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SUMÁRIO
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SUMÁRIO..................................................................................................................................6
Pag...............................................................................................................................................6
I. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................7
II. OBJETIVOS...........................................................................................................................8
III. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................................9
III.1 Leite Materno......................................................................................................................9
III.2 Aleitamento Materno Exclusivo.......................................................................................12
III.3 Epidemiologia...................................................................................................................13
III.4 As vantagens do aleitamento materno exclusivo..............................................................14
III.5 Os cuidados de enfermagem no aleitamento materno......................................................21
IV. MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................21
IV.1 População de estudo.........................................................................................................21
IV.2 Local do estudo.................................................................................................................22
IV.2.1 Critérios de inclusão......................................................................................................23
IV.2.2 Critérios de exclusão......................................................................................................23
IV.2.3 Levantamento de dados.................................................................................................23
IV.2.4 Analise de dados............................................................................................................23
V. RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................24
V.1 Caracterização da amostra.................................................................................................24
V.2 Informações sobre aleitamento materno............................................................................27
V.3 O conhecimento das nutrizes sobre aleitamento materno exclusivo..................................34
VI. CONCLUSÕES..................................................................................................................42
VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................44
ANEXO I - QUESTIONÁRIO SOBRE ALEITAMENTO MATERNO.................................46
7
I. INTRODUÇÃO
O trabalho ora apresentado tem por objetivo analisar o conhecimento das nutrizes,
que se utilizam da Rede Pública Estadual de Saúde em Porto Velho, sobre as vantagens do
aleitamento materno exclusivo para o bebê, mãe e sociedade.
O aleitamento materno está na ordem do dia. Médicos, sobretudo pediatras,
Enfermeiros, psicólogos, artistas, setores governamentais e algumas organizações sociais
envolvidas empreendem uma vasta campanha nos meios de comunicação, enfatizando os
benefícios da amamentação para a criança. Diversas vantagens são propaladas e as mulheres
das classes dominantes, especialmente as mais instruídas, começam a seguir esses conselhos.
Em alguns recantos do Brasil, muitas mulheres, embora considerem a amamentação
como a melhor opção para a criança, relutam em alimentar os filhos com seu leite.
A promoção do aleitamento materno deve ser vista como prioridade por contribuir
com a preservação da saúde da criança e de sua família. Dentre as ações de estratégia de
promoção, a sensibilização quanto à importância desta pratica é fundamental, levando-se
sempre em consideração o conhecimento, as crenças, a cultura, os hábitos e as condições
sócio-econômicas dessa família.
Apesar da ampla divulgação nas maternidades, postos de puericultura, e campanhas
de saúde pública, a prática do aleitamento materno ainda não atingiu a frequência e duração
desejáveis, embora venha evoluindo favoravelmente durante os últimos 30 anos. Porém, o
desmame precoce e mesmo a adoção de mamadeiras desde o nascimento ainda são
observados. Para que a amamentação seja mais adotada, é necessário avaliar o que pensam as
mães em relação ao período de amamentação, e por qual motivo interrompem a mesma.
O aleitamento materno é sinônimo de sobrevivência para o recém-nascido, portanto
um direito inato. É uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais,
imunológicos e psicológicos da criança em seu primeiro ano de vida, quando são alimentadas
com o leite materno, estão nutridas e prevenidas contra as infecções gastrointestinais, alergias,
o que é muito comum em recém-nascidos, diferentemente daquelas que as mães, por motivos
que não cabe aqui destacar, não as amamentam. É comum que estas crianças, após dois meses
de vida, encontrarem-se desnutridas com peso e tamanho abaixo do esperado.
Acredita-se que este trabalho, se divulgado de forma adequada, em muito irá ajudar
as crianças carentes de leite materno, aos seus pais que terão filhos sadios e à sociedade em
geral que terão crianças mais saudáveis.
8
II. OBJETIVOS
II.1. OBJETIVOS GERAIS
Analisar o conhecimento das nutrizes sobre as vantagens do aleitamento materno
exclusivo para o bebê, mãe e sociedade.
II.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar os reais motivos que levam as mães não amamentarem seus filhos;
Verificar o conhecimento das nutrizes sobre as propriedades do leite materno;
Analisar o estado de nutrição das crianças amamentadas de forma e idade adequadas;
Observar o estado de nutrição das crianças que não estão sendo amamentadas de
forma e idade adequadas;
Fazer a comparação entre as crianças que estão sendo amamentadas com leite materno
exclusivo com aquelas que não estão sendo amamentadas.
9
III. REVISÃO DA LITERATURA
III.1 Leite Materno
BARROS, S M O. Enfermagem obstétrica e Ginecológica 2ª edição 2009. Pg 279. A
promoção e o apoio ao aleitamento materno têm sido recomendados por inúmeros órgãos
nacionais e internacionais, entre eles Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo das
Nações Unidas para a Infância (UNICEF, United Nations Children 's Fund), Academia Americana de
Pediatria, Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde.
Pesquisas vêm demonstrando que são inúmeros os benefícios que a prática do
aleitamento materno oferece tanto para o crescimento e o desenvolvimento de lactentes como
para a mãe, a criança e a família, do ponto de vista biológico e psicossocial.
O leite humano, produzido por mulheres saudáveis, é adequado para suprir as
necessidades nutricionais do recém-nascido de termo durante os seis primeiros meses de vida e, por esse
motivo, o seu uso de forma exclusiva é recomendado nesta fase. Após, a criança deve receber, gradualmente, alimentos
complementares, estendendo a amamentação ao menos por um ano ou mais, desde que a mãe e a criança o desejem.
O leite humano possui grande complexidade biológica, resultando em atividade protetora e imunomoduladora e,
por isso, não pode ser considerado apenas um conjunto de nutrientes.
Além de proporcionar proteção contra infecções e alergias, estimula o desenvolvimento do sistema imunológico,
assim como a maturação dos sistemas digestivo e neurológico.
a) Vantagens para a Criança
 Proteção contra infecções como diarreias, pneumonias, otite média, infecção
urinaria, principalmente no primeiro ano de vida, sendo maior a proteção
quanto maior o tempo de aleitamento exclusivo.
 Proteção contra doenças crônicas tais como diabetes mellitus tipo I, doenças
cardiovasculares, doença celíaca, doença de Crohn, obesidade e linfoma infantil.
 Favorecimento do desenvolvimento neuropsicomotor da criança, melhorando profundamente a
relação mãe-filho. Pesquisas sugerem que crianças amamentadas, quando submetidas a testes
neurológicos que incluem a medida do quociente de inteligência (QI), têm uma pequena vantagem em
relação às não amamentadas.
 Colaboração efetiva para diminuir a taxa de desnutrição proteico-calórica e, consequentemente,
redução dos índices de mortalidade infantil.
10
 Diminuição da probabilidade de desencadeamento de processos alérgicos pelo retardo da introdução
de proteínas heterólogas existentes no leite de vaca. Pesquisas revelam que a amamentação diminui o
risco do aparecimento de distúrbios autoimunes em crianças mais velhas e em adultos.
 Menor incidência de morte súbita no berço (síndrome da morte súbita de bebês).
 Melhor resposta às vacinações e capacidade de combater doenças mais rapidamente.
 Prevenção de problemas ortodônticos e dentais relacionados ao uso de chupetas e bicos de
mamadeira.
b) Vantagens para a Mulher
 Retorno do útero mais rapidamente ao seu tamanho normal.
 Prevenção de complicações hemorrágicas após o parto.
 Redução do risco de desenvolver câncer de mama e ovário.
 Prevenção de fraturas por osteoporose, artrite reumatoide e esclerose
múltipla.
 Estabelecimento da aproximação da mãe com a criança.
 Contribuição para o retorno mais rápido do peso pré-gravídico e
recuperação física.
 Retardamento do início do ciclo menstrual devido amenorreia lactacional.
 Espaçamento intergestacional.
 Diminuição dos níveis de colesterol total, lipoproteína de baixa densidade
(LDL, low-density lipopwtein) e triglicerídeos, enquanto os níveis de
lipoproteína de alta densidade (HDL, high-density lipopwtein) se mantêm
elevados, bem como melhora do metabolismo dos carboidratos.
c) Vantagens para Família e Sociedade
 Menor custo com leite artificial.
 Diminuição dos gastos com internações por problemas gastrointestinais,
respiratórios e outras doenças.
 Diminuição do absenteísmo dos pais ao trabalho, uma vez que a criança se
mantém mais saudável.
11
 Economia quanto ao uso de gás de cozinha, porque dispensa aquecimento e
preparo.
 Redução da poluição ambiental por diminuição de lixo orgânica (plásticos e
borrachas de bicos e mamadeiras) e poluente do ar.
Apesar das inúmeras vantagens que a prática do aleitamento materno oferece ao
longo dos anos, esta vem sofrendo inúmeras variações. Por essa razão, vários estudos têm sido
realizados com o objetivo de entender as razões dessas variações e de encontrar mais
subsídios que ratifiquem que o leite materno é o melhor alimento para o bebê e o aleitamento
materno é a melhor prática para mãe e filho.
Estudos mostraram que, em décadas passadas, houve uma redução importante na
duração e prevalência do aleitamento materno em muitas partes do mundo, em decorrência de
modificações culturais, sociais e econômicas.
Araújo 2009 argumenta que no espaço entre uma geração e outra, no Brasil e em várias partes do mundo,
houve uma mudança radical, levando as mulheres a abandonarem a prática de amamentar, alimentando seus filhos com leite
artificial.
No Brasil, até a década de 1970, os índices de amamentação eram ainda satisfatórios. Após esse período, com o
elevado grau de urbanização e a entrada de indústrias fabricantes de leite em pó no país, o desmame atingiu níveis muito altos
e os índices de morbimortalidade infantil ficaram alarmantes.
Preocupados com o declínio mundial da prática da amamentação, em agosto de 1990, em Florença, na Itália, foi
elaborada a Declaração de Innocenti, com o objetivo de estabelecer diretrizes e metas para apoiar e incentivar o aleitamento
materno. Entre as metas estava a criação do Hospital Amigo da Criança, visando à promoção, à proteção e ao apoio à
amamentação por meio da revisão de políticas, práticas e rotinas hospitalares, tendo como critério a adoção dos 10 passos
para o sucesso da amamentação. São eles:
 Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda
equipe de cuidados de saúde.
 Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-a para implementar esta norma.
 Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento materno.
 Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o nascimento.
 Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vier a ser separadas de seus
filhos.
 Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal
procedimento seja indicado pelo médico.
 Praticar o alojamento conjunto - permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 h por dia.
12
 Encorajar o aleitamento sob livre demanda.
 Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio.
 Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para os quais as mães deverão ser
encaminhadas por ocasião da alta hospitalar ou ambulatorial.
Atualmente são varias as instituições que buscam o cumprimento desses passos, uma vez que são fundamentais
para diminuir os índices de desmame precoce. Para que esses passos sejam implementados, é necessária a formação de
recursos humanos adequados e compromissados com o incentivo do aleitamento materno. A equipe de saúde que atende à
mulher que deseja amamentar ou que está amamentando precisa estar preparada tecnicamente e ter conhecimentos práticos
para oferecer uma assistência adequada.
Nesse sentido, o enfermeiro, como elemento dessa equipe, tem um papel educativo e assistencial decisivo em
razão dos conhecimentos e habilidades que possui. Uma ação de enfermagem adequada inclui não somente aspectos técnicos,
mas também o de ordem psicológica e sociocultural, compreendendo que a mulher que amamenta traz consegue um currículo
existencial e irá determinar suas representações e ações acerca da prática da amamentação. Toda espécie de mamífero
alimenta-se do leite de sua mãe.
Com a espécie humana não poderia deixar de ser igual. Porém, por inúmeras razões e circunstâncias de ordem
social e cultural, a criança deixou de receber o leite de sua mãe para receber um leite de outra espécie de mamífero, não
adequado às suas necessidades. Em virtude disso, este capítulo discorre sobre esse alimento que a natureza se encarregou de
preparar tão bem, mas que o homem, na sua ignorância, o desprezou. O objetivo deste capítulo é mostrar o quão necessário
esse alimento é à criança e o quanto a criança, por direito, tem necessidade de recebê-lo. Por outro lado, Akré relata que o
leite humano é muito mais do que uma coleção de nutrientes, é uma substância viva de grande complexidade biológica que
protege a criança de várias doenças.
Almeida 2008 acrescenta que o leite é capaz de exercer um controle sobre o metabolismo que caminha desde a
sutileza das divisões celulares até o comportamento da criança, assim como o desenvolvimento e a manutenção da função
mamaria.
III.2 Aleitamento Materno Exclusivo
Conforme Zugaib 2012 Aleitamento Materno Exclusivo: É quando a criança recebe
somente leite materno, diretamente da mama ou extraído, e nenhum outro líquido ou sólido,
com exceção de gotas ou xaropes de vitaminas, minerais e/ou medicamentos. Aleitamento
Materno Predominante: quando o lactente recebe, além do leite materno, água ou bebidas à
base de água, como sucos de frutas e chás. Aleitamento Materno: quando a criança recebe
leite materno, diretamente do seio ou extraído, independente de estar recebendo qualquer
alimento ou líquido, incluindo leite não humano.
Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), um lactente é
amamentado de forma exclusiva quando recebe somente leite materno (de sua mãe ou
ordenhado) e não recebem quaisquer outros líquidos ou alimentos sólidos, à exceção de gotas
13
de vitaminas, minerais ou outros medicamentos (OMS, 2008). A duração ideal da
amamentação exclusiva tem sido objeto de debate entre especialistas ao longo de vários anos.
Desde 1979, a recomendação da OMS quanto à duração do aleitamento materno exclusivo era
de “quatro a seis meses”. Após uma ampla revisão sistemática sobre o tema (OMS, 2001), foi
aprovada pela 54ª Assembleia Mundial de Saúde a recomendação da amamentação exclusiva
por seis meses.
A resolução conclama aos Estados Membros “o fortalecimento de atividades e o
desenvolvimento de novos caminhos para a proteção, promoção e apoio à amamentação
exclusiva por seis meses como uma recomendação global da saúde pública, levando em
consideração os achados da consulta de experts da OMS sobre a duração ótima da
amamentação, e o provimento de alimentação complementar segura e adequada, com a
continuidade da amamentação por dois anos ou mais, enfatizando os canais de disseminação
social desses conceitos a fim de levar as comunidades a aderir a essas práticas” (OMS, 2001).
Na década de 1980 começaram a ser publicados os primeiros estudos que mostravam as
vantagens da amamentação exclusiva e desde então ficou evidente que a introdução de água,
chá ou outros líquidos ou alimentos pode aumentar consideravelmente o risco de doenças, ter
impacto negativo sobre o crescimento dos lactentes, reduzir a duração total da amamentação,
podendo também reduzir a duração da amenorreia pós-parto (Giugliani, 2001).
Podemos citar alguns estudos que forneceram as novas bases para as recomendações
atuais. Em uma revisão de 35 estudos realizados em diferentes países, Feachem e Koblinsky
(1984) mostraram que, quando crianças não amamentadas são comparadas àquelas que
recebem leite materno de forma exclusiva, a média de riscos relativos de morbidade por
diarreia varia de 3,5 a 4,9 nos primeiros seis meses de vida, havendo evidências de aumento
da severidade da diarreia entre as crianças que recebem alimentação artificial.
Popkin et al. (1990) mostraram que a frequência de diarreia pode dobrar quando água
e chás são oferecidos em adição ao leite materno para crianças com menos de seis meses de
idade, comparadas a crianças em amamentação exclusiva.
III.3 Epidemiologia
Um estudo de caso-controle realizado no Brasil mostrou que, no primeiro ano de
vida, crianças que não eram amamentadas tinham uma probabilidade muito maior de morrer
por diarreia (14 vezes maior) ou doença respiratória (3,6 vezes), quando comparadas com
14
crianças exclusivamente amamentadas. O risco das crianças não amamentadas de morrer por
diarreia era 22 vezes maior durante os dois primeiros meses de vida (Victora et al., 1987).
Resultados de estudo realizados no Brasil mostraram que a probabilidade de
hospitalização em decorrência de pneumonia foi 17 vezes maior em crianças não
amamentadas durante o primeiro ano de vida e 61 vezes maior nos três primeiros meses,
quando comparadas a crianças exclusivamente amamentadas (César et al., 1999).
Em Gâmbia, onde a mortalidade neonatal é de 39 por 1.000 nascidos vivos, 57% dos
óbitos neonatais são de causa infecciosa e 30% relacionados à prematuridade, sendo os
alimentos pré-lácteos um importante fator de risco para esses óbitos (odds ratio, OR = 3,4)
(Leach et al., 1999).
Na Europa, um estudo multicêntrico prospectivo mostrou que a mortalidade devida à
enterocolite necrotizante foi 10,6 vezes maior entre prematuros que recebiam somente leite
artificial e 3,5 vezes maior entre os que estavam em aleitamento misto, quando comparados a
recém-nascidos alimentados exclusivamente com leite materno (Lucas e Cole, 1990).
III.4 As vantagens do aleitamento materno exclusivo
Existem evidências de que não há necessidade de oferecer suplemento hídrico para
crianças amamentadas exclusivamente. As evidencias mostram que crianças exclusivamente
amamentadas são capazes de manter a homeostase hídrica mesmo durante os meses de verão
em um país tropical, sob condições que aumentam as perdas de água, como altas temperaturas
e clima seco. Sachdev et al. (1991)
Somando-se às vantagens já apresentadas, a amamentação exclusiva reduz custos
para as famílias e para o sistema de saúde. Hospitais economizam mamadeiras, bicos e
fórmulas infantis; além disso usam menos medicamentos para favorecer a contratilidade
uterina no pós-parto e para tratar infecções neonatais. Sanghvi (1996), após revisar os custos e
benefícios da amamentação exclusiva em três hospitais, no Brasil, Honduras e México,
concluiu que a promoção dessa prática é altamente custo-efetivo para a prevenção de
episódios de diarreia e para o ganho de “anos de vida ajustados por incapacidade”. Por todos
os benefícios apresentados, a promoção do aleitamento materno exclusivo é considerada uma
das mais vantajosas intervenções em saúde (Sanghvi, 1996).
Segundo Pediatria de (São Paulo) 2008; a importância do leite materno para os
lactentes como fonte nutricional, benefício imunológico e emocional, assim como o benefício
15
sociocultural da amamentação para toda a coletividade, encontram-se estabelecidos, e têm
obtido divulgação tanto no meio acadêmico quanto junto a toda a sociedade.
A partir da década de 1990, várias normatizações e ações foram desencadeadas em
nível nacional e internacional, com o objetivo de ampliar a divulgação dos benefícios e a
prática do aleitamento materno exclusivo. Destacam-se a Declaração de Innocenti, a
instituição da Semana Mundial de Amamentação, o estabelecimento da Norma Brasileira de
Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância (NBCAL), a
iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) e a revigoração dos Programas de Puericultura
em unidades básicas de saúde. Em todas essas ações de saúde há uma uniformidade de meta a
ser alcançada: obter o aleitamento materno até os dois anos ou mais de vida da criança; nos
primeiros seis meses de vida como aleitamento materno exclusivo (AME), e a seguir
complementado com outros alimentos.
Apesar da ampla divulgação nas maternidades, postos de puericultura, e campanhas
de saúde pública, a prática do aleitamento materno ainda não atingiu a frequência e duração
desejáveis, embora venha evoluindo favoravelmente durante os últimos 30 anos. Porém, o
desmame precoce e mesmo a adoção de mamadeiras desde o nascimento ainda são
observados. Para que a amamentação seja mais adotada, é necessário avaliar o que pensam as
mães em relação ao período de amamentação, e por qual motivo interrompem a mesma.
O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e
nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para
redução da morbimortalidade infantil. Permite ainda um grandioso impacto na promoção da
saúde integral da dupla mãe/bebê e regozijo de toda a sociedade. Caderno de Atenção Básica,
nº 23-2009 (Ministério da Saúde).
Se amamentar é natural, por que as mães precisam tanto de ajuda durante o inicio da
lactação? Apesar de a amamentação ser um processo fisiológico da mulher, até os dias de hoje
ela é fortemente influenciada pelo contexto sócio-historico e o sociocultural. Figueiredo N.M.
A Yendis Editora, 2010. -Praticas de Enfermagem. Pg 263.
O leite humano produzido por mulheres saudáveis é adequado para suprir as
necessidades nutricionais do recém-nascido de termo durante os seis primeiros meses de vida
e, por esse motivo, o seu uso de forma exclusiva é recomendado nesta fase. Após, a criança
deve receber, gradualmente, alimentos complementares, estendendo a amamentação ao menos
por um ano ou mais, desde que a mãe e a criança o desejam. Barros S M O. Enfermagem
obstétrica e Ginecológica 2ª edição 2009. Pg 279.
16
O leite materno é o melhor alimento para a criança e deve ser exclusivo até o 6º mês
de vida e mantido com alimentos complementares até os 2 anos. Para amamentar com
sucesso, a mulher precisa estar segura e acreditar que o seu leite é adequado e suficiente para
seu filho. Necessita conhecer seu corpo e as mudanças que irão ocorrer. Enfermagem em
Atenção á Saúde de Goiás-2010
Alguns autores como Antunes et al., (2008) e Almeida e Novak (2004) trazem que a
amamentação tem papel importante sob vários aspectos para a mulher, desta forma ao
amamentar, o instinto maternal é satisfeito e supre a separação abrupta ocorrida no momento
do parto que pode causar até depressão, “protege” contra uma nova gestação através do
método de LAM (Método de Amenorréia Lactacional), o estresse e mau humor são reduzidos,
a forma física retorna ao peso pré-gestacional, possui menor risco de desenvolver artrite
reumatóide, risco reduzido de osteoporose aos 65 anos e menor probabilidade de desenvolver
esclerose múltipla, além de diminuir a chance de desenvolver câncer endometrial, de ovário e
de mama.
O aleitamento materno é sinônimo de sobrevivência para o recém-nascido, portanto
um direito inato (ICHISATO & SHIMO, 2002). É uma das maneiras mais eficientes de
atender os aspectos nutricionais, imunológicos e psicológicos da criança em seu primeiro ano
de vida (ICHISATO & SHIMO, 2001).
De acordo com Rezende et al 2, A ausência de amamentação ou sua interrupção
precoce (antes dos 4 meses) e a introdução de outros alimentos à dieta da criança, durante esse
período, são freqüentes, com conseqüências importantes para a saúde do bebê, como
exposição a agentes infecçiosos, contato com proteínas estranhas, prejuízo da digestão e
assimilação de elementos nutritivos, entre outras.
Ministério da Saúde (2007) o leite materno é importante para o bebê durante esse
período porque evita muitas doenças, principalmente quando dado exclusivamente. Além
disso, contém todas as substâncias necessárias para que o bebê cresça sadio mental e
fisicamente.
Amamentar exclusivamente no peito evita muitas doenças, por exemplo, diarreia,
pneumonia, infecção no ouvido e muitas outras. Quando o bebê mama só no peito, geralmente
faz cocô mole, várias vezes ao dia, ou pode ficar até uma semana sem evacuar. Quando a
criança mama no peito, aceita mais facilmente os alimentos da família, porque o leite do peito
tem sabor e cheiro conforme a alimentação da mãe. Mamando só no peito até os seis meses os
bebês já estão se adaptando aos alimentos da família.
17
Nesse período é comum o peito vazar e molhar a roupa. Isto é normal e acontece
principalmente quando a mãe pensa no bebê ou acha que está na hora de amamentar. Isso é
resultado da atuação de uma substância produzida no corpo da mulher que amamenta. Nesse
caso, quando a mãe se sente incomodada, pode ordenhar um pouco o peito. Proteger o peito
com um pano evita molhar a roupa.
Mais Giugliani (1994) destaca que, a promoção do aleitamento materno deve ser
vista como prioridade por contribuir com a preservação da saúde da criança e de sua família.
Dentre as ações de estratégia de promoção, a sensibilização quanto à importância desta pratica
é fundamental, levando-se sempre em consideração o conhecimento, as crenças, a cultura, os
hábitos e as condições sócio-econômicas dessa família.
A prática da amamentação oferece vantagens e benefícios que contribuam, tanto para
o crescimento e desenvolvimento de lactentes, seja no seu estado biológico e psicossocial
como também para a mãe, sua família e sociedade. Contudo, mesmo com todas as vantagens e
benefícios, esta prática vem sofrendo influências que contribuem para o desestímulo das mães
interferindo no desejo de amamentar seus filhos (TEIXEIRA e SILVA, 2005).
Silva (2000) descreve que dentre os fatores que são contribuintes para a baixa
frequência do aleitamento materno, pode-se citar: a dificuldade de acesso e a resolução de
possíveis problemas referentes à amamentação diante dos serviços especializados, assim
como a assistência prestada por profissionais qualificados para o atendimento do binômio
mãe-filho.
Mesmo com a existência de vários serviços prestadores de assistência à saúde da
mulher e da criança, alguns deles não possuem programas direcionados ao incentivo ao
aleitamento materno e condições necessárias para sua efetivação, e mesmo que existam
programas, esta assistência não é contínua no pós-parto tardio, período este que é considerado
crítico à manutenção desta prática devido o surgimento de intercorrências relacionadas à
amamentação (SILVA, 2000; OSCAR et al. 2001).
Primo, Bom e Silva (2008), afirmam ser fundamental a presença de profissionais
capacitados para planejar, organizar, desenvolver e avaliar ações que possam atender às reais
necessidades das mulheres, envolvendo os diversos setores na promoção da saúde para
modificar o cenário atual.
Segundo Ricco et al. (2008), para o lactente o aleitamento materno representa muito
mais do que uma forma de alimento, é um direito ético e biológico, pertencente a toda espécie
18
humana. Assim, os profissionais que prestam assistência à criança devem buscar
continuamente e incansavelmente garantir esse direito.
O Aleitamento Materno (AM) favorece o desenvolvimento da estrutura facial, da
mastigação, da fala e do alinhamento dos dentes e respiração, alem de reduzir o risco das
doênças crônicas como diabetes, hipertensão e arteriosclerose (MURAHOVSCHI et al.,
1999).
Quando pesquisamos os beneficios do AM, verificamos que a promoção do AME e a
intervenção isolada em saúde pública com o maior potencial para diminuição da mortalidade
infantil e suas consequências para a saúde da crianca (TOMA; REA, 2008).
Em vista disso, as politicas de promoção da saúde são muito importantes, pois, tem
contribuido para a diminuição das taxas de mortalidade infantil. Em 1990 a taxa era de 47,1
por mil nascidos vivos e em 2008 a taxa diminuiu para 19,3 por mil nascidos vivos. Esses
resultados sao consequencia de muitos fatores, como o aumento da cobertura vacinal, do pre-
natal, da estrategia de saude da familia, da reidratação oral, do aumento da taxa de
escolaridade da mãe e do incentivo ao aleitamento materno (BRASIL, 2009).
O AM também produz beneficios a saúde materna, influenciando os fenomenos
regressivos do puerpério (loquiação e involução uterina) a ocorrerem com maior rapidez
devido ao resultado da acão da ocitocina que, quando age sobre a musculatura do utero,
previne a atonia uterina no pós-parto imediato, além de diminuir a probabilidade de nova
gravidez e a incidencia dos cânceres de mama e utero (SANTOS, 2005).
As vantagens psicossociais são as de estabelecer uma relação afetiva mãe filho que
estimula o desenvolvimento psicomotor, social e mental. Torna-se parte fundamental da
construção do psiquismo e da vida relacional do bebe e da transformação da identidade da
mulher -mãe (FALCETO, 2002).
Seguindo o acordo entre OMS e UNICEF; o Brasil vem desenvolvendo várias ações
no sentido de garantir a prática do aleitamento materno, abolindo água, chás e complementos
até o sexto mês de vida. Se possível, estende-se a prática até o segundo ano de vida, associada
à complementação por outros alimentos apropriados para a criança.
Por essas razões, os profissionais de saúde devem fazer todos os esforços para
proteger, promover e apoiar o aleitamento materno, fornecendo para gestantes e puérperas
ajuda clara, objetiva e coerente sobre a prática da amamentação.
Trabalhar com aleitamento materno requer muita sapiência e paciência, pois as
informações não podem ser truncadas ou confusas. O profissional que demonstrar segurança e
confiança no primeiro encontro e afirmar na sua orientação que toda mulher é capaz de
19
produzir o alimento para seu filho, certamente transmitirá segurança à nutriz, ao bebê e,
consequentemente, ao companheiro e a seus familiares.
Os princípios básicos de aconselhamento, são
1. Escutar ativamente: observar com plena atenção, fazer perguntas abertas ("o
que você pensa sobre a amamentação?"), avaliar o que a nutriz sabe.
2. Linguagem corporal: fazer a mãe se sentir confortável durante a conversa, usar
contato olho-no-olho sem barreiras, demonstrar respeito, aconselhar em
ambiente privado.
3. Atenção e empatia: considerar os sentimentos da nutriz, responder às perguntas
sem julgar, ser cálido e acolhedor.
4. Tomada de decisões: identificar a fonte de má informação da nutriz, oferecer
informação básica e oportuna para aquela situação, ajudá-la a tomar a melhor
decisão em seu momento de vida.
A insistente indicação da amamentação natural como o melhor alimento para o
neonato se justifica ao se conhecerem os benefícios do leite materno.
1. Fornece de modo insubstituível o alimento ideal e perfeito para o crescimento e
desenvolvimento do lactente;
2. Tem influência biológica e emocional tanto sobre a saúde da mulher quanto da
criança, estabelecendo uma relação afetiva especial;
3. Protege as crianças contra diarreia e desidratação por ter propriedades anti-
infecciosas;
4. Favorece o desenvolvimento da estrutura facial e de suas funções (mastigação, fala,
alinhamento dos dentes e respiração);
5. Auxilia no espaçamento dos partos;
6. Ajuda a diminuir as despesas da casa (é grátis).
Os profissionais de saúde, ao orientarem as mães sobre o benefício do aleitamento
materno para ela e para o filho, deverão lembrar que o leite materno não dá trabalho e já vem
20
prontinho. Lembrar que preparar uma mamadeira requer trabalho: ferver o leite, coar o
mingau, esfriar, provar.
Para as nutrizes, o aleitamento materno pode ser atrapalhado por:
1. Ausência de modelo para seguir;
2. Receber informações truncadas, incorretas;
3. Conviver com pessoas que não acreditam na amamentação;
4. Desconhecer as causas do choro do bebê;
5. Preocupação com a estética;
6. Amamentação como um ato doloroso;
7. Baixa autoconfiança pelo desempenho materno;
As atribuições da equipe de enfermagem, tanto no pré-natal quanto no puerpério, são
extensas:
1. Ressaltar a importância do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de
vida e seu prolongamento até os dois anos de idade pelo menos, com
introdução de outros alimentos;
2. Enfatizar que o leite materno protege o bebê de infecções e de alergias;
3. Promover palestras com as gestantes e mães sobre o aleitamento materno e os
cuidados com o bebê;
4. Orientar sobre os grupos de apoio ao aleitamento materno no local mais
próximo da comunidade da mulher;
5. Examinar as mamas, verificando o tipo de mamilo, e demonstrar a pega
correta, ensinando todo o manejo da amamentação;
6. Estimular a mulher na realização da ordenha manual quando ela precisa
retornar ao trabalho;
7. Alertar a gestante / puérpera de seu direito de ficar junto do filho para
amamentá-lo quando o bebê necessita de alguma internação
8. Uma equipe de enfermagem bem treinada no processo de lactação pode
influenciar diretamente a nutriz.
21
III.5 Os cuidados de enfermagem no aleitamento materno
É preciso também citar aqui, Ziegel e Cranley (1985) que colocam algumas
orientações que o enfermeiro pode estar repassando às mães no sentido de se estimular uma
boa lactação.
1 Fornecer informações à mãe sobre a amamentação no período anterior ao parto,
e fazer com que ela converse com outras mães que estão amamentando;
2 Evitar a fadiga e a dor no puerpério;
3 Fornecer privacidade e um ambiente tranquilo para a amamentação;
4 Estimular a lactação iniciando logo que possível a amamentação e não limitar a
frequência das mamadas tanto de dia como à noite;
5 Separar a mãe e o bebê o mínimo possível;
6 Organizar a rotina do dia da mãe, tendo em mente a amamentação;
7 Evitar ansiedade e a interferência, que acarretará reflexo na descida do leite por tais
fatores, não permitindo que a mãe fique cansada.
Mesmo sendo uma condição historicamente imposta nos dias atuais, existem muitos
obstáculos para a amamentação e, consequentemente, ocorre o desmame precoce. Assim, cabe
ao enfermeiro promover as orientações necessárias sobre os benefícios do aleitamento
materno, que se estende além do ato de amamentar, pois este pode ser efetuado inclusive, em
bebês hospitalizados, através do banco de leite humano.
IV. MATERIAIS E MÉTODOS
IV.1 População de estudo
A população do estudo foi composta por 50 nutrizes que se utilizam da Rede Pública
Estadual de Saúde em Porto Velho e atendida pela equipe de saúde do local. No período de
levantamento prévio para este estudo, a nutrizes atendidas na maternidade era de 16 mulheres
ao dia, segundo os números apontados pelo Sistema de Informação do Banco de Leite
Humano Santa Ágata.
Com base nestas nutrizes cadastradas, para delimitação da amostra, o processamento
dos dados foi realizado com o auxílio do software Excel. Os resultados estão apresentados em
22
forma de tabelas e gráficos, e discutidos à luz da literatura pertinente ao tema, determinando
uma amostra com uma margem de erro de 0,05%, a um nível de confiança de 95%, um
quantitativo de 50 nutrizes, cadastradas e atendidas pela equipe de saúde do Banco de Leite
Humano Santa Ágata, com faixa-etária entre 18 a 45 anos de idade.
IV.2 Local do estudo
O estudo foi realizado no estado de Rondônia, no município de Porto Velho, tendo
como unidade hospitalar o Hospital de Base Ary Pinheiro da Rede Pública Estadual, em Porto
Velho, mais especificamente no “Banco de Leite Humano” Santa Ágata. O referido o Hospital
de Base Ary Pinheiro da Rede Pública Estadual, em Porto Velho. O antigo Hospital São José
foi inaugurado dia 7 de setembro de 1929. Permaneceu em atividades durante quase 54 anos.
Foi desativado em janeiro de 1983, quando o Governador Jorge Teixeira inaugurou o Hospital
de Base Ary Pinheiro.
O Hospital foi construído pela Prelazia de Porto Velho, e em 1944 foi adquirido pelo
Território Federal do Guaporé. Seu primeiro diretor na gestão do Território foi o médico Ary
Tupinambá Pena Pinheiro, nomeado pelo então Governador Aluizio Ferreira.
O Hospital de Base Ary Pinheiro conta com mais de 590 leitos, entre enfermarias e
UTIs, e quase dois mil servidores, realizando cirurgias de alta e média complexidade, com
equipamentos de alta geração e equipes especializadas em cirurgias de urgência e emergência,
como neurocirurgia, oncologia, pediatria, ortopedia, bucomaxilofacial (reconstituição dos
ossos da face e extrações dentárias em portadores de necessidades especiais), centro de
transplantes de órgãos, cirurgia plástica em queimados, parturientes de alto risco, vitrectomia,
aplicação de lucentis (intraocular), entre outros.
Banco de Leite Humano Santa Ágata. Localizado no Hospital de Base Dr. Ary
Pinheiro, em Porto Velho, foi implantado em dezembro de 2004. Ele é composto por:
Sala para recepção, registro e triagem de doadoras; Sala de preparo da doadora; Área
de recepção de coleta externa do banco de leite humano; Sala para coleta do banco de leite
humano; Sala para coleta do banco de leite humano; Sala para processamento, estocagem e
distribuição de leite; Laboratório de controle de qualidade do banco de leite humano; Sala
para lactentes acompanhantes e Sala de Arquivo de doadoras do banco de leite humano.
23
IV.2.1 Critérios de inclusão
Neste estudo, foram incluídas as mulheres com idade entre 18 a 45 anos, que tinham
tido filhos e que realizaram pré-natal com a equipe de saúde da família da localidade. Para o
Atendimento Individual a quantidade de pessoas entrevistada será de 50 mães com idade entre
18 a 45 anos, e bebês com até 6 meses, visto ser esta a idade desejável para o aleitamento
materno exclusivo.
IV.2.2 Critérios de exclusão
Não participaram do estudo as nutrizes de 17 anos abaixo, e bebê acima de seis
meses, isto porque abaixo desta idade as nutrizes precisam de autorização do responsável para
as tomadas de decisões e considerando que os bebês acima desta idade já não são tão
desejáveis o aleitamento materno exclusivo.
IV.2.3 Levantamento de dados
A coleta de dados iniciou-se após a aprovação do Coordenação de Enfermagem e
Pesquisa da Faculdade de Rondonia-Faro sob o parecer fundada pelo Decreto Ministerial nº.
96.977/88
A coleta de dados foi obtida através da aplicação de um questionário com perguntas
fechadas e pessoais, elaborado pelo pesquisador contendo questões que abrangeram o perfil
socioeconômico das mulheres, informações da gestação anterior e caracterização dos fatores
inerentes o conhecimento do aleitamento materno. Neste estudo, foram incluídas as mulheres
com idade entre 18 a 45 anos, que tinham tido filhos e que realizaram pré-natal com a equipe
de saúde da família da localidade.
IV.2.4 Analise de dados
Após o levantamento, os dados foram analisados de tal forma a verificado os
objetivos propostos. O processamento dos dados foi realizado com o auxílio do software
24
Excel. Os resultados estão apresentados em forma de tabelas e gráficos, e discutidos à luz da
literatura pertinente ao tema.
V. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados deste estudo estão apresentados de acordo com a ordem do
questionário aplicado junto às nutrizes. Esta seção contempla os resultados acerca da
caracterização dos sujeitos da pesquisa; os específicos sobre as práticas de aleitamento
materno e fatores que as levam a interferência deste processo. Para um melhor entendimento
didático dividiu-se a pesquisa em três partes: (i) Caracterização da amostra, (ii) Informações
sobre aleitamento materno e o (iii) Conhecimento das nutrizes sobre aleitamento materno
exclusivo.
V.1 Caracterização da amostra
As tabelas e gráficos I, II, III e IV que representam os resultados da pesquisa sobre a
Caracterização da Amostra, mostra que a idade das entrevistadas situa-se em sua maioria,
42%, na faixa etária de 22 anos a 30 anos, verifica-se, portanto que as nutrizes menores de 15
anos são em número reduzido bem como aquelas maiores de 40 anos. As pessoas que se
encontram nesta faixa etária representam apenas 10%.
Tabela I - Faixa etária das nutrizes entrevistadas
Idade Qtde %
Até 15 anos
De 15 anos à 21 anos
De 22 anos à 30 anos
De 31 anos à 40 anos
Acima de 40 anos
4
12
21
12
1
8%
24%
42%
24%
2%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico I - Faixa etária das nutrizes entrevistadas
25
No tocante à escolaridade, 48% das nutrizes tem ensino médio. É interessante notar
ainda sobre a escolaridade que apenas 6% das nutrizes entrevistadas tem ensino superior,
mostrando que na medida em que o grau de instrução se eleva, menor é a procura por serviço
público de aleitamento materno. Há que se observar ainda que 46% das nutrizes tem apenas o
ensino fundamental incluindo nestas aquelas que são analfabetas
No que diz respeito à ocupação a maioria se diz “Do lar”, ou seja, 72%. Constata-se,
portanto que o grau de ocupação destas pessoas restringe-se aos trabalhos de doméstica. Este
dado corrobora com o baixo grau de instrução
No que diz respeito ao estado civil o que predominou foi o de casada ou união
estável. Outro dado que merece atenção diz respeito ao baixo número de solteiras que chegou
a apenas 12% o que se acreditaria ser um número muito superior.
Tabela II – Escolaridade das nutrizes entrevistadas
Escolaridade Qtde %
Analfabeta
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Ensino Superior.
8
15
24
3
16%
30%
48%
6%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico II – Escolaridade das nutrizes entrevistadas
26
Tabela III - Profissão das nutrizes entrevistadas
Profissão Qtde %
Do lar
Autônoma
Faxineira
36
3
11
72%
6%
22%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico III - Profissão das nutrizes entrevistadas
Tabela IV – Estado civil das nutrizes entrevistadas
Estado Civil Qtde %
27
Solteira
Casada/União estável
Divorciada
Outros
6
35
3
6
12%
70%
6%
12%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico IV – Estado civil das nutrizes entrevistadas
V.2 Informações sobre aleitamento materno
As tabelas e gráficos V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII e XIII que representam os
resultados da pesquisa sobre as informações sobre aleitamento materno, aborda o nº de filhos,
sem tem as nutrizes tem conhecimento sobre o aleitamento materno, conhecimento das
propriedades do leite materno, onde obtiveram conhecimento, se amamentaram anteriormente, os
motivos que levaram a não amamentarem e os benefícios da amamentação.
Com relação ao número de filhos, tabela e gráfico V, verifica-se a concentração
maior naquelas nutrizes que tem 3 filhos perfazendo um percentual de 56%, embora se tenha
encontrado, num percentual significativamente pequeno, apenas 4%, pessoas com até 8 filhos.
Tabela V - Nº de filhos das nutrizes entrevistadas
Nº de filhos (incluindo o atual) Qtde %
8 filhos
5 filhos
4 filhos
3 filhos
1 filho
2
5
8
28
7
4%
10%
16%
56%
14%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico V - Nº de filhos das nutrizes entrevistadas
28
No que diz respeito à informação que as nutrizes tinham sobre aleitamento materno,
observou-se um percentual surpreendentemente alto, 84% das entrevistadas tinham
conhecimento, o que é bastante alvissareiro numa sociedade com poucas informações,
considerando o baixo grau de instrução. Vale ressaltar que tais conhecimento fazem parte da
cultura maternal e que é passada de geração para geração, independente do grau de instrução
da nutriz.
Tabela VI – Informação sobre aleitamento materno das nutrizes entrevistadas
Informada sobre o aleitamento Qtde %
Sim
Não
42
08
84%
16%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico VI – Informação sobre aleitamento materno das nutrizes entrevistadas
Tabela VII - Conhecimento sobre as propriedades do leite materno
Sabe as propriedades do leite materno Qtde %
29
Sim
Não
12
38
24%
76%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico VII - Conhecimento sobre as propriedades do leite materno
Embora um percentual elevado soubesse ou tivesse informação sobre aleitamento
materno, o número de entrevistadas que tinham conhecimento sobre as propriedades do leite
materno, tabela e gráfico VII, foi de apenas 24% o que é bastante preocupante, visto que com
pouco conhecimento a importância do aleitamento materno também se torna pequena.
Sobre o local onde a nutriz obteve conhecimento verificou-se que 75% obteve o
conhecimento no hospital/maternidade, conforme tabela e gráfico VIII, o que torna o
hospital/maternidade um local não apenas que cuida das patologias mas também informa
sobre outros assuntos importantes.
Constata-se, portanto a importância de uma unidade hospitalar que além de suas
atividades rotineiras também se ocupem de políticas que vem ao encontro dos anseios da
sociedade, trazendo benefícios a todos.
Vale dizer que o aleitamento materno é extremamente prático e econômico, uma vez
que o leite é produzido pelo próprio organismo, na temperatura correta, o que facilita a vida
da mãe que não precisará esquentar mamadeiras, lavar utensílios de cozinha, entre outros.
Além disso, o vínculo afetivo entre a mãe e o filho é muito estimulado pelo AM, o
qual ainda fortalece o sistema imunológico do bebê, protegendo-o contra infecções
respiratórias e intestinais, levando-o a ganhar peso, fato que o ajudará a crescer forte.
Tabela VIII - Conhecimento sobre as propriedades do leite materno
Onde obteve conhecimentos? Qtde %
30
Centro de Saúde
Particular
Hospital/Maternidade
Curso de preparação para o parto.
1
1
9
1
8%
8%
75%
8%
Total 12 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico VIII - Conhecimento sobre as propriedades do leite materno
Há um fosso separando teoria e prática quando o tema é aleitamento materno. Nos
seis primeiros meses de vida, o leite humano deveria ser a única fonte de nutrição da criança.
Não é preciso dar ao bebê nada além do peito. Nem água nem chá. O leite materno provê
100% das necessidades diárias de sódio, cálcio, potássio, proteínas, vitaminas, sais minerais,
gordura, lactose, ferro, leucócitos e enzimas. A lista de benefícios nutricionais é reforçada por
vantagens de caráter imunológico. Sabe-se que crianças amamentadas no seio até o sexto mês
estão mais protegidas contra uma série de doenças, entre as quais infecções respiratórias,
diarreia, otites, meningite bacteriana e alergias, além de alguns tipos de câncer. E que as
mulheres que amamentam também têm diminuído o risco de vir a ter câncer de mama e de
ovário. O risco fica ainda menor para as que oferecem o peito por um período de tempo mais
longo. Isso sem falar dos ganhos de natureza emocional que o aleitamento proporciona tanto à
mulher quanto a seu filho. Apesar disso, indicam as pesquisas, 40% das mães interrompem o
processo antes de seis meses.
Perguntado se já havia amamentado anteriormente, obteve-se um percentual
expressivo de respostas afirmativas 72% já haviam amamentado conforme tabela e gráfico IX.
No tocante aos motivos pelos quais as nutrizes não haviam amamentado as respostas foram
bastante diversificadas, mas a resposta que preponderou sobre as demais foi de que o leite foi
insuficiente, 57%, conforme pode ser observado na tabela e gráfico X.
31
Tabela IX - Amamentou anteriormente
Amamentou anteriormente? Qtde %
Sim
Não
36
14
72%
28%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Tabela IX - Amamentou anteriormente
Tabela X - Motivos que não amamentaram
Motivos pelos quais não amamentou Qtde %
O leite não foi suficiente
Cria rachadura nos seios
A criança não pega o peito
Outros
8
4
1
1
57%
29%
7%
7%
Total 14 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico X - Motivos que não amamentaram
Tabela XI - Quem informou sobre a amamentação
Quem informou sobre a amamentação Qtde %
32
Enfermeiro
Médico de Família
Pediatra/Obstetra
Familiar e amigos
29
5
8
8
58%
10%
16%
16%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XI - Quem informou sobre a amamentação
Indagado sobre quem informou sobre o aleitamento materno a resposta que
preponderou sobre as demais com 58% foi o(a) enfermeiro(a). Isto demonstra a importância
do enfermeiro para as nutrizes e para o bebê. Isto está exposto na tabela e gráfico XI.
Sobre quem seria beneficiado com a amamentação, a resposta com maior frequência
foi a de que o maior beneficiado seria o bebê com 72% seguido da família com 24%. As
demais respostas não são em número significativas.
Embora a nutriz não tenha sido citada como beneficiada sabe-se que a amamentação
aumenta a segurança da mãe e diminui a ansiedade. O volume do útero diminui mais
rapidamente e evita a hemorragia no pós-parto, uma das principais causas de mortalidade
materna no Brasil. A mulher que amamenta tem menos risco de ter câncer de mama e
osteoporose.
A amamentação estabiliza o progresso de endometriose materna. Não amamentar
aumenta o risco de desenvolver câncer de ovário e câncer endometrial, além de ajudar a
mulher voltar ao peso normal mais rapidamente.
Tabela XII - Beneficiados com a amamentação
Quemébeneficiadocomaamamentação? Qtde %
33
Bebê
Família
Sociedade
Meio ambiente
36
12
1
1
72%
24%
2%
2%
Total 50 96%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XII - Beneficiados com a amamentação
Sobre os benefícios da amamentação para o bebê as respostas dadas, em ordem
decrescente, foram as seguintes:
♦ Bebê adoece menos com 64%;
♦ Bebê cresce mais rápido com 32%; e
♦ Menor gasto (leite; chupeta e mamadeira) com 4%.
Tabela XIII - Benefícios da amamentação para o bebê
Quais os benefícios da amamentação
para o bebê?
Qtde %
Cresce mais rápido
Não adoece muito
Menor gasto (leite; chupeta e mamadeira)
16
32
2
32%
64%
4%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XIII - Benefícios da amamentação para o bebê
34
V.3 O conhecimento das nutrizes sobre aleitamento materno exclusivo
Segundo o Ministério da Saúde, desde a implantação do Programa Nacional de
Incentivo ao Aleitamento Materno, no início da década de 1980, o tempo médio de
aleitamento materno no país aumentou 15,5% passando de 296 dias em 1999 para 342 dias
em 2008. O índice de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) de crianças com menos de
quatro meses também cresceu: passou de 35%, em 1999, para 52%, em 2008.
As tabelas e gráficos XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII e
XXIV representam os resultados da pesquisa a respeito do conhecimento das nutrizes sobre
aleitamento materno exclusivo.
A tabela e gráfico XIV mostram as respostas que foram dadas a respeito do
conhecimento do que vem a ser aleitamento materno exclusivo. Para essa questão, obteve-se
35
como resposta afirmativa 94% o que demonstra que mesmo com o “exclusivo” a grande
maioria domina o termo.
Tabela XIV – Conhecimento sobre aleitamento materno exclusivo
A Sra. sabe o que é AME Qtde %
Sim
Não
47
03
94%
6%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XIV – Conhecimento sobre aleitamento materno exclusivo
No que diz respeito ao questionamento se a nutriz está amamentado atualmente,
tabela e gráfico XV, obteve-se como resultado, resposta surpreendentemente satisfatório com
um percentual de 82% visto que a média brasileira em 2008 era de 54%.
Tabela XV - Amamenta atualmente
A senhora amamenta atualmente? Qtde %
Sim
Não
41
9
82%
18%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XV - Amamenta atualmente
36
Tabela XVI – Motivos pelos quais deixou de amamentar
Por que deixou de amamentar? Qtde %
Dificuldade para ir até hospital
Outros
7
43
14%
86%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XVI – Motivos pelos quais deixou de amamentar
A justificativa sobre o motivo que deixou de amamentar são as mais diversas, não
sendo possível determinar uma causa que tenha maior predominância, como pode ser
observado na tabela e gráfico XVI.
Para elevar as taxas de aleitamento materno o Brasil implantou, em 1981, o
Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno. Desde então, a iniciativa é
responsável por melhorar os indicadores relativos à oferta e distribuição de leite para recém-
nascidos, sobretudo os que estão em UTI neonatal.
Para o coordenador do Centro de Referência Nacional para Bancos de Leite, Franz
Reis Novak, o País conta com uma das mais eficientes políticas de aleitamento materno do
37
mundo. No entanto, tão importante quanto as tecnologias empregadas e os incentivos, a
consciência da população e a solidariedade são essenciais para o sucesso do projeto. Com
relação ao uso do leite artificial estas foram aconselhadas por diversos profissionais, como
pode ser observado tabela e gráfico XVII.
Tabela XVII - Aconselhamento sobre o uso do leite artificial
Aconselhouaintroduziroleiteartificial? Qtde %
Médico de Família
Familiares e amigos
Pediatra
Enfermeiro
Iniciativa própria
1
16
2
1
30
2%
32%
4%
2%
60%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XVII - Aconselhamento sobre o uso do leite artificial
Sobre o tipo de amamentação praticada, obteve-se como resposta o seguinte: 51% praticam o AME
enquanto 49%praticam oaleitamento materno misto conforme tabela egráfico XVIII.Agrande maioria, 80%,de
quemamamentainiciaaamamentaçãologonoHospital/maternidadecomopodeservistonatabelaegráficoXIX.
Tabela XVIII - O tipo de amamentação
5. O seu tipo de amamentação é? Qtde %
Aleitamento exclusivo
Aleitamento misto
21
20
51%
49%
Total 41 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XVIII - O tipo de amamentação
38
Tabela XIX - Onde iniciou a amamentação
Onde iniciou o aleitamento? Qtde %
Hospital/maternidade
Casa
40
10
80%
20%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XIX - Onde iniciou a amamentação
Questionadas sobre o momento em que amamentou a primeira vez obteve-se como
resposta o seguinte: 98% amamentaram até a sexta hora após o nascimento do bebê como
pode ser visto na tabela e gráfico XX.
Tabela XX - Quando amamentou a primeira vez
Quando amamentou a primeira vez? Qtde %
Durante a 1ª hora de vida do bebê
Depois da 1ª até à 6ª hora
Depois da 6ª hora de vida
29
20
1
58%
40%
2%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
39
Gráfico XX - Quando amamentou a primeira vez
Sobre a ajuda na primeira mamada obteve-se como resposta as seguintes
informações: 54% obtiveram ajuda como pode ser observado na tabela e gráfico XXI
Dificuldades no início do aleitamento são comuns e a forma como os profissionais de
saúde lidam com elas é fundamental para evitar o desmame precoce, afirma Luciano Santiago,
da Sociedade Brasileira de Pediatria. "Mas treinar a pega correta, ensinar a mãe a ordenhar
são tarefas que demandam um tempo que a maioria dos enfermeiros e pediatras das
maternidades não tem", complementa.
O relato da enfermeira Miriam Leal é esclarecedor conta que aprendeu muito pouco
sobre técnicas de amamentação na faculdade. "Só fui procurar cursos sobre o assunto depois
que não consegui amamentar meu primeiro filho", revela.
Há 20 anos ela começou a atuar como consultora de lactação por acaso. "Via as mães
que eu atendia na maternidade enfrentar os mesmo problemas que eu tive. Uma delas me
perguntou quanto eu cobrava para ir até sua casa ajudar. Nunca tinha pensado nisso, mas ela
insistiu e eu fui." Hoje Miriam atende cerca de 120 mulheres ao ano.
A enfermeira afirma que a maior parte dos problemas surge por dificuldades dos
bebês. "Alguns não sabem nem procurar o peito. Outros não conseguem coordenar sucção,
respiração e deglutição. Às vezes o bebê já nasce atleta, mas a maioria para no meio da
mamada por exaustão e acorda com fome uma hora depois. Se a mãe não for bem orientada,
tende a achar que seu leite é fraco", diz.
Tabela XXI - Ajuda de alguém na primeira mamada
A Senhora teve ajuda de alguém na
primeira mamada?
Qtde %
40
Sim
Não
27
23
54%
46%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XXI - Ajuda de alguém na primeira mamada
A enfermeira possui um importante papel durante o pré-natal, ele deve preparar a
gestante para o aleitamento, para que no pós-parto o processo de adaptação da puérpera ao
aleitamento seja facilitado e tranquilo, evitando assim, dúvidas, dificuldades e possíveis
complicações.
É importante desfazer os mitos e tratar as complicações no período da amamentação
visto que, a cultura, a crença e os tabus têm influenciado de forma crucial a sua prática.
Através de uma comunicação simples e objetiva durante a orientação, o incentivo e o apoio ao
aleitamento materno, demonstrando diversas posições, promovendo relaxamento e
posicionamento confortável, explicando a fonte dos reflexos da criança e mostrando como
isso pode ser usado para ajudar na sucção do recém-nascido.
Sobre quem ajudou na primeira mamada, corroborando a importância da
enfermagem no processo, obteve-se os resultados tabela e gráfico XXII: 63% das
entrevistadas tiveram ajuda dos profissionais de enfermagem enquanto 37% foram ajudadas
por familiares.
Tabela XXII - Que ajudou na primeira mamada
Se sim quem ajudou? Qtde %
Enfermeiro
Familiar
17
10
63%
37%
Total 18 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XXII - Que ajudou na primeira mamada
41
Tabela XXIII - Diferença entre crianças amamentadas e não amamentadas
Percebe alguma diferença entre crianças
amamentadasenãoamamentadas?
Qtde %
Sim
Não
32
18
64%
36%
Total 50 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XXIII - Diferença entre crianças amamentadas e não amamentadas
Sobre a percepção de alguma diferença entre crianças amamentadas e não
amamentadas, obteve-se um percentual expressivamente alto de respostas afirmativas, 64%,
levando-se a acreditar que as nutrizes sabem da importância do aleitamento materno, como
pode ser visto na tabela e gráfico XXIII.
Já é sabido, através de vários estudos, que a melhor forma de alimentação é o
aleitamento materno exclusivo para os primeiros 4 a 6 meses de vida, seguido da introdução
de alimentos sólidos e líquidos apropriados para a idade, com a continuação do aleitamento.
42
As vantagens do aleitamento materno são realmente indiscutíveis e incluem
benefícios nutricionais, imunológicos e fisiológicos tanto para o bebê quanto para a mãe,
assim como também benefícios econômicos.
As diferenças mais notadas foram, em ordem decrescente, as seguintes: (I) Não tem
diarreia com 41%; (II) Não tem infecção urinária com 34%; (III) Se recupera mais rápido das
doenças com 15%; (IV) Mais afetuosa com 5%; e (v) Mais inteligente com 5%.
Tabela XXIV - Diferenças entre o bebê que mama e o que não mama
Diferença entre os bebês que mamam
daqueles que não mamam
Qtde %
Não tem diarreia
Não tem infecção urinária
Mais afetuosa
Mais inteligente
Recupera-se mais rápido das doenças
17
14
2
2
6
41%
34%
5%
5%
15%
Total 41 100%
Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
Gráfico XXIV - Diferenças entre o bebê que mama e o que não mama
VI. CONCLUSÕES
Os resultados desta pesquisa permitiram chegar às seguintes conclusões:
Sobre a caracterização da amostra, mostra que a idade das entrevistadas situa-se em
sua maioria, 42%, na faixa etária de 22 anos a 30 anos, verifica-se, portanto que as nutrizes
menores de 15 anos são em número reduzido bem como aquelas maiores de 40 anos. As
43
pessoas que se encontram nesta faixa etária representam apenas 10%. No tocante à
escolaridade, há que se observar ainda que 46% das nutrizes tem apenas o ensino fundamental
incluindo nestas aquelas que são analfabetas. No que diz respeito à ocupação a maioria se diz
“Do lar”, ou seja, 72%. Constata-se, portanto que o grau de ocupação destas pessoas
restringe-se aos trabalhos de doméstica. Este dado corrobora com o baixo grau de instrução.
No que diz respeito ao estado civil o que predominou foi o de casada ou união estável. Outro
dado que merece atenção diz respeito ao baixo número de solteiras que chegou a apenas 12%
o que se acreditaria ser um número muito superior. Com relação ao número de filhos, verifica-
se a concentração maior naquelas nutrizes que tem 3 filhos perfazendo um percentual de 56%
No que diz respeito à informação que as nutrizes tinham sobre aleitamento materno,
observou-se um percentual surpreendentemente alto, 84% das entrevistadas tinham
conhecimento. Embora um percentual elevado soubesse ou tivesse informação sobre
aleitamento materno, o número de entrevistadas que tinham conhecimento sobre as
propriedades do leite materno foi de apenas 24% o que é bastante preocupante, visto que com
pouco conhecimento a importância do aleitamento materno também se torna pequena.
Sobre o local onde a nutriz obteve conhecimento verificou-se que 75% obteve o
conhecimento no hospital/maternidade, conforme tabela e gráfico VIII, o que torna o
hospital/maternidade um local não apenas que cuida das patologias mas também informa
sobre outros assuntos importantes.
Verificou-se também que 72% já haviam amamentado No tocante aos motivos pelos
quais as nutrizes não haviam amamentado as respostas foram bastante diversificadas, mas a
resposta que preponderou sobre as demais foi de que o leite foi insuficiente
É importante frisar que as informações sobre o aleitamento materno são dadas pelo
pessoal de enfermagem, demonstrando a importância do enfermeiro para as nutrizes e para o
bebê. Isto está exposto na tabela e gráfico XI. O principal beneficiado com a amamentação, na
visão das nutrizes, é o bebê, tendo como fundamental a possibilidade de adoecer menos que
os não amamentados. Outro dado importante, extraído da pesquisa é o percentual elevado de
82% muito superior à média brasileira que é de 54%.
Sobre o tipo de amamentação praticado, verificou-se que 51% praticam o
aleitamento materno exclusivo e grande maioria, 80% disseram que iniciam a amamentação
logo no Hospital/maternidade. Sobre quem ajudou na primeira mamada, corroborando a
importância da enfermagem no processo 63% das entrevistadas tiveram ajuda dos
profissionais de enfermagem.
44
Sobre a percepção de alguma diferença entre crianças amamentadas e não
amamentadas, 64% disseram perceber diferenças e estas são, em ordem decrescente, as
seguintes: (i) Não tem diarreia com 41%; (ii) Não tem infecção urinária com 34%; (iii) Se
recupera mais rápido das doenças com 15%; (iv) Mais afetuosa com 5%; e (v) Mais
inteligente com 5%.
Desta forma, os resultados deste estudo remetem à reflexão de que as políticas
direcionadas à promoção da prática adequada do aleitamento materno devem considerar a
relevância dos fatores sociais e econômicos relacionados ao evento, e apontam também a
necessidade de contemplar políticas voltadas para a redução das desigualdades no campo da
educação e conhecimento.
Certa de que este tema está longe de se esgotara, sustenta-se aqui que os fatores
determinantes para processo do aleitamento materno em mulheres no banco de leite Santa
Ágata do Hospital de Base Ary Pinheiro deve ser alvo de trabalho por parte da equipe de
saúde do referido hospital através de uma busca às próprias nutrizes a construção de
alternativas para estabelecer ações para o aleitamento materno exclusivo,voltadas à saúde do
binômio mãe-filho.
VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Nilza Alves Marques, FERNANDES, Aline Garcia; ARAÚJO, Cleide Gomes.
-Aleitamento materno: uma abordagem sobre o papel do enfermeiro no pós-parto. Revista
Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 03, 2004. Disponível em
http://www.revistas.ufg.br/indexphp/fen. Acessado 17/03/2013 às 10h45min.
45
ANGELITA, MARIA CARNEIRO - A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO PARA A
SAÚDE DA MULHER E O PAPEL DA ENFERMAGEM NO INCENTIVO A ESSA
PRÁTICA Trabalho de Conclusão de curso como requisito para obtenção do titulo de
Bacharelado em Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia Departamento de
Educação-Campus VII. Disponível em:
http://www.slideshare.net/bibliotecauneb7/monografia-angelita-enfermagem-2012. Acessado
em: 16/03/2013 às 10h13min.
BARROS, S M O. Enfermagem obstétrica e Ginecológica 2ª edição 2009. Pg 279.
BULLON, R B, Cardoso F A, Peixoto H M, Miranda L F. A influência da família e o papel
do enfermeiro na promoção do aleitamento materno http://www.publicacoes.uniceub.br/index.
php/cienciasaude/article/viewFile/990/868.2010 Acessado 17/03/2013 às 10h50min.
CAPELETO, SM. Domingues, ACP. Silva, DA. Filho, PLS Revista Mato grossense de
Enfermagem Jun-jul 2010 - ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PRÁTICA DO
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO NAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
Disponível em: http://www.portaldeperiodicos.uned.edu.2009. Acessado 17/03/2013 às
08h30min.
CIAMPO L A D, Ivan Savioli Ferraz, Julio Cesar Daneluzzi, Rubens Garcia Ricco, Carlos
Eduardo Martinelli Junior, Aleitamento materno exclusivo: do discurso à prática
http://pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/2010.pdf. Acessado 29/03/2013
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE GOIÁS Protocolo de Enfermagem em
Atenção à Saúde de Goiás 2010. Disponível: http://www.corengo.org.br/pdf/Protocolo%20de
%20enfermagem%20COREN-GO.pdf. Acessado 16/03/2013 às 12h45min.
CORRÊA, A. M, MONICA, Dalles Monteiro RAQUEL, de Lima Soeiro. PROMOÇÃO,
APOIO E INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO 2012. Disponível em:
http://www.uff.br/psienf/incentivoaleitamentomaterno.pdf. Acessado em 15/03/2013 às
19h55min.
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GENECOLOGIA E
OBSTETRÍCIA: Manual do Aleitamento Materno-2010. Disponível em:
http://pt.scribd.com/doc/58624096/19/: Acessado 30/03/2013 às 00h45min.
FIGUEIREDO, N.M. A Yendis Editora, 2010. -Praticas de Enfermagem. Pg 263.
Ministério da Saúde Promovendo o Aleitamento Materno 2ª edição, revisada. Brasília: 2007
http://www.fiocruz.br/redeblh/media/albam.pdf. Acessado 01/04/2013
NBR 10520 / 2002 – Citações
_____14724 / 2011 - Trabalho Acadêmico
_____6023 - Informação e documentação – Referências
_____6027 - Informação e documentação - Referências
46
SAÚDE DA CRIANÇA: Nutrição Infantil Aleitamento Materno e Alimentação
Complementar Brasília – DF 2009 Caderno de Atenção Básica, nº 23. Disponível em
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicações/saude_crianca_nutrição_aleitamento_alimentacão.
pdf. Acessado em 15/03/2013 às 20h35min.
Figueiredo N.M. A Yendis Editora, 2010. -Praticas de Enfermagem. Pag 263.
Zugaib obstetrícia 2ª edição-2012. Pag 494.
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/ Acessado 15/04/2013 às 220h35min.
ANEXO I - QUESTIONÁRIO SOBRE ALEITAMENTO MATERNO
I. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA
1. Idade
( ) Até 15 anos
47
( ) De 15 anos à 21 anos
( ) De 22 anos à 30 anos
( ) De 31 anos à 40 anos
( ) Acima de 40 anos
2. Escolaridade
( ) Analfabeta
( ) Ensino Fundamental
( ) Ensino Médio
( ) Ensino Superior.
3. Profissão
____________________________________________________________
4. Estado Civil
( ) Solteira
( ) Casada / União estável
( ) Divorciada
( ) Viúva.
II. INFORMAÇÕES SOBRE ALEITAMENTO MATERNO
1. Nº de filhos (incluindo o atual)
____________
2. Foi informada sobre o aleitamento materno durante a gravidez?
( ) Sim ( ) Não
3. Você tem o conhecimento das propriedades do leite materno?
( ) Sim ( ) Não
4. Onde obteve os conhecimentos?
( ) Centro de Saúde
( ) Particular
( ) Hospital/Maternidade
( ) Curso de preparação para o parto.
5. A senhora já amamentou anteriormente?
( ) Sim ( ) Não
6. Se não amamentou, diga o(s) motivo(s) que levaram a tal decisão.
( ) O leite não é suficiente
( ) Cria rachadura nos seios
( ) A criança não pega o peito
48
( ) Outros: Explicitar
____________________________________________________________
7. Se a resposta do nº 5 for negativa não responda às perguntas de nos
8, 9 e, se for
positiva, diga quem informou sobre a amamentação:
( ) Enfermeiro
( ) Médico de Família
( ) Pediatra/Obstetra
( ) Familiar e amigos
( ) Livros e Revistas
( ) Outros, quem? ____________________________________
8 As informações obtidas foram sobre (assinale as que obteve)
Os benefícios da amamentação para:
( ) Mãe ( ) Bebé ( ) Família ( ) Sociedade( ) Meio ambiente
9. Em função das informações obtidas, quais os benefícios da amamentação?
(...) Cresce mais rápido
(...) Não adoece muito
(...) Menor gasto com leite; chupeta; mamadeira
(...) Economia com uso de gás
Sugestões:___________________________________________________
III. O CONHECIMENTO DAS NUTRIZES SOBRE ALEITAMENTO MATERNO
1. A Sra sabe o que é aleitamento materno exclusivo?
( ) Sim ( ) Não
2. A Sra está amamentando atualmente?
( ) Sim ( ) Não
3. Se a resposta for “Sim” passe à questão 5. Se “Não”, diga por que deixou de
amamentar?
_____________________________________________________________
4. Há quanto tempo (dias) a Senhora deixou de amamentar?
_________ dias

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  • 1. 6 SUMÁRIO Pag SUMÁRIO..................................................................................................................................6 Pag...............................................................................................................................................6 I. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................7 II. OBJETIVOS...........................................................................................................................8 III. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................................9 III.1 Leite Materno......................................................................................................................9 III.2 Aleitamento Materno Exclusivo.......................................................................................12 III.3 Epidemiologia...................................................................................................................13 III.4 As vantagens do aleitamento materno exclusivo..............................................................14 III.5 Os cuidados de enfermagem no aleitamento materno......................................................21 IV. MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................21 IV.1 População de estudo.........................................................................................................21 IV.2 Local do estudo.................................................................................................................22 IV.2.1 Critérios de inclusão......................................................................................................23 IV.2.2 Critérios de exclusão......................................................................................................23 IV.2.3 Levantamento de dados.................................................................................................23 IV.2.4 Analise de dados............................................................................................................23 V. RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................24 V.1 Caracterização da amostra.................................................................................................24 V.2 Informações sobre aleitamento materno............................................................................27 V.3 O conhecimento das nutrizes sobre aleitamento materno exclusivo..................................34 VI. CONCLUSÕES..................................................................................................................42 VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................44 ANEXO I - QUESTIONÁRIO SOBRE ALEITAMENTO MATERNO.................................46
  • 2. 7 I. INTRODUÇÃO O trabalho ora apresentado tem por objetivo analisar o conhecimento das nutrizes, que se utilizam da Rede Pública Estadual de Saúde em Porto Velho, sobre as vantagens do aleitamento materno exclusivo para o bebê, mãe e sociedade. O aleitamento materno está na ordem do dia. Médicos, sobretudo pediatras, Enfermeiros, psicólogos, artistas, setores governamentais e algumas organizações sociais envolvidas empreendem uma vasta campanha nos meios de comunicação, enfatizando os benefícios da amamentação para a criança. Diversas vantagens são propaladas e as mulheres das classes dominantes, especialmente as mais instruídas, começam a seguir esses conselhos. Em alguns recantos do Brasil, muitas mulheres, embora considerem a amamentação como a melhor opção para a criança, relutam em alimentar os filhos com seu leite. A promoção do aleitamento materno deve ser vista como prioridade por contribuir com a preservação da saúde da criança e de sua família. Dentre as ações de estratégia de promoção, a sensibilização quanto à importância desta pratica é fundamental, levando-se sempre em consideração o conhecimento, as crenças, a cultura, os hábitos e as condições sócio-econômicas dessa família. Apesar da ampla divulgação nas maternidades, postos de puericultura, e campanhas de saúde pública, a prática do aleitamento materno ainda não atingiu a frequência e duração desejáveis, embora venha evoluindo favoravelmente durante os últimos 30 anos. Porém, o desmame precoce e mesmo a adoção de mamadeiras desde o nascimento ainda são observados. Para que a amamentação seja mais adotada, é necessário avaliar o que pensam as mães em relação ao período de amamentação, e por qual motivo interrompem a mesma. O aleitamento materno é sinônimo de sobrevivência para o recém-nascido, portanto um direito inato. É uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos e psicológicos da criança em seu primeiro ano de vida, quando são alimentadas com o leite materno, estão nutridas e prevenidas contra as infecções gastrointestinais, alergias, o que é muito comum em recém-nascidos, diferentemente daquelas que as mães, por motivos que não cabe aqui destacar, não as amamentam. É comum que estas crianças, após dois meses de vida, encontrarem-se desnutridas com peso e tamanho abaixo do esperado. Acredita-se que este trabalho, se divulgado de forma adequada, em muito irá ajudar as crianças carentes de leite materno, aos seus pais que terão filhos sadios e à sociedade em geral que terão crianças mais saudáveis.
  • 3. 8 II. OBJETIVOS II.1. OBJETIVOS GERAIS Analisar o conhecimento das nutrizes sobre as vantagens do aleitamento materno exclusivo para o bebê, mãe e sociedade. II.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar os reais motivos que levam as mães não amamentarem seus filhos; Verificar o conhecimento das nutrizes sobre as propriedades do leite materno; Analisar o estado de nutrição das crianças amamentadas de forma e idade adequadas; Observar o estado de nutrição das crianças que não estão sendo amamentadas de forma e idade adequadas; Fazer a comparação entre as crianças que estão sendo amamentadas com leite materno exclusivo com aquelas que não estão sendo amamentadas.
  • 4. 9 III. REVISÃO DA LITERATURA III.1 Leite Materno BARROS, S M O. Enfermagem obstétrica e Ginecológica 2ª edição 2009. Pg 279. A promoção e o apoio ao aleitamento materno têm sido recomendados por inúmeros órgãos nacionais e internacionais, entre eles Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, United Nations Children 's Fund), Academia Americana de Pediatria, Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde. Pesquisas vêm demonstrando que são inúmeros os benefícios que a prática do aleitamento materno oferece tanto para o crescimento e o desenvolvimento de lactentes como para a mãe, a criança e a família, do ponto de vista biológico e psicossocial. O leite humano, produzido por mulheres saudáveis, é adequado para suprir as necessidades nutricionais do recém-nascido de termo durante os seis primeiros meses de vida e, por esse motivo, o seu uso de forma exclusiva é recomendado nesta fase. Após, a criança deve receber, gradualmente, alimentos complementares, estendendo a amamentação ao menos por um ano ou mais, desde que a mãe e a criança o desejem. O leite humano possui grande complexidade biológica, resultando em atividade protetora e imunomoduladora e, por isso, não pode ser considerado apenas um conjunto de nutrientes. Além de proporcionar proteção contra infecções e alergias, estimula o desenvolvimento do sistema imunológico, assim como a maturação dos sistemas digestivo e neurológico. a) Vantagens para a Criança  Proteção contra infecções como diarreias, pneumonias, otite média, infecção urinaria, principalmente no primeiro ano de vida, sendo maior a proteção quanto maior o tempo de aleitamento exclusivo.  Proteção contra doenças crônicas tais como diabetes mellitus tipo I, doenças cardiovasculares, doença celíaca, doença de Crohn, obesidade e linfoma infantil.  Favorecimento do desenvolvimento neuropsicomotor da criança, melhorando profundamente a relação mãe-filho. Pesquisas sugerem que crianças amamentadas, quando submetidas a testes neurológicos que incluem a medida do quociente de inteligência (QI), têm uma pequena vantagem em relação às não amamentadas.  Colaboração efetiva para diminuir a taxa de desnutrição proteico-calórica e, consequentemente, redução dos índices de mortalidade infantil.
  • 5. 10  Diminuição da probabilidade de desencadeamento de processos alérgicos pelo retardo da introdução de proteínas heterólogas existentes no leite de vaca. Pesquisas revelam que a amamentação diminui o risco do aparecimento de distúrbios autoimunes em crianças mais velhas e em adultos.  Menor incidência de morte súbita no berço (síndrome da morte súbita de bebês).  Melhor resposta às vacinações e capacidade de combater doenças mais rapidamente.  Prevenção de problemas ortodônticos e dentais relacionados ao uso de chupetas e bicos de mamadeira. b) Vantagens para a Mulher  Retorno do útero mais rapidamente ao seu tamanho normal.  Prevenção de complicações hemorrágicas após o parto.  Redução do risco de desenvolver câncer de mama e ovário.  Prevenção de fraturas por osteoporose, artrite reumatoide e esclerose múltipla.  Estabelecimento da aproximação da mãe com a criança.  Contribuição para o retorno mais rápido do peso pré-gravídico e recuperação física.  Retardamento do início do ciclo menstrual devido amenorreia lactacional.  Espaçamento intergestacional.  Diminuição dos níveis de colesterol total, lipoproteína de baixa densidade (LDL, low-density lipopwtein) e triglicerídeos, enquanto os níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL, high-density lipopwtein) se mantêm elevados, bem como melhora do metabolismo dos carboidratos. c) Vantagens para Família e Sociedade  Menor custo com leite artificial.  Diminuição dos gastos com internações por problemas gastrointestinais, respiratórios e outras doenças.  Diminuição do absenteísmo dos pais ao trabalho, uma vez que a criança se mantém mais saudável.
  • 6. 11  Economia quanto ao uso de gás de cozinha, porque dispensa aquecimento e preparo.  Redução da poluição ambiental por diminuição de lixo orgânica (plásticos e borrachas de bicos e mamadeiras) e poluente do ar. Apesar das inúmeras vantagens que a prática do aleitamento materno oferece ao longo dos anos, esta vem sofrendo inúmeras variações. Por essa razão, vários estudos têm sido realizados com o objetivo de entender as razões dessas variações e de encontrar mais subsídios que ratifiquem que o leite materno é o melhor alimento para o bebê e o aleitamento materno é a melhor prática para mãe e filho. Estudos mostraram que, em décadas passadas, houve uma redução importante na duração e prevalência do aleitamento materno em muitas partes do mundo, em decorrência de modificações culturais, sociais e econômicas. Araújo 2009 argumenta que no espaço entre uma geração e outra, no Brasil e em várias partes do mundo, houve uma mudança radical, levando as mulheres a abandonarem a prática de amamentar, alimentando seus filhos com leite artificial. No Brasil, até a década de 1970, os índices de amamentação eram ainda satisfatórios. Após esse período, com o elevado grau de urbanização e a entrada de indústrias fabricantes de leite em pó no país, o desmame atingiu níveis muito altos e os índices de morbimortalidade infantil ficaram alarmantes. Preocupados com o declínio mundial da prática da amamentação, em agosto de 1990, em Florença, na Itália, foi elaborada a Declaração de Innocenti, com o objetivo de estabelecer diretrizes e metas para apoiar e incentivar o aleitamento materno. Entre as metas estava a criação do Hospital Amigo da Criança, visando à promoção, à proteção e ao apoio à amamentação por meio da revisão de políticas, práticas e rotinas hospitalares, tendo como critério a adoção dos 10 passos para o sucesso da amamentação. São eles:  Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados de saúde.  Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-a para implementar esta norma.  Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento materno.  Ajudar as mães a iniciar a amamentação na primeira meia hora após o nascimento.  Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vier a ser separadas de seus filhos.  Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal procedimento seja indicado pelo médico.  Praticar o alojamento conjunto - permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 h por dia.
  • 7. 12  Encorajar o aleitamento sob livre demanda.  Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio.  Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para os quais as mães deverão ser encaminhadas por ocasião da alta hospitalar ou ambulatorial. Atualmente são varias as instituições que buscam o cumprimento desses passos, uma vez que são fundamentais para diminuir os índices de desmame precoce. Para que esses passos sejam implementados, é necessária a formação de recursos humanos adequados e compromissados com o incentivo do aleitamento materno. A equipe de saúde que atende à mulher que deseja amamentar ou que está amamentando precisa estar preparada tecnicamente e ter conhecimentos práticos para oferecer uma assistência adequada. Nesse sentido, o enfermeiro, como elemento dessa equipe, tem um papel educativo e assistencial decisivo em razão dos conhecimentos e habilidades que possui. Uma ação de enfermagem adequada inclui não somente aspectos técnicos, mas também o de ordem psicológica e sociocultural, compreendendo que a mulher que amamenta traz consegue um currículo existencial e irá determinar suas representações e ações acerca da prática da amamentação. Toda espécie de mamífero alimenta-se do leite de sua mãe. Com a espécie humana não poderia deixar de ser igual. Porém, por inúmeras razões e circunstâncias de ordem social e cultural, a criança deixou de receber o leite de sua mãe para receber um leite de outra espécie de mamífero, não adequado às suas necessidades. Em virtude disso, este capítulo discorre sobre esse alimento que a natureza se encarregou de preparar tão bem, mas que o homem, na sua ignorância, o desprezou. O objetivo deste capítulo é mostrar o quão necessário esse alimento é à criança e o quanto a criança, por direito, tem necessidade de recebê-lo. Por outro lado, Akré relata que o leite humano é muito mais do que uma coleção de nutrientes, é uma substância viva de grande complexidade biológica que protege a criança de várias doenças. Almeida 2008 acrescenta que o leite é capaz de exercer um controle sobre o metabolismo que caminha desde a sutileza das divisões celulares até o comportamento da criança, assim como o desenvolvimento e a manutenção da função mamaria. III.2 Aleitamento Materno Exclusivo Conforme Zugaib 2012 Aleitamento Materno Exclusivo: É quando a criança recebe somente leite materno, diretamente da mama ou extraído, e nenhum outro líquido ou sólido, com exceção de gotas ou xaropes de vitaminas, minerais e/ou medicamentos. Aleitamento Materno Predominante: quando o lactente recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água, como sucos de frutas e chás. Aleitamento Materno: quando a criança recebe leite materno, diretamente do seio ou extraído, independente de estar recebendo qualquer alimento ou líquido, incluindo leite não humano. Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), um lactente é amamentado de forma exclusiva quando recebe somente leite materno (de sua mãe ou ordenhado) e não recebem quaisquer outros líquidos ou alimentos sólidos, à exceção de gotas
  • 8. 13 de vitaminas, minerais ou outros medicamentos (OMS, 2008). A duração ideal da amamentação exclusiva tem sido objeto de debate entre especialistas ao longo de vários anos. Desde 1979, a recomendação da OMS quanto à duração do aleitamento materno exclusivo era de “quatro a seis meses”. Após uma ampla revisão sistemática sobre o tema (OMS, 2001), foi aprovada pela 54ª Assembleia Mundial de Saúde a recomendação da amamentação exclusiva por seis meses. A resolução conclama aos Estados Membros “o fortalecimento de atividades e o desenvolvimento de novos caminhos para a proteção, promoção e apoio à amamentação exclusiva por seis meses como uma recomendação global da saúde pública, levando em consideração os achados da consulta de experts da OMS sobre a duração ótima da amamentação, e o provimento de alimentação complementar segura e adequada, com a continuidade da amamentação por dois anos ou mais, enfatizando os canais de disseminação social desses conceitos a fim de levar as comunidades a aderir a essas práticas” (OMS, 2001). Na década de 1980 começaram a ser publicados os primeiros estudos que mostravam as vantagens da amamentação exclusiva e desde então ficou evidente que a introdução de água, chá ou outros líquidos ou alimentos pode aumentar consideravelmente o risco de doenças, ter impacto negativo sobre o crescimento dos lactentes, reduzir a duração total da amamentação, podendo também reduzir a duração da amenorreia pós-parto (Giugliani, 2001). Podemos citar alguns estudos que forneceram as novas bases para as recomendações atuais. Em uma revisão de 35 estudos realizados em diferentes países, Feachem e Koblinsky (1984) mostraram que, quando crianças não amamentadas são comparadas àquelas que recebem leite materno de forma exclusiva, a média de riscos relativos de morbidade por diarreia varia de 3,5 a 4,9 nos primeiros seis meses de vida, havendo evidências de aumento da severidade da diarreia entre as crianças que recebem alimentação artificial. Popkin et al. (1990) mostraram que a frequência de diarreia pode dobrar quando água e chás são oferecidos em adição ao leite materno para crianças com menos de seis meses de idade, comparadas a crianças em amamentação exclusiva. III.3 Epidemiologia Um estudo de caso-controle realizado no Brasil mostrou que, no primeiro ano de vida, crianças que não eram amamentadas tinham uma probabilidade muito maior de morrer por diarreia (14 vezes maior) ou doença respiratória (3,6 vezes), quando comparadas com
  • 9. 14 crianças exclusivamente amamentadas. O risco das crianças não amamentadas de morrer por diarreia era 22 vezes maior durante os dois primeiros meses de vida (Victora et al., 1987). Resultados de estudo realizados no Brasil mostraram que a probabilidade de hospitalização em decorrência de pneumonia foi 17 vezes maior em crianças não amamentadas durante o primeiro ano de vida e 61 vezes maior nos três primeiros meses, quando comparadas a crianças exclusivamente amamentadas (César et al., 1999). Em Gâmbia, onde a mortalidade neonatal é de 39 por 1.000 nascidos vivos, 57% dos óbitos neonatais são de causa infecciosa e 30% relacionados à prematuridade, sendo os alimentos pré-lácteos um importante fator de risco para esses óbitos (odds ratio, OR = 3,4) (Leach et al., 1999). Na Europa, um estudo multicêntrico prospectivo mostrou que a mortalidade devida à enterocolite necrotizante foi 10,6 vezes maior entre prematuros que recebiam somente leite artificial e 3,5 vezes maior entre os que estavam em aleitamento misto, quando comparados a recém-nascidos alimentados exclusivamente com leite materno (Lucas e Cole, 1990). III.4 As vantagens do aleitamento materno exclusivo Existem evidências de que não há necessidade de oferecer suplemento hídrico para crianças amamentadas exclusivamente. As evidencias mostram que crianças exclusivamente amamentadas são capazes de manter a homeostase hídrica mesmo durante os meses de verão em um país tropical, sob condições que aumentam as perdas de água, como altas temperaturas e clima seco. Sachdev et al. (1991) Somando-se às vantagens já apresentadas, a amamentação exclusiva reduz custos para as famílias e para o sistema de saúde. Hospitais economizam mamadeiras, bicos e fórmulas infantis; além disso usam menos medicamentos para favorecer a contratilidade uterina no pós-parto e para tratar infecções neonatais. Sanghvi (1996), após revisar os custos e benefícios da amamentação exclusiva em três hospitais, no Brasil, Honduras e México, concluiu que a promoção dessa prática é altamente custo-efetivo para a prevenção de episódios de diarreia e para o ganho de “anos de vida ajustados por incapacidade”. Por todos os benefícios apresentados, a promoção do aleitamento materno exclusivo é considerada uma das mais vantajosas intervenções em saúde (Sanghvi, 1996). Segundo Pediatria de (São Paulo) 2008; a importância do leite materno para os lactentes como fonte nutricional, benefício imunológico e emocional, assim como o benefício
  • 10. 15 sociocultural da amamentação para toda a coletividade, encontram-se estabelecidos, e têm obtido divulgação tanto no meio acadêmico quanto junto a toda a sociedade. A partir da década de 1990, várias normatizações e ações foram desencadeadas em nível nacional e internacional, com o objetivo de ampliar a divulgação dos benefícios e a prática do aleitamento materno exclusivo. Destacam-se a Declaração de Innocenti, a instituição da Semana Mundial de Amamentação, o estabelecimento da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância (NBCAL), a iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) e a revigoração dos Programas de Puericultura em unidades básicas de saúde. Em todas essas ações de saúde há uma uniformidade de meta a ser alcançada: obter o aleitamento materno até os dois anos ou mais de vida da criança; nos primeiros seis meses de vida como aleitamento materno exclusivo (AME), e a seguir complementado com outros alimentos. Apesar da ampla divulgação nas maternidades, postos de puericultura, e campanhas de saúde pública, a prática do aleitamento materno ainda não atingiu a frequência e duração desejáveis, embora venha evoluindo favoravelmente durante os últimos 30 anos. Porém, o desmame precoce e mesmo a adoção de mamadeiras desde o nascimento ainda são observados. Para que a amamentação seja mais adotada, é necessário avaliar o que pensam as mães em relação ao período de amamentação, e por qual motivo interrompem a mesma. O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil. Permite ainda um grandioso impacto na promoção da saúde integral da dupla mãe/bebê e regozijo de toda a sociedade. Caderno de Atenção Básica, nº 23-2009 (Ministério da Saúde). Se amamentar é natural, por que as mães precisam tanto de ajuda durante o inicio da lactação? Apesar de a amamentação ser um processo fisiológico da mulher, até os dias de hoje ela é fortemente influenciada pelo contexto sócio-historico e o sociocultural. Figueiredo N.M. A Yendis Editora, 2010. -Praticas de Enfermagem. Pg 263. O leite humano produzido por mulheres saudáveis é adequado para suprir as necessidades nutricionais do recém-nascido de termo durante os seis primeiros meses de vida e, por esse motivo, o seu uso de forma exclusiva é recomendado nesta fase. Após, a criança deve receber, gradualmente, alimentos complementares, estendendo a amamentação ao menos por um ano ou mais, desde que a mãe e a criança o desejam. Barros S M O. Enfermagem obstétrica e Ginecológica 2ª edição 2009. Pg 279.
  • 11. 16 O leite materno é o melhor alimento para a criança e deve ser exclusivo até o 6º mês de vida e mantido com alimentos complementares até os 2 anos. Para amamentar com sucesso, a mulher precisa estar segura e acreditar que o seu leite é adequado e suficiente para seu filho. Necessita conhecer seu corpo e as mudanças que irão ocorrer. Enfermagem em Atenção á Saúde de Goiás-2010 Alguns autores como Antunes et al., (2008) e Almeida e Novak (2004) trazem que a amamentação tem papel importante sob vários aspectos para a mulher, desta forma ao amamentar, o instinto maternal é satisfeito e supre a separação abrupta ocorrida no momento do parto que pode causar até depressão, “protege” contra uma nova gestação através do método de LAM (Método de Amenorréia Lactacional), o estresse e mau humor são reduzidos, a forma física retorna ao peso pré-gestacional, possui menor risco de desenvolver artrite reumatóide, risco reduzido de osteoporose aos 65 anos e menor probabilidade de desenvolver esclerose múltipla, além de diminuir a chance de desenvolver câncer endometrial, de ovário e de mama. O aleitamento materno é sinônimo de sobrevivência para o recém-nascido, portanto um direito inato (ICHISATO & SHIMO, 2002). É uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos e psicológicos da criança em seu primeiro ano de vida (ICHISATO & SHIMO, 2001). De acordo com Rezende et al 2, A ausência de amamentação ou sua interrupção precoce (antes dos 4 meses) e a introdução de outros alimentos à dieta da criança, durante esse período, são freqüentes, com conseqüências importantes para a saúde do bebê, como exposição a agentes infecçiosos, contato com proteínas estranhas, prejuízo da digestão e assimilação de elementos nutritivos, entre outras. Ministério da Saúde (2007) o leite materno é importante para o bebê durante esse período porque evita muitas doenças, principalmente quando dado exclusivamente. Além disso, contém todas as substâncias necessárias para que o bebê cresça sadio mental e fisicamente. Amamentar exclusivamente no peito evita muitas doenças, por exemplo, diarreia, pneumonia, infecção no ouvido e muitas outras. Quando o bebê mama só no peito, geralmente faz cocô mole, várias vezes ao dia, ou pode ficar até uma semana sem evacuar. Quando a criança mama no peito, aceita mais facilmente os alimentos da família, porque o leite do peito tem sabor e cheiro conforme a alimentação da mãe. Mamando só no peito até os seis meses os bebês já estão se adaptando aos alimentos da família.
  • 12. 17 Nesse período é comum o peito vazar e molhar a roupa. Isto é normal e acontece principalmente quando a mãe pensa no bebê ou acha que está na hora de amamentar. Isso é resultado da atuação de uma substância produzida no corpo da mulher que amamenta. Nesse caso, quando a mãe se sente incomodada, pode ordenhar um pouco o peito. Proteger o peito com um pano evita molhar a roupa. Mais Giugliani (1994) destaca que, a promoção do aleitamento materno deve ser vista como prioridade por contribuir com a preservação da saúde da criança e de sua família. Dentre as ações de estratégia de promoção, a sensibilização quanto à importância desta pratica é fundamental, levando-se sempre em consideração o conhecimento, as crenças, a cultura, os hábitos e as condições sócio-econômicas dessa família. A prática da amamentação oferece vantagens e benefícios que contribuam, tanto para o crescimento e desenvolvimento de lactentes, seja no seu estado biológico e psicossocial como também para a mãe, sua família e sociedade. Contudo, mesmo com todas as vantagens e benefícios, esta prática vem sofrendo influências que contribuem para o desestímulo das mães interferindo no desejo de amamentar seus filhos (TEIXEIRA e SILVA, 2005). Silva (2000) descreve que dentre os fatores que são contribuintes para a baixa frequência do aleitamento materno, pode-se citar: a dificuldade de acesso e a resolução de possíveis problemas referentes à amamentação diante dos serviços especializados, assim como a assistência prestada por profissionais qualificados para o atendimento do binômio mãe-filho. Mesmo com a existência de vários serviços prestadores de assistência à saúde da mulher e da criança, alguns deles não possuem programas direcionados ao incentivo ao aleitamento materno e condições necessárias para sua efetivação, e mesmo que existam programas, esta assistência não é contínua no pós-parto tardio, período este que é considerado crítico à manutenção desta prática devido o surgimento de intercorrências relacionadas à amamentação (SILVA, 2000; OSCAR et al. 2001). Primo, Bom e Silva (2008), afirmam ser fundamental a presença de profissionais capacitados para planejar, organizar, desenvolver e avaliar ações que possam atender às reais necessidades das mulheres, envolvendo os diversos setores na promoção da saúde para modificar o cenário atual. Segundo Ricco et al. (2008), para o lactente o aleitamento materno representa muito mais do que uma forma de alimento, é um direito ético e biológico, pertencente a toda espécie
  • 13. 18 humana. Assim, os profissionais que prestam assistência à criança devem buscar continuamente e incansavelmente garantir esse direito. O Aleitamento Materno (AM) favorece o desenvolvimento da estrutura facial, da mastigação, da fala e do alinhamento dos dentes e respiração, alem de reduzir o risco das doênças crônicas como diabetes, hipertensão e arteriosclerose (MURAHOVSCHI et al., 1999). Quando pesquisamos os beneficios do AM, verificamos que a promoção do AME e a intervenção isolada em saúde pública com o maior potencial para diminuição da mortalidade infantil e suas consequências para a saúde da crianca (TOMA; REA, 2008). Em vista disso, as politicas de promoção da saúde são muito importantes, pois, tem contribuido para a diminuição das taxas de mortalidade infantil. Em 1990 a taxa era de 47,1 por mil nascidos vivos e em 2008 a taxa diminuiu para 19,3 por mil nascidos vivos. Esses resultados sao consequencia de muitos fatores, como o aumento da cobertura vacinal, do pre- natal, da estrategia de saude da familia, da reidratação oral, do aumento da taxa de escolaridade da mãe e do incentivo ao aleitamento materno (BRASIL, 2009). O AM também produz beneficios a saúde materna, influenciando os fenomenos regressivos do puerpério (loquiação e involução uterina) a ocorrerem com maior rapidez devido ao resultado da acão da ocitocina que, quando age sobre a musculatura do utero, previne a atonia uterina no pós-parto imediato, além de diminuir a probabilidade de nova gravidez e a incidencia dos cânceres de mama e utero (SANTOS, 2005). As vantagens psicossociais são as de estabelecer uma relação afetiva mãe filho que estimula o desenvolvimento psicomotor, social e mental. Torna-se parte fundamental da construção do psiquismo e da vida relacional do bebe e da transformação da identidade da mulher -mãe (FALCETO, 2002). Seguindo o acordo entre OMS e UNICEF; o Brasil vem desenvolvendo várias ações no sentido de garantir a prática do aleitamento materno, abolindo água, chás e complementos até o sexto mês de vida. Se possível, estende-se a prática até o segundo ano de vida, associada à complementação por outros alimentos apropriados para a criança. Por essas razões, os profissionais de saúde devem fazer todos os esforços para proteger, promover e apoiar o aleitamento materno, fornecendo para gestantes e puérperas ajuda clara, objetiva e coerente sobre a prática da amamentação. Trabalhar com aleitamento materno requer muita sapiência e paciência, pois as informações não podem ser truncadas ou confusas. O profissional que demonstrar segurança e confiança no primeiro encontro e afirmar na sua orientação que toda mulher é capaz de
  • 14. 19 produzir o alimento para seu filho, certamente transmitirá segurança à nutriz, ao bebê e, consequentemente, ao companheiro e a seus familiares. Os princípios básicos de aconselhamento, são 1. Escutar ativamente: observar com plena atenção, fazer perguntas abertas ("o que você pensa sobre a amamentação?"), avaliar o que a nutriz sabe. 2. Linguagem corporal: fazer a mãe se sentir confortável durante a conversa, usar contato olho-no-olho sem barreiras, demonstrar respeito, aconselhar em ambiente privado. 3. Atenção e empatia: considerar os sentimentos da nutriz, responder às perguntas sem julgar, ser cálido e acolhedor. 4. Tomada de decisões: identificar a fonte de má informação da nutriz, oferecer informação básica e oportuna para aquela situação, ajudá-la a tomar a melhor decisão em seu momento de vida. A insistente indicação da amamentação natural como o melhor alimento para o neonato se justifica ao se conhecerem os benefícios do leite materno. 1. Fornece de modo insubstituível o alimento ideal e perfeito para o crescimento e desenvolvimento do lactente; 2. Tem influência biológica e emocional tanto sobre a saúde da mulher quanto da criança, estabelecendo uma relação afetiva especial; 3. Protege as crianças contra diarreia e desidratação por ter propriedades anti- infecciosas; 4. Favorece o desenvolvimento da estrutura facial e de suas funções (mastigação, fala, alinhamento dos dentes e respiração); 5. Auxilia no espaçamento dos partos; 6. Ajuda a diminuir as despesas da casa (é grátis). Os profissionais de saúde, ao orientarem as mães sobre o benefício do aleitamento materno para ela e para o filho, deverão lembrar que o leite materno não dá trabalho e já vem
  • 15. 20 prontinho. Lembrar que preparar uma mamadeira requer trabalho: ferver o leite, coar o mingau, esfriar, provar. Para as nutrizes, o aleitamento materno pode ser atrapalhado por: 1. Ausência de modelo para seguir; 2. Receber informações truncadas, incorretas; 3. Conviver com pessoas que não acreditam na amamentação; 4. Desconhecer as causas do choro do bebê; 5. Preocupação com a estética; 6. Amamentação como um ato doloroso; 7. Baixa autoconfiança pelo desempenho materno; As atribuições da equipe de enfermagem, tanto no pré-natal quanto no puerpério, são extensas: 1. Ressaltar a importância do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e seu prolongamento até os dois anos de idade pelo menos, com introdução de outros alimentos; 2. Enfatizar que o leite materno protege o bebê de infecções e de alergias; 3. Promover palestras com as gestantes e mães sobre o aleitamento materno e os cuidados com o bebê; 4. Orientar sobre os grupos de apoio ao aleitamento materno no local mais próximo da comunidade da mulher; 5. Examinar as mamas, verificando o tipo de mamilo, e demonstrar a pega correta, ensinando todo o manejo da amamentação; 6. Estimular a mulher na realização da ordenha manual quando ela precisa retornar ao trabalho; 7. Alertar a gestante / puérpera de seu direito de ficar junto do filho para amamentá-lo quando o bebê necessita de alguma internação 8. Uma equipe de enfermagem bem treinada no processo de lactação pode influenciar diretamente a nutriz.
  • 16. 21 III.5 Os cuidados de enfermagem no aleitamento materno É preciso também citar aqui, Ziegel e Cranley (1985) que colocam algumas orientações que o enfermeiro pode estar repassando às mães no sentido de se estimular uma boa lactação. 1 Fornecer informações à mãe sobre a amamentação no período anterior ao parto, e fazer com que ela converse com outras mães que estão amamentando; 2 Evitar a fadiga e a dor no puerpério; 3 Fornecer privacidade e um ambiente tranquilo para a amamentação; 4 Estimular a lactação iniciando logo que possível a amamentação e não limitar a frequência das mamadas tanto de dia como à noite; 5 Separar a mãe e o bebê o mínimo possível; 6 Organizar a rotina do dia da mãe, tendo em mente a amamentação; 7 Evitar ansiedade e a interferência, que acarretará reflexo na descida do leite por tais fatores, não permitindo que a mãe fique cansada. Mesmo sendo uma condição historicamente imposta nos dias atuais, existem muitos obstáculos para a amamentação e, consequentemente, ocorre o desmame precoce. Assim, cabe ao enfermeiro promover as orientações necessárias sobre os benefícios do aleitamento materno, que se estende além do ato de amamentar, pois este pode ser efetuado inclusive, em bebês hospitalizados, através do banco de leite humano. IV. MATERIAIS E MÉTODOS IV.1 População de estudo A população do estudo foi composta por 50 nutrizes que se utilizam da Rede Pública Estadual de Saúde em Porto Velho e atendida pela equipe de saúde do local. No período de levantamento prévio para este estudo, a nutrizes atendidas na maternidade era de 16 mulheres ao dia, segundo os números apontados pelo Sistema de Informação do Banco de Leite Humano Santa Ágata. Com base nestas nutrizes cadastradas, para delimitação da amostra, o processamento dos dados foi realizado com o auxílio do software Excel. Os resultados estão apresentados em
  • 17. 22 forma de tabelas e gráficos, e discutidos à luz da literatura pertinente ao tema, determinando uma amostra com uma margem de erro de 0,05%, a um nível de confiança de 95%, um quantitativo de 50 nutrizes, cadastradas e atendidas pela equipe de saúde do Banco de Leite Humano Santa Ágata, com faixa-etária entre 18 a 45 anos de idade. IV.2 Local do estudo O estudo foi realizado no estado de Rondônia, no município de Porto Velho, tendo como unidade hospitalar o Hospital de Base Ary Pinheiro da Rede Pública Estadual, em Porto Velho, mais especificamente no “Banco de Leite Humano” Santa Ágata. O referido o Hospital de Base Ary Pinheiro da Rede Pública Estadual, em Porto Velho. O antigo Hospital São José foi inaugurado dia 7 de setembro de 1929. Permaneceu em atividades durante quase 54 anos. Foi desativado em janeiro de 1983, quando o Governador Jorge Teixeira inaugurou o Hospital de Base Ary Pinheiro. O Hospital foi construído pela Prelazia de Porto Velho, e em 1944 foi adquirido pelo Território Federal do Guaporé. Seu primeiro diretor na gestão do Território foi o médico Ary Tupinambá Pena Pinheiro, nomeado pelo então Governador Aluizio Ferreira. O Hospital de Base Ary Pinheiro conta com mais de 590 leitos, entre enfermarias e UTIs, e quase dois mil servidores, realizando cirurgias de alta e média complexidade, com equipamentos de alta geração e equipes especializadas em cirurgias de urgência e emergência, como neurocirurgia, oncologia, pediatria, ortopedia, bucomaxilofacial (reconstituição dos ossos da face e extrações dentárias em portadores de necessidades especiais), centro de transplantes de órgãos, cirurgia plástica em queimados, parturientes de alto risco, vitrectomia, aplicação de lucentis (intraocular), entre outros. Banco de Leite Humano Santa Ágata. Localizado no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, em Porto Velho, foi implantado em dezembro de 2004. Ele é composto por: Sala para recepção, registro e triagem de doadoras; Sala de preparo da doadora; Área de recepção de coleta externa do banco de leite humano; Sala para coleta do banco de leite humano; Sala para coleta do banco de leite humano; Sala para processamento, estocagem e distribuição de leite; Laboratório de controle de qualidade do banco de leite humano; Sala para lactentes acompanhantes e Sala de Arquivo de doadoras do banco de leite humano.
  • 18. 23 IV.2.1 Critérios de inclusão Neste estudo, foram incluídas as mulheres com idade entre 18 a 45 anos, que tinham tido filhos e que realizaram pré-natal com a equipe de saúde da família da localidade. Para o Atendimento Individual a quantidade de pessoas entrevistada será de 50 mães com idade entre 18 a 45 anos, e bebês com até 6 meses, visto ser esta a idade desejável para o aleitamento materno exclusivo. IV.2.2 Critérios de exclusão Não participaram do estudo as nutrizes de 17 anos abaixo, e bebê acima de seis meses, isto porque abaixo desta idade as nutrizes precisam de autorização do responsável para as tomadas de decisões e considerando que os bebês acima desta idade já não são tão desejáveis o aleitamento materno exclusivo. IV.2.3 Levantamento de dados A coleta de dados iniciou-se após a aprovação do Coordenação de Enfermagem e Pesquisa da Faculdade de Rondonia-Faro sob o parecer fundada pelo Decreto Ministerial nº. 96.977/88 A coleta de dados foi obtida através da aplicação de um questionário com perguntas fechadas e pessoais, elaborado pelo pesquisador contendo questões que abrangeram o perfil socioeconômico das mulheres, informações da gestação anterior e caracterização dos fatores inerentes o conhecimento do aleitamento materno. Neste estudo, foram incluídas as mulheres com idade entre 18 a 45 anos, que tinham tido filhos e que realizaram pré-natal com a equipe de saúde da família da localidade. IV.2.4 Analise de dados Após o levantamento, os dados foram analisados de tal forma a verificado os objetivos propostos. O processamento dos dados foi realizado com o auxílio do software
  • 19. 24 Excel. Os resultados estão apresentados em forma de tabelas e gráficos, e discutidos à luz da literatura pertinente ao tema. V. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados deste estudo estão apresentados de acordo com a ordem do questionário aplicado junto às nutrizes. Esta seção contempla os resultados acerca da caracterização dos sujeitos da pesquisa; os específicos sobre as práticas de aleitamento materno e fatores que as levam a interferência deste processo. Para um melhor entendimento didático dividiu-se a pesquisa em três partes: (i) Caracterização da amostra, (ii) Informações sobre aleitamento materno e o (iii) Conhecimento das nutrizes sobre aleitamento materno exclusivo. V.1 Caracterização da amostra As tabelas e gráficos I, II, III e IV que representam os resultados da pesquisa sobre a Caracterização da Amostra, mostra que a idade das entrevistadas situa-se em sua maioria, 42%, na faixa etária de 22 anos a 30 anos, verifica-se, portanto que as nutrizes menores de 15 anos são em número reduzido bem como aquelas maiores de 40 anos. As pessoas que se encontram nesta faixa etária representam apenas 10%. Tabela I - Faixa etária das nutrizes entrevistadas Idade Qtde % Até 15 anos De 15 anos à 21 anos De 22 anos à 30 anos De 31 anos à 40 anos Acima de 40 anos 4 12 21 12 1 8% 24% 42% 24% 2% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico I - Faixa etária das nutrizes entrevistadas
  • 20. 25 No tocante à escolaridade, 48% das nutrizes tem ensino médio. É interessante notar ainda sobre a escolaridade que apenas 6% das nutrizes entrevistadas tem ensino superior, mostrando que na medida em que o grau de instrução se eleva, menor é a procura por serviço público de aleitamento materno. Há que se observar ainda que 46% das nutrizes tem apenas o ensino fundamental incluindo nestas aquelas que são analfabetas No que diz respeito à ocupação a maioria se diz “Do lar”, ou seja, 72%. Constata-se, portanto que o grau de ocupação destas pessoas restringe-se aos trabalhos de doméstica. Este dado corrobora com o baixo grau de instrução No que diz respeito ao estado civil o que predominou foi o de casada ou união estável. Outro dado que merece atenção diz respeito ao baixo número de solteiras que chegou a apenas 12% o que se acreditaria ser um número muito superior. Tabela II – Escolaridade das nutrizes entrevistadas Escolaridade Qtde % Analfabeta Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior. 8 15 24 3 16% 30% 48% 6% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico II – Escolaridade das nutrizes entrevistadas
  • 21. 26 Tabela III - Profissão das nutrizes entrevistadas Profissão Qtde % Do lar Autônoma Faxineira 36 3 11 72% 6% 22% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico III - Profissão das nutrizes entrevistadas Tabela IV – Estado civil das nutrizes entrevistadas Estado Civil Qtde %
  • 22. 27 Solteira Casada/União estável Divorciada Outros 6 35 3 6 12% 70% 6% 12% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico IV – Estado civil das nutrizes entrevistadas V.2 Informações sobre aleitamento materno As tabelas e gráficos V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII e XIII que representam os resultados da pesquisa sobre as informações sobre aleitamento materno, aborda o nº de filhos, sem tem as nutrizes tem conhecimento sobre o aleitamento materno, conhecimento das propriedades do leite materno, onde obtiveram conhecimento, se amamentaram anteriormente, os motivos que levaram a não amamentarem e os benefícios da amamentação. Com relação ao número de filhos, tabela e gráfico V, verifica-se a concentração maior naquelas nutrizes que tem 3 filhos perfazendo um percentual de 56%, embora se tenha encontrado, num percentual significativamente pequeno, apenas 4%, pessoas com até 8 filhos. Tabela V - Nº de filhos das nutrizes entrevistadas Nº de filhos (incluindo o atual) Qtde % 8 filhos 5 filhos 4 filhos 3 filhos 1 filho 2 5 8 28 7 4% 10% 16% 56% 14% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico V - Nº de filhos das nutrizes entrevistadas
  • 23. 28 No que diz respeito à informação que as nutrizes tinham sobre aleitamento materno, observou-se um percentual surpreendentemente alto, 84% das entrevistadas tinham conhecimento, o que é bastante alvissareiro numa sociedade com poucas informações, considerando o baixo grau de instrução. Vale ressaltar que tais conhecimento fazem parte da cultura maternal e que é passada de geração para geração, independente do grau de instrução da nutriz. Tabela VI – Informação sobre aleitamento materno das nutrizes entrevistadas Informada sobre o aleitamento Qtde % Sim Não 42 08 84% 16% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico VI – Informação sobre aleitamento materno das nutrizes entrevistadas Tabela VII - Conhecimento sobre as propriedades do leite materno Sabe as propriedades do leite materno Qtde %
  • 24. 29 Sim Não 12 38 24% 76% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico VII - Conhecimento sobre as propriedades do leite materno Embora um percentual elevado soubesse ou tivesse informação sobre aleitamento materno, o número de entrevistadas que tinham conhecimento sobre as propriedades do leite materno, tabela e gráfico VII, foi de apenas 24% o que é bastante preocupante, visto que com pouco conhecimento a importância do aleitamento materno também se torna pequena. Sobre o local onde a nutriz obteve conhecimento verificou-se que 75% obteve o conhecimento no hospital/maternidade, conforme tabela e gráfico VIII, o que torna o hospital/maternidade um local não apenas que cuida das patologias mas também informa sobre outros assuntos importantes. Constata-se, portanto a importância de uma unidade hospitalar que além de suas atividades rotineiras também se ocupem de políticas que vem ao encontro dos anseios da sociedade, trazendo benefícios a todos. Vale dizer que o aleitamento materno é extremamente prático e econômico, uma vez que o leite é produzido pelo próprio organismo, na temperatura correta, o que facilita a vida da mãe que não precisará esquentar mamadeiras, lavar utensílios de cozinha, entre outros. Além disso, o vínculo afetivo entre a mãe e o filho é muito estimulado pelo AM, o qual ainda fortalece o sistema imunológico do bebê, protegendo-o contra infecções respiratórias e intestinais, levando-o a ganhar peso, fato que o ajudará a crescer forte. Tabela VIII - Conhecimento sobre as propriedades do leite materno Onde obteve conhecimentos? Qtde %
  • 25. 30 Centro de Saúde Particular Hospital/Maternidade Curso de preparação para o parto. 1 1 9 1 8% 8% 75% 8% Total 12 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico VIII - Conhecimento sobre as propriedades do leite materno Há um fosso separando teoria e prática quando o tema é aleitamento materno. Nos seis primeiros meses de vida, o leite humano deveria ser a única fonte de nutrição da criança. Não é preciso dar ao bebê nada além do peito. Nem água nem chá. O leite materno provê 100% das necessidades diárias de sódio, cálcio, potássio, proteínas, vitaminas, sais minerais, gordura, lactose, ferro, leucócitos e enzimas. A lista de benefícios nutricionais é reforçada por vantagens de caráter imunológico. Sabe-se que crianças amamentadas no seio até o sexto mês estão mais protegidas contra uma série de doenças, entre as quais infecções respiratórias, diarreia, otites, meningite bacteriana e alergias, além de alguns tipos de câncer. E que as mulheres que amamentam também têm diminuído o risco de vir a ter câncer de mama e de ovário. O risco fica ainda menor para as que oferecem o peito por um período de tempo mais longo. Isso sem falar dos ganhos de natureza emocional que o aleitamento proporciona tanto à mulher quanto a seu filho. Apesar disso, indicam as pesquisas, 40% das mães interrompem o processo antes de seis meses. Perguntado se já havia amamentado anteriormente, obteve-se um percentual expressivo de respostas afirmativas 72% já haviam amamentado conforme tabela e gráfico IX. No tocante aos motivos pelos quais as nutrizes não haviam amamentado as respostas foram bastante diversificadas, mas a resposta que preponderou sobre as demais foi de que o leite foi insuficiente, 57%, conforme pode ser observado na tabela e gráfico X.
  • 26. 31 Tabela IX - Amamentou anteriormente Amamentou anteriormente? Qtde % Sim Não 36 14 72% 28% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Tabela IX - Amamentou anteriormente Tabela X - Motivos que não amamentaram Motivos pelos quais não amamentou Qtde % O leite não foi suficiente Cria rachadura nos seios A criança não pega o peito Outros 8 4 1 1 57% 29% 7% 7% Total 14 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico X - Motivos que não amamentaram Tabela XI - Quem informou sobre a amamentação Quem informou sobre a amamentação Qtde %
  • 27. 32 Enfermeiro Médico de Família Pediatra/Obstetra Familiar e amigos 29 5 8 8 58% 10% 16% 16% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XI - Quem informou sobre a amamentação Indagado sobre quem informou sobre o aleitamento materno a resposta que preponderou sobre as demais com 58% foi o(a) enfermeiro(a). Isto demonstra a importância do enfermeiro para as nutrizes e para o bebê. Isto está exposto na tabela e gráfico XI. Sobre quem seria beneficiado com a amamentação, a resposta com maior frequência foi a de que o maior beneficiado seria o bebê com 72% seguido da família com 24%. As demais respostas não são em número significativas. Embora a nutriz não tenha sido citada como beneficiada sabe-se que a amamentação aumenta a segurança da mãe e diminui a ansiedade. O volume do útero diminui mais rapidamente e evita a hemorragia no pós-parto, uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil. A mulher que amamenta tem menos risco de ter câncer de mama e osteoporose. A amamentação estabiliza o progresso de endometriose materna. Não amamentar aumenta o risco de desenvolver câncer de ovário e câncer endometrial, além de ajudar a mulher voltar ao peso normal mais rapidamente. Tabela XII - Beneficiados com a amamentação Quemébeneficiadocomaamamentação? Qtde %
  • 28. 33 Bebê Família Sociedade Meio ambiente 36 12 1 1 72% 24% 2% 2% Total 50 96% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XII - Beneficiados com a amamentação Sobre os benefícios da amamentação para o bebê as respostas dadas, em ordem decrescente, foram as seguintes: ♦ Bebê adoece menos com 64%; ♦ Bebê cresce mais rápido com 32%; e ♦ Menor gasto (leite; chupeta e mamadeira) com 4%. Tabela XIII - Benefícios da amamentação para o bebê Quais os benefícios da amamentação para o bebê? Qtde % Cresce mais rápido Não adoece muito Menor gasto (leite; chupeta e mamadeira) 16 32 2 32% 64% 4% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XIII - Benefícios da amamentação para o bebê
  • 29. 34 V.3 O conhecimento das nutrizes sobre aleitamento materno exclusivo Segundo o Ministério da Saúde, desde a implantação do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno, no início da década de 1980, o tempo médio de aleitamento materno no país aumentou 15,5% passando de 296 dias em 1999 para 342 dias em 2008. O índice de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) de crianças com menos de quatro meses também cresceu: passou de 35%, em 1999, para 52%, em 2008. As tabelas e gráficos XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII e XXIV representam os resultados da pesquisa a respeito do conhecimento das nutrizes sobre aleitamento materno exclusivo. A tabela e gráfico XIV mostram as respostas que foram dadas a respeito do conhecimento do que vem a ser aleitamento materno exclusivo. Para essa questão, obteve-se
  • 30. 35 como resposta afirmativa 94% o que demonstra que mesmo com o “exclusivo” a grande maioria domina o termo. Tabela XIV – Conhecimento sobre aleitamento materno exclusivo A Sra. sabe o que é AME Qtde % Sim Não 47 03 94% 6% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XIV – Conhecimento sobre aleitamento materno exclusivo No que diz respeito ao questionamento se a nutriz está amamentado atualmente, tabela e gráfico XV, obteve-se como resultado, resposta surpreendentemente satisfatório com um percentual de 82% visto que a média brasileira em 2008 era de 54%. Tabela XV - Amamenta atualmente A senhora amamenta atualmente? Qtde % Sim Não 41 9 82% 18% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XV - Amamenta atualmente
  • 31. 36 Tabela XVI – Motivos pelos quais deixou de amamentar Por que deixou de amamentar? Qtde % Dificuldade para ir até hospital Outros 7 43 14% 86% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XVI – Motivos pelos quais deixou de amamentar A justificativa sobre o motivo que deixou de amamentar são as mais diversas, não sendo possível determinar uma causa que tenha maior predominância, como pode ser observado na tabela e gráfico XVI. Para elevar as taxas de aleitamento materno o Brasil implantou, em 1981, o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno. Desde então, a iniciativa é responsável por melhorar os indicadores relativos à oferta e distribuição de leite para recém- nascidos, sobretudo os que estão em UTI neonatal. Para o coordenador do Centro de Referência Nacional para Bancos de Leite, Franz Reis Novak, o País conta com uma das mais eficientes políticas de aleitamento materno do
  • 32. 37 mundo. No entanto, tão importante quanto as tecnologias empregadas e os incentivos, a consciência da população e a solidariedade são essenciais para o sucesso do projeto. Com relação ao uso do leite artificial estas foram aconselhadas por diversos profissionais, como pode ser observado tabela e gráfico XVII. Tabela XVII - Aconselhamento sobre o uso do leite artificial Aconselhouaintroduziroleiteartificial? Qtde % Médico de Família Familiares e amigos Pediatra Enfermeiro Iniciativa própria 1 16 2 1 30 2% 32% 4% 2% 60% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XVII - Aconselhamento sobre o uso do leite artificial Sobre o tipo de amamentação praticada, obteve-se como resposta o seguinte: 51% praticam o AME enquanto 49%praticam oaleitamento materno misto conforme tabela egráfico XVIII.Agrande maioria, 80%,de quemamamentainiciaaamamentaçãologonoHospital/maternidadecomopodeservistonatabelaegráficoXIX. Tabela XVIII - O tipo de amamentação 5. O seu tipo de amamentação é? Qtde % Aleitamento exclusivo Aleitamento misto 21 20 51% 49% Total 41 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XVIII - O tipo de amamentação
  • 33. 38 Tabela XIX - Onde iniciou a amamentação Onde iniciou o aleitamento? Qtde % Hospital/maternidade Casa 40 10 80% 20% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XIX - Onde iniciou a amamentação Questionadas sobre o momento em que amamentou a primeira vez obteve-se como resposta o seguinte: 98% amamentaram até a sexta hora após o nascimento do bebê como pode ser visto na tabela e gráfico XX. Tabela XX - Quando amamentou a primeira vez Quando amamentou a primeira vez? Qtde % Durante a 1ª hora de vida do bebê Depois da 1ª até à 6ª hora Depois da 6ª hora de vida 29 20 1 58% 40% 2% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro
  • 34. 39 Gráfico XX - Quando amamentou a primeira vez Sobre a ajuda na primeira mamada obteve-se como resposta as seguintes informações: 54% obtiveram ajuda como pode ser observado na tabela e gráfico XXI Dificuldades no início do aleitamento são comuns e a forma como os profissionais de saúde lidam com elas é fundamental para evitar o desmame precoce, afirma Luciano Santiago, da Sociedade Brasileira de Pediatria. "Mas treinar a pega correta, ensinar a mãe a ordenhar são tarefas que demandam um tempo que a maioria dos enfermeiros e pediatras das maternidades não tem", complementa. O relato da enfermeira Miriam Leal é esclarecedor conta que aprendeu muito pouco sobre técnicas de amamentação na faculdade. "Só fui procurar cursos sobre o assunto depois que não consegui amamentar meu primeiro filho", revela. Há 20 anos ela começou a atuar como consultora de lactação por acaso. "Via as mães que eu atendia na maternidade enfrentar os mesmo problemas que eu tive. Uma delas me perguntou quanto eu cobrava para ir até sua casa ajudar. Nunca tinha pensado nisso, mas ela insistiu e eu fui." Hoje Miriam atende cerca de 120 mulheres ao ano. A enfermeira afirma que a maior parte dos problemas surge por dificuldades dos bebês. "Alguns não sabem nem procurar o peito. Outros não conseguem coordenar sucção, respiração e deglutição. Às vezes o bebê já nasce atleta, mas a maioria para no meio da mamada por exaustão e acorda com fome uma hora depois. Se a mãe não for bem orientada, tende a achar que seu leite é fraco", diz. Tabela XXI - Ajuda de alguém na primeira mamada A Senhora teve ajuda de alguém na primeira mamada? Qtde %
  • 35. 40 Sim Não 27 23 54% 46% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XXI - Ajuda de alguém na primeira mamada A enfermeira possui um importante papel durante o pré-natal, ele deve preparar a gestante para o aleitamento, para que no pós-parto o processo de adaptação da puérpera ao aleitamento seja facilitado e tranquilo, evitando assim, dúvidas, dificuldades e possíveis complicações. É importante desfazer os mitos e tratar as complicações no período da amamentação visto que, a cultura, a crença e os tabus têm influenciado de forma crucial a sua prática. Através de uma comunicação simples e objetiva durante a orientação, o incentivo e o apoio ao aleitamento materno, demonstrando diversas posições, promovendo relaxamento e posicionamento confortável, explicando a fonte dos reflexos da criança e mostrando como isso pode ser usado para ajudar na sucção do recém-nascido. Sobre quem ajudou na primeira mamada, corroborando a importância da enfermagem no processo, obteve-se os resultados tabela e gráfico XXII: 63% das entrevistadas tiveram ajuda dos profissionais de enfermagem enquanto 37% foram ajudadas por familiares. Tabela XXII - Que ajudou na primeira mamada Se sim quem ajudou? Qtde % Enfermeiro Familiar 17 10 63% 37% Total 18 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XXII - Que ajudou na primeira mamada
  • 36. 41 Tabela XXIII - Diferença entre crianças amamentadas e não amamentadas Percebe alguma diferença entre crianças amamentadasenãoamamentadas? Qtde % Sim Não 32 18 64% 36% Total 50 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XXIII - Diferença entre crianças amamentadas e não amamentadas Sobre a percepção de alguma diferença entre crianças amamentadas e não amamentadas, obteve-se um percentual expressivamente alto de respostas afirmativas, 64%, levando-se a acreditar que as nutrizes sabem da importância do aleitamento materno, como pode ser visto na tabela e gráfico XXIII. Já é sabido, através de vários estudos, que a melhor forma de alimentação é o aleitamento materno exclusivo para os primeiros 4 a 6 meses de vida, seguido da introdução de alimentos sólidos e líquidos apropriados para a idade, com a continuação do aleitamento.
  • 37. 42 As vantagens do aleitamento materno são realmente indiscutíveis e incluem benefícios nutricionais, imunológicos e fisiológicos tanto para o bebê quanto para a mãe, assim como também benefícios econômicos. As diferenças mais notadas foram, em ordem decrescente, as seguintes: (I) Não tem diarreia com 41%; (II) Não tem infecção urinária com 34%; (III) Se recupera mais rápido das doenças com 15%; (IV) Mais afetuosa com 5%; e (v) Mais inteligente com 5%. Tabela XXIV - Diferenças entre o bebê que mama e o que não mama Diferença entre os bebês que mamam daqueles que não mamam Qtde % Não tem diarreia Não tem infecção urinária Mais afetuosa Mais inteligente Recupera-se mais rápido das doenças 17 14 2 2 6 41% 34% 5% 5% 15% Total 41 100% Fonte: Autora – Pesquisa no HB Ary Pinheiro Gráfico XXIV - Diferenças entre o bebê que mama e o que não mama VI. CONCLUSÕES Os resultados desta pesquisa permitiram chegar às seguintes conclusões: Sobre a caracterização da amostra, mostra que a idade das entrevistadas situa-se em sua maioria, 42%, na faixa etária de 22 anos a 30 anos, verifica-se, portanto que as nutrizes menores de 15 anos são em número reduzido bem como aquelas maiores de 40 anos. As
  • 38. 43 pessoas que se encontram nesta faixa etária representam apenas 10%. No tocante à escolaridade, há que se observar ainda que 46% das nutrizes tem apenas o ensino fundamental incluindo nestas aquelas que são analfabetas. No que diz respeito à ocupação a maioria se diz “Do lar”, ou seja, 72%. Constata-se, portanto que o grau de ocupação destas pessoas restringe-se aos trabalhos de doméstica. Este dado corrobora com o baixo grau de instrução. No que diz respeito ao estado civil o que predominou foi o de casada ou união estável. Outro dado que merece atenção diz respeito ao baixo número de solteiras que chegou a apenas 12% o que se acreditaria ser um número muito superior. Com relação ao número de filhos, verifica- se a concentração maior naquelas nutrizes que tem 3 filhos perfazendo um percentual de 56% No que diz respeito à informação que as nutrizes tinham sobre aleitamento materno, observou-se um percentual surpreendentemente alto, 84% das entrevistadas tinham conhecimento. Embora um percentual elevado soubesse ou tivesse informação sobre aleitamento materno, o número de entrevistadas que tinham conhecimento sobre as propriedades do leite materno foi de apenas 24% o que é bastante preocupante, visto que com pouco conhecimento a importância do aleitamento materno também se torna pequena. Sobre o local onde a nutriz obteve conhecimento verificou-se que 75% obteve o conhecimento no hospital/maternidade, conforme tabela e gráfico VIII, o que torna o hospital/maternidade um local não apenas que cuida das patologias mas também informa sobre outros assuntos importantes. Verificou-se também que 72% já haviam amamentado No tocante aos motivos pelos quais as nutrizes não haviam amamentado as respostas foram bastante diversificadas, mas a resposta que preponderou sobre as demais foi de que o leite foi insuficiente É importante frisar que as informações sobre o aleitamento materno são dadas pelo pessoal de enfermagem, demonstrando a importância do enfermeiro para as nutrizes e para o bebê. Isto está exposto na tabela e gráfico XI. O principal beneficiado com a amamentação, na visão das nutrizes, é o bebê, tendo como fundamental a possibilidade de adoecer menos que os não amamentados. Outro dado importante, extraído da pesquisa é o percentual elevado de 82% muito superior à média brasileira que é de 54%. Sobre o tipo de amamentação praticado, verificou-se que 51% praticam o aleitamento materno exclusivo e grande maioria, 80% disseram que iniciam a amamentação logo no Hospital/maternidade. Sobre quem ajudou na primeira mamada, corroborando a importância da enfermagem no processo 63% das entrevistadas tiveram ajuda dos profissionais de enfermagem.
  • 39. 44 Sobre a percepção de alguma diferença entre crianças amamentadas e não amamentadas, 64% disseram perceber diferenças e estas são, em ordem decrescente, as seguintes: (i) Não tem diarreia com 41%; (ii) Não tem infecção urinária com 34%; (iii) Se recupera mais rápido das doenças com 15%; (iv) Mais afetuosa com 5%; e (v) Mais inteligente com 5%. Desta forma, os resultados deste estudo remetem à reflexão de que as políticas direcionadas à promoção da prática adequada do aleitamento materno devem considerar a relevância dos fatores sociais e econômicos relacionados ao evento, e apontam também a necessidade de contemplar políticas voltadas para a redução das desigualdades no campo da educação e conhecimento. Certa de que este tema está longe de se esgotara, sustenta-se aqui que os fatores determinantes para processo do aleitamento materno em mulheres no banco de leite Santa Ágata do Hospital de Base Ary Pinheiro deve ser alvo de trabalho por parte da equipe de saúde do referido hospital através de uma busca às próprias nutrizes a construção de alternativas para estabelecer ações para o aleitamento materno exclusivo,voltadas à saúde do binômio mãe-filho. VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Nilza Alves Marques, FERNANDES, Aline Garcia; ARAÚJO, Cleide Gomes. -Aleitamento materno: uma abordagem sobre o papel do enfermeiro no pós-parto. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 03, 2004. Disponível em http://www.revistas.ufg.br/indexphp/fen. Acessado 17/03/2013 às 10h45min.
  • 40. 45 ANGELITA, MARIA CARNEIRO - A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO PARA A SAÚDE DA MULHER E O PAPEL DA ENFERMAGEM NO INCENTIVO A ESSA PRÁTICA Trabalho de Conclusão de curso como requisito para obtenção do titulo de Bacharelado em Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia Departamento de Educação-Campus VII. Disponível em: http://www.slideshare.net/bibliotecauneb7/monografia-angelita-enfermagem-2012. Acessado em: 16/03/2013 às 10h13min. BARROS, S M O. Enfermagem obstétrica e Ginecológica 2ª edição 2009. Pg 279. BULLON, R B, Cardoso F A, Peixoto H M, Miranda L F. A influência da família e o papel do enfermeiro na promoção do aleitamento materno http://www.publicacoes.uniceub.br/index. php/cienciasaude/article/viewFile/990/868.2010 Acessado 17/03/2013 às 10h50min. CAPELETO, SM. Domingues, ACP. Silva, DA. Filho, PLS Revista Mato grossense de Enfermagem Jun-jul 2010 - ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PRÁTICA DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO NAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA. Disponível em: http://www.portaldeperiodicos.uned.edu.2009. Acessado 17/03/2013 às 08h30min. CIAMPO L A D, Ivan Savioli Ferraz, Julio Cesar Daneluzzi, Rubens Garcia Ricco, Carlos Eduardo Martinelli Junior, Aleitamento materno exclusivo: do discurso à prática http://pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/2010.pdf. Acessado 29/03/2013 CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE GOIÁS Protocolo de Enfermagem em Atenção à Saúde de Goiás 2010. Disponível: http://www.corengo.org.br/pdf/Protocolo%20de %20enfermagem%20COREN-GO.pdf. Acessado 16/03/2013 às 12h45min. CORRÊA, A. M, MONICA, Dalles Monteiro RAQUEL, de Lima Soeiro. PROMOÇÃO, APOIO E INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO 2012. Disponível em: http://www.uff.br/psienf/incentivoaleitamentomaterno.pdf. Acessado em 15/03/2013 às 19h55min. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GENECOLOGIA E OBSTETRÍCIA: Manual do Aleitamento Materno-2010. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/58624096/19/: Acessado 30/03/2013 às 00h45min. FIGUEIREDO, N.M. A Yendis Editora, 2010. -Praticas de Enfermagem. Pg 263. Ministério da Saúde Promovendo o Aleitamento Materno 2ª edição, revisada. Brasília: 2007 http://www.fiocruz.br/redeblh/media/albam.pdf. Acessado 01/04/2013 NBR 10520 / 2002 – Citações _____14724 / 2011 - Trabalho Acadêmico _____6023 - Informação e documentação – Referências _____6027 - Informação e documentação - Referências
  • 41. 46 SAÚDE DA CRIANÇA: Nutrição Infantil Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Brasília – DF 2009 Caderno de Atenção Básica, nº 23. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicações/saude_crianca_nutrição_aleitamento_alimentacão. pdf. Acessado em 15/03/2013 às 20h35min. Figueiredo N.M. A Yendis Editora, 2010. -Praticas de Enfermagem. Pag 263. Zugaib obstetrícia 2ª edição-2012. Pag 494. http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/ Acessado 15/04/2013 às 220h35min. ANEXO I - QUESTIONÁRIO SOBRE ALEITAMENTO MATERNO I. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA 1. Idade ( ) Até 15 anos
  • 42. 47 ( ) De 15 anos à 21 anos ( ) De 22 anos à 30 anos ( ) De 31 anos à 40 anos ( ) Acima de 40 anos 2. Escolaridade ( ) Analfabeta ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Ensino Superior. 3. Profissão ____________________________________________________________ 4. Estado Civil ( ) Solteira ( ) Casada / União estável ( ) Divorciada ( ) Viúva. II. INFORMAÇÕES SOBRE ALEITAMENTO MATERNO 1. Nº de filhos (incluindo o atual) ____________ 2. Foi informada sobre o aleitamento materno durante a gravidez? ( ) Sim ( ) Não 3. Você tem o conhecimento das propriedades do leite materno? ( ) Sim ( ) Não 4. Onde obteve os conhecimentos? ( ) Centro de Saúde ( ) Particular ( ) Hospital/Maternidade ( ) Curso de preparação para o parto. 5. A senhora já amamentou anteriormente? ( ) Sim ( ) Não 6. Se não amamentou, diga o(s) motivo(s) que levaram a tal decisão. ( ) O leite não é suficiente ( ) Cria rachadura nos seios ( ) A criança não pega o peito
  • 43. 48 ( ) Outros: Explicitar ____________________________________________________________ 7. Se a resposta do nº 5 for negativa não responda às perguntas de nos 8, 9 e, se for positiva, diga quem informou sobre a amamentação: ( ) Enfermeiro ( ) Médico de Família ( ) Pediatra/Obstetra ( ) Familiar e amigos ( ) Livros e Revistas ( ) Outros, quem? ____________________________________ 8 As informações obtidas foram sobre (assinale as que obteve) Os benefícios da amamentação para: ( ) Mãe ( ) Bebé ( ) Família ( ) Sociedade( ) Meio ambiente 9. Em função das informações obtidas, quais os benefícios da amamentação? (...) Cresce mais rápido (...) Não adoece muito (...) Menor gasto com leite; chupeta; mamadeira (...) Economia com uso de gás Sugestões:___________________________________________________ III. O CONHECIMENTO DAS NUTRIZES SOBRE ALEITAMENTO MATERNO 1. A Sra sabe o que é aleitamento materno exclusivo? ( ) Sim ( ) Não 2. A Sra está amamentando atualmente? ( ) Sim ( ) Não 3. Se a resposta for “Sim” passe à questão 5. Se “Não”, diga por que deixou de amamentar? _____________________________________________________________ 4. Há quanto tempo (dias) a Senhora deixou de amamentar? _________ dias