Métodos para vigilância, notificação, tendências e variações sazonais, ano calendário x ano epidemiológico, epidemia, intervenções em doenças, investigações em epidemias, caracterização da epidemia, desenvolvendo e testando hipóteses, medidas de controle, pesquisa epidemiológica, víes, tendenciosidade, erro, delineamento na pesquisa epidemiológica
2. MÉTODOS PARA A
VIGILÂNCIA DE
DOENÇAS
Vigilância
Ativa
Visitas Cara
Passiva
Formulários
informativos
Rotina
3. Possibilitar estudar os padrões da doença
Avaliar se a doença está no padrão usual ou não
Padrões podem variar de acordo com localização,
época do ano e características das pessoas.
IMPORTÂNCIA DA
NOTIFICAÇÃO
9. ANO CALENDÁRIO X ANO
EPIDEMIOLÓGICO
Ano calendário: jan a dez
Ano epidemiológico: mês com < incidência
em um ano até o mesmo mês no ano seguinte.
10.
11. Pode ser chamada de surto
É a ocorrência de uma doença em uma
frequência não usual (inesperada)
Para determinar se o nível atual de ocorrência
da doença é usual ou não é necessário
conhecer suas taxas usuais → vigilância
EPIDEMIA
13. Monitoramento
do padrão da
doença
↑ Incidência
rapidamente
↑ Interesse na
doença
PRIORIDADES PARA O
CONTROLE DE
DOENÇAS
Monitoramento
do padrão da
doença
Manutenção
da incidência
ou ↓
↓ Interesse na
doença
14. Epidemia = ocorrência inesperada
(sobre a população)
Um caso isolado pode ser considerado
epidemia.
Ex.: varíola erradicada → 1 caso =
epidemia
Endemia = ocorrência regular em nível
usual (dentro da população)
INVESTIGAÇÃO DE
EPIDEMIAS
15. Epizootia = surto de uma doença em uma população
animal (sobre animais)
Enzootia = doença profundamente arraigada em uma
população de animais selvagens (dentro dos animais)
Coeficiente de ataque = medida da frequência da
doença. Usado para período de exposição curto
Coeficiente de ataque = nº de casos novos da doença /
Nº de pessoas expostas a um surto particular x100
INVESTIGAÇÃO DE
EPIDEMIAS
16. Fatores que influenciam a ocorrência
de uma doença em equilíbrio
Desequilíbrio de fatores
Doença / Epidemia
PROCEDIMENTOS DE
INVESTIGAÇÃO DE
EPIDEMIAS
Médico clínico =
tratamento
Epidemiologista
= investigação
18. CARACTERIZANDO A
EPIDEMIA - TEMPO
- Curva epidêmica temporal: dimensiona o tempo
em um surto.
→Abscissas =
tempo
Coordenadas = nº de novos
casos
19. PISTAS OFERECIDAS
PELA CURVA EPIDÊMICA
TEMPORAL
Pistas
Tipo de
exposição?
Comum
Propagada
Via de
disseminação?
Respiratória
Fecal-oral
Sangue
Vetor
Período de
incubação
21. CARACTERIZANDO A
EPIDEMIA - PESSOA
- Definição das características das pessoas
afetadas
Idade
Sexo
Religião
Fonte de água
Situação da imunização
Contato com afetados
23. Fonte de infecção: veículo que trouxe a infecção para a
comunidade afetada
Padrão de disseminação: padrão pelo qual a doença
pode se espalhar
Padrão de fonte comum: ingestão de água contaminada por vários
no mesmo período
Padrão propagado: autopropagação via pessoa-pessoa
Padrão misto
Tipo de exposição
Pontual na fonte: exposição curta
Contínua à fonte comum
Modo de transmissão: respiratório, fecal-oral...
DESENVOLVENDO
HIPÓTESES
24. Estudos laboratoriais
Culturas
Exame de fezes
Testes sorológicos
Estudo de casos e controles
Avaliação por meio de questionários sobre os fatores mais comuns e
não comuns nos indivíduos afetados
TESTANDO HIPÓTESES
25. INICIANDO MEDIDAS DE
CONTROLE
SURT
O
Pedido
de
socorro
Detalhes do
surto ainda
são
desconhecid
os
1-
Saneamento
2- Profilaxia
3-
Diagnóstico
e tratamento
4- Controle
do vetor
Modificações do ambiente (remoção do
agente)Colocar barreiras contra infecção dentro dos hosp.
suscetíveis
Evita a
propagação
Controle de
mosquitos
O surto
pode
requerer
1 ou +
ações
27. INVESTIGAÇÃO
EPIDEMIOLÓGICA DO
SURTO
Coleta de
dados clínicos
Doença de
curta duração
(recuperação
em média de
24 h)
Pouca diarréia
Naúseas
Vômitos
Dor de cabeça
Desconforto
1
hospitalizaç
ão
- Maioria havia
alimentado apenas na
lanchonete da
faculdade
-Alunos não residentes
na facu e familiares
também tiveram a
doença
- Vizinhança doente
Lanchonete da
faculdade segue
padrões de higiene2
funcionário
s doentes
no período
Lanchonete sem
alterações de padrões
durante o surto
Será
necessári
o
suspende
r as
aulas?
28. Será
necessário
suspender
as aulas?
Não
Por
que?
Baseados na história
natural da doença: cura
rápida, curso leve,
autolimitante
Padrão clínico e
epidemiológico
indica agente viral
disseminado via
respiratória
Ações: -Proibição de
eventos nas quadras
- Funcionamento
normal da
lanchonete
Surto
desapareceu
em poucos
dias
31. TIPOS DE RELAÇÃO
CAUSAL
Causa
suficiente
Causa
necessária
Fator de
risco
Associação
causal
direta
Associação
não-causal
Causa presente
→ doença
sempre irá
ocorrer
Causa ausente
→ doença não
pode ocorrer
Fator que
aumenta o risco
da doença
Associação
causal
direta ou
indireta
Ausência de
fatores
intermediários
O fator exerce
seu efeito via
fatores
intermediários
Quando a relação
entre as variavéis
é significante
mas não possui
relação causal
32. 1- Investigação da associação estatística
2- Investigação da relação temporal
3 – Eliminações das explicações alternativas conhecidas
PASSOS NA
DETERMINAÇÃO DAS
CAUSAS
33. INVESTIGAÇÃO DA
ASSOCIAÇÃO
ESTATISTICA
Demonstrar associação estatística entre o risco
presumível ou fator protetor e a doença.
Assassinato: demonstrar associação geográfica entre
suspeito e vítima
Estatística: importante para permitir comparações de
taxas de doenças antes e após intervenções; comparar
grupos com e sem tratamento
34. INVESTIGAÇÃO DA
RELAÇÃO TEMPORAL
O processo causal suspeito deve ter ocorrido antes da
doença desenvolver.
Em doenças crônicas é difícil determinar o início. Quando
foi a primeira alteração da pressão arterial????
Assassinato: acusado esteve com a vítima em algum
momento e especificamente imediatamente antes da
morte
35. ELIMINAÇÃO DE TODAS
AS EXPLICAÇÕES
ALTERNATIVAS
CONHECIDASNecessidade de demonstrar que não existem explicações
prováveis para associar o processo com a causa.
Assassinato: inocente porque não conseguiu provar que
o suspeito está implicado no assassinato. Em caso de
dúvida será considerado inocente.
37. VIÉS, VÍCIO OU
TENDENCIOSIDADE
Fonte de erro na pesquisa que produz desvios
ou distorções em uma direção
Torna-se problema quando enfraquece uma
associação verdadeira
Tipos
Viés de aferição: ocorre na coleta de dados. Ex.: coletar dados de
altura de sapatos
Viés de recordação: reflexão sobre o porque do evento doença leva a
probabilidade maior de se lembrar de fatores de risco
Viés de seleção: quando se permite ao sujeito estudado escolher em
qual grupo vai ficar. Conservadores tendem a ficar no tradicional e
aventureiros experimentar novidades.
38. ERRO RANDÔMICO
Produz achados que são muito altos ou muito baixos
em quantidades aproximadamente iguais.
Menos sério que i viés porque não causa distorção
39. ERRO DE CONFUSÃO
Confusão = por junto
É a mistura de 2 variáveis supostamente causais de
maneira a atribuir parte ou todo o efeito de uma variável
a outra variável.
40. SINERGISMO
Sinergismo = trabalhar junto
Interação de 2 ou mais variáveis
O efeito combinado das variáveis é maior que a soma
dos efeitos individuais
41. EFEITO MODIFICADOR
A direção ou a força de associação entre 2 variáveis irá
diferir dependendo do valor da 3º variável
43. FUNÇÕES DO
DELINEAMENTO EM
PESQUISAS
Permitir um contraste satisfatório, não viciado, a ser
feito entre um grupo com e outro grupo sem um fator de
risco.
Permitir comparação de uma variável entre 2 ou mais
grupos em um ponto do tempo
Permitir que o pesquisador determine quando o fator
de risco e a doença ocorreram
minimizar erros
44. Estudos Vantagens
Inquéritos transversais São relativamente rápidos e fáceis de
realizar; são úteis para a formulação de
hipóteses
Estudos ecológicos São relativamente rápidos e fáceis de
realizar; são úteis para a formulação de
hipóteses
Estudos de coorte Podem ser feitos retrospectivamente; podem
ser usados para obter uma medida de risco
verdadeira; são úteis para estudar muitos
desfechos de doenças; são bons para
estudar fatores de risco raros.
Estudos de casos e
controles
São relativamente rápidos e fáceis de se
realizar; podem estudar muitos fatores de
risco; são bons para estudar doenças raras.
Estudos controlados
randomizados
São o padrão-ouro para avaliar a intervenção
de tratamentos ou intervenções preventivas;
permite que o investigador tenha extenso
controle no processo de pesquisa
45. Estudos Desvantagens
Inquéritos
transversais
Não oferecem evidência de uma relação temporal entre
fatores de risco e doença; estão sujeitos a viés de visão
tardia; não são bons para testar hipóteses.
Estudos ecológicos Não permitem que sejam tiradas conclusões causais,
uma vez que os dados não são associados a pessoas
individuais; estão sujeitos à falácia ecológica; não são
bons para testar hipóteses.
Estudos de coorte São prolongados e caros (prospectivos); podem estudar
apenas os fatores de risco medidos no início; podem ser
usados apenas para doenças comuns; podem ter perdas
no seguimento.
Estudos de casos e
controles
Podem obter apenas uma medida relativa do risco; estão
sujeitos ao viés de recordação; a seleção dos controles
pode ser difícil; as relações temporais podem ser
obscuras; são úteis para estudar apenas um desfecho de
doença por vez.
Estudos controlados
randomizados
São prolongados e geralmente caros; podem estudar
apenas intervenções ou exposições que são controladas
pelo investigador; podem ter problemas relacionados a
mudanças da terapia ou abandono; podem ser limitados
na generalização; muitas vezes são antiéticos.