e Associação Dietética Americana).
18. Relatório da Casa Branca sobre “Uso de Somatotropina Bovina (rBST) nos Estados Unidos:
Seus Efeitos Potenciais” janeiro de 1994 (estudo empreendido como parte da Coletânea do
Ato de Reconciliação Orçamentário de 1993, a pedido de vários senadores que publicamente
criticaram o rBST, incluindo os senadores Feingold (WI) e Leahy (VT))
O leite e a carne de animais tratados com rBST são seguros para o consumo humano.
O leite de vacas tratadas com rBST não é diferente, não representa nenhum risco possível à saúde.
Rótulos voluntários em laticínios afirmando serem produtos livres de rBST podem ser enganosos,
pois eles não são “significantes” nem “verificáveis”.
“Nenhuma evidência de que o rBST represente uma ameaça à saúde humana ou animal.
Ele foi mais estudado do que qualquer outro medicamento animal, foi considerado seguro pelo FDA
e por muitas outras entidades científicas nos E.U.A., Europa, e ao redor do mundo”.
19. Federação Leiteira Internacional, fevereiro de 1994, (revisão da tecnologia de rBST mun-
dialmente baseada, comissionada pelo IDF (39 países membros) e aprovada pelos comitês
científicos dos países membros).
Conclusão de que, sem exceção, grupos médicos, agências reguladoras governamentais e
sociedades científicas revisaram o rBST e verificaram que o consumo de produtos alimentares
provenientes de animais tratados com rBST são seguros para o consumo humano.
31
	 Ao aumentar a eficácia produtiva, o rBST também reduz a
poluição ambiental derivada de explorações leiteiras. Isso ocorre
pelo fato de requerer 12% menos alimento para produzir uma
unidade de leite.
	 A diminuição na produção de fezes, metano, nitrogênio e fósforo
por unidade de leite produzido, sendo os dois últimos os maiores
poluidores ambientais provenientes da atividade pecuária, são
outros importantes benefícios associados à utilização de rBST.
Segurança
para o ambiente
(Etherton, 2012 – Revista Inforleite)
(Campos; Coelho, 2009 – Revista Leite Integral)
32
	 Do ponto de vista científico, o rBST é um produto eficaz e seguro,
defendido por mais de 2000 estudos que mostram que esta
tecnologia não aumenta o risco para o consumidor ou o animal.
Pelo contrário, diante de uma população mundial em expansão,
os avanços em tecnologia que aumentam a produtividade e a
eficiência produtiva são imprescindíveis.
Segurança comprovada,
mundialmente há mais
de 25 anos
(Etherton, 2012 – Revista Inforleite)
	 Foi aprovada para uso comercial em mais de 20 países,
incluindo EUA, México, Guatemala, Costa Rica, Panamá,
Jamaica, Honduras, Brasil, Colômbia, Venezuela, Equador,
Peru, Chile, Uruguai, Rússia, Bulgária, República Checa,
Ucrânia, Emirados Árabes, Egito, Líbano, Jordânia,
Paquistão, África do Sul, Namíbia, Zimbábue e Coreia
do Sul.
33
IMPACTO DO rBST
Variável
Alimentação
Impacto do BST1
Diminuição 10,7%
Aumento 12,0%
Quantidade de vacas
Produção de leite por vaca
Diminuição 2,5 x 109
kg
Diminuição 5,6 x 107
kg
Grãos
Farinha de soja
Resíduos animais
Diminuição 6 x 109
kg
Diminuição 8 x 109
litros
Esterco
Urina
1
Os cálculos estimados se baseiam num índice de adoção de 100% e num aumento médio de
produção de leite por vaca de 12%
Os requerimentos de alimento e a produção de resíduos de vacas leiteiras
têm um impacto favorável quando se suplementam as vacas com rBST,
segundo dados de Bauman para a produção de leite nos EUA em 1988, a
qual foi de 66 x 109
kg
(Etherton, 2012 – Revista Inforleite)
“rBST é o primeiro produto biotecnológico para produção animal aprovado
em 1993 pelo FDA nos EUA. A partir deste momento, marcou-se uma nova
era na produção animal e na indústria láctea, pelo aumento substancial
que gera na produção de leite (4 a 6kg/vaca/dia, ou 10 a 15%), enquanto
que a composição do mesmo não é alterada; está acompanhada por
um aumento aproximado de 12% na eficiência produtiva sem afetar a
quantidade de rBST presente no leite ou a composição do mesmo. E o
aumento na eficiência produtiva reduz a produção de resíduos animais,
incluindo metano.”
Etherton, 2012 - Revista Inforleite).
Mais leite, com eficiência e segurança
34
Dados Experimentais
e de Literatura
35
Objetivo do Experimento
Critério de inclusão de animais
Analisar a produção de leite durante uma lactação de 305 dias de vacas
submetidas a aplicação de duas formulações de rBST.
Possuir pesagem de leite em todos os 16 ciclos de aplicação de
rBST;
Não perder sete ou mais produções de leite durante o mesmo ciclo
de aplicação.
Avaliação de dois diferentes rBST
na produção de leite e nos parâmetros
reprodutivos de vaca de leite no Brasil.
Henderson Ayres, Marcilio Nichi, Sandro Luis Viechnieski,
Pietro Sampaio Baruselli, 2016.
36
Análise estatística
Ao avaliar-se o aumento médio diário da produção de leite durante todos os ciclos
de aplicação, no grupo do Boostin®
houve um aumento da produção de leite de
1,7 kg de leite a mais do que o grupo concorrente. Em um total de 380,8 L a mais
por vaca em todo o período.
+ 1,7 kg
36,5
37,0
37,5
38,0
38,5
39,0
39,5
37.7 ± 0.08
ConcorrenteBoostin®
39.4 ± 0.08
}
P= 0,02 (diferença significativa)
KgdeLeite/vaca/dia
37
Produção nos 16 ciclos
Boostin®
Concorrente
20
25
30
35
40
45
Concorrente Dif Prod leiteBoostin®
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
20
25
30
35
40
45
KgdeLeite/vaca/dia
dias
KgdeLeite/vaca/dia
dias
38
177 dias com maior produção do Lote Boostin®
46 dias com maior produção do Lote Concorrente
1 dia com mesma produção
Dos 224 dias avaliados...
Dos 224 dias avaliados...
73 dias com diferença estatística
TODOS OS DIAS FORAM DO BOOSTIN®
39
20
25
30
35
40
45
Concorrente Dif Prod leite
Linear (Boostin®
) Linear (Concorrente)
Boostin®
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
KgdeLeite/vaca/dia
dias
Ao realizar a curva média de produção de leite dos dois produtos, verifica-se
que o Boostin®
apresentou maior produção de leite em relação ao concorrente,
tornando-se mais vantajoso.
40
ConcorrenteBoostin®
Dias após aplicação (d)
35
36
37
38
39
40
41
42
43
1413121110987654321
+ 1,7 kg/dia
+ 23,8 kg
Dias após o tratamento em
que os dois grupos
apresentaram a mesma
produção média
Dias após aplicação (d)
Boostin®
= sobe muito, por isso desce mais
Concorrente = se NÃO SOBE, NÃO DESCE
Este gráfico representa a compilação dos 16 ciclos de aplicação, ou seja, é a curva
padrão dos dois tratamentos
Produçãodiáriadeleite(kg)Produçãodiáriadeleite(kg)
35
1413121110987654321
PicoConc.-7dias
PicoBoostin®
-4dias
5,6 L 3,1 L
Pico Boostin®
Pico Concorrente
36,2
35,8
37
38
38,9
40
41
41,8
43
Produção a mais por ciclo de aplicação
Diferença entre produção do D0 até o pico
41
Efeito da suplementação de duas formas
comerciais de somatotropina bovina (rBST) na
produção de leite de vacas de alta produção
Relatório Final do Experimento
MSD Saúde Animal/StarMilk/UFPR
Prof. Dr. Rodrigo de Almeida (DZ-UFPR) - Coordenador
Méd. Vet. Sandro L. Viechnieski (StarMilk), Méd. Vet. Cristiane Azevedo (MSD
Saúde Animal) - Colaboradores
OBS: O resumo deste relatório foi apresentado pelos autores (R. Almeida & S.L. Viechnieski) no American Dairy
Science Association & American Society of Animal Science Joint Annual Meeting em New Orleans, Louisiana,
Estados Unidos, em julho de 2011, e publicado no J. Dairy Sci., v.94, E-Suppl.1, p.355.
	 Localização
	 Datas Relevantes
StarMilk – Fazenda Iguaçu
Município de Céu Azul – PR
Blocagem dos animais – 20/08/2010
Medição da produção de leite para covariável – 18/08 a 24/08/2010
1ª Aplicação de rBST (início do experimento) – 26/08/2010
2ª Aplicação de rBST – 09/09/2010
3ª Aplicação de rBST– 23/09/2010
4ª Aplicação de rBST – 07/10/2010
Término do experimento – 21/10/2010
42
A Fazenda Iguaçu contava no dia 20 de agosto com 518 vacas em lactação,
produzindo em média 36,3 L/dia. As vacas em lactação são distribuídas em sete
lotes distintos, sendo que no presente experimento os animais dos lotes quatro
e cinco foram usados como unidades experimentais. Após a avaliação dos dados
de produção, 160 vacas foram blocadas aos pares em dois lotes distintos, com
base na produção média de leite em um período de sete dias (de 18 a 24 de
agosto). Também houve a preocupação de formar dois grupos com médias si-
milares de idade em meses, número de lactações, estádio de lactação (dias em
leite) e proporção de vacas prenhas. Na tabela abaixo estão descritas as médias
de cada lote de vacas, mensuradas na véspera do início do experimento, dia 25
de agosto de 2010:
Durante o período experimental, estes dois lotes foram alojados, manejados,
alimentados e ordenhados da mesma forma, mas com a diferença
de um dos lotes ser suplementado com rBST na forma comercial de
Boostin®
e o outro lote com rBST concorrente, ambos num intervalo entre
aplicações de 14 dias. A resposta em produção de leite aos tratamentos foi
avaliada em quatro ciclos de aplicação de 14 dias, ou seja, 56 dias de período
experimental. As vacas foram ordenhadas três vezes ao dia, sendo a primeira
ordenha às 5h, a segunda às 12h45h e a terceira às 19h45h, com a utilização de
ordenhadeira mecânica.
Uma amostra de dieta total (TMR) de cada lote, recém-colocada no cocho, foi
quase que semanalmente coletada, totalizando 12 amostras (duas amostras/
semana x seis semanas).
Estas amostras foram congeladas e, em conjunto, enviadas e analisadas no
	 Descrição do Experimento
80 80
Variável Lote Boostin®
Lote Concorrente
Número de vacas
Idade (meses) 55,9±14,5 51,9±12,3
Número de lactações 2,56±0,98 2,35±0,76
Dias em lactação 218±155 216±143
Produção de leite (kg/dia) 43,3±12,3 43,8±10,6
Peso vivo (kg) 687±60 672±71
Escore condição corporal 2,80±0,19 3,00±0,24
% de vacas prenhas 28,75 (23/80) 27,50 (22/80)
43
Laboratório de Nutrição Animal da UFPR, em Curitiba, Paraná. As amostras
descongeladas foram pré-secas em estufa de ventilação forçada a 55o
C por 72
horas e depois trituradas em moinho estacionário Wiley Miller, com peneira
de malha de 1 mm, para posterior determinação dos teores de matéria seca a
100o
C, proteína bruta, fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido,
segundo metodologias da AOAC (1990) e Van Soest et al. (1991).
Duas vezes ao longo do experimento (no início e ao término) amostras da silagem
de milho e da silagem pré-secada de azevém foram coletadas. Estas amostras
também foram enviadas e analisadas no Laboratório de Nutrição Animal da
UFPR, em Curitiba-PR, segundo as mesmas metodologias citadas acima.
Na véspera do início do experimento (25 de agosto) e no dia seguinte ao térmi-
no do experimento (22 de outubro), o peso vivo de cada vaca foi estimado por
mensuração do perímetro torácico. O escore de condição corporal foi avaliado
em escala de 1 a 5 (magra a gorda) também pelo mesmo avaliador, segundo
metodologia de Wildman et al. (1982).
A composição do leite não foi objeto de análise neste ensaio experimental, mas
as médias gerais de cada lote para teores de gordura, proteína, lactose, sólidos
totais, contagem de células somáticas e nitrogênio ureico no leite, oriundas do
controle leiteiro regular na Clínica do Leite (ESALQ, Piracicaba-SP), foram moni-
toradas nos dias 23 de agosto, 21 de setembro e 17 de outubro.
Descrição e Análise das Dietas
O rebanho leiteiro da Fazenda Iguaçu adota a prática de dieta única para todos
os lotes de vacas em lactação há alguns anos e este manejo teve continuidade
ao longo do experimento. A dieta foi fornecida na forma deTMR (dieta total mis-
turada) em cinco tratos diários.
Manejo de sobras continuou
a ser adotado na proprie-
dade, buscando-se um per-
centual de sobras diário ao
redor de 3% do ofertado.
A dieta praticada para as vacas
em lactação ao longo do perío-
do experimental teve a seguin-
te composição:
Ingredientes %MS
Silagem de milho
Silagem pré-secada de azevém
Milho moído
Farelo de soja
Caroço de algodão
Casca de soja
Ureia pecuária
Mistura mineral-vitamínica
36,22
6,79
28,53
13,71
6,79
4,53
0,53
2,73
44
Com as análises dos alimentos volumosos (silagem de milho e pré-secado de
azevém), estimamos os seguintes níveis nutricionais usando o programa CPM-
Dairy (versão 3.0.10): 53,7%MS, 1,64 Mcal/kg ELlac, 71,0%NDT, 17,0%PB,
5,10%PNDR, 33,3%FDN, 19,5%FDA, 19,0%FDNfe, 29,6%Amido, 4,2%EE,
0,64%Ca e 0,46%P.
Segundo dados da própria Fazenda Iguaçu, na semana anterior ao início do expe-
rimento o consumo alimentar médio das vacas dos lotes experimentais estava
em 26,53 kg MS/vaca/dia, o custo alimentar do kg de MS era de R$ 0,4175/kg,
o custo alimentar diário foi estimado em R$ 11,09/vaca/dia, o custo alimentar
por litro de leite produzido era de R$ 0,26/L e, finalmente, a renda sobre o custo
alimentar (IOFC) foi estimada em R$ 23,51/ vaca/dia.
Antes de iniciar a análise estatística propriamente dita, a variável produção de
leite diária foi testada para normalidade. Das 8.960 potenciais observações (160
vacas x 56 dias), somente 177 observações não tinham dados de produção
(“missing values”), por conta do tratamento de mastite ou outras enfermidades
ou ainda secagem no meio do experimento (uma única vaca do lote Boostin®
).
A média geral e seu respectivo desvio-padrão para as 8.783 observações
restantes foi 38,08 ± 13,15 kg/dia.
Embora o teste de Kolmogorov-Smirnov (para análises com mais de 2000
informações) tenha indicado uma pequena não-normalidade por conta
de uma assimetria de -0,26 e curtose de -0,08, e os valores estatísticos de
tendência central tenham sido um pouco discrepantes (média 38,08, mediana
39,30 e moda 43,00), assumiu-se normalidade dos dados por conta de que
nenhum dos modelos lineares generalizados testados (procedimento GENMOD
do SAS) descreveu melhor a distribuição dos dados observados.
Os dados de produção de leite nos sete dias anteriores ao início do experimento
foram mensurados e incluídos no modelo como covariáveis. Todas as variáveis
produtivas foram mensuradas diariamente do dia um ao dia 56 do período
experimental e analisadas pelo procedimento MIXED do SAS, versão 9.0 (SAS
Institute, 2002).
	 Análise Estatística
45
As médias ajustadas de produção diária de leite, e respectivos erro-padrão, para
as vacas tratadas com Boostin®
foi de 38,84 ± 0,48 e para as vacas tratadas
com o concorrente foi de 37,23 ±
0,48, uma diferença de 1,61 kg/dia,
que alcançou significância a 5% de
probabilidade (P=0,0207).
Como o efeito de interação tratamen-
to*tempo foi, significativo (P<0,01),
analisamos os dias do período expe-
rimental em que a produção de leite
foi estatisticamente diferente entre
os dois lotes.
Yijk = m + CV + Bi + Tj + Sk + TSjk + Eijk
m = média geral
CV = covariável (medições da produção de leite obtidas antes da aplicação
dos tratamentos)
Bi = efeito de bloco (i = 1 a 80)
Tj = efeito de tratamento (j = Boostin®
; concorrente)
Sk = efeito do tempo (k = 1 a 56 dias)
TSjk = interação entre tratamento e tempo
Eijk = erro residual
	 Resultados e Discussão
Produção de Leite
37,2
ConcorrenteBoostin®
38,8
34
35
36
37
38
39
40
1,61 kg
20,31
1,44
5,58
77,97
4,65
Efeito Valor F P>F
Produção leite anterior (covariável)
Tratamento
Período
Tratamento*Tempo 4,65
Bloco
<0,0001
0,0547
0,0207
<0,0001
<0,0001
O quadrado médio do efeito de vaca dentro de tratamento foi utilizado como
medida de erro para testar o efeito de tratamento. Na tabela abaixo está descrito
o teste de significância dos diversos efeitos incluídos no modelo:
46
ConcorrenteBoostin®
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
50
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56
* P < 0.05
Esta conclusão é importante, já que há uma ideia comum entre os produtores
que a menor produção de leite das vacas tratadas com o concorrente na primeira
metade do ciclo de 14 dias é compensada por uma maior produção na segunda
metade do ciclo. Tal fato não foi demonstrado no presente experimento. Em ou-
tras palavras, vacas tratadas com rBST concorrente são de fato mais persisten-
tes, mas esta maior persistência não é explicada pela maior produção na segun-
da metade do ciclo, mas sim pela menor produção na primeira metade do ciclo.
A produção de leite das vacas tratadas com Boostin®
foi superior (P<0,05) nos
dias 3,4 e 6 do primeiro ciclo de aplicação de rBST, nos dias 2, 3, 4, 6 e 8 do se-
gundo ciclo, nos dias 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 do terceiro ciclo e, finalmente, nos dias
3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 do quarto e último ciclo de aplicação de rBST.
Como já comentado acima, os pontos de máxima produção dentro de cada ciclo
foram mais rapidamente alcançados nas vacas tratadas com Boostin®
do que
em vacas suplementadas com o rBST concorrente; 6º, 4º, 7º, e 5º dia de cada
ciclo para vacas tratadas com Boostin®
e 6º, 5º, 11º, e 9º dia de cada ciclo para
vacas tratadas com rBST concorrente. Não foi um objetivo do presente estudo
comparar o desempenho reprodutivo de vacas tratadas com as duas formas
Dos 56 dias, 22 dias apresentaram diferença significativa (P<0,05), sempre
a favor do lote de animais tratados com Boostin®
. Em outras palavras, em
nenhum dos 56 dias do período experimental, a produção de leite das vacas
tratadas com o concorrente foi, estatisticamente superior à produção de leite
das vacas tratadas com Boostin®
.
47
comerciais de somatotropina bovina, mas aparentemente a reconcepção das
vacas foi similar nos dois lotes. No lote de vacas tratadas com Boostin®
(total
de 80 animais), no início do experimento (26/agosto) 23 vacas tinham prenhez
confirmada e este número aumentou para 34 vacas confirmadas ao final do ex-
perimento (20/outubro).
Já no grupo de vacas tratadas com o rBST concorrente (mesmo total de 80
animais), 22 vacas tinham prenhez confirmada no início do experimento e este
número aumentou para 37 vacas confirmadas no fim do experimento.
A produção de leite média das 160 vacas foi de 43,8 L/vaca/dia no primeiro dia
do período experimental e de 30,3 L/vaca/dia no último dia do período de coleta
de dados, uma diferença expressiva de 13,5 litros.
Parte desta diferença é facilmente explicada pelo fato de que não houve ingresso
de novas vacas recém-paridas ou no pico de produção de leite nestes lotes, as-
sim o DEL (dias em leite) médio destes dois lotes foi aumentando na medida em
que o experimento avançava. Como boa parte das vacas avaliadas era multípara
com três ou mais parições, o grau de persistência destas lactações era menor;
0,08 L/dia, segundo estudos conduzidos na década passada com lactações de
vacas paranaenses inscritas em controle leiteiro oficial (Molento, 1995). Se mul-
tiplicarmos 0,08L pelo número de dias do experimento (56) pode-se estimar em
aproximadamente 4,5 L/vaca/dia a queda em produção esperada.
Como não houve mudanças dietéticas significativas ao longo do experimento,
ainda cabe a pergunta das razões que as vacas declinaram suas produções muito
além do esperado. Provavelmente um conjunto de fatores: temperaturas am-
bientais ligeiramente crescentes (experimento começou no inverno e acabou
na primavera), aumento na proporção de vacas gestantes em ambos os lotes
(está bem estabelecido na literatura que a vaca decresce sua produção assim
que emprenha), reacomodação na hierarquia entre vacas após formação dos lo-
tes, ou ainda, produções anteriores ao experimento obtidas de vacas habituadas
com ciclo de aplicação de rBST a cada 10 dias (e não 14 dias como a adotada
no experimento). Se esta última justificativa for pertinente, podemos especular
que o grau de morte celular nos alvéolos mamários foi particularmente alto nos
primeiros dias após início do experimento.
Esta afirmação parece ganhar respaldo quando observamos os marcantes de-
clínios de produção nos dois primeiros ciclos de aplicação, em ambos os lotes
48
de vacas tratadas (ver figura anterior). Apesar das temperaturas desafiadoras
da região e a possibilidade do estresse calórico diminuir as produções de leite
em animais especializados, no período experimental as temperaturas ambientais
não foram tão altas a ponto de comprometer o desempenho produtivo.
As temperaturas médias observadas ao longo do estudo foram: 18,9°C no perío-
do da manhã (8h), 24,3°C à tarde (16h) e 19,1°C à noite (22h). Já as temperaturas
máximas e mínimas ficaram em: 30,0°C e 9,4°C, 31,9°C e 10,9°C, e 30,6°C e
8,3°C, respectivamente nos períodos da manhã, tarde e noite. Também não en-
contramos correlações significativas entre a temperatura ambiental e a produção
de leite obtida no mesmo dia (ou no dia seguinte); mais um indicativo do pouco
impacto das temperaturas ambientais nos resultados aqui relatados.
Os valores nutricionais da TMR de ambos os lotes, estimados com as análises
dos volumosos coletados no início do experimento, foram: 49,5%MS, 17,0%PB,
19,4%FDA e 33,2%FDN. Em geral, os resultados são satisfatórios e não houve
diferenças importantes entre as dietas ofertadas aos dois lotes.
Vacas de alta produção suplementadas com somatotropina bovina na forma co-
mercial Boostin®
produziram mais leite (P<0,05) que vacas tratadas com soma-
totropina na forma concorrente; 38,8 ± 0,5 vs. 37,2 ± 0,5 L/dia, respectivamente.
	 Análise das Amostras de DietaTotal
	 Conclusões
10
15
0
26/ago 28/ago 30/ago 01/set 03/set 05/set 07/set 09/set 11/set 13/set 15/set 17/set 19/set 21/set 23/set 25/set 27/set 29/set 01/out 03/out 05/out 07/out 09/out 12/out 13/out 15/out 17/out 19/out
5
20
25
30
35
40
45
50
Manhã Tarde (16:00h) Noite (22:00h) Produção de Leite
49
Objetivo
Resultado Desafio Boostin®
Cruzeiro da Fortaleza/MG – Agosto/2017*
(Teste de campo)
Material e Método
Realizar teste de campo para comprovar, localmente a superioridade do
Boostin®
frente ao concorrente.
DEL médio = 194 dias
(63 – 484 dias)
Nº Lactações = 1,61
(1 – 4)
Prod. Leite = 31,5 L
(17,5 – 41,4 L)
62 Vacas Girolando
Critérios de alocação dos animais
em cada tratamento
Nº DE LACTAÇÕES
SEMELHANTE
DEL
SEMELHANTE
PRODUÇÃO
DE LEITE
SEMELHANTE
50
Critérios de alocação dos animais
em cada tratamento
Boostin®
Concorrente Boostin®
Concorrente
Concorrente
Animais previamente tratados
com Boostin®
ou concorrente
Divididos igualmente para
permanecer ou mudar de
tratamento
1.61 ± 0.83 1.61 ± 0.83
Boostin®
Concorrente
Nº de Lactações
DEL 202.19 ± 98.28 187.74 ± 109.95
Produção de leite 31.48 ± 6.63 31.45 ± 6.63
51
ciclos de
aplicação
Começo
Meio
Fim
6
Animais divididos
igualmente pelo
Estágio da Lactação
Com seis ciclos de aplicação e animais de começo, meio e fim de lactação,
conseguimos comprovar mais rapidamente os resultados, que podem ser
considerados bem próximos ao de um trabalho de lactação completa.
Ciclos de aplicação
52
20
22
24
26
28
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48 51 54 57 60 63 66 69 72 75
20
22
24
26
28
30
32
34
36
38
40
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48 51 54 57 60 63 66 69 72 75
ConcorrenteBoostin®
Tratamento – P<0.0001
Tempo – P<0.0001
Trat. x Tempo – P=0.004
Concorrente
ConcorrenteBoostin®
Tratamento – P=0.0002
Tempo – P<0.0001
Trat. x Tempo – P=0.0047
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Resultados
53
Resultados
ConcorrenteBoostin®
1,29
Litros de
leite/dia
31,22
29,93
29
30
30
31
31
32
54
Conclusão
Boostin®
produziu MAIS
leite no período todo
O aumento foi de
+ 1,290 mL dia/animal
Totalizando
+ 16,77 L em 13
dias/animal
Totalizando
+ 3.119,22 em
6 aplicações
55
Objetivo
Resultado Desafio Boostin®
Pilar do Sul/SP - Agosto/2017*
(Teste de campo)
Material e Método
Realizar teste de campo para comprovar, localmente a superioridade do
Boostin®
frente ao concorrente.
Época do Ano = Verão
DEL médio = 191 dias
(52 – 373 dias)
Nº Lactações = 2,13
(1 – 6)
Prod. Leite = 37,09L
(20,6 – 50,9 L) 60 Vacas Holandesas
Critérios de alocação dos animais
em cada tratamento
Nº DE LACTAÇÕES
SEMELHANTE
DEL
SEMELHANTE
PRODUÇÃO
DE LEITE
SEMELHANTE
56
Critérios de alocação dos animais
em cada tratamento
Boostin®
Concorrente Boostin®
Concorrente
Concorrente
Animais previamente tratados
com Boostin®
ou concorrente
Divididos igualmente para
permanecer ou mudar de
tratamento
2.01 2.27
Boostin®
Concorrente
Nº de Lactações
DEL 190.8 194.0
Produção de leite 31.09 31.09
57
ciclos de
aplicação
Começo
Meio
Fim
6
Animais divididos
igualmente pelo
Estágio da Lactação
Com seis ciclos de aplicação e animais de começo, meio e fim de lactação,
conseguimos comprovar mais rapidamente os resultados, que podem ser
considerados bem próximos ao de um trabalho de lactação completa.
Ciclos de aplicação
58
Resultados
ConcorrenteBoostin®
30
32
34
36
38
-14 -10 -6 -2 2 6 10 14 18 22 26 30 34 38 42 46 50 54 58 62 66 70
30
32
34
36
38
40
42
44
46
48
-14 -10 -6 -2 2 6 10 14 18 22 26 30 34 38 42 46 50 54 58 62 66 70
ConcorrenteBoostin®
Boostin®
32
34
36
38
40
42
44
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
32
34
36
38
40
42
44
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
59
Resultados
ConcorrenteBoostin®
0,7 Litros de
leite/dia
38,7
38,0
36,0
36,5
37,0
37,5
38,0
38,5
39,0
60
Conclusão
Boostin®
produziu MAIS
leite no período todo
O aumento foi de
+ 700 mL dia/animal
Totalizando
+ 8,4 L em 12
dias/animal
Totalizando
+ 1,512 L em
6 aplicações
61
Objetivo
Resultado Desafio Boostin®
Prata/MG - Maio/2016*
(Teste de campo)
Material e Método
Realizar teste de campo para comprovar, localmente a superioridade do
Boostin®
frente ao concorrente.
DEL médio = 180 dias
(72 – 296 dias)
Animais a pasto
Suplementação: concentrado
no momento da ordenha
Nº Lactações = 1,73
(1 – 5)
Prod. Leite = 23,9 L
(12,7 – 37,2 L)
68 Vacas Girolando
Época do Ano = Verão
62
Critérios de alocação dos animais
em cada tratamento
Nº DE LACTAÇÕES
SEMELHANTE
DEL
SEMELHANTE
PRODUÇÃO
DE LEITE
SEMELHANTE
Ao se realizar um comparativo, é importantissímo haver uma homogeneidade entre
os animais de cada grupo, para que nenhum seja beneficiado. Sendo assim, os dois
grupos têm número de lactações, DEL e produção de leite semelhantes para que a
comparação seja feita de maneira correta.
63
ciclos de
aplicação
Começo
Meio
Fim
6
Animais divididos
igualmente pelo
Estágio da Lactação
Critérios de alocação dos animais
em cada tratamento
Ciclos de aplicação
Com seis ciclos de aplicação e animais de começo, meio e fim de lactação,
conseguimos comprovar mais rapidamente os resultados, que podem ser
considerados bem próximos ao de um trabalho de lactação completa.
Boostin®
Concorrente Boostin®
Concorrente
Concorrente
Animais previamente tratados
com Boostin®
ou concorrente
Divididos igualmente para
permanecer ou mudar de
tratamento
64
Resultados
ConcorrenteBoostin®
15
17
19
21
23
25
27
1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76 81
Produção(kg/vaca)
dias
As curvas entre os ciclos de aplicação são bastante semelhantes aos outros
trabalhos já publicados, mostrando um maior pico de produção do Boostin®
em
todas as aplicações.
65
Curva Padrão
ConcorrenteBoostin®
1413121110987654321
18
19
20
21
22
23
24
25
D0atéPico
Concorrente
D0atéPicoBoostin®
Produção(kg/vaca)
dias
Produção Diária Média de Leite
20,6
20,8
21,0
21,2
21,4
21,6
21,8
22,0
21.1
ConcorrenteBoostin®
21.9
+ 0,8 kg
Produção(kg/vaca/dia)
66
Conclusão
Boostin®
produziu MAIS
leite no período todo
O aumento foi de
+ 800 mL dia/animal
Totalizando
+ 11,2 L em 14
dias/animal
Totalizando
+ 2.284,80 L em
6 aplicações
67
Conclusões
Outros estudos
68
Betânia Glória CAMPOS; Sandra Gesteira COELHO; Angela Maria Lana QUINTÃO;
Euler RABELO; Tiatrizi Siqueira MACHADO; Bruna Figueiredo SILPER
Avaliação da segurança do Boostin®
administrado via
subcutânea em vacas lactantes (durante toda a lactação)
Carlos Roberto da Silva, M.V., Msc.
“A utilização de rBST 500 mg em vacas mestiças ¾ e girolandas (bos taurus x bos indi-
cus) foi eficiente em promover aumentos significativos em produção de leite, observando
um aumento médio de até 2,3 kg de leite por vaca/dia/ na lactação. Não houve diferença
significativa na produção de leite de vacas recebendo a aplicação de rBST 500 mg a in-
tervalos de 12 ou 14 dias.
Não foram observadas diferenças entre animais tratados com rBST e não tratados quanto
à composição do leite, valores de CCS e ocorrência de mastite clínica.”
“Após a avaliação dos valores obtidos por meio da aferição de parâmetros clínicos
juntamente com as análises dos exames hematológicos e bioquímica sérica realizados
em momentos pré-estabelecidos, não foram detectadas alterações dos parâmetros
clínicos, hematológicos e bioquímicos nos animais que receberam o produto Boostin®
.
Não foram observados ainda efeitos colaterais ou quaisquer alterações causadas pela
aplicação do produto teste. Conclui-se que o produto Boostin®
é seguro para uso em
vacas em lactação tratadas na dose de uma aplicação via subcutânea (fossa ísquio-retal),
durante toda a lactação, com intervalos de 14 dias entre cada administração.”
Emprego da somatotropina bovina (rBST) de 500 mg em
vacas mestiças bos taurus x bos indicus a intervalos de
12 ou 14 dias
69
Parâmetros avaliados durante o estudo
	 Mortalidade e morbidade de animais (acompanhamento diário).
	 Comportamento dos animais (acompanhamento diário de eventos adversos).
	 Avaliação do local de aplicação do produto no D+1, D+3, D+5, D+7 e no dia seguinte
após cada tratamento.
	 Exame clínico dos animais no D-7, D0, D+1, D+3, D+5, D +7 e no dia seguinte após
cada tratamento.
	 Evolução clínica do parênquima mamário nos dias D-7, D0, D+1, D+3, D+5, D +7 e
um dia depois de cada tratamento.
	 Exames laboratoriais: hemograma e bioquímica sérica em D-7, D0, D+1, D+3, D+5,
D +7 e no dia seguinte, após cada tratamento.
	 Peso dos animais no D-7, D0, D+1, D+3, D+5, D +7 e no dia seguinte, após cada
tratamento.
70
“Durante todo o período experimental, os animais apresentaram
comportamento característico à espécie e nenhuma reação adversa foi
observada.”:
Avaliação clínica:
			 Temperatura retal
			 Frequência cardíaca
			 Frequência respiratória
			 Movimentos ruminais
			 Avaliação clínica do parênquima mamário
Avaliação Hematimétrica:	
			 Hemácias
			 Volume globular
			 Volume corpuscular médio
			 Hemoglobina corpuscular média
			 Concentração de hemoglobina corpuscular média
			 Hemoglobina
			 Leucócitos totais
			 Neutrófilos segmentados
			 Eosinófilos
			 Monócitos
			 Linfócitos
			 Plaquetas 	
Parâmetros bioquímicos:
			 Aspartato Aminotransferase (AST)
			 Gama Glutamiltransferase (GGT)
			 Creatinina
			 Urea
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Manual técnico sobre produção de leite e uso de rBST

  • 1. MANUAL TÉCNICO Tecnologia e segurança na produção de leite
  • 2.
  • 3. 3 Mantendo a missão de levar alimentos de qualidade, seguros, e em maior quantidade para a população, a Linha BST e Saúde do Úbere apresenta mais um novo material: o Manual Boostin. O objetivo deste material é contribuir com a reciclagem de conhecimentos e com a troca de experiências, servindo de fonte de pesquisa rápida e ampla sobre todos os aspectos vinculados à atividade leiteira, sob a ótica da qualidade, rentabilidade e da sustentabilidade. Ele reforça toda a segurança (para seres humanos, animais e para o meio ambiente) desta molécula - que é uma das mais testadas do mundo, bem como, o resultado diferenciado frente ao produto concorrente. Aproveite bastante este material, e que ele sirva para ajudá-lo a continuar com excelentes performances em sua atividade e, principalmente, na missão principal, que é a de melhorar a vida das pessoas por meio da ciência para animais mais saudáveis. Boa leitura. Vanessa Masson Gerente Técnica Leonardo Belli Gerente de Produto Henderson Ayres Gerente de Produto
  • 4. 4 O que é a Somatotropina Bovina rBST?................................................................pág. 05 Mecanismo de Ação do BST.................................................................................pág. 07 Qual é o momento ideal para se usar e até quando devo usar?...........................pág. 09 Padrão de Resposta na Produção de Leite............................................................ pág. 10 Fatores Relacionados ao uso de Boostin® ............................................................. pág. 11 Produção de Leite e Balanço Energético............................................................... pág. 12 Condição Corporal................................................................................................. pág. 13 Reprodução........................................................................................................... pág. 14 Disponibilidade de Alimentos................................................................................ pág. 15 Curvas de Lactação (rebanhos de 7000 a 10000 kg/vaca/ano)............................. pág. 16 Composição.......................................................................................................... pág. 17 Características, vantagens e benefícios................................................................ pág. 18 Argumentos do uso de Boostin® em relação ao concorrente............................... pág. 19 Locais de Aplicação...............................................................................................pág. 21 Mas afinal qual é o ganho com o uso de rBST?....................................................pág. 22 Segurança para os animais....................................................................................pág. 24 Segurança para os seres humanos.......................................................................pág. 26 Segurança para o ambiente...................................................................................pág. 31 Segurança comprovada mundialmente a mais de 25 anos...................................pág. 32 Dados Experimentais e de Literatura....................................................................pág. 34 Avaliação de dois diferentes rBST na produção de leite e nos parâmetros reprodutivos de vaca de leite no Brasil..................................................................pág. 35 Relatório Final do Experimento MSD Saúde Animal/StarMilk/UFPR.....................pág. 41 Resultado Desafio Boostin® - Cruzeiro da Fortaleza/MG: (Teste de campo)..........pág. 49 Resultado Desafio Boostin® - Pilar do Sul/SP: (Teste de campo)...........................pág. 55 Resultado Desafio Boostin® - Prata/MG: (Teste de campo)...................................pág. 61 Conclusões - outros estudos.................................................................................pág. 67 Índice
  • 5. 5 Somatotropina Bovina (BST) é também chamada hormônio do crescimento bovino. O termo rBST é usado para referir-se ao produto comercial produzido pela tecnologia de DNA recombinante. rBST é transportado para inúmeros tecidos, entre eles, o fígado, onde ele estimula os hepatócitos a produzir o fator de crescimento semelhante a insulina (IGF-1). IGF-1 também é um hormônio proteico que altera a atividade e tem ação sobre diversas células do organismo, inclusive, as da glândula mamária, promovendo melhor “saúde” a elas. rBST na sua dosagem comercial de 500 mg é utilizada em vacas leiteiras para aumentar a produção de leite, há mais de 25 anos. Atua diminuindo a morte alveolar e, consequentemente, teremos mais células produzindo leite. Como todos os outros hormônios proteícos, rBST e IGF-1, quando ingeridos oralmente, sofrem digestão no estômago, sendo quebrados em aminoácidos. BST é um hormônio proteico naturalmente produzido no sistema nervoso central. O que é a Somatotropina Bovina rBST?
  • 6. 6 HORMÔNIOS PROTEICOS E ESTEROIDES Hormônios Proteicos Hormônios Esteroides Seus efeitos biológicos são diferentes; são mensageiros químicos que organizam atividades celulares no organismo Unem-se a células específicas. Não se armazenam no tecido adiposo (gordura corporal). São moléculas complexas formadas por aminoácidos. Possuem efeitos biológicos específicos para a espécie. São inativas em forma oral; digerem-se no estômago e no intestino delgado em aminoácidos, como todas as outras proteínas do alimento. Degradam-se rapidamente no organismo. Podem acumular-se no organismo. Armazenam-se na gordura corporal. São moléculas orgânicas derivadas do colesterol. Não possuem efeitos específicos para a espécie. Não se degradam rapidamente e podem ter efeitos residuais. Podem ser ativas em forma oral e são absorvidas de forma intacta. (Etherton, 2012 – Revista Inforleite)
  • 7. 7 Mecanismo de Ação do BST FígadoOssos Células Adiposas Células Adiposas Lipogênese Formação de cartilagem Crescimento Ósseo Síntese Proteica Qualidade do Oócito Produção de leite Integridade dos alvéolos Condrócitos Músculo Ovários Embrião Glândula Mamária SOMATOTROPINA SOMATOMEDINA-C IGF-1 Crescimento Morte Embrionária Hipófise
  • 8. 8 Somatotropina bovina Vitamina E e Lecitina Hipófise FSH+LH+BST + ocitocina IGF-1
  • 9. 9 330300270240210180150120906030 Produção de Leite Ingestão de MS ECC Iniciar Programa Boostin® Crescimento fetal Dias em Lactação *Importante lembrar que o início da aplicação pode variar conforme a raça dos animais e o perfil de produção. 60 dias pós-parto até 30 dias antes da secagem Qual é o momento ideal para se usar em função dos dias em lactação e até quando devo usar? Após o parto, o animal precisa aumentar o consumo de matéria seca para re- cuperar o peso corporal e compensar sua produção de leite. Até que isso acon- teça, dizemos que o animal está em balanço energético negativo (BEN), ou seja, a quantidade de energia ingerida pelo animal é inferior a quantidade de energia necessária para produção de leite e, também para a recuperação do peso corporal.
  • 10. 10 Padrão de Resposta na Produção de Leite rBST rBST rBST Típico declínio na produção dias rBST 0 7 14 21 28 35 42 Volume do Leite Com o uso de rBST a curva de produção continua acompanhando o ciclo natural, porém com um incremento significativo na produção de leite, uma vez que a morte alveolar é muito menor nos animais que recebem rBST.
  • 12. 12 Produção de Leite e Balanço Energético Controle rBST -10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Semana de suplementação com rBST Produção de leite ou consumo de matéria seca (Kg⁄d) Energia (Mcal EL/d) Produção de Leite Balanço Energético CMS 0 5 10 15 20 25 30 35 40 -10 0 10 20 30 40 50 BE+ BE- Há incremento na produção de leite, imediatamente após o tratamento com rBST, porém os animais demoram algum tempo para aumentar o consumo de matéria seca (CMS). Mesmo nessa situação, o animal continua em Balanço Energético Positivo (conforme mostrado no eixo Y da direita).
  • 13. 13 Condição Corporal Animais suplementados com Boostin® , desde que bem alimentados, possuem uma melhor conversão alimentar, proporcionando um retorno mais rápido a uma condição corporal ideal. “Durante as quatro lactações consecutivas, as vacas que receberam rBST produziram 3,7 kg/dia (14%) mais leite e ganharam 52 kg (37%) mais peso corporal do que as vacas do grupo controle”... * *J.T. Huber*, Z. Wu*, C. Fontes, Jr*, J.L. Sullivan* * Department of Animal Science, University of Arizona, Tucson 85721 - USA - Journal Dairy Science, 1997, 80:2355-2360
  • 14. 14 Reprodução O uso do rBST inão interfere nos parâmetros reprodutivos. rBST-63 rBST-73 Controle Sem pré-sincronização 0 10 20 30 40 50 60 70 Taxadeprenhez(%) Taxa de prenhez aos 74 d após a IA para vacas Ciclando (n=375) Taxa de prenhez aos 74 d após a IA para vacas Ciclando (n=375) 34,2% 33,7% 25,3% rBST-63 rBST-73 Controle Com pré-sincronização Moreira et al. J. Dairy Sci. (2001) 0 10 20 30 40 50 60 70 Taxadeprenhez(%) 58,1% 56,1% 42,6% “Gêmeos, Ovários Císticos ou abortos não foram afetados pelo tratamento. A suplementação de vacas com rBST não teve efeito no total de casos de mastite, total de dias das mastites, duração de mastites, ou tendência de novas vacas em desenvolver mastites"... Journal of Dairy Science 2001, 84:1098-1108
  • 15. 15 As vacas que ganham rBST comem mais, sendo que a relação nutricional é da ordem de 0,5 Kg de MS da dieta total, para cada litro de leite produzido a mais. Este cálculo é variável pelo nível de proteína da dieta. Lembrando que pode haver diferença de teor de MS nas diferentes dietas. “Com a dieta típica de feno, silagem de milho e ração de grãos, vacas de alta produção irão consumir, aproximadamente 1 kg de matéria seca para cada 2 kg de leite adicional produzido”... J. F. SMITH Kansas State University Disponibilidade de Alimentos É importante lembrar, que a ingestão de MS também é influenciada por fatores externos como aumento de temperatura, ou seja, quando a temperatura se eleva o consumo de MS cai, fazendo com que a produção de leite também caia independente do uso de rBST.
  • 16. 16 Curvas de Lactação (rebanhos de 7000 a 10000 kg/vaca/ano) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Cada litro de leite a mais no Pico de Lactação corresponde a um incremento de 200 a 250 litros de leite na lactação completa Mês da lactação Kgleite⁄vaca⁄dia 15 20 25 30 35 40 45 50 Quando começamos a utilizar rBST a partir do pico de produção, evitamos que uma série de células da glândula mamária morra e pare de produzir leite. Dessa forma, esse animal consegue expressar mais o seu potencial produtivo quando analisamos a lactação completa. As diferentes raças possuem diferentes curvas de lactação devido a sua aptidão. As quantidades de BST endógenos produzidos diminuem conforme o DEL vai aumentando. Isto diminui a produção de leite no decorrer da lactação, pois ocorre uma maior morte celular.
  • 17. 17 Composição Cada seringa 2 mL (uma dose) contém: Somatotropina Bovina Recombinante...................................... 500 mg Vitamina E.............................................................................. 1,200 mg Lecitina..................................................................................... 300 mg
  • 18. 18 Características, vantagens e benefícios Boostin® Somatotropina Recombinante Bovina (rBST) Extensão do Veículo sem reação local período de lactação CARACTERÍSTICAS VANTAGENS BENEFÍCIOS Maximização da produtividade individual, com rápido retorno ao investimento Ferramenta para redução de custos fixos da propriedade, aumentando lucratividade Possibilita a rápida ação do produto, grande diferencial frente ao concorrente Lecitina + Vitamina E
  • 19. 19 Argumentos do uso de Boostin® em relação ao concorrente Início de ação mais rápida que o concorrente. Maior pico de produção. Sempre lembrar que, como o concorrente tem uma resposta mais lenta no início (pico por volta de 7 dias, enquanto Boostin® tem pico por volta de 4 dias), o número de dias em que há aumento efetivo de produção leiteira é maior no Boostin® . Foi publicado no Congresso Mundial de Buiatria 2016 um trabalho comparativo dos dois produtos do mercado durante uma lactação completa, realizado no Brasil (ver na sessão “Dados Experimentais e de Literatura”). Lembrar que, a diferença de produção entre os animais de um mesmo lote em uma fazenda de leite, comumente, é maior que a diferença de produção de animais que são tratados com Boostin® vs concorrente. Além do mais, os dois produtos tem a mesma variação no consumo de MS. Completamente seguro para os animais. Maior produção de leite quando comparamos a produção total entre as aplicações.
  • 20. 20 Locais de Aplicação Fossa ísquio-retal Tábua do pescoço Região subescapular Sempre utilizar a via subcutânea
  • 21. 21 Mas afinal qual é o ganho com o uso de rBST? Aumento da produção de leite Aumento da eficiência de produção Maior retorno econômico Impacto ambiental positivo
  • 22. 22 Aumento da produção de leite Aumento da eficiência de produção Aumento imediato na produção e na persistên- cia da lactação, evitando a diminuição acentuada da produção após o pico. Este aumento da persistência está rela- cionado à manutenção das células secretoras de leite. De acordo com a literatura, a resposta em aumento de produção de leite pode variar de 10 a 40%, sendo o manejo o principal responsável por esta variação, além da variação individual, status nutricional, dosagem utilizada, dias em lactação (DEL) e ordem de lactação (número de partos). Com a utilização de rBST ocorre aumento da eficiência de produção, ou seja, maior quantidade de leite por Kg de alimento ingerido, o que está relacionado, principalmente à diluição da mantença, além do aumento da capacidade de síntese de leite pelas células secretoras. “Se os produtores aplicarem em somente 70 a 75% das vacas elegíveis a resposta de produção de leite ao rBST na região do platô da curva de lactação será de, aproximadamente 5 kg/dia “... J. F. SMITH Kansas State University
  • 23. 23 Maior retorno econômico Em consequência do aumento de eficiência de produção, haverá diminuição do custo por litro de leite. (Campos; Coelho, 2009 – Revista Leite Integral) Impacto ambiental positivo De acordo com Capper et al. (2008), a diluição da mantença conferida pela utilização do rBST, por unidade de leite, leva a uma redução na produção de fezes de 6,8%, e na produção de metano de 7,3%. Além disso, a excreção de nitrogênio e fósforo, os dois maiores poluentes ambientais provenientes da atividade pecuária, foi re- duzida em 9,1% e 11,8%, respectivamente. Ainda de acordo com este estudo, fazendo uma simulação com uma população de um milhão de vacas tratadas com rBST, comparada à mes- ma população não tratadas, a quantidade de energia e proteína economizada seria equivalente a 491.000 toneladas de milho e 158.000 toneladas de farelo de soja ao ano. Esses dados são baseados na média anual americana de 28,9 kg de leite por vaca e uma resposta média de aumento de produção de leite, com o tratamento com rBST, de 4,5 kg de leite por vaca. Este volume seria correspondente a, aproximadamente, uma área de 219.000 ha requerida para plantio.
  • 24. 24 Para verificar que o rBST é seguro para vacas leiteiras, vacas foram tratadas com 60 vezes a dose comercial em um período de duas semanas a até seis meses, durante duas lactações con- secutivas. Estas pesquisas demonstraram que a administração de doses elevadas de rBST não afetou a saúde animal. - Em vacas em balanço energético negativo, em início de lacta- ção, ou mal alimentadas, as concentrações sanguíneas de IGF-1 estão baixas. Isso ocorre em razão da diminuição do número de receptores para somatotropina no fígado, orgão respon- sável pela principal produção de IGF-1. Nessa condição, mes- mo em presença de altas concentrações de somatotropina, não há aumento das concentrações de IGF-1. Isso explica porque não há resposta ao uso do rBST em vacas magras, mal alimenta- das ou em início de lactação, nas quais, normalmente, o balanço energético ainda é negativo. (Campos; Coelho, 2009 – Revista Leite Integral) Segurança para os animais (Etherton, 2012 – Revista Inforleite)
  • 25. 25 “Após a avaliação dos valores obtidos por meio da aferição de parâmetros clínicos, juntamente com as análises dos exames hematológicos e bioquímica sérica realizados em momentos pré-estabelecidos, não foram detectadas alterações dos parâmetros clínicos, hematológicos e bioquímicos nos animais que receberam o produto Boostin® . Não foram ob- servados ainda efeitos colaterais ou quaisquer alterações cau- sadas pela aplicação do produto teste. Conclui-se que o produto Boostin® é seguro para uso em vacas em lactação tratadas na dose de uma aplicação via subcutânea (fossa ísquio-retal), du- rante toda a lactação, com intervalos de 14 dias entre cada administração.” O rBST não causa mais mastite do que causaria com qualquer aumento na produção de leite. Pelo contrário, as provas indicam que este suplemento está associado a uma recuperação mais rápida em secreção de leite nas vacas experimentalmente infec- tadas com a bactéria que origina a mastite. Ao aumentar a eficácia produtiva, o rBST também reduz a polui- ção ambiental derivada de exploração leiteiras. Isso ocorre pelo fato de requer 12% menos alimento para produzir uma unidade de leite. (Silva, 2015) (Etherton, 2012 – Revista Inforleite)
  • 26. 26 Como as outras proteínas vegetais e animais na dieta, o rBST se digere em aminoácidos e pequenos peptídeos através de uma combinação das condições de pH baixo e as enzimas digestivas que encontram-se no estômago e no intestino delgado superior. Os aminoácidos resultantes não têm atividade hormonal. A somatotropina derivada da pituitária de animais de pecuária e outros não primatas é inativa em crianças e adultos, mesmo se fosse injetada. Esta “especificidade” ocorre porque a sequência de aminoácidos do rBST difere da humana em aproximadamente 35%. Como resultado, os receptores de somatotropina em células humanas não podem reconhecer o rBST. O rBST está naturalmente presente no leite da vaca e na carne. A base científica para a conclusão da FDA que o leite e a carne de vacas com suplemento de rBST são seguras, baseia-se em dois pontos comprovados cientificamente: (Etherton, 2012 – Revista Inforleite) Segurança para os seres humanos 1 2
  • 27. 27 A corrente sanguínea dos seres humanos pode absorver o rBST? É seguro o leite de vacas suplementadas com rBST? Aumentam os resíduos de antibiótico no leite de vacas suple- mentadas com rBST? Não. Todas as proteínas na dieta (incluindo rBST) digerem-se em aminoácidos individuais e fragmentos de peptídeos no estômago e no intestino delgado. O processo de digestão destrói a atividade hormonal de todas as proteínas alimentícias. O rBST não é ativo por via oral. Sim. O FDA concluiu que o leite de vacas suplementadas com rBST é seguro para seres humanos e similar em termos de composição e, nutricionalmente ao leite comum. Não. Diversos programas nos EUA, bem como provas de produtores e processadores de leite, confirmam a segurança e salubridade do leite. O leite é o produto mais controlado para abastecimento alimentício nos EUA. Além do mais, não existe prova alguma de que o rBST aumente a incidência de doenças em vacas leiteiras. Pelo contrário, existem indícios de que rBST pode ter efeitos benéficos na saúde da vaca ao ter um papel chave na manutenção do sistema imune que protege de doenças. (Etherton, 2012 – Revista Inforleite) O consumo de leite de vacas suplementadas com rBST aumenta o risco de desenvolver alergias? Não. O leite de vacas suplementadas com rBST é o mesmo leite que o das vacas não suplementadas. Existem níveis aumentados de rBST no leite de vaca suplementada com rBST? Não. O rBST encontra-se, geralmente no leite da vaca. Muitas pesquisas demonstraram que o suplemento de rBST não afeta sua concentração no leite.
  • 28. 28 1. Artigo do FDA intitulado “Hormônio de Crescimento Bovino: Avaliação de Segurança Ali- mentar Humana”, agosto de 1990. Existem áreas na biologia nas quais especialistas discordam, mas a segurança de alimentos prove- nientes de vacas tratadas com rBST não é uma delas. O texto a seguir representa um resumo das descobertas de todos os grupos médicos e científicos que avaliaram os aspectos de saúde humana do uso de rBST. “Os dados avaliados pelo FDA documentam a segurança dos produtos alimentícios provenientes de animais tratados com rbGH”. “Aspectos de Saúde Humana da Somatotropina Bovina (rBST)” Autores: D. E. BAUMAN, Cornell University 8 Fevereiro de 1994 2. Agências Reguladoras Mundiais Além do FDA, agências reguladoras em mais de 30 países também completaram suas avaliações de segurança humana e concluíram que a carne e o leite dos animais tratados com rBST são seguros para o consumo humano. 3. Conferência de Avaliação de Tecnologia do NIH, dezembro de 1990 (estudo pedido pelo Congresso dos EUA; publicado pelo NIH e também publicado no Journal of American Medical Association Vol. 265:1423-1425). “A composição e o valor nutricional do leite de vacas tratadas com rBST são essencialmente iguais ao do leite de vacas não tratadas”. “A carne e o leite de vacas tratadas com rBST é tão seguro quanto o de vacas não tratadas”. 4. Inspetor Geral, Departamento de Saúde e Serviços Humanos, fevereiro de 1992, (auditoria do FDA/rBST solicitada pelo Comitê Doméstico de Operações Governamentais dos E.U.A.). “As pesquisas foram conduzidas para demonstrar que o rBST não é prejudicial aos humanos” 5. Academia Americana de Pediatria, novembro de 1991, (revisão do artigo de segurança de rBST publicado em Pediatrics,Vol. 88:1056-1057). “O leite derivado de vacas tratadas com rBST (somatotropina recombinante bovina) é seguro para as crianças e adultos humanos é, nutricionalmente semelhante ao leite comum”. 6. Relatório da OTA intitulado “Indústria Leiteira Norte-Americana em uma Encruzilhada: Biotecnologia e Escolhas Políticas, maio de 1991 (estudo conduzido a pedido do Congresso dos EUA)”. “Foram feitas reivindicações de que o rBST é inseguro em produtos alimentícios para o consumidor
  • 29. 29 7. Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização de Alimento e Agricultura (FAO) das Nações Unidas, junho de 1992. 8. Comissão de Medicamentos do Reino Unido, dezembro de 1992. 9. Comitê da EEC para Produtos Veterinários, janeiro de 1993. 10. Sociedade Médica do Estado deWisconsin, janeiro de 1990 (estudo pedido pela Legislatura de Wisconsin). O uso de rBST não representa nenhuma preocupação de saúde. O rBST satisfaz todos os critérios de segurança, qualidade e eficácia. O rBST não apresenta nenhum risco impróprio à saúde e bem-estar dos animais tratados e satisfaz todos os critérios para segurança humana. “... a somatotropina bovina sintética (rBST), também conhecida como hormônio do crescimento bo- vino não produz nenhum efeito biológico inseguro, hormonal ou perigoso conhecido em humanos, direta ou indiretamente por alterações no leite ou na carne”. 12. Sociedade Endócrina: Revisão Clínica intitulada “A Eficácia e a Segurança do Hormônio de Crescimento para a Produção Animal”, maio de 1991 (revisão de segurança do rBST publicada no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism Vol. 72:957A-957C). 13. Associação Dietética Americana, fevereiro de 1993. O leite e a carne de animais tratados com GH são seguros – sem nenhuma restrição. Sua revisão confirma a segurança humana do leite de vacas tratadas com rBST e a efetivida- de da tecnologia, melhorando a eficiência da produção leiteira. Porque eles são a maior organi- zação nacional de especialistas em alimento e nutrição, eles estabeleceram uma linha direta (1-800-366-1655) para responder às perguntas de consumidores sobre rBST. 11. Conselho Americano em Ciência e Saúde, setembro de 1990(revisão na segurança do rBST publicada em brochura). “Embora os opositores ao rBST tentem anuviar o assunto com preocupações sem base científica, permanece o fato de que o rBST é um meio efetivo e seguro para aumentar o abastecimento de leite de nossa nação”. - Este relatório concluiu justamente o contrário”. A composição e as características industriais do leite não são alteradas. A somatotropina não é ativa se consumida oralmente porque ela é digerida como todas as outras proteínas dietéticas. Deve ser injetada para ser biologicamente ativa. A somatotropina bovina difere, ligeiramente em estrutura da forma humana e não produz nenhuma de suas ações biológicas normais em humanos, mesmo se acidentalmente injetada.
  • 30. 30 15. Federação das Sociedades Americanas de Ciência de Animais de Produção, maio de 1993 (representa as sociedades científicas norte-americanas relacionadas à produção animal - Associação de Ciência LeiteiraAmericana,AssociaçãoAmericana de Ciência de Gado de Corte, Sociedade Americana de Ciência Animal, Associação de Ciência Avícola). 14. Instituto deTecnologias de Alimento, maio de 1993. A composição do leite não é afetada pelo rBST e não existe nenhum risco de saúde ou de segurança conhecido para humanos. “Não existe nenhuma razão para rotular alimentos provenientes de vacas tratadas com rBST porque não há nenhuma restrição de segurança ou alteração na composição dos produtos”. 16. Conselho em Ciência Agrícola eTecnologia, maio de 1993 (organização educacional de 31 sociedades científicas relacionadas a alimento e agricultura). 17. Aliança Científica de Alimentos e de Nutrição, janeiro de 1994 (representa as sociedades científicas norte-americanas relacionadas à tecnologia de alimentos e de nutrição humana - Instituto Americano de Nutrição, Sociedade Americana de Nutrição Clínica, Instituto de Tecnologias de Alimento e Associação Dietética Americana). 18. Relatório da Casa Branca sobre “Uso de Somatotropina Bovina (rBST) nos Estados Unidos: Seus Efeitos Potenciais” janeiro de 1994 (estudo empreendido como parte da Coletânea do Ato de Reconciliação Orçamentário de 1993, a pedido de vários senadores que publicamente criticaram o rBST, incluindo os senadores Feingold (WI) e Leahy (VT)) O leite e a carne de animais tratados com rBST são seguros para o consumo humano. O leite de vacas tratadas com rBST não é diferente, não representa nenhum risco possível à saúde. Rótulos voluntários em laticínios afirmando serem produtos livres de rBST podem ser enganosos, pois eles não são “significantes” nem “verificáveis”. “Nenhuma evidência de que o rBST represente uma ameaça à saúde humana ou animal. Ele foi mais estudado do que qualquer outro medicamento animal, foi considerado seguro pelo FDA e por muitas outras entidades científicas nos E.U.A., Europa, e ao redor do mundo”. 19. Federação Leiteira Internacional, fevereiro de 1994, (revisão da tecnologia de rBST mun- dialmente baseada, comissionada pelo IDF (39 países membros) e aprovada pelos comitês científicos dos países membros). Conclusão de que, sem exceção, grupos médicos, agências reguladoras governamentais e sociedades científicas revisaram o rBST e verificaram que o consumo de produtos alimentares provenientes de animais tratados com rBST são seguros para o consumo humano.
  • 31. 31 Ao aumentar a eficácia produtiva, o rBST também reduz a poluição ambiental derivada de explorações leiteiras. Isso ocorre pelo fato de requerer 12% menos alimento para produzir uma unidade de leite. A diminuição na produção de fezes, metano, nitrogênio e fósforo por unidade de leite produzido, sendo os dois últimos os maiores poluidores ambientais provenientes da atividade pecuária, são outros importantes benefícios associados à utilização de rBST. Segurança para o ambiente (Etherton, 2012 – Revista Inforleite) (Campos; Coelho, 2009 – Revista Leite Integral)
  • 32. 32 Do ponto de vista científico, o rBST é um produto eficaz e seguro, defendido por mais de 2000 estudos que mostram que esta tecnologia não aumenta o risco para o consumidor ou o animal. Pelo contrário, diante de uma população mundial em expansão, os avanços em tecnologia que aumentam a produtividade e a eficiência produtiva são imprescindíveis. Segurança comprovada, mundialmente há mais de 25 anos (Etherton, 2012 – Revista Inforleite) Foi aprovada para uso comercial em mais de 20 países, incluindo EUA, México, Guatemala, Costa Rica, Panamá, Jamaica, Honduras, Brasil, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Chile, Uruguai, Rússia, Bulgária, República Checa, Ucrânia, Emirados Árabes, Egito, Líbano, Jordânia, Paquistão, África do Sul, Namíbia, Zimbábue e Coreia do Sul.
  • 33. 33 IMPACTO DO rBST Variável Alimentação Impacto do BST1 Diminuição 10,7% Aumento 12,0% Quantidade de vacas Produção de leite por vaca Diminuição 2,5 x 109 kg Diminuição 5,6 x 107 kg Grãos Farinha de soja Resíduos animais Diminuição 6 x 109 kg Diminuição 8 x 109 litros Esterco Urina 1 Os cálculos estimados se baseiam num índice de adoção de 100% e num aumento médio de produção de leite por vaca de 12% Os requerimentos de alimento e a produção de resíduos de vacas leiteiras têm um impacto favorável quando se suplementam as vacas com rBST, segundo dados de Bauman para a produção de leite nos EUA em 1988, a qual foi de 66 x 109 kg (Etherton, 2012 – Revista Inforleite) “rBST é o primeiro produto biotecnológico para produção animal aprovado em 1993 pelo FDA nos EUA. A partir deste momento, marcou-se uma nova era na produção animal e na indústria láctea, pelo aumento substancial que gera na produção de leite (4 a 6kg/vaca/dia, ou 10 a 15%), enquanto que a composição do mesmo não é alterada; está acompanhada por um aumento aproximado de 12% na eficiência produtiva sem afetar a quantidade de rBST presente no leite ou a composição do mesmo. E o aumento na eficiência produtiva reduz a produção de resíduos animais, incluindo metano.” Etherton, 2012 - Revista Inforleite). Mais leite, com eficiência e segurança
  • 35. 35 Objetivo do Experimento Critério de inclusão de animais Analisar a produção de leite durante uma lactação de 305 dias de vacas submetidas a aplicação de duas formulações de rBST. Possuir pesagem de leite em todos os 16 ciclos de aplicação de rBST; Não perder sete ou mais produções de leite durante o mesmo ciclo de aplicação. Avaliação de dois diferentes rBST na produção de leite e nos parâmetros reprodutivos de vaca de leite no Brasil. Henderson Ayres, Marcilio Nichi, Sandro Luis Viechnieski, Pietro Sampaio Baruselli, 2016.
  • 36. 36 Análise estatística Ao avaliar-se o aumento médio diário da produção de leite durante todos os ciclos de aplicação, no grupo do Boostin® houve um aumento da produção de leite de 1,7 kg de leite a mais do que o grupo concorrente. Em um total de 380,8 L a mais por vaca em todo o período. + 1,7 kg 36,5 37,0 37,5 38,0 38,5 39,0 39,5 37.7 ± 0.08 ConcorrenteBoostin® 39.4 ± 0.08 } P= 0,02 (diferença significativa) KgdeLeite/vaca/dia
  • 37. 37 Produção nos 16 ciclos Boostin® Concorrente 20 25 30 35 40 45 Concorrente Dif Prod leiteBoostin® -5 0 5 10 15 20 25 30 35 20 25 30 35 40 45 KgdeLeite/vaca/dia dias KgdeLeite/vaca/dia dias
  • 38. 38 177 dias com maior produção do Lote Boostin® 46 dias com maior produção do Lote Concorrente 1 dia com mesma produção Dos 224 dias avaliados... Dos 224 dias avaliados... 73 dias com diferença estatística TODOS OS DIAS FORAM DO BOOSTIN®
  • 39. 39 20 25 30 35 40 45 Concorrente Dif Prod leite Linear (Boostin® ) Linear (Concorrente) Boostin® -5 0 5 10 15 20 25 30 35 KgdeLeite/vaca/dia dias Ao realizar a curva média de produção de leite dos dois produtos, verifica-se que o Boostin® apresentou maior produção de leite em relação ao concorrente, tornando-se mais vantajoso.
  • 40. 40 ConcorrenteBoostin® Dias após aplicação (d) 35 36 37 38 39 40 41 42 43 1413121110987654321 + 1,7 kg/dia + 23,8 kg Dias após o tratamento em que os dois grupos apresentaram a mesma produção média Dias após aplicação (d) Boostin® = sobe muito, por isso desce mais Concorrente = se NÃO SOBE, NÃO DESCE Este gráfico representa a compilação dos 16 ciclos de aplicação, ou seja, é a curva padrão dos dois tratamentos Produçãodiáriadeleite(kg)Produçãodiáriadeleite(kg) 35 1413121110987654321 PicoConc.-7dias PicoBoostin® -4dias 5,6 L 3,1 L Pico Boostin® Pico Concorrente 36,2 35,8 37 38 38,9 40 41 41,8 43 Produção a mais por ciclo de aplicação Diferença entre produção do D0 até o pico
  • 41. 41 Efeito da suplementação de duas formas comerciais de somatotropina bovina (rBST) na produção de leite de vacas de alta produção Relatório Final do Experimento MSD Saúde Animal/StarMilk/UFPR Prof. Dr. Rodrigo de Almeida (DZ-UFPR) - Coordenador Méd. Vet. Sandro L. Viechnieski (StarMilk), Méd. Vet. Cristiane Azevedo (MSD Saúde Animal) - Colaboradores OBS: O resumo deste relatório foi apresentado pelos autores (R. Almeida & S.L. Viechnieski) no American Dairy Science Association & American Society of Animal Science Joint Annual Meeting em New Orleans, Louisiana, Estados Unidos, em julho de 2011, e publicado no J. Dairy Sci., v.94, E-Suppl.1, p.355. Localização Datas Relevantes StarMilk – Fazenda Iguaçu Município de Céu Azul – PR Blocagem dos animais – 20/08/2010 Medição da produção de leite para covariável – 18/08 a 24/08/2010 1ª Aplicação de rBST (início do experimento) – 26/08/2010 2ª Aplicação de rBST – 09/09/2010 3ª Aplicação de rBST– 23/09/2010 4ª Aplicação de rBST – 07/10/2010 Término do experimento – 21/10/2010
  • 42. 42 A Fazenda Iguaçu contava no dia 20 de agosto com 518 vacas em lactação, produzindo em média 36,3 L/dia. As vacas em lactação são distribuídas em sete lotes distintos, sendo que no presente experimento os animais dos lotes quatro e cinco foram usados como unidades experimentais. Após a avaliação dos dados de produção, 160 vacas foram blocadas aos pares em dois lotes distintos, com base na produção média de leite em um período de sete dias (de 18 a 24 de agosto). Também houve a preocupação de formar dois grupos com médias si- milares de idade em meses, número de lactações, estádio de lactação (dias em leite) e proporção de vacas prenhas. Na tabela abaixo estão descritas as médias de cada lote de vacas, mensuradas na véspera do início do experimento, dia 25 de agosto de 2010: Durante o período experimental, estes dois lotes foram alojados, manejados, alimentados e ordenhados da mesma forma, mas com a diferença de um dos lotes ser suplementado com rBST na forma comercial de Boostin® e o outro lote com rBST concorrente, ambos num intervalo entre aplicações de 14 dias. A resposta em produção de leite aos tratamentos foi avaliada em quatro ciclos de aplicação de 14 dias, ou seja, 56 dias de período experimental. As vacas foram ordenhadas três vezes ao dia, sendo a primeira ordenha às 5h, a segunda às 12h45h e a terceira às 19h45h, com a utilização de ordenhadeira mecânica. Uma amostra de dieta total (TMR) de cada lote, recém-colocada no cocho, foi quase que semanalmente coletada, totalizando 12 amostras (duas amostras/ semana x seis semanas). Estas amostras foram congeladas e, em conjunto, enviadas e analisadas no Descrição do Experimento 80 80 Variável Lote Boostin® Lote Concorrente Número de vacas Idade (meses) 55,9±14,5 51,9±12,3 Número de lactações 2,56±0,98 2,35±0,76 Dias em lactação 218±155 216±143 Produção de leite (kg/dia) 43,3±12,3 43,8±10,6 Peso vivo (kg) 687±60 672±71 Escore condição corporal 2,80±0,19 3,00±0,24 % de vacas prenhas 28,75 (23/80) 27,50 (22/80)
  • 43. 43 Laboratório de Nutrição Animal da UFPR, em Curitiba, Paraná. As amostras descongeladas foram pré-secas em estufa de ventilação forçada a 55o C por 72 horas e depois trituradas em moinho estacionário Wiley Miller, com peneira de malha de 1 mm, para posterior determinação dos teores de matéria seca a 100o C, proteína bruta, fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido, segundo metodologias da AOAC (1990) e Van Soest et al. (1991). Duas vezes ao longo do experimento (no início e ao término) amostras da silagem de milho e da silagem pré-secada de azevém foram coletadas. Estas amostras também foram enviadas e analisadas no Laboratório de Nutrição Animal da UFPR, em Curitiba-PR, segundo as mesmas metodologias citadas acima. Na véspera do início do experimento (25 de agosto) e no dia seguinte ao térmi- no do experimento (22 de outubro), o peso vivo de cada vaca foi estimado por mensuração do perímetro torácico. O escore de condição corporal foi avaliado em escala de 1 a 5 (magra a gorda) também pelo mesmo avaliador, segundo metodologia de Wildman et al. (1982). A composição do leite não foi objeto de análise neste ensaio experimental, mas as médias gerais de cada lote para teores de gordura, proteína, lactose, sólidos totais, contagem de células somáticas e nitrogênio ureico no leite, oriundas do controle leiteiro regular na Clínica do Leite (ESALQ, Piracicaba-SP), foram moni- toradas nos dias 23 de agosto, 21 de setembro e 17 de outubro. Descrição e Análise das Dietas O rebanho leiteiro da Fazenda Iguaçu adota a prática de dieta única para todos os lotes de vacas em lactação há alguns anos e este manejo teve continuidade ao longo do experimento. A dieta foi fornecida na forma deTMR (dieta total mis- turada) em cinco tratos diários. Manejo de sobras continuou a ser adotado na proprie- dade, buscando-se um per- centual de sobras diário ao redor de 3% do ofertado. A dieta praticada para as vacas em lactação ao longo do perío- do experimental teve a seguin- te composição: Ingredientes %MS Silagem de milho Silagem pré-secada de azevém Milho moído Farelo de soja Caroço de algodão Casca de soja Ureia pecuária Mistura mineral-vitamínica 36,22 6,79 28,53 13,71 6,79 4,53 0,53 2,73
  • 44. 44 Com as análises dos alimentos volumosos (silagem de milho e pré-secado de azevém), estimamos os seguintes níveis nutricionais usando o programa CPM- Dairy (versão 3.0.10): 53,7%MS, 1,64 Mcal/kg ELlac, 71,0%NDT, 17,0%PB, 5,10%PNDR, 33,3%FDN, 19,5%FDA, 19,0%FDNfe, 29,6%Amido, 4,2%EE, 0,64%Ca e 0,46%P. Segundo dados da própria Fazenda Iguaçu, na semana anterior ao início do expe- rimento o consumo alimentar médio das vacas dos lotes experimentais estava em 26,53 kg MS/vaca/dia, o custo alimentar do kg de MS era de R$ 0,4175/kg, o custo alimentar diário foi estimado em R$ 11,09/vaca/dia, o custo alimentar por litro de leite produzido era de R$ 0,26/L e, finalmente, a renda sobre o custo alimentar (IOFC) foi estimada em R$ 23,51/ vaca/dia. Antes de iniciar a análise estatística propriamente dita, a variável produção de leite diária foi testada para normalidade. Das 8.960 potenciais observações (160 vacas x 56 dias), somente 177 observações não tinham dados de produção (“missing values”), por conta do tratamento de mastite ou outras enfermidades ou ainda secagem no meio do experimento (uma única vaca do lote Boostin® ). A média geral e seu respectivo desvio-padrão para as 8.783 observações restantes foi 38,08 ± 13,15 kg/dia. Embora o teste de Kolmogorov-Smirnov (para análises com mais de 2000 informações) tenha indicado uma pequena não-normalidade por conta de uma assimetria de -0,26 e curtose de -0,08, e os valores estatísticos de tendência central tenham sido um pouco discrepantes (média 38,08, mediana 39,30 e moda 43,00), assumiu-se normalidade dos dados por conta de que nenhum dos modelos lineares generalizados testados (procedimento GENMOD do SAS) descreveu melhor a distribuição dos dados observados. Os dados de produção de leite nos sete dias anteriores ao início do experimento foram mensurados e incluídos no modelo como covariáveis. Todas as variáveis produtivas foram mensuradas diariamente do dia um ao dia 56 do período experimental e analisadas pelo procedimento MIXED do SAS, versão 9.0 (SAS Institute, 2002). Análise Estatística
  • 45. 45 As médias ajustadas de produção diária de leite, e respectivos erro-padrão, para as vacas tratadas com Boostin® foi de 38,84 ± 0,48 e para as vacas tratadas com o concorrente foi de 37,23 ± 0,48, uma diferença de 1,61 kg/dia, que alcançou significância a 5% de probabilidade (P=0,0207). Como o efeito de interação tratamen- to*tempo foi, significativo (P<0,01), analisamos os dias do período expe- rimental em que a produção de leite foi estatisticamente diferente entre os dois lotes. Yijk = m + CV + Bi + Tj + Sk + TSjk + Eijk m = média geral CV = covariável (medições da produção de leite obtidas antes da aplicação dos tratamentos) Bi = efeito de bloco (i = 1 a 80) Tj = efeito de tratamento (j = Boostin® ; concorrente) Sk = efeito do tempo (k = 1 a 56 dias) TSjk = interação entre tratamento e tempo Eijk = erro residual Resultados e Discussão Produção de Leite 37,2 ConcorrenteBoostin® 38,8 34 35 36 37 38 39 40 1,61 kg 20,31 1,44 5,58 77,97 4,65 Efeito Valor F P>F Produção leite anterior (covariável) Tratamento Período Tratamento*Tempo 4,65 Bloco <0,0001 0,0547 0,0207 <0,0001 <0,0001 O quadrado médio do efeito de vaca dentro de tratamento foi utilizado como medida de erro para testar o efeito de tratamento. Na tabela abaixo está descrito o teste de significância dos diversos efeitos incluídos no modelo:
  • 46. 46 ConcorrenteBoostin® 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 * P < 0.05 Esta conclusão é importante, já que há uma ideia comum entre os produtores que a menor produção de leite das vacas tratadas com o concorrente na primeira metade do ciclo de 14 dias é compensada por uma maior produção na segunda metade do ciclo. Tal fato não foi demonstrado no presente experimento. Em ou- tras palavras, vacas tratadas com rBST concorrente são de fato mais persisten- tes, mas esta maior persistência não é explicada pela maior produção na segun- da metade do ciclo, mas sim pela menor produção na primeira metade do ciclo. A produção de leite das vacas tratadas com Boostin® foi superior (P<0,05) nos dias 3,4 e 6 do primeiro ciclo de aplicação de rBST, nos dias 2, 3, 4, 6 e 8 do se- gundo ciclo, nos dias 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 do terceiro ciclo e, finalmente, nos dias 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 do quarto e último ciclo de aplicação de rBST. Como já comentado acima, os pontos de máxima produção dentro de cada ciclo foram mais rapidamente alcançados nas vacas tratadas com Boostin® do que em vacas suplementadas com o rBST concorrente; 6º, 4º, 7º, e 5º dia de cada ciclo para vacas tratadas com Boostin® e 6º, 5º, 11º, e 9º dia de cada ciclo para vacas tratadas com rBST concorrente. Não foi um objetivo do presente estudo comparar o desempenho reprodutivo de vacas tratadas com as duas formas Dos 56 dias, 22 dias apresentaram diferença significativa (P<0,05), sempre a favor do lote de animais tratados com Boostin® . Em outras palavras, em nenhum dos 56 dias do período experimental, a produção de leite das vacas tratadas com o concorrente foi, estatisticamente superior à produção de leite das vacas tratadas com Boostin® .
  • 47. 47 comerciais de somatotropina bovina, mas aparentemente a reconcepção das vacas foi similar nos dois lotes. No lote de vacas tratadas com Boostin® (total de 80 animais), no início do experimento (26/agosto) 23 vacas tinham prenhez confirmada e este número aumentou para 34 vacas confirmadas ao final do ex- perimento (20/outubro). Já no grupo de vacas tratadas com o rBST concorrente (mesmo total de 80 animais), 22 vacas tinham prenhez confirmada no início do experimento e este número aumentou para 37 vacas confirmadas no fim do experimento. A produção de leite média das 160 vacas foi de 43,8 L/vaca/dia no primeiro dia do período experimental e de 30,3 L/vaca/dia no último dia do período de coleta de dados, uma diferença expressiva de 13,5 litros. Parte desta diferença é facilmente explicada pelo fato de que não houve ingresso de novas vacas recém-paridas ou no pico de produção de leite nestes lotes, as- sim o DEL (dias em leite) médio destes dois lotes foi aumentando na medida em que o experimento avançava. Como boa parte das vacas avaliadas era multípara com três ou mais parições, o grau de persistência destas lactações era menor; 0,08 L/dia, segundo estudos conduzidos na década passada com lactações de vacas paranaenses inscritas em controle leiteiro oficial (Molento, 1995). Se mul- tiplicarmos 0,08L pelo número de dias do experimento (56) pode-se estimar em aproximadamente 4,5 L/vaca/dia a queda em produção esperada. Como não houve mudanças dietéticas significativas ao longo do experimento, ainda cabe a pergunta das razões que as vacas declinaram suas produções muito além do esperado. Provavelmente um conjunto de fatores: temperaturas am- bientais ligeiramente crescentes (experimento começou no inverno e acabou na primavera), aumento na proporção de vacas gestantes em ambos os lotes (está bem estabelecido na literatura que a vaca decresce sua produção assim que emprenha), reacomodação na hierarquia entre vacas após formação dos lo- tes, ou ainda, produções anteriores ao experimento obtidas de vacas habituadas com ciclo de aplicação de rBST a cada 10 dias (e não 14 dias como a adotada no experimento). Se esta última justificativa for pertinente, podemos especular que o grau de morte celular nos alvéolos mamários foi particularmente alto nos primeiros dias após início do experimento. Esta afirmação parece ganhar respaldo quando observamos os marcantes de- clínios de produção nos dois primeiros ciclos de aplicação, em ambos os lotes
  • 48. 48 de vacas tratadas (ver figura anterior). Apesar das temperaturas desafiadoras da região e a possibilidade do estresse calórico diminuir as produções de leite em animais especializados, no período experimental as temperaturas ambientais não foram tão altas a ponto de comprometer o desempenho produtivo. As temperaturas médias observadas ao longo do estudo foram: 18,9°C no perío- do da manhã (8h), 24,3°C à tarde (16h) e 19,1°C à noite (22h). Já as temperaturas máximas e mínimas ficaram em: 30,0°C e 9,4°C, 31,9°C e 10,9°C, e 30,6°C e 8,3°C, respectivamente nos períodos da manhã, tarde e noite. Também não en- contramos correlações significativas entre a temperatura ambiental e a produção de leite obtida no mesmo dia (ou no dia seguinte); mais um indicativo do pouco impacto das temperaturas ambientais nos resultados aqui relatados. Os valores nutricionais da TMR de ambos os lotes, estimados com as análises dos volumosos coletados no início do experimento, foram: 49,5%MS, 17,0%PB, 19,4%FDA e 33,2%FDN. Em geral, os resultados são satisfatórios e não houve diferenças importantes entre as dietas ofertadas aos dois lotes. Vacas de alta produção suplementadas com somatotropina bovina na forma co- mercial Boostin® produziram mais leite (P<0,05) que vacas tratadas com soma- totropina na forma concorrente; 38,8 ± 0,5 vs. 37,2 ± 0,5 L/dia, respectivamente. Análise das Amostras de DietaTotal Conclusões 10 15 0 26/ago 28/ago 30/ago 01/set 03/set 05/set 07/set 09/set 11/set 13/set 15/set 17/set 19/set 21/set 23/set 25/set 27/set 29/set 01/out 03/out 05/out 07/out 09/out 12/out 13/out 15/out 17/out 19/out 5 20 25 30 35 40 45 50 Manhã Tarde (16:00h) Noite (22:00h) Produção de Leite
  • 49. 49 Objetivo Resultado Desafio Boostin® Cruzeiro da Fortaleza/MG – Agosto/2017* (Teste de campo) Material e Método Realizar teste de campo para comprovar, localmente a superioridade do Boostin® frente ao concorrente. DEL médio = 194 dias (63 – 484 dias) Nº Lactações = 1,61 (1 – 4) Prod. Leite = 31,5 L (17,5 – 41,4 L) 62 Vacas Girolando Critérios de alocação dos animais em cada tratamento Nº DE LACTAÇÕES SEMELHANTE DEL SEMELHANTE PRODUÇÃO DE LEITE SEMELHANTE
  • 50. 50 Critérios de alocação dos animais em cada tratamento Boostin® Concorrente Boostin® Concorrente Concorrente Animais previamente tratados com Boostin® ou concorrente Divididos igualmente para permanecer ou mudar de tratamento 1.61 ± 0.83 1.61 ± 0.83 Boostin® Concorrente Nº de Lactações DEL 202.19 ± 98.28 187.74 ± 109.95 Produção de leite 31.48 ± 6.63 31.45 ± 6.63
  • 51. 51 ciclos de aplicação Começo Meio Fim 6 Animais divididos igualmente pelo Estágio da Lactação Com seis ciclos de aplicação e animais de começo, meio e fim de lactação, conseguimos comprovar mais rapidamente os resultados, que podem ser considerados bem próximos ao de um trabalho de lactação completa. Ciclos de aplicação
  • 52. 52 20 22 24 26 28 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48 51 54 57 60 63 66 69 72 75 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48 51 54 57 60 63 66 69 72 75 ConcorrenteBoostin® Tratamento – P<0.0001 Tempo – P<0.0001 Trat. x Tempo – P=0.004 Concorrente ConcorrenteBoostin® Tratamento – P=0.0002 Tempo – P<0.0001 Trat. x Tempo – P=0.0047 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Resultados
  • 54. 54 Conclusão Boostin® produziu MAIS leite no período todo O aumento foi de + 1,290 mL dia/animal Totalizando + 16,77 L em 13 dias/animal Totalizando + 3.119,22 em 6 aplicações
  • 55. 55 Objetivo Resultado Desafio Boostin® Pilar do Sul/SP - Agosto/2017* (Teste de campo) Material e Método Realizar teste de campo para comprovar, localmente a superioridade do Boostin® frente ao concorrente. Época do Ano = Verão DEL médio = 191 dias (52 – 373 dias) Nº Lactações = 2,13 (1 – 6) Prod. Leite = 37,09L (20,6 – 50,9 L) 60 Vacas Holandesas Critérios de alocação dos animais em cada tratamento Nº DE LACTAÇÕES SEMELHANTE DEL SEMELHANTE PRODUÇÃO DE LEITE SEMELHANTE
  • 56. 56 Critérios de alocação dos animais em cada tratamento Boostin® Concorrente Boostin® Concorrente Concorrente Animais previamente tratados com Boostin® ou concorrente Divididos igualmente para permanecer ou mudar de tratamento 2.01 2.27 Boostin® Concorrente Nº de Lactações DEL 190.8 194.0 Produção de leite 31.09 31.09
  • 57. 57 ciclos de aplicação Começo Meio Fim 6 Animais divididos igualmente pelo Estágio da Lactação Com seis ciclos de aplicação e animais de começo, meio e fim de lactação, conseguimos comprovar mais rapidamente os resultados, que podem ser considerados bem próximos ao de um trabalho de lactação completa. Ciclos de aplicação
  • 58. 58 Resultados ConcorrenteBoostin® 30 32 34 36 38 -14 -10 -6 -2 2 6 10 14 18 22 26 30 34 38 42 46 50 54 58 62 66 70 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 -14 -10 -6 -2 2 6 10 14 18 22 26 30 34 38 42 46 50 54 58 62 66 70 ConcorrenteBoostin® Boostin® 32 34 36 38 40 42 44 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 32 34 36 38 40 42 44 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
  • 60. 60 Conclusão Boostin® produziu MAIS leite no período todo O aumento foi de + 700 mL dia/animal Totalizando + 8,4 L em 12 dias/animal Totalizando + 1,512 L em 6 aplicações
  • 61. 61 Objetivo Resultado Desafio Boostin® Prata/MG - Maio/2016* (Teste de campo) Material e Método Realizar teste de campo para comprovar, localmente a superioridade do Boostin® frente ao concorrente. DEL médio = 180 dias (72 – 296 dias) Animais a pasto Suplementação: concentrado no momento da ordenha Nº Lactações = 1,73 (1 – 5) Prod. Leite = 23,9 L (12,7 – 37,2 L) 68 Vacas Girolando Época do Ano = Verão
  • 62. 62 Critérios de alocação dos animais em cada tratamento Nº DE LACTAÇÕES SEMELHANTE DEL SEMELHANTE PRODUÇÃO DE LEITE SEMELHANTE Ao se realizar um comparativo, é importantissímo haver uma homogeneidade entre os animais de cada grupo, para que nenhum seja beneficiado. Sendo assim, os dois grupos têm número de lactações, DEL e produção de leite semelhantes para que a comparação seja feita de maneira correta.
  • 63. 63 ciclos de aplicação Começo Meio Fim 6 Animais divididos igualmente pelo Estágio da Lactação Critérios de alocação dos animais em cada tratamento Ciclos de aplicação Com seis ciclos de aplicação e animais de começo, meio e fim de lactação, conseguimos comprovar mais rapidamente os resultados, que podem ser considerados bem próximos ao de um trabalho de lactação completa. Boostin® Concorrente Boostin® Concorrente Concorrente Animais previamente tratados com Boostin® ou concorrente Divididos igualmente para permanecer ou mudar de tratamento
  • 64. 64 Resultados ConcorrenteBoostin® 15 17 19 21 23 25 27 1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76 81 Produção(kg/vaca) dias As curvas entre os ciclos de aplicação são bastante semelhantes aos outros trabalhos já publicados, mostrando um maior pico de produção do Boostin® em todas as aplicações.
  • 65. 65 Curva Padrão ConcorrenteBoostin® 1413121110987654321 18 19 20 21 22 23 24 25 D0atéPico Concorrente D0atéPicoBoostin® Produção(kg/vaca) dias Produção Diária Média de Leite 20,6 20,8 21,0 21,2 21,4 21,6 21,8 22,0 21.1 ConcorrenteBoostin® 21.9 + 0,8 kg Produção(kg/vaca/dia)
  • 66. 66 Conclusão Boostin® produziu MAIS leite no período todo O aumento foi de + 800 mL dia/animal Totalizando + 11,2 L em 14 dias/animal Totalizando + 2.284,80 L em 6 aplicações
  • 68. 68 Betânia Glória CAMPOS; Sandra Gesteira COELHO; Angela Maria Lana QUINTÃO; Euler RABELO; Tiatrizi Siqueira MACHADO; Bruna Figueiredo SILPER Avaliação da segurança do Boostin® administrado via subcutânea em vacas lactantes (durante toda a lactação) Carlos Roberto da Silva, M.V., Msc. “A utilização de rBST 500 mg em vacas mestiças ¾ e girolandas (bos taurus x bos indi- cus) foi eficiente em promover aumentos significativos em produção de leite, observando um aumento médio de até 2,3 kg de leite por vaca/dia/ na lactação. Não houve diferença significativa na produção de leite de vacas recebendo a aplicação de rBST 500 mg a in- tervalos de 12 ou 14 dias. Não foram observadas diferenças entre animais tratados com rBST e não tratados quanto à composição do leite, valores de CCS e ocorrência de mastite clínica.” “Após a avaliação dos valores obtidos por meio da aferição de parâmetros clínicos juntamente com as análises dos exames hematológicos e bioquímica sérica realizados em momentos pré-estabelecidos, não foram detectadas alterações dos parâmetros clínicos, hematológicos e bioquímicos nos animais que receberam o produto Boostin® . Não foram observados ainda efeitos colaterais ou quaisquer alterações causadas pela aplicação do produto teste. Conclui-se que o produto Boostin® é seguro para uso em vacas em lactação tratadas na dose de uma aplicação via subcutânea (fossa ísquio-retal), durante toda a lactação, com intervalos de 14 dias entre cada administração.” Emprego da somatotropina bovina (rBST) de 500 mg em vacas mestiças bos taurus x bos indicus a intervalos de 12 ou 14 dias
  • 69. 69 Parâmetros avaliados durante o estudo Mortalidade e morbidade de animais (acompanhamento diário). Comportamento dos animais (acompanhamento diário de eventos adversos). Avaliação do local de aplicação do produto no D+1, D+3, D+5, D+7 e no dia seguinte após cada tratamento. Exame clínico dos animais no D-7, D0, D+1, D+3, D+5, D +7 e no dia seguinte após cada tratamento. Evolução clínica do parênquima mamário nos dias D-7, D0, D+1, D+3, D+5, D +7 e um dia depois de cada tratamento. Exames laboratoriais: hemograma e bioquímica sérica em D-7, D0, D+1, D+3, D+5, D +7 e no dia seguinte, após cada tratamento. Peso dos animais no D-7, D0, D+1, D+3, D+5, D +7 e no dia seguinte, após cada tratamento.
  • 70. 70 “Durante todo o período experimental, os animais apresentaram comportamento característico à espécie e nenhuma reação adversa foi observada.”: Avaliação clínica: Temperatura retal Frequência cardíaca Frequência respiratória Movimentos ruminais Avaliação clínica do parênquima mamário Avaliação Hematimétrica: Hemácias Volume globular Volume corpuscular médio Hemoglobina corpuscular média Concentração de hemoglobina corpuscular média Hemoglobina Leucócitos totais Neutrófilos segmentados Eosinófilos Monócitos Linfócitos Plaquetas Parâmetros bioquímicos: Aspartato Aminotransferase (AST) Gama Glutamiltransferase (GGT) Creatinina Urea
  • 71.
  • 72. A CIÊNCIA PARA ANIMAIS MAIS SAUDÁVEIS