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Azeite de Oliva:
Sistemas de Embalagem e Conservação da Qualidade

      Olive oil: packaging and quality conservation

          Laura Costa Moreira Botti – Mestranda, FEA-Unicamp
              Carlos Alberto Rodrigues Anjos – Orientador


                      Campinas, Setembro, 2012
O azeite está na moda.
Basta notar a variedade de marcas e
a sofisticação das garrafas expostas
   nas prateleiras dos mercados



                               (ExpoAzeite, 2012)
Novos consumidores: Inserção o azeite de
    oliva (AO) em refeições diárias:
    benefícios à saúde
    sabor característico

         Composição química + Estabilidade

redução dos riscos de                        redução de doenças
doenças coronarianas                         inflamatórias
                        Consumo

              prevenção de tumores

                    (Bendini et al., 2007; Santosa, 2010; Trichopoulos & Lagiou, 2007)
Vida de prateleira e manutenção das características
desejáveis do AO é limitada

                   Auto-oxidação
baixa energia de ativação, formação de radicais livres,
           ausência de luz (O2 dissolvido)


                    Fotoxidação
   não envolve a formação de radicais livres, luz e
oxigênio, fotossensores, não é afetada antioxidantes

                                                  (Araújo, 2008)
A degradação do azeite de oliva após o envase
envolve ácidos graxos insaturados presentes no
produto e as condições do ambiente no qual a
embalagem é exposta (luz, umidade, calor e
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Estes se decompõem em inúmeros outros
compostos incluindo aldeídos, cetonas, álcoois e
hidrocarbonetos

                                            (Araújo, 2008)
Função da embalagem
Preservar
processamento
cadeia de distribuição
(produto adequado ao consumo)
             Proteger
             oxigênio, luz, umidade, odores e aromas, valor
             nutricional , contaminação/recontaminação
                Forma de comunicação
                empresa, produto e consumidor
                modo de conservação, preparo e manipulação
                    Fatores importantes
    Custo/preço prod final, impacto ambiental (cadeia de
             produção dos mat da embalagem)
                                           (Padula, Ito, 2006; Krochta, 2007)
Nesse sentido, o uso de uma embalagem
adequada,    além   de        valorizar            o      produto
comercialmente, visa à preservação da cor, do
sabor e dos nutrientes


Em se tratando de embalagens para óleos e
gorduras,   uma     das       características                mais
importantes é a propriedade de barreira contra
agentes pró-oxidantes


                         (Cecchi et al, 2010; Faria, 2004; Sacchi et al., 2008)
Tendências do mercado de embalagens

    crescente redução da espessura das
    embalagens


    aumento do tempo de vida de prateleira dos
    alimentos



    substituição de materiais de embalagem até
    então considerados tradicionais
Objetivo

Avaliar resultados obtidos em estudos científicos com
relação à influencia do sistema de embalagem sobre
os índices de qualidade de AO


Relacionar   estes estudos com o que se tem
disponível no mercado brasileiro de embalagens
para AO
Assim como nos EU e na maioria de países importadores de
AO, a população brasileira tradicionalmente compra o AO
em supermercados

Consumidores    não   são   expostos   às   características
sensoriais do produto e suas escolhas se baseiam no
material da embalagem, tipo de fechamento, rótulo e design
Atualmente no Brasil

O AO é comumente encontrado em embalagens de vidro


Entretanto uma pequena parcela ainda permanece em
embalagens metálicas


Ao passo que outra parcela, que vem aumentando, é
acondicionada em garrafas de polietileno tereftalato
(PET)
Nos pontos de vendas há predomínio de embalagens
       de vidro transparente de 250 e 500mL com tampa
       rosqueável de metal e lacre
Cada marca utiliza ainda algum tipo de dosador para facilitar o uso do produto



       Há variações na coloração do vidro, recentemente as
       prateleiras foram tomadas por versões especiais de
       AOEV        acondicionados         em      garrafas      de     vidro
       pigmentado
Encontra-se disponível também a embalagem plástica
de PET de coloração escura: prática, inquebrável e de
fácil manuseio (Cocinero, 2012)



Quantidade limitada de latas de folha de flandres de
250 e 500 mL das marcas mais tradicionais
Propriedades de barreira


 O vidro e as latas são impermeáveis aos gases e vapores
O vidro e o PET possuem baixa barreira a luz (transparentes)
 As latas não apresentam um bom sistema de fechamento
5 diferentes embalagens de 330 mL sobre qualidade AOEV
(acidez, IP, Cext 232 e 270, II, umidade, cor, compostos
fenólicos, CAG)


Perdas de qualidade acontecem mais rapidamente nos três
primeiros meses de estocagem e posteriormente as
reações ocorrem de forma mais lenta
A    embalagem       plástica     transparente:    menos
aconselhável, permite ação da luz e do oxigênio
induzindo a rápida deterioração do azeite


A embalagem plástica       opaca: apesar de proteger o
azeite contra a luz se mostrou bastante permeável ao
oxigênio tal qual a tradicional, permitindo que as reações
oxidativas   se    iniciassem    e    consequentemente
degradassem o produto
Normalmente associadas aos produtos de alta qualidade,
  as embalagens de vidro transparente também não
  foram capazes de manter os atributos desejáveis no
  produto final



As latas e as embalagens cartonadas se mostraram
mais apropriadas e indicadas para o acondicionamento
de AOEV considerando um período de 6 meses
Processos de difusão de oxigênio através da embalagem e
suas possíveis consequências para o produto final, o azeite


PET tradicional e PET com absorvedor de oxigênio variando
o volume e o headspace


Desta maneira simularam a cinética das reações de oxidação
As equações preditas indicam que logo após o envase
as   reações   de    oxidação   dos     lipídios   dependem
principalmente da quantidade de oxigênio dissolvido
no azeite


Com o passar do tempo este oxigênio vai sendo
consumido e então começa a ser substituído pelo
oxigênio    que     permeia   através    do    material   da
embalagem
Adição de absorvedores de oxigênio pode representar
uma alternativa, uma vez que estes retardariam a cinética
da oxidação ao dificultar a permeabilidade de oxigênio e
       ainda consumir o gás dissolvido no azeite
Apesar de não se considerar as reações de fotoxidação



 O tempo de vida de prateleira do AO deve ser estimado
através de estudos mais detalhados e que considerem o
tipo de design, o material da embalagem e a temperatura
      de armazenamento do azeite após o envase
Avaliaram o efeito sobre a preservação da qualidade de
AOEV acondicionado em embalagens de PET tradicional e
PET adicionado de absorvedor de oxigênio durante 13
meses
Nas embalagens com absorvedores houve redução da
degradação de carotenóides e da oxidação primária e
secundária
A embalagem de PET com absorvedor de O2 deve ser
utilizada   para   AOEV   a   fim   de   se   preservar   as
características desejáveis do produto: sensoriais, químicas
e funcionais


Aprofundamento em estudos comparando garrafas de
vidro com as de PET adicionadas de absorvedores de
O2 para acondicionamento de AOEV e necessidade de
avanços nas propriedades de barreira à luz e ao oxigênio
das embalagens plásticas para alimentos
Uso de absorvedores de O2 em garrafas de PET para
acondicionamento de AOEV foi significativo apenas no
primeiro mês

Inicialmente   os   valores   de   oxigênio   dissolvido   foram
reduzidos, mas após este período não ocorreu alteração
nos parâmetros de qualidade
Efeito da permeabilidade sobre os índices de qualidade
e estabilidade do AOEV
PET, PP, vidro

Transmissão de luz
PET transp, PET bloqueador UV
Estudou-se    ainda o   efeito   do   headspace   e   da
temperatura



As embalagens foram expostas à luz intermitente
simulando as condições dos supermercados
Após 12 meses de estudos


 Materiais com alta taxa de permeabilidade ao oxigênio
 como o PP e o PE não foram adequados para o
 acondicionamento de AO



 Os bloqueadores de UV não foram efetivos em relação
 à manutenção da qualidade do azeite
O melhor sistema de embalagem foi o vidro seguido
do   PET ambos com      pigmentação   escura sob
condições de baixa luminosidade e temperaturas
inferiores à 22ºC
Uso de embalagens pigmentadas             Headspace mínimo


   Ambiente com baixa luminosidade          Temperatura ± 20ºC


  Condição adequada para se preservar as características
                     desejáveis do AOEV
                              e
manter os índices de qualidade dentro dos limites da legislação
Conclusão

Percebe-se claramente que as condições de estocagem e
exposição das embalagens de AOs nos pontos de vendas
não são as mais indicadas e que as embalagens
transparentes também não são consideradas adequadas
para este tipo de alimento


Nota-se ainda a relevância do assunto e a necessidade de
interação entre a indústria de embalagens, envasadores,
estabelecimentos de vendas e as Instituições de Pesquisa
Literatura Citada

ARAÚJO, J. M. A. Química de Alimentos - Teoria e prática Ed UFV 4ª edição 2008.
BENDINI, A.; CERRETANI, L.; CARRASCO-PANCORBO, A.; GOMEZ-CARAVACA, A. M.; SEGURA-CARRETERO, A.;
FERNANDEZ-GUTIERREZ, A. Phenolic molecules in virgin
olive oils: A survey of their sensory properties, health effects, antioxidant activity and analytical methods. An overview of the last
decade. Molecules, v 12, n 8, 1679–1719, 2007
CECCHI, T.; PASSAMONTI, P.; CECCHI, P.. Study of the quality of extra virgin olive oil stored in PET bottles with or without na
oxygen scavenger Food Chemistry v 120, p 730-735, 2010..
DELGADO, C.; GUINARD, J. X. How do consumer hedonic ratings for extra virgin olive oil relate to quality ratings by experts and
descriptive analysis ratings? Food Quality and Preference v 22, p 213-225, 2011.
COCINEIRO - Azeite Cocineiro - disponível em: http://www.cocinero.com.br/home.html. Acesso em 15 de junho de 2012.
DEL NOBILE, M. A; BOVE, S.; LA NOTE, E.; SACCHI, R.. Influence of packaging geometry and material properties on the
oxidation kinetic of bottled virgin olive oil Journal of Food Engineering v 57, p 189-197, 2003..
FADA, C.; DEL CARO, A.; SANGUINETTI, A. M.; URGEGHE, P.P; VACCA, V.; ARCA, P.P; PIGA, A.; Changes during storage of
quality parameters and in vitro antioxidant activity of extra virgin olive oils obtained with two extraction Technologies Food
Chemistry v 134, p 1542-1548, 2012.
FARIA, J. A. F. Recipientes de vidro para embalagem. Campinas: FEA – UNICAMP, 13p, 2004.
MÉNDEZ, I. A.; FALQUÉ, E. Effect of storage time and container type on the quality of extra virgin olive oil Food Control v 18, p
521-529, 2007..
PRISTOURI, G.; BADEKA, A.; KONTOMINAS, M. G Effect of packaging material Headspace, oxygen and light transmission,
temperature and storage time on quality characteristics of extra virgin olive oil Food Control v 21, p 412–418, 2010..
SACCHI, R.; SAVARESE, M.; DEL REGNO, A.; PADUANO, A.; TERMINIELLO, R.; AMBROSINO, M. L. Shelf Life of
Vegetable Oils Bottled in Different Scavenging Polyethyleneterephthalate Containers, Packag. Technol. Sci. v 21, p 269–277, 2008
SANTOSA, M. Analysis of sensory and non-sensory factors mitigating consumer behavior: A case study with extra virgin olive oil.
Dissertação, Universidade da California, Davis, 2010..
SERVILI, M.; SELVAGGINI, R.; ESPOSTO, S.; TATICCHI, A.; MONTEDORO, G.; MOROZZI, G. Health and sensory properties
of virgin olive oil hydrophilic phenols: Agronomic and technological aspects of production that affect their occurrence in the oil.
Journal of Chromatography A, 1054(1–2), p113–127, 2004..
TRICHOPOULOS, D.; LAGIOU, P. Mediterranean diet and overall mortalitydifferences in the European Union. Public Health
Nutrition, v 7,n 7, p 949–951, 2007..
OBRIGADA!


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Sistemas de embalagem e conservação da qualidade

  • 1. Azeite de Oliva: Sistemas de Embalagem e Conservação da Qualidade Olive oil: packaging and quality conservation Laura Costa Moreira Botti – Mestranda, FEA-Unicamp Carlos Alberto Rodrigues Anjos – Orientador Campinas, Setembro, 2012
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7. O azeite está na moda. Basta notar a variedade de marcas e a sofisticação das garrafas expostas nas prateleiras dos mercados (ExpoAzeite, 2012)
  • 8. Novos consumidores: Inserção o azeite de oliva (AO) em refeições diárias: benefícios à saúde sabor característico Composição química + Estabilidade redução dos riscos de redução de doenças doenças coronarianas inflamatórias Consumo prevenção de tumores (Bendini et al., 2007; Santosa, 2010; Trichopoulos & Lagiou, 2007)
  • 9. Vida de prateleira e manutenção das características desejáveis do AO é limitada Auto-oxidação baixa energia de ativação, formação de radicais livres, ausência de luz (O2 dissolvido) Fotoxidação não envolve a formação de radicais livres, luz e oxigênio, fotossensores, não é afetada antioxidantes (Araújo, 2008)
  • 10. A degradação do azeite de oliva após o envase envolve ácidos graxos insaturados presentes no produto e as condições do ambiente no qual a embalagem é exposta (luz, umidade, calor e oxigênio), levando à formação de hidroperóxidos Estes se decompõem em inúmeros outros compostos incluindo aldeídos, cetonas, álcoois e hidrocarbonetos (Araújo, 2008)
  • 11. Função da embalagem Preservar processamento cadeia de distribuição (produto adequado ao consumo) Proteger oxigênio, luz, umidade, odores e aromas, valor nutricional , contaminação/recontaminação Forma de comunicação empresa, produto e consumidor modo de conservação, preparo e manipulação Fatores importantes Custo/preço prod final, impacto ambiental (cadeia de produção dos mat da embalagem) (Padula, Ito, 2006; Krochta, 2007)
  • 12. Nesse sentido, o uso de uma embalagem adequada, além de valorizar o produto comercialmente, visa à preservação da cor, do sabor e dos nutrientes Em se tratando de embalagens para óleos e gorduras, uma das características mais importantes é a propriedade de barreira contra agentes pró-oxidantes (Cecchi et al, 2010; Faria, 2004; Sacchi et al., 2008)
  • 13. Tendências do mercado de embalagens crescente redução da espessura das embalagens aumento do tempo de vida de prateleira dos alimentos substituição de materiais de embalagem até então considerados tradicionais
  • 14. Objetivo Avaliar resultados obtidos em estudos científicos com relação à influencia do sistema de embalagem sobre os índices de qualidade de AO Relacionar estes estudos com o que se tem disponível no mercado brasileiro de embalagens para AO
  • 15. Assim como nos EU e na maioria de países importadores de AO, a população brasileira tradicionalmente compra o AO em supermercados Consumidores não são expostos às características sensoriais do produto e suas escolhas se baseiam no material da embalagem, tipo de fechamento, rótulo e design
  • 16. Atualmente no Brasil O AO é comumente encontrado em embalagens de vidro Entretanto uma pequena parcela ainda permanece em embalagens metálicas Ao passo que outra parcela, que vem aumentando, é acondicionada em garrafas de polietileno tereftalato (PET)
  • 17. Nos pontos de vendas há predomínio de embalagens de vidro transparente de 250 e 500mL com tampa rosqueável de metal e lacre Cada marca utiliza ainda algum tipo de dosador para facilitar o uso do produto Há variações na coloração do vidro, recentemente as prateleiras foram tomadas por versões especiais de AOEV acondicionados em garrafas de vidro pigmentado
  • 18. Encontra-se disponível também a embalagem plástica de PET de coloração escura: prática, inquebrável e de fácil manuseio (Cocinero, 2012) Quantidade limitada de latas de folha de flandres de 250 e 500 mL das marcas mais tradicionais
  • 19.
  • 20. Propriedades de barreira O vidro e as latas são impermeáveis aos gases e vapores O vidro e o PET possuem baixa barreira a luz (transparentes) As latas não apresentam um bom sistema de fechamento
  • 21. 5 diferentes embalagens de 330 mL sobre qualidade AOEV (acidez, IP, Cext 232 e 270, II, umidade, cor, compostos fenólicos, CAG) Perdas de qualidade acontecem mais rapidamente nos três primeiros meses de estocagem e posteriormente as reações ocorrem de forma mais lenta
  • 22. A embalagem plástica transparente: menos aconselhável, permite ação da luz e do oxigênio induzindo a rápida deterioração do azeite A embalagem plástica opaca: apesar de proteger o azeite contra a luz se mostrou bastante permeável ao oxigênio tal qual a tradicional, permitindo que as reações oxidativas se iniciassem e consequentemente degradassem o produto
  • 23. Normalmente associadas aos produtos de alta qualidade, as embalagens de vidro transparente também não foram capazes de manter os atributos desejáveis no produto final As latas e as embalagens cartonadas se mostraram mais apropriadas e indicadas para o acondicionamento de AOEV considerando um período de 6 meses
  • 24. Processos de difusão de oxigênio através da embalagem e suas possíveis consequências para o produto final, o azeite PET tradicional e PET com absorvedor de oxigênio variando o volume e o headspace Desta maneira simularam a cinética das reações de oxidação
  • 25. As equações preditas indicam que logo após o envase as reações de oxidação dos lipídios dependem principalmente da quantidade de oxigênio dissolvido no azeite Com o passar do tempo este oxigênio vai sendo consumido e então começa a ser substituído pelo oxigênio que permeia através do material da embalagem
  • 26. Adição de absorvedores de oxigênio pode representar uma alternativa, uma vez que estes retardariam a cinética da oxidação ao dificultar a permeabilidade de oxigênio e ainda consumir o gás dissolvido no azeite
  • 27. Apesar de não se considerar as reações de fotoxidação O tempo de vida de prateleira do AO deve ser estimado através de estudos mais detalhados e que considerem o tipo de design, o material da embalagem e a temperatura de armazenamento do azeite após o envase
  • 28. Avaliaram o efeito sobre a preservação da qualidade de AOEV acondicionado em embalagens de PET tradicional e PET adicionado de absorvedor de oxigênio durante 13 meses Nas embalagens com absorvedores houve redução da degradação de carotenóides e da oxidação primária e secundária
  • 29. A embalagem de PET com absorvedor de O2 deve ser utilizada para AOEV a fim de se preservar as características desejáveis do produto: sensoriais, químicas e funcionais Aprofundamento em estudos comparando garrafas de vidro com as de PET adicionadas de absorvedores de O2 para acondicionamento de AOEV e necessidade de avanços nas propriedades de barreira à luz e ao oxigênio das embalagens plásticas para alimentos
  • 30. Uso de absorvedores de O2 em garrafas de PET para acondicionamento de AOEV foi significativo apenas no primeiro mês Inicialmente os valores de oxigênio dissolvido foram reduzidos, mas após este período não ocorreu alteração nos parâmetros de qualidade
  • 31. Efeito da permeabilidade sobre os índices de qualidade e estabilidade do AOEV PET, PP, vidro Transmissão de luz PET transp, PET bloqueador UV
  • 32. Estudou-se ainda o efeito do headspace e da temperatura As embalagens foram expostas à luz intermitente simulando as condições dos supermercados
  • 33. Após 12 meses de estudos Materiais com alta taxa de permeabilidade ao oxigênio como o PP e o PE não foram adequados para o acondicionamento de AO Os bloqueadores de UV não foram efetivos em relação à manutenção da qualidade do azeite
  • 34. O melhor sistema de embalagem foi o vidro seguido do PET ambos com pigmentação escura sob condições de baixa luminosidade e temperaturas inferiores à 22ºC
  • 35. Uso de embalagens pigmentadas Headspace mínimo Ambiente com baixa luminosidade Temperatura ± 20ºC Condição adequada para se preservar as características desejáveis do AOEV e manter os índices de qualidade dentro dos limites da legislação
  • 36. Conclusão Percebe-se claramente que as condições de estocagem e exposição das embalagens de AOs nos pontos de vendas não são as mais indicadas e que as embalagens transparentes também não são consideradas adequadas para este tipo de alimento Nota-se ainda a relevância do assunto e a necessidade de interação entre a indústria de embalagens, envasadores, estabelecimentos de vendas e as Instituições de Pesquisa
  • 37. Literatura Citada ARAÚJO, J. M. A. Química de Alimentos - Teoria e prática Ed UFV 4ª edição 2008. BENDINI, A.; CERRETANI, L.; CARRASCO-PANCORBO, A.; GOMEZ-CARAVACA, A. M.; SEGURA-CARRETERO, A.; FERNANDEZ-GUTIERREZ, A. Phenolic molecules in virgin olive oils: A survey of their sensory properties, health effects, antioxidant activity and analytical methods. An overview of the last decade. Molecules, v 12, n 8, 1679–1719, 2007 CECCHI, T.; PASSAMONTI, P.; CECCHI, P.. Study of the quality of extra virgin olive oil stored in PET bottles with or without na oxygen scavenger Food Chemistry v 120, p 730-735, 2010.. DELGADO, C.; GUINARD, J. X. How do consumer hedonic ratings for extra virgin olive oil relate to quality ratings by experts and descriptive analysis ratings? Food Quality and Preference v 22, p 213-225, 2011. COCINEIRO - Azeite Cocineiro - disponível em: http://www.cocinero.com.br/home.html. Acesso em 15 de junho de 2012. DEL NOBILE, M. A; BOVE, S.; LA NOTE, E.; SACCHI, R.. Influence of packaging geometry and material properties on the oxidation kinetic of bottled virgin olive oil Journal of Food Engineering v 57, p 189-197, 2003.. FADA, C.; DEL CARO, A.; SANGUINETTI, A. M.; URGEGHE, P.P; VACCA, V.; ARCA, P.P; PIGA, A.; Changes during storage of quality parameters and in vitro antioxidant activity of extra virgin olive oils obtained with two extraction Technologies Food Chemistry v 134, p 1542-1548, 2012. FARIA, J. A. F. Recipientes de vidro para embalagem. Campinas: FEA – UNICAMP, 13p, 2004. MÉNDEZ, I. A.; FALQUÉ, E. Effect of storage time and container type on the quality of extra virgin olive oil Food Control v 18, p 521-529, 2007.. PRISTOURI, G.; BADEKA, A.; KONTOMINAS, M. G Effect of packaging material Headspace, oxygen and light transmission, temperature and storage time on quality characteristics of extra virgin olive oil Food Control v 21, p 412–418, 2010.. SACCHI, R.; SAVARESE, M.; DEL REGNO, A.; PADUANO, A.; TERMINIELLO, R.; AMBROSINO, M. L. Shelf Life of Vegetable Oils Bottled in Different Scavenging Polyethyleneterephthalate Containers, Packag. Technol. Sci. v 21, p 269–277, 2008 SANTOSA, M. Analysis of sensory and non-sensory factors mitigating consumer behavior: A case study with extra virgin olive oil. Dissertação, Universidade da California, Davis, 2010.. SERVILI, M.; SELVAGGINI, R.; ESPOSTO, S.; TATICCHI, A.; MONTEDORO, G.; MOROZZI, G. Health and sensory properties of virgin olive oil hydrophilic phenols: Agronomic and technological aspects of production that affect their occurrence in the oil. Journal of Chromatography A, 1054(1–2), p113–127, 2004.. TRICHOPOULOS, D.; LAGIOU, P. Mediterranean diet and overall mortalitydifferences in the European Union. Public Health Nutrition, v 7,n 7, p 949–951, 2007..