O documento discute o processo de raciocínio diagnóstico, incluindo como gerar hipóteses diagnósticas, os estágios da formulação do diagnóstico diferencial e viés cognitivos comuns. Erros diagnósticos ocorrem em 5-15% dos casos e podem resultar em danos sérios. Um raciocínio cuidadoso e consideração de múltiplas hipóteses é essencial para um diagnóstico preciso.
3. ERRO DIAGNÓSTICO
Diagnóstico que é perdido, errado, ou
atrasado, quando detectado por algum
teste definitivo posterior ou achado
posterior
4. QUÃO FREQUENTE?
Estudo clínicos: ~ 5 – 15% dos encontros.
Estudos de autópsia: ~ 5% erros letais com ~ 25%
de erros no total.
Estudo da Harvard Medical Practice: o dano é mais
comum no erro diagnostico do que o erro do uso de
droga (14% vs. 9%)
Erros diagnósticos foram considerados como
negligencia em ~75%
5. O RACIOCÍNIO DIAGNÓSTICO
O processo pelo qual o médico
recolhe pistas, processa a informação,
chega a um entendimento de um
problema ou situação do paciente,
planeja e implementa intervenções,
avalia os resultados e reflete e
aprende com todo o processo.
8. O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Reconhecer uma coleção de sinais e sintomas
Relembrar a fisiopatologia básica
Reafirme em termos de doença
Reconecte com a queixa inicial
Formulação: probabilidade pre-/pos-teste
Reformulação: Reconsiderar o diagnóstico conforme a progressão incomum da história
natural.
9. 5 ETAPAS NA FORMULAÇÃO DO
DX
Coleta de
informações
Identificação dos
pontos chave
Representação
do problema
Adotar uma
“peneira”
Aplicar os
pontos chave na
“peneira”
15. FORMULAÇÃO PELAS PENEIRAS
Agudo vs Crônico
Local vs Sistêmico
Raro vs Comum - Alta probabilidade – Incidencia
O que é mais provável
Benigno vs Sério - Alta importância – morbidade/mortalidade
Diagnósticos que você não deve deixar passar
16. ANATOMO VS VITAMINA C, D, E
Vascular
Infecção / Inflamação
Trauma / Tóxico
Autoimmune / Alérgico
Metabolico / Medicações
Iatrogenico / Idiopatico
Neoplasico
Auto-provocada OU Factício
Congenito
Degenerativo/Deficiência
Eletrico (Neuro/Psiq)
Coração
Pulmão
Ossos
Grandes vasos
Pâncreas
Pleura
Peritôneo
SNC
SNP
Etc...
18. HIPÓTESES DE TRABALHO
Hipóteses principal – Teste confirmatório com alta
especificidade.
Hipóteses alternativas – teste de exclusão com alta
sensibilidade
Diagnósticos sérios demais pra deixar passar
Diagnósticos de alta prevalência
Outros diagnósticos prováveis
Outras hipóteses e hipóteses descartadas – não testar
19.
20. SEGUIMENTO
Em caso de aparecimento de novos sintomas ou evolução do caso for atípica o
diagnóstico é desafiado. Considerar:
O diagnóstico estava errado
O diagnóstico está correto mas evoluiu com uma complicação
O diagnóstico está correto mas evoluiu com uma segunda doença.
O diagnóstico está correto mas evoluiu com efeitos coletarais do tto
O diagnóstico está correto e a sua evolução está atípica.
21. VIÉSES DE RACIOCÍNIO
Heurística de disponibilidade — tendência no qual as pessoas predizem a frequência
de um evento, baseando-se no quão fácil conseguem lembrar de um exemplo.
Viés de confirmação — é uma tendência das pessoas preferirem informações que
confirmem suas crenças ou hipóteses, independentemente de serem ou não
verdadeiras.
Falácia da probabilidade de base — a tendência de basear julgamentos em
especificidades, ignorando informações estatísticas gerais.
Fechamento prematuro – parar o processo diagnóstico cedo demais.
Ancoragem ou focalismo — tendência a confiar demais, ou "ancorar-se", em uma
referência do passado ou em uma parte da informação na hora de tomar decisões
22. REGRAS BASICAS
“A clínica é soberana”.
Navalha de Occam ou parcimônia diagnóstica.
Lei de Sutton, considere o óbvio primeiro.
Dito de Hickam, “o doente pode ter o tanto de doença que ele quiser”
Sherlock Holmes, "Quando você tiver eliminado o impossível, aquilo que
permanece, mesmo que improvável, deve ser a verdade."