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VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
E INVESTIGAÇÃO
DE SURTOS
Prof.: Maria Alice de
Sene Moreira
MÉTODOS PARA A
VIGILÂNCIA DE
DOENÇAS
Vigilância
Ativa
Visitas Cara
Passiva
Formulários
informativos
Rotina
 Possibilitar estudar os padrões da doença
 Avaliar se a doença está no padrão usual ou não
 Padrões podem variar de acordo com localização,
época do ano e características das pessoas.
IMPORTÂNCIA DA
NOTIFICAÇÃO
TENDÊNCIA SECULAR
DE LONGO PRAZO
VARIAÇÕES SAZONAIS
> ou < incidência
variando de acordo
com a via de
disseminação
>
Ocorrência
de varicela
no inverno
Via de
disseminação =
via respiratória
inverno > incidência
verão < incidência
VARIAÇÕES SAZONAIS
Via de
disseminação =
insetos/ vetores
inverno < incidência
verão > incidência
VARIAÇÕES SAZONAIS
Via de
disseminação =
fecal-oral
inverno < incidência
verão > incidência
VARIAÇÕES SAZONAIS
ANO CALENDÁRIO X ANO
EPIDEMIOLÓGICO
 Ano calendário: jan a dez
 Ano epidemiológico: mês com < incidência
em um ano até o mesmo mês no ano seguinte.
Pode ser chamada de surto
É a ocorrência de uma doença em uma
frequência não usual (inesperada)
Para determinar se o nível atual de ocorrência
da doença é usual ou não é necessário
conhecer suas taxas usuais → vigilância
EPIDEMIA
Monitoramento
do padrão da
doença
Alteração no
padrão da
doença
Intervenção
INTERVENÇÃO EM
DOENÇAS
Ex.:
vacinaçã
o
Vigilânci
a
Monitoramento
do padrão da
doença
↑ Incidência
rapidamente
↑ Interesse na
doença
PRIORIDADES PARA O
CONTROLE DE
DOENÇAS
Monitoramento
do padrão da
doença
Manutenção
da incidência
ou ↓
↓ Interesse na
doença
Epidemia = ocorrência inesperada
(sobre a população)
Um caso isolado pode ser considerado
epidemia.
Ex.: varíola erradicada → 1 caso =
epidemia
Endemia = ocorrência regular em nível
usual (dentro da população)
INVESTIGAÇÃO DE
EPIDEMIAS
Epizootia = surto de uma doença em uma população
animal (sobre animais)
Enzootia = doença profundamente arraigada em uma
população de animais selvagens (dentro dos animais)
Coeficiente de ataque = medida da frequência da
doença. Usado para período de exposição curto
Coeficiente de ataque = nº de casos novos da doença /
Nº de pessoas expostas a um surto particular x100
INVESTIGAÇÃO DE
EPIDEMIAS
Fatores que influenciam a ocorrência
de uma doença em equilíbrio
Desequilíbrio de fatores
Doença / Epidemia
PROCEDIMENTOS DE
INVESTIGAÇÃO DE
EPIDEMIAS
Médico clínico =
tratamento
Epidemiologista
= investigação
Caracterizando
a epidemia
Tempo Local Pessoa
CARACTERIZANDO A
EPIDEMIA - TEMPO
- Curva epidêmica temporal: dimensiona o tempo
em um surto.
→Abscissas =
tempo
Coordenadas = nº de novos
casos
PISTAS OFERECIDAS
PELA CURVA EPIDÊMICA
TEMPORAL
Pistas
Tipo de
exposição?
Comum
Propagada
Via de
disseminação?
Respiratória
Fecal-oral
Sangue
Vetor
Período de
incubação
CARACTERIZANDO A
EPIDEMIA - LUGAR
- Definição da localização geográfica dos casos
CARACTERIZANDO A
EPIDEMIA - PESSOA
- Definição das características das pessoas
afetadas
 Idade
 Sexo
 Religião
 Fonte de água
 Situação da imunização
 Contato com afetados
CARACTERIZANDO A
EPIDEMIA - PESSOA
 Fonte de infecção: veículo que trouxe a infecção para a
comunidade afetada
 Padrão de disseminação: padrão pelo qual a doença
pode se espalhar
 Padrão de fonte comum: ingestão de água contaminada por vários
no mesmo período
 Padrão propagado: autopropagação via pessoa-pessoa
 Padrão misto
 Tipo de exposição
Pontual na fonte: exposição curta
 Contínua à fonte comum
Modo de transmissão: respiratório, fecal-oral...
DESENVOLVENDO
HIPÓTESES
 Estudos laboratoriais
 Culturas
 Exame de fezes
 Testes sorológicos
Estudo de casos e controles
Avaliação por meio de questionários sobre os fatores mais comuns e
não comuns nos indivíduos afetados
TESTANDO HIPÓTESES
INICIANDO MEDIDAS DE
CONTROLE
SURT
O
Pedido
de
socorro
Detalhes do
surto ainda
são
desconhecid
os
1-
Saneamento
2- Profilaxia
3-
Diagnóstico
e tratamento
4- Controle
do vetor
Modificações do ambiente (remoção do
agente)Colocar barreiras contra infecção dentro dos hosp.
suscetíveis
Evita a
propagação
Controle de
mosquitos
O surto
pode
requerer
1 ou +
ações
EXEMPLO DE
INVESTIGAÇÃO DE
SURTO
SURT
O
400 alunos
de uma
faculdade
com
problemas
intestinais
Autoridad
es locais
notificada
s
Início da
investigação
epidemiológ
ica
INVESTIGAÇÃO
EPIDEMIOLÓGICA DO
SURTO
Coleta de
dados clínicos
Doença de
curta duração
(recuperação
em média de
24 h)
Pouca diarréia
Naúseas
Vômitos
Dor de cabeça
Desconforto
1
hospitalizaç
ão
- Maioria havia
alimentado apenas na
lanchonete da
faculdade
-Alunos não residentes
na facu e familiares
também tiveram a
doença
- Vizinhança doente
Lanchonete da
faculdade segue
padrões de higiene2
funcionário
s doentes
no período
Lanchonete sem
alterações de padrões
durante o surto
Será
necessári
o
suspende
r as
aulas?
Será
necessário
suspender
as aulas?
Não
Por
que?
Baseados na história
natural da doença: cura
rápida, curso leve,
autolimitante
Padrão clínico e
epidemiológico
indica agente viral
disseminado via
respiratória
Ações: -Proibição de
eventos nas quadras
- Funcionamento
normal da
lanchonete
Surto
desapareceu
em poucos
dias
PESQUISA
EPIDEMIOLÓGICA
Prof.: Maria Alice de
Sene Moreira
ESTUDO DAS CAUSAS
Determinam
as causas
das doenças
TIPOS DE RELAÇÃO
CAUSAL
Causa
suficiente
Causa
necessária
Fator de
risco
Associação
causal
direta
Associação
não-causal
Causa presente
→ doença
sempre irá
ocorrer
Causa ausente
→ doença não
pode ocorrer
Fator que
aumenta o risco
da doença
Associação
causal
direta ou
indireta
Ausência de
fatores
intermediários
O fator exerce
seu efeito via
fatores
intermediários
Quando a relação
entre as variavéis
é significante
mas não possui
relação causal
1- Investigação da associação estatística
2- Investigação da relação temporal
3 – Eliminações das explicações alternativas conhecidas
PASSOS NA
DETERMINAÇÃO DAS
CAUSAS
INVESTIGAÇÃO DA
ASSOCIAÇÃO
ESTATISTICA
Demonstrar associação estatística entre o risco
presumível ou fator protetor e a doença.
Assassinato: demonstrar associação geográfica entre
suspeito e vítima
Estatística: importante para permitir comparações de
taxas de doenças antes e após intervenções; comparar
grupos com e sem tratamento
INVESTIGAÇÃO DA
RELAÇÃO TEMPORAL
O processo causal suspeito deve ter ocorrido antes da
doença desenvolver.
Em doenças crônicas é difícil determinar o início. Quando
foi a primeira alteração da pressão arterial????
Assassinato: acusado esteve com a vítima em algum
momento e especificamente imediatamente antes da
morte
ELIMINAÇÃO DE TODAS
AS EXPLICAÇÕES
ALTERNATIVAS
CONHECIDASNecessidade de demonstrar que não existem explicações
prováveis para associar o processo com a causa.
Assassinato: inocente porque não conseguiu provar que
o suspeito está implicado no assassinato. Em caso de
dúvida será considerado inocente.
ARMADILHAS COMUNS
EM PESQUISA CAUSAL
1- Viés
2- Erro randômico
3 – Erro de confusão
4- Sinergismo
5- Efeito modificador
VIÉS, VÍCIO OU
TENDENCIOSIDADE
 Fonte de erro na pesquisa que produz desvios
ou distorções em uma direção
 Torna-se problema quando enfraquece uma
associação verdadeira
 Tipos
Viés de aferição: ocorre na coleta de dados. Ex.: coletar dados de
altura de sapatos
 Viés de recordação: reflexão sobre o porque do evento doença leva a
probabilidade maior de se lembrar de fatores de risco
 Viés de seleção: quando se permite ao sujeito estudado escolher em
qual grupo vai ficar. Conservadores tendem a ficar no tradicional e
aventureiros experimentar novidades.
ERRO RANDÔMICO
 Produz achados que são muito altos ou muito baixos
em quantidades aproximadamente iguais.
 Menos sério que i viés porque não causa distorção
ERRO DE CONFUSÃO
 Confusão = por junto
É a mistura de 2 variáveis supostamente causais de
maneira a atribuir parte ou todo o efeito de uma variável
a outra variável.
SINERGISMO
 Sinergismo = trabalhar junto
 Interação de 2 ou mais variáveis
 O efeito combinado das variáveis é maior que a soma
dos efeitos individuais
EFEITO MODIFICADOR
 A direção ou a força de associação entre 2 variáveis irá
diferir dependendo do valor da 3º variável
DELINEAMENTOS
COMUNS EM
PESQUISAS
EPIDEMIOLÓGICAS
Prof.: Maria Alice de
Sene Moreira
FUNÇÕES DO
DELINEAMENTO EM
PESQUISAS
 Permitir um contraste satisfatório, não viciado, a ser
feito entre um grupo com e outro grupo sem um fator de
risco.
 Permitir comparação de uma variável entre 2 ou mais
grupos em um ponto do tempo
 Permitir que o pesquisador determine quando o fator
de risco e a doença ocorreram
 minimizar erros
Estudos Vantagens
Inquéritos transversais São relativamente rápidos e fáceis de
realizar; são úteis para a formulação de
hipóteses
Estudos ecológicos São relativamente rápidos e fáceis de
realizar; são úteis para a formulação de
hipóteses
Estudos de coorte Podem ser feitos retrospectivamente; podem
ser usados para obter uma medida de risco
verdadeira; são úteis para estudar muitos
desfechos de doenças; são bons para
estudar fatores de risco raros.
Estudos de casos e
controles
São relativamente rápidos e fáceis de se
realizar; podem estudar muitos fatores de
risco; são bons para estudar doenças raras.
Estudos controlados
randomizados
São o padrão-ouro para avaliar a intervenção
de tratamentos ou intervenções preventivas;
permite que o investigador tenha extenso
controle no processo de pesquisa
Estudos Desvantagens
Inquéritos
transversais
Não oferecem evidência de uma relação temporal entre
fatores de risco e doença; estão sujeitos a viés de visão
tardia; não são bons para testar hipóteses.
Estudos ecológicos Não permitem que sejam tiradas conclusões causais,
uma vez que os dados não são associados a pessoas
individuais; estão sujeitos à falácia ecológica; não são
bons para testar hipóteses.
Estudos de coorte São prolongados e caros (prospectivos); podem estudar
apenas os fatores de risco medidos no início; podem ser
usados apenas para doenças comuns; podem ter perdas
no seguimento.
Estudos de casos e
controles
Podem obter apenas uma medida relativa do risco; estão
sujeitos ao viés de recordação; a seleção dos controles
pode ser difícil; as relações temporais podem ser
obscuras; são úteis para estudar apenas um desfecho de
doença por vez.
Estudos controlados
randomizados
São prolongados e geralmente caros; podem estudar
apenas intervenções ou exposições que são controladas
pelo investigador; podem ter problemas relacionados a
mudanças da terapia ou abandono; podem ser limitados
na generalização; muitas vezes são antiéticos.

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Vigilância epidemiológica e investigação de surtos

  • 2. MÉTODOS PARA A VIGILÂNCIA DE DOENÇAS Vigilância Ativa Visitas Cara Passiva Formulários informativos Rotina
  • 3.  Possibilitar estudar os padrões da doença  Avaliar se a doença está no padrão usual ou não  Padrões podem variar de acordo com localização, época do ano e características das pessoas. IMPORTÂNCIA DA NOTIFICAÇÃO
  • 5. VARIAÇÕES SAZONAIS > ou < incidência variando de acordo com a via de disseminação > Ocorrência de varicela no inverno
  • 6. Via de disseminação = via respiratória inverno > incidência verão < incidência VARIAÇÕES SAZONAIS
  • 7. Via de disseminação = insetos/ vetores inverno < incidência verão > incidência VARIAÇÕES SAZONAIS
  • 8. Via de disseminação = fecal-oral inverno < incidência verão > incidência VARIAÇÕES SAZONAIS
  • 9. ANO CALENDÁRIO X ANO EPIDEMIOLÓGICO  Ano calendário: jan a dez  Ano epidemiológico: mês com < incidência em um ano até o mesmo mês no ano seguinte.
  • 10.
  • 11. Pode ser chamada de surto É a ocorrência de uma doença em uma frequência não usual (inesperada) Para determinar se o nível atual de ocorrência da doença é usual ou não é necessário conhecer suas taxas usuais → vigilância EPIDEMIA
  • 12. Monitoramento do padrão da doença Alteração no padrão da doença Intervenção INTERVENÇÃO EM DOENÇAS Ex.: vacinaçã o Vigilânci a
  • 13. Monitoramento do padrão da doença ↑ Incidência rapidamente ↑ Interesse na doença PRIORIDADES PARA O CONTROLE DE DOENÇAS Monitoramento do padrão da doença Manutenção da incidência ou ↓ ↓ Interesse na doença
  • 14. Epidemia = ocorrência inesperada (sobre a população) Um caso isolado pode ser considerado epidemia. Ex.: varíola erradicada → 1 caso = epidemia Endemia = ocorrência regular em nível usual (dentro da população) INVESTIGAÇÃO DE EPIDEMIAS
  • 15. Epizootia = surto de uma doença em uma população animal (sobre animais) Enzootia = doença profundamente arraigada em uma população de animais selvagens (dentro dos animais) Coeficiente de ataque = medida da frequência da doença. Usado para período de exposição curto Coeficiente de ataque = nº de casos novos da doença / Nº de pessoas expostas a um surto particular x100 INVESTIGAÇÃO DE EPIDEMIAS
  • 16. Fatores que influenciam a ocorrência de uma doença em equilíbrio Desequilíbrio de fatores Doença / Epidemia PROCEDIMENTOS DE INVESTIGAÇÃO DE EPIDEMIAS Médico clínico = tratamento Epidemiologista = investigação
  • 18. CARACTERIZANDO A EPIDEMIA - TEMPO - Curva epidêmica temporal: dimensiona o tempo em um surto. →Abscissas = tempo Coordenadas = nº de novos casos
  • 19. PISTAS OFERECIDAS PELA CURVA EPIDÊMICA TEMPORAL Pistas Tipo de exposição? Comum Propagada Via de disseminação? Respiratória Fecal-oral Sangue Vetor Período de incubação
  • 20. CARACTERIZANDO A EPIDEMIA - LUGAR - Definição da localização geográfica dos casos
  • 21. CARACTERIZANDO A EPIDEMIA - PESSOA - Definição das características das pessoas afetadas  Idade  Sexo  Religião  Fonte de água  Situação da imunização  Contato com afetados
  • 23.  Fonte de infecção: veículo que trouxe a infecção para a comunidade afetada  Padrão de disseminação: padrão pelo qual a doença pode se espalhar  Padrão de fonte comum: ingestão de água contaminada por vários no mesmo período  Padrão propagado: autopropagação via pessoa-pessoa  Padrão misto  Tipo de exposição Pontual na fonte: exposição curta  Contínua à fonte comum Modo de transmissão: respiratório, fecal-oral... DESENVOLVENDO HIPÓTESES
  • 24.  Estudos laboratoriais  Culturas  Exame de fezes  Testes sorológicos Estudo de casos e controles Avaliação por meio de questionários sobre os fatores mais comuns e não comuns nos indivíduos afetados TESTANDO HIPÓTESES
  • 25. INICIANDO MEDIDAS DE CONTROLE SURT O Pedido de socorro Detalhes do surto ainda são desconhecid os 1- Saneamento 2- Profilaxia 3- Diagnóstico e tratamento 4- Controle do vetor Modificações do ambiente (remoção do agente)Colocar barreiras contra infecção dentro dos hosp. suscetíveis Evita a propagação Controle de mosquitos O surto pode requerer 1 ou + ações
  • 26. EXEMPLO DE INVESTIGAÇÃO DE SURTO SURT O 400 alunos de uma faculdade com problemas intestinais Autoridad es locais notificada s Início da investigação epidemiológ ica
  • 27. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO SURTO Coleta de dados clínicos Doença de curta duração (recuperação em média de 24 h) Pouca diarréia Naúseas Vômitos Dor de cabeça Desconforto 1 hospitalizaç ão - Maioria havia alimentado apenas na lanchonete da faculdade -Alunos não residentes na facu e familiares também tiveram a doença - Vizinhança doente Lanchonete da faculdade segue padrões de higiene2 funcionário s doentes no período Lanchonete sem alterações de padrões durante o surto Será necessári o suspende r as aulas?
  • 28. Será necessário suspender as aulas? Não Por que? Baseados na história natural da doença: cura rápida, curso leve, autolimitante Padrão clínico e epidemiológico indica agente viral disseminado via respiratória Ações: -Proibição de eventos nas quadras - Funcionamento normal da lanchonete Surto desapareceu em poucos dias
  • 30. ESTUDO DAS CAUSAS Determinam as causas das doenças
  • 31. TIPOS DE RELAÇÃO CAUSAL Causa suficiente Causa necessária Fator de risco Associação causal direta Associação não-causal Causa presente → doença sempre irá ocorrer Causa ausente → doença não pode ocorrer Fator que aumenta o risco da doença Associação causal direta ou indireta Ausência de fatores intermediários O fator exerce seu efeito via fatores intermediários Quando a relação entre as variavéis é significante mas não possui relação causal
  • 32. 1- Investigação da associação estatística 2- Investigação da relação temporal 3 – Eliminações das explicações alternativas conhecidas PASSOS NA DETERMINAÇÃO DAS CAUSAS
  • 33. INVESTIGAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ESTATISTICA Demonstrar associação estatística entre o risco presumível ou fator protetor e a doença. Assassinato: demonstrar associação geográfica entre suspeito e vítima Estatística: importante para permitir comparações de taxas de doenças antes e após intervenções; comparar grupos com e sem tratamento
  • 34. INVESTIGAÇÃO DA RELAÇÃO TEMPORAL O processo causal suspeito deve ter ocorrido antes da doença desenvolver. Em doenças crônicas é difícil determinar o início. Quando foi a primeira alteração da pressão arterial???? Assassinato: acusado esteve com a vítima em algum momento e especificamente imediatamente antes da morte
  • 35. ELIMINAÇÃO DE TODAS AS EXPLICAÇÕES ALTERNATIVAS CONHECIDASNecessidade de demonstrar que não existem explicações prováveis para associar o processo com a causa. Assassinato: inocente porque não conseguiu provar que o suspeito está implicado no assassinato. Em caso de dúvida será considerado inocente.
  • 36. ARMADILHAS COMUNS EM PESQUISA CAUSAL 1- Viés 2- Erro randômico 3 – Erro de confusão 4- Sinergismo 5- Efeito modificador
  • 37. VIÉS, VÍCIO OU TENDENCIOSIDADE  Fonte de erro na pesquisa que produz desvios ou distorções em uma direção  Torna-se problema quando enfraquece uma associação verdadeira  Tipos Viés de aferição: ocorre na coleta de dados. Ex.: coletar dados de altura de sapatos  Viés de recordação: reflexão sobre o porque do evento doença leva a probabilidade maior de se lembrar de fatores de risco  Viés de seleção: quando se permite ao sujeito estudado escolher em qual grupo vai ficar. Conservadores tendem a ficar no tradicional e aventureiros experimentar novidades.
  • 38. ERRO RANDÔMICO  Produz achados que são muito altos ou muito baixos em quantidades aproximadamente iguais.  Menos sério que i viés porque não causa distorção
  • 39. ERRO DE CONFUSÃO  Confusão = por junto É a mistura de 2 variáveis supostamente causais de maneira a atribuir parte ou todo o efeito de uma variável a outra variável.
  • 40. SINERGISMO  Sinergismo = trabalhar junto  Interação de 2 ou mais variáveis  O efeito combinado das variáveis é maior que a soma dos efeitos individuais
  • 41. EFEITO MODIFICADOR  A direção ou a força de associação entre 2 variáveis irá diferir dependendo do valor da 3º variável
  • 43. FUNÇÕES DO DELINEAMENTO EM PESQUISAS  Permitir um contraste satisfatório, não viciado, a ser feito entre um grupo com e outro grupo sem um fator de risco.  Permitir comparação de uma variável entre 2 ou mais grupos em um ponto do tempo  Permitir que o pesquisador determine quando o fator de risco e a doença ocorreram  minimizar erros
  • 44. Estudos Vantagens Inquéritos transversais São relativamente rápidos e fáceis de realizar; são úteis para a formulação de hipóteses Estudos ecológicos São relativamente rápidos e fáceis de realizar; são úteis para a formulação de hipóteses Estudos de coorte Podem ser feitos retrospectivamente; podem ser usados para obter uma medida de risco verdadeira; são úteis para estudar muitos desfechos de doenças; são bons para estudar fatores de risco raros. Estudos de casos e controles São relativamente rápidos e fáceis de se realizar; podem estudar muitos fatores de risco; são bons para estudar doenças raras. Estudos controlados randomizados São o padrão-ouro para avaliar a intervenção de tratamentos ou intervenções preventivas; permite que o investigador tenha extenso controle no processo de pesquisa
  • 45. Estudos Desvantagens Inquéritos transversais Não oferecem evidência de uma relação temporal entre fatores de risco e doença; estão sujeitos a viés de visão tardia; não são bons para testar hipóteses. Estudos ecológicos Não permitem que sejam tiradas conclusões causais, uma vez que os dados não são associados a pessoas individuais; estão sujeitos à falácia ecológica; não são bons para testar hipóteses. Estudos de coorte São prolongados e caros (prospectivos); podem estudar apenas os fatores de risco medidos no início; podem ser usados apenas para doenças comuns; podem ter perdas no seguimento. Estudos de casos e controles Podem obter apenas uma medida relativa do risco; estão sujeitos ao viés de recordação; a seleção dos controles pode ser difícil; as relações temporais podem ser obscuras; são úteis para estudar apenas um desfecho de doença por vez. Estudos controlados randomizados São prolongados e geralmente caros; podem estudar apenas intervenções ou exposições que são controladas pelo investigador; podem ter problemas relacionados a mudanças da terapia ou abandono; podem ser limitados na generalização; muitas vezes são antiéticos.