SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 26
Avaliação de testes diagnósticos
De volta ao exemplo do
benzenismo
Mapeamento da população
sob risco
(7.356 trabalhadores)
1a
triagem hematológica
2a
triagem hematológica
216 indivíduos considerados
casos epidemiológicos
Busca ativa de casos
suspeitos
Seleção de 850
casos suspeitos
Investigação dos indivíduos
expostos
• Dos 7.356 trabalhadores examinados nas nove indústrias,
850 (12%) apresentaram, ao hemograma, valores
inferiores a 5.000 leucócitos e/ou 2.500 neutrófilos. Esses
casos, classificados como “suspeitos”, foram submetidos a
mais três exames consecutivos, sendo também analisados
seus prontuários médicos na empresa. Ao final, 216
mantiveram-se com valores abaixo de 4.000 leucócitos
e/ou 2.000 neutrófilos, e/ou série hematológica com
valores decrescentes, sendo esses casos classificados como
“epidemiológicos”.
Probabilidades Condicionais e
Testes diagnósticos
• Sensibilidade:
• Probabilidade de um teste ser positivo, dado
que existe a doença.
• Especificidade:
• Probabilidade de um teste ser negativo,
dado que não existe a doença.
Sensibilidade e Especificidade
a b
c d
D ND
T+
T-
Sensibilidade =
a
a + c
Especificidade =
d
b + d
Sensibilidade e Especificidade
• Exemplos:
• Qual a sensibilidade e especificidade do
exame de CK-MB para pacientes com
IAM?
• Considere o exemplo hipotético:
• De 100 pacientes estudados, 90 tinham
IAM, e o exame para CKMB foi positivo
em 86, sendo que destes, 80 eram realmente
IAM. Qual a sensibilidade e especificidade
do teste?
Probabilidades Condicionais e
Testes diagnósticos
• Valor Preditivo Positivo:
• Probabilidade de existir a doença, dado que
o teste foi positivo.
• Valor Preditivo Negativo:
• Probabilidade de não existir a doença, dado
que o teste foi negativo.
Valor Preditivo Positivo e
Negativo
a b
c d
VPP + =
a
a + b
VPN - =
d
c + d
D ND
T+
T-
Valor Preditivo Positivo e Negativo
•Considere o mesmo exemplo hipotético:
•De 100 pacientes estudados, 90 tinham IAM, e
•o exame de CK MB foi positivo em 86, sendo que
•destes, 80 eram realmente casos de IAM.
•Qual o VP + e o VP- do teste?
Probabilidades Condicionais e
Testes diagnósticos
• Razão de Verossimilhança Positiva:
• É uma razão entre a probabilidade de um
teste ser positivo, dado que existe a doença,
e a probabilidade de um teste ser positivo,
dado que não existe a doença.
Probabilidades Condicionais e
Testes diagnósticos
• Razão de Verossimilhança Negativa:
• É uma razão entre a probabilidade de um
teste ser negativo, dado que existe a doença,
e a probabilidade de um teste ser negativo,
dado que não existe a doença.
Razão de Verossimilhança
Positiva e Negativa
a b
c d
RVP =
a
a + c
b
b + d
D ND
T +
T -
RVN =
c
a + c
d
b + d
Razão de Verossimilhança
Positiva e Negativa
• Exemplo:
• Considere o mesmo exemplo hipotético:
• De 100 pacientes estudados, 90 tinham
IAM, e o exame de CK MB foi positivo em
86, sendo que, destes 80 eram realmente
casos de IAM.
• Qual a RV+ e a RV- ?
Exercício
• Um paciente de 50 anos de idade com ICC,
tomando digoxina, foi admitido na Emergência do
hospital. Na admissão, sua concentração sérica de
digoxina era de 2,5 ng/ml. Há intoxicação
digitálica?
• Beller et all.(N. Eng. J. Med, 284:989, 1971): De
135 pacientes examinados, 39 tinham o exame
acima de 1,7 ng/ml e destes 25 realmente tinham
toxicidade, e 78 tinham o exame negativo (abaixo
de 1,7) e não tinham toxicidade
Avaliação de testes Diagnósticos
II
Avaliação de testes diagnósticos
e Acaso
• Sensibilidade e especificidade (ou razões de
verossimilhança) são estimados usualmente
a partir de observações de amostras
relativamente pequenas. Devido a uma
variação aleatória, o valor encontrado pode
não representar o valor verdadeiro. Os
valores observados são compatíveis com
uma faixa de valores, em um intervalo de
confiança.
Cálculo do intervalo de confiança
• O intervalo de confiança é construído a
partir do erro padrão.
• EP = p(1 - p)
• O intervalo de confiança de 95% é estimado
pela seguinte fórmula:
• p ± 2 EP
n
Exemplo de intervalo de
Confiança
• Calcule a sensibilidade e a especificidade, e
os intervalos de confiança
160 80
40 720
D+ D-
T+
T-
Testes em série e em paralelo
• Testes em série:
– A testagem em série significa que o primeiro teste é
realizado, e se o resultado for positivo, o segundo teste
é realizado, e assim por diante.
– Exemplo: Na Aids.
– Um teste de ELISA é realizado inicialmente, e se for
positivo um teste de Western Blot é realizado a seguir.
– Os testes em série aumentam a especificidade do
diagnóstico.
Testes em série e em paralelo
• Testes em paralelo:
– Esta estratégia significa que dois ou mais testes
são realizados, e que qualquer resultado
positivo identifica um caso.
– Os testes em paralelo têm por objetivo
aumentar a sensibilidade de um programa de
triagem.
Curvas ROC (Receiver-operating
characteristic curves)
• Freqüentemente, variáveis quantitativas
servem como um indicador de uma doença.
Por exemplo: níveis de pressão diastólica
para o diagnóstico de hipertensão, níveis
elevados de CK-MB para o diagnóstico de
IAM, ou glicemia elevada para o
diagnóstico de diabetes. Qual o melhor
ponto de corte (cutt-off)? Uma curva ROC
auxilia nesta resposta.
Curvas ROC (Receiver-operating
characteristic curves)
• Se para os vários níveis em consideração
razões de verossimilhança forem
determinadas, um gráfico poderá ser
plotado entre dois eixos, um representando
a sensibilidade (eixo y) e o outro
representando 1- especificidade (proporção
de falsos positivos). Estacurva é então
chamada de ROC (Receiver-Operating
Characteristic curve).
Validade Externa de um teste
diagnóstico
• A validade externa de um teste diagnóstico
está baseada na sua habilidade em fornecer
resultados comparáveis, se usados por
equipes diferentes, em ambientes diferentes,
ou em pacientes diferentes, ou se os testes
forem repetidos.
Coeficiente kappa
• O Coeficiente Kappa é calculado a partir da
concordância observada diminuída da
concordância esperada, divido por 1 menos
a concordância esperada:
• Kappa = Po - pe
1 - pe

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Critérios de Validação
Critérios de ValidaçãoCritérios de Validação
Critérios de ValidaçãoLABIMUNO UFBA
 
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de ParkinsonAula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de ParkinsonMauro Cunha Xavier Pinto
 
Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434
Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434
Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434Wilson Guedes
 
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tannerblogped1
 
Puberdade Precoce
Puberdade PrecocePuberdade Precoce
Puberdade Precoceblogped1
 
Arritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasArritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasJP ABNT
 
Bioquímica hematócrito
Bioquímica hematócritoBioquímica hematócrito
Bioquímica hematócritoFilipe Leal
 
Semiologia 10 dermatologia - semiologia dermatológica pdf
Semiologia 10   dermatologia - semiologia dermatológica pdfSemiologia 10   dermatologia - semiologia dermatológica pdf
Semiologia 10 dermatologia - semiologia dermatológica pdfJucie Vasconcelos
 
Hipertensao arterial infanc_e_adolesc sbp 2019
Hipertensao arterial infanc_e_adolesc sbp 2019Hipertensao arterial infanc_e_adolesc sbp 2019
Hipertensao arterial infanc_e_adolesc sbp 2019gisa_legal
 
ICSA17 Imunologia (Prática) - Critérios de validação de ensaios de diagnóstico
ICSA17 Imunologia (Prática) - Critérios de validação de ensaios de diagnóstico ICSA17 Imunologia (Prática) - Critérios de validação de ensaios de diagnóstico
ICSA17 Imunologia (Prática) - Critérios de validação de ensaios de diagnóstico Ricardo Portela
 
SEMIOLOGIA DIABETES MELLITUS
SEMIOLOGIA DIABETES MELLITUSSEMIOLOGIA DIABETES MELLITUS
SEMIOLOGIA DIABETES MELLITUSERALDO DOS SANTOS
 
Caso Clinico de Hipertensão Arterial
Caso Clinico de Hipertensão ArterialCaso Clinico de Hipertensão Arterial
Caso Clinico de Hipertensão ArterialProfessor Robson
 

Mais procurados (20)

Critérios de Validação
Critérios de ValidaçãoCritérios de Validação
Critérios de Validação
 
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de ParkinsonAula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Parkinson
 
Curvas de Crescimento: orientações para Profissionais de Saúde
Curvas de Crescimento: orientações para Profissionais de SaúdeCurvas de Crescimento: orientações para Profissionais de Saúde
Curvas de Crescimento: orientações para Profissionais de Saúde
 
Asma Brônquica
Asma BrônquicaAsma Brônquica
Asma Brônquica
 
Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434
Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434
Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434
 
Cardiotocografia
CardiotocografiaCardiotocografia
Cardiotocografia
 
DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY
DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWYDEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY
DEMÊNCIA COM CORPOS DE LEWY
 
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
 
Puberdade Precoce
Puberdade PrecocePuberdade Precoce
Puberdade Precoce
 
Arritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasArritmias Cardiacas
Arritmias Cardiacas
 
Bioquímica hematócrito
Bioquímica hematócritoBioquímica hematócrito
Bioquímica hematócrito
 
Aula - SNC - Antidepressivos
Aula - SNC - AntidepressivosAula - SNC - Antidepressivos
Aula - SNC - Antidepressivos
 
Semiologia 10 dermatologia - semiologia dermatológica pdf
Semiologia 10   dermatologia - semiologia dermatológica pdfSemiologia 10   dermatologia - semiologia dermatológica pdf
Semiologia 10 dermatologia - semiologia dermatológica pdf
 
Talassemia
TalassemiaTalassemia
Talassemia
 
Hipertensao arterial infanc_e_adolesc sbp 2019
Hipertensao arterial infanc_e_adolesc sbp 2019Hipertensao arterial infanc_e_adolesc sbp 2019
Hipertensao arterial infanc_e_adolesc sbp 2019
 
ICSA17 Imunologia (Prática) - Critérios de validação de ensaios de diagnóstico
ICSA17 Imunologia (Prática) - Critérios de validação de ensaios de diagnóstico ICSA17 Imunologia (Prática) - Critérios de validação de ensaios de diagnóstico
ICSA17 Imunologia (Prática) - Critérios de validação de ensaios de diagnóstico
 
Diagnóstico clínico
Diagnóstico clínicoDiagnóstico clínico
Diagnóstico clínico
 
SEMIOLOGIA DIABETES MELLITUS
SEMIOLOGIA DIABETES MELLITUSSEMIOLOGIA DIABETES MELLITUS
SEMIOLOGIA DIABETES MELLITUS
 
Aula hipertensão
Aula hipertensãoAula hipertensão
Aula hipertensão
 
Caso Clinico de Hipertensão Arterial
Caso Clinico de Hipertensão ArterialCaso Clinico de Hipertensão Arterial
Caso Clinico de Hipertensão Arterial
 

Destaque

AQ37_28-29_fashion feature center front_435656
AQ37_28-29_fashion feature center front_435656AQ37_28-29_fashion feature center front_435656
AQ37_28-29_fashion feature center front_435656Dawn Gibson
 
EFEITO DA RECUPERAÇÃO ATIVA NOS MARCADORES INDIRETOS DE DANO MUSCULAR INDUZI...
EFEITO DA RECUPERAÇÃO ATIVA NOS MARCADORES INDIRETOS DE DANO  MUSCULAR INDUZI...EFEITO DA RECUPERAÇÃO ATIVA NOS MARCADORES INDIRETOS DE DANO  MUSCULAR INDUZI...
EFEITO DA RECUPERAÇÃO ATIVA NOS MARCADORES INDIRETOS DE DANO MUSCULAR INDUZI...Fernando Farias
 
O “mundo” da simetria... Reflectindo sobre desafios do PMEB (Ana Maria Boavid...
O “mundo” da simetria... Reflectindo sobre desafios do PMEB (Ana Maria Boavid...O “mundo” da simetria... Reflectindo sobre desafios do PMEB (Ana Maria Boavid...
O “mundo” da simetria... Reflectindo sobre desafios do PMEB (Ana Maria Boavid...3zamar
 
Exames Laboratoriais e Interpretação dos Resultados
Exames Laboratoriais e Interpretação dos ResultadosExames Laboratoriais e Interpretação dos Resultados
Exames Laboratoriais e Interpretação dos ResultadosEduardo Gomes da Silva
 
Aula Iam C Supra Fabio
Aula Iam C Supra FabioAula Iam C Supra Fabio
Aula Iam C Supra Fabiogalegoo
 
Aula 9 ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
Aula 9   ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnósticoAula 9   ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
Aula 9 ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnósticoRicardo Alexandre
 
Estatística - Aula 2 - Estatística descritiva
Estatística - Aula 2 - Estatística descritivaEstatística - Aula 2 - Estatística descritiva
Estatística - Aula 2 - Estatística descritivaHelder Lopes
 
1 estatística descritiva, distribuição de frequência v discreta e continua
1   estatística descritiva, distribuição de frequência v discreta e continua1   estatística descritiva, distribuição de frequência v discreta e continua
1 estatística descritiva, distribuição de frequência v discreta e continuaNilson Costa
 
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasDiagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasSEMUSA
 
Avaliação em cardiologia
Avaliação em cardiologiaAvaliação em cardiologia
Avaliação em cardiologiaMarcela Mihessen
 
Exames laboratoriais uma visão geral - maxwell castro.
Exames laboratoriais   uma visão geral - maxwell castro.Exames laboratoriais   uma visão geral - maxwell castro.
Exames laboratoriais uma visão geral - maxwell castro.Maxwell Castro
 
Translacao rotacao reflexao-2
Translacao rotacao reflexao-2Translacao rotacao reflexao-2
Translacao rotacao reflexao-2Joel Cardoso
 
Simetrias: Axial e Rotacional
Simetrias: Axial e RotacionalSimetrias: Axial e Rotacional
Simetrias: Axial e RotacionalLisa Santos
 

Destaque (20)

Kamran's CV
Kamran's CVKamran's CV
Kamran's CV
 
AQ37_28-29_fashion feature center front_435656
AQ37_28-29_fashion feature center front_435656AQ37_28-29_fashion feature center front_435656
AQ37_28-29_fashion feature center front_435656
 
EFEITO DA RECUPERAÇÃO ATIVA NOS MARCADORES INDIRETOS DE DANO MUSCULAR INDUZI...
EFEITO DA RECUPERAÇÃO ATIVA NOS MARCADORES INDIRETOS DE DANO  MUSCULAR INDUZI...EFEITO DA RECUPERAÇÃO ATIVA NOS MARCADORES INDIRETOS DE DANO  MUSCULAR INDUZI...
EFEITO DA RECUPERAÇÃO ATIVA NOS MARCADORES INDIRETOS DE DANO MUSCULAR INDUZI...
 
O “mundo” da simetria... Reflectindo sobre desafios do PMEB (Ana Maria Boavid...
O “mundo” da simetria... Reflectindo sobre desafios do PMEB (Ana Maria Boavid...O “mundo” da simetria... Reflectindo sobre desafios do PMEB (Ana Maria Boavid...
O “mundo” da simetria... Reflectindo sobre desafios do PMEB (Ana Maria Boavid...
 
Exames Laboratoriais e Interpretação dos Resultados
Exames Laboratoriais e Interpretação dos ResultadosExames Laboratoriais e Interpretação dos Resultados
Exames Laboratoriais e Interpretação dos Resultados
 
Aula 6 - B
Aula 6 - BAula 6 - B
Aula 6 - B
 
Aula Iam C Supra Fabio
Aula Iam C Supra FabioAula Iam C Supra Fabio
Aula Iam C Supra Fabio
 
4 anemias policitemias
4 anemias policitemias4 anemias policitemias
4 anemias policitemias
 
Aula 9 ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
Aula 9   ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnósticoAula 9   ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
Aula 9 ferramentas da epidemiologia clínica para um diagnóstico
 
Anemias hereditarias
Anemias hereditariasAnemias hereditarias
Anemias hereditarias
 
Tcc anemia falciforme
Tcc anemia falciformeTcc anemia falciforme
Tcc anemia falciforme
 
Estatística - Aula 2 - Estatística descritiva
Estatística - Aula 2 - Estatística descritivaEstatística - Aula 2 - Estatística descritiva
Estatística - Aula 2 - Estatística descritiva
 
1 estatística descritiva, distribuição de frequência v discreta e continua
1   estatística descritiva, distribuição de frequência v discreta e continua1   estatística descritiva, distribuição de frequência v discreta e continua
1 estatística descritiva, distribuição de frequência v discreta e continua
 
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasDiagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
 
Avaliação em cardiologia
Avaliação em cardiologiaAvaliação em cardiologia
Avaliação em cardiologia
 
Exames Laboratoriais
Exames LaboratoriaisExames Laboratoriais
Exames Laboratoriais
 
Exames laboratoriais uma visão geral - maxwell castro.
Exames laboratoriais   uma visão geral - maxwell castro.Exames laboratoriais   uma visão geral - maxwell castro.
Exames laboratoriais uma visão geral - maxwell castro.
 
Translacao rotacao reflexao-2
Translacao rotacao reflexao-2Translacao rotacao reflexao-2
Translacao rotacao reflexao-2
 
Simetrias: Axial e Rotacional
Simetrias: Axial e RotacionalSimetrias: Axial e Rotacional
Simetrias: Axial e Rotacional
 
Isometrias
IsometriasIsometrias
Isometrias
 

Semelhante a Aula aval testes diagnósticos

Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicosAp5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicosLABIMUNO UFBA
 
Aula Teste Diagnostico - Mestrado PPGMS nov2013
Aula Teste Diagnostico - Mestrado PPGMS nov2013Aula Teste Diagnostico - Mestrado PPGMS nov2013
Aula Teste Diagnostico - Mestrado PPGMS nov2013Vic Fernandes
 
ICSA29 Imunodiagnostico - Criterios de validacao
ICSA29 Imunodiagnostico - Criterios de validacaoICSA29 Imunodiagnostico - Criterios de validacao
ICSA29 Imunodiagnostico - Criterios de validacaoRicardo Portela
 
Validade e Reprodutibilidade de Exames - Profa. Rilva Muñoz - GESME
Validade e Reprodutibilidade de Exames - Profa. Rilva Muñoz - GESMEValidade e Reprodutibilidade de Exames - Profa. Rilva Muñoz - GESME
Validade e Reprodutibilidade de Exames - Profa. Rilva Muñoz - GESMERilva Lopes de Sousa Muñoz
 
Utilidade dos testes diagnosticos para decisões em saúde
Utilidade dos testes diagnosticos para decisões em saúde Utilidade dos testes diagnosticos para decisões em saúde
Utilidade dos testes diagnosticos para decisões em saúde CONITEC
 
C R I T E R I O S D E V A L I D A Ç Ã O
C R I T E R I O S  D E  V A L I D A Ç Ã OC R I T E R I O S  D E  V A L I D A Ç Ã O
C R I T E R I O S D E V A L I D A Ç Ã OLABIMUNO UFBA
 
ICSA17 - Critérios de validação imunodiagnóstico
ICSA17 - Critérios de validação imunodiagnósticoICSA17 - Critérios de validação imunodiagnóstico
ICSA17 - Critérios de validação imunodiagnósticoRicardo Portela
 
EQUIPAMENTO MÉDICO PORTÁTIL PARA ACOMPANHAMENTO DO COMPROMETIMENTO MOTOR EM P...
EQUIPAMENTO MÉDICO PORTÁTIL PARA ACOMPANHAMENTO DO COMPROMETIMENTO MOTOR EM P...EQUIPAMENTO MÉDICO PORTÁTIL PARA ACOMPANHAMENTO DO COMPROMETIMENTO MOTOR EM P...
EQUIPAMENTO MÉDICO PORTÁTIL PARA ACOMPANHAMENTO DO COMPROMETIMENTO MOTOR EM P...Vic Fernandes
 
Cobrafim brasil 2012 avaliação vertebral
Cobrafim brasil 2012 avaliação vertebralCobrafim brasil 2012 avaliação vertebral
Cobrafim brasil 2012 avaliação vertebralCarlos Ladeira
 
Aula Estatistica inferencial 1.pdf
Aula Estatistica inferencial 1.pdfAula Estatistica inferencial 1.pdf
Aula Estatistica inferencial 1.pdfRenataSaldanhaSilva
 
Comparação da acurácia diagnóstica de testes diagnósticos comerciais imunocro...
Comparação da acurácia diagnóstica de testes diagnósticos comerciais imunocro...Comparação da acurácia diagnóstica de testes diagnósticos comerciais imunocro...
Comparação da acurácia diagnóstica de testes diagnósticos comerciais imunocro...REBRATSoficial
 
Estudo caso controle
Estudo caso controleEstudo caso controle
Estudo caso controleHIAGO SANTOS
 

Semelhante a Aula aval testes diagnósticos (20)

Hep 141
Hep 141Hep 141
Hep 141
 
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicosAp5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
 
Aula Teste Diagnostico - Mestrado PPGMS nov2013
Aula Teste Diagnostico - Mestrado PPGMS nov2013Aula Teste Diagnostico - Mestrado PPGMS nov2013
Aula Teste Diagnostico - Mestrado PPGMS nov2013
 
ICSA29 Imunodiagnostico - Criterios de validacao
ICSA29 Imunodiagnostico - Criterios de validacaoICSA29 Imunodiagnostico - Criterios de validacao
ICSA29 Imunodiagnostico - Criterios de validacao
 
Validade e Reprodutibilidade de Exames - Profa. Rilva Muñoz - GESME
Validade e Reprodutibilidade de Exames - Profa. Rilva Muñoz - GESMEValidade e Reprodutibilidade de Exames - Profa. Rilva Muñoz - GESME
Validade e Reprodutibilidade de Exames - Profa. Rilva Muñoz - GESME
 
Testesdiagnóstcos22 05
Testesdiagnóstcos22 05Testesdiagnóstcos22 05
Testesdiagnóstcos22 05
 
estatisitica basica para saude aula 03
estatisitica basica para saude aula 03 estatisitica basica para saude aula 03
estatisitica basica para saude aula 03
 
Utilidade dos testes diagnosticos para decisões em saúde
Utilidade dos testes diagnosticos para decisões em saúde Utilidade dos testes diagnosticos para decisões em saúde
Utilidade dos testes diagnosticos para decisões em saúde
 
Aula22 05
Aula22 05Aula22 05
Aula22 05
 
C R I T E R I O S D E V A L I D A Ç Ã O
C R I T E R I O S  D E  V A L I D A Ç Ã OC R I T E R I O S  D E  V A L I D A Ç Ã O
C R I T E R I O S D E V A L I D A Ç Ã O
 
ICSA17 - Critérios de validação imunodiagnóstico
ICSA17 - Critérios de validação imunodiagnósticoICSA17 - Critérios de validação imunodiagnóstico
ICSA17 - Critérios de validação imunodiagnóstico
 
EQUIPAMENTO MÉDICO PORTÁTIL PARA ACOMPANHAMENTO DO COMPROMETIMENTO MOTOR EM P...
EQUIPAMENTO MÉDICO PORTÁTIL PARA ACOMPANHAMENTO DO COMPROMETIMENTO MOTOR EM P...EQUIPAMENTO MÉDICO PORTÁTIL PARA ACOMPANHAMENTO DO COMPROMETIMENTO MOTOR EM P...
EQUIPAMENTO MÉDICO PORTÁTIL PARA ACOMPANHAMENTO DO COMPROMETIMENTO MOTOR EM P...
 
Imunologia - Casos Clínicos
Imunologia - Casos ClínicosImunologia - Casos Clínicos
Imunologia - Casos Clínicos
 
Cobrafim brasil 2012 avaliação vertebral
Cobrafim brasil 2012 avaliação vertebralCobrafim brasil 2012 avaliação vertebral
Cobrafim brasil 2012 avaliação vertebral
 
Aula Estatistica inferencial 1.pdf
Aula Estatistica inferencial 1.pdfAula Estatistica inferencial 1.pdf
Aula Estatistica inferencial 1.pdf
 
Comparação da acurácia diagnóstica de testes diagnósticos comerciais imunocro...
Comparação da acurácia diagnóstica de testes diagnósticos comerciais imunocro...Comparação da acurácia diagnóstica de testes diagnósticos comerciais imunocro...
Comparação da acurácia diagnóstica de testes diagnósticos comerciais imunocro...
 
Estatistica Basica para Saude aula 2
Estatistica Basica para Saude aula 2Estatistica Basica para Saude aula 2
Estatistica Basica para Saude aula 2
 
13991
1399113991
13991
 
Estudo caso controle
Estudo caso controleEstudo caso controle
Estudo caso controle
 
Teste hip facil
Teste hip facilTeste hip facil
Teste hip facil
 

Aula aval testes diagnósticos

  • 1. Avaliação de testes diagnósticos
  • 2. De volta ao exemplo do benzenismo Mapeamento da população sob risco (7.356 trabalhadores) 1a triagem hematológica 2a triagem hematológica 216 indivíduos considerados casos epidemiológicos Busca ativa de casos suspeitos Seleção de 850 casos suspeitos
  • 3. Investigação dos indivíduos expostos • Dos 7.356 trabalhadores examinados nas nove indústrias, 850 (12%) apresentaram, ao hemograma, valores inferiores a 5.000 leucócitos e/ou 2.500 neutrófilos. Esses casos, classificados como “suspeitos”, foram submetidos a mais três exames consecutivos, sendo também analisados seus prontuários médicos na empresa. Ao final, 216 mantiveram-se com valores abaixo de 4.000 leucócitos e/ou 2.000 neutrófilos, e/ou série hematológica com valores decrescentes, sendo esses casos classificados como “epidemiológicos”.
  • 4. Probabilidades Condicionais e Testes diagnósticos • Sensibilidade: • Probabilidade de um teste ser positivo, dado que existe a doença. • Especificidade: • Probabilidade de um teste ser negativo, dado que não existe a doença.
  • 5. Sensibilidade e Especificidade a b c d D ND T+ T- Sensibilidade = a a + c Especificidade = d b + d
  • 6. Sensibilidade e Especificidade • Exemplos: • Qual a sensibilidade e especificidade do exame de CK-MB para pacientes com IAM? • Considere o exemplo hipotético: • De 100 pacientes estudados, 90 tinham IAM, e o exame para CKMB foi positivo em 86, sendo que destes, 80 eram realmente IAM. Qual a sensibilidade e especificidade do teste?
  • 7. Probabilidades Condicionais e Testes diagnósticos • Valor Preditivo Positivo: • Probabilidade de existir a doença, dado que o teste foi positivo. • Valor Preditivo Negativo: • Probabilidade de não existir a doença, dado que o teste foi negativo.
  • 8. Valor Preditivo Positivo e Negativo a b c d VPP + = a a + b VPN - = d c + d D ND T+ T-
  • 9. Valor Preditivo Positivo e Negativo •Considere o mesmo exemplo hipotético: •De 100 pacientes estudados, 90 tinham IAM, e •o exame de CK MB foi positivo em 86, sendo que •destes, 80 eram realmente casos de IAM. •Qual o VP + e o VP- do teste?
  • 10. Probabilidades Condicionais e Testes diagnósticos • Razão de Verossimilhança Positiva: • É uma razão entre a probabilidade de um teste ser positivo, dado que existe a doença, e a probabilidade de um teste ser positivo, dado que não existe a doença.
  • 11. Probabilidades Condicionais e Testes diagnósticos • Razão de Verossimilhança Negativa: • É uma razão entre a probabilidade de um teste ser negativo, dado que existe a doença, e a probabilidade de um teste ser negativo, dado que não existe a doença.
  • 12. Razão de Verossimilhança Positiva e Negativa a b c d RVP = a a + c b b + d D ND T + T - RVN = c a + c d b + d
  • 13. Razão de Verossimilhança Positiva e Negativa • Exemplo: • Considere o mesmo exemplo hipotético: • De 100 pacientes estudados, 90 tinham IAM, e o exame de CK MB foi positivo em 86, sendo que, destes 80 eram realmente casos de IAM. • Qual a RV+ e a RV- ?
  • 14. Exercício • Um paciente de 50 anos de idade com ICC, tomando digoxina, foi admitido na Emergência do hospital. Na admissão, sua concentração sérica de digoxina era de 2,5 ng/ml. Há intoxicação digitálica? • Beller et all.(N. Eng. J. Med, 284:989, 1971): De 135 pacientes examinados, 39 tinham o exame acima de 1,7 ng/ml e destes 25 realmente tinham toxicidade, e 78 tinham o exame negativo (abaixo de 1,7) e não tinham toxicidade
  • 15. Avaliação de testes Diagnósticos II
  • 16. Avaliação de testes diagnósticos e Acaso • Sensibilidade e especificidade (ou razões de verossimilhança) são estimados usualmente a partir de observações de amostras relativamente pequenas. Devido a uma variação aleatória, o valor encontrado pode não representar o valor verdadeiro. Os valores observados são compatíveis com uma faixa de valores, em um intervalo de confiança.
  • 17. Cálculo do intervalo de confiança • O intervalo de confiança é construído a partir do erro padrão. • EP = p(1 - p) • O intervalo de confiança de 95% é estimado pela seguinte fórmula: • p ± 2 EP n
  • 18. Exemplo de intervalo de Confiança • Calcule a sensibilidade e a especificidade, e os intervalos de confiança 160 80 40 720 D+ D- T+ T-
  • 19. Testes em série e em paralelo • Testes em série: – A testagem em série significa que o primeiro teste é realizado, e se o resultado for positivo, o segundo teste é realizado, e assim por diante. – Exemplo: Na Aids. – Um teste de ELISA é realizado inicialmente, e se for positivo um teste de Western Blot é realizado a seguir. – Os testes em série aumentam a especificidade do diagnóstico.
  • 20. Testes em série e em paralelo • Testes em paralelo: – Esta estratégia significa que dois ou mais testes são realizados, e que qualquer resultado positivo identifica um caso. – Os testes em paralelo têm por objetivo aumentar a sensibilidade de um programa de triagem.
  • 21. Curvas ROC (Receiver-operating characteristic curves) • Freqüentemente, variáveis quantitativas servem como um indicador de uma doença. Por exemplo: níveis de pressão diastólica para o diagnóstico de hipertensão, níveis elevados de CK-MB para o diagnóstico de IAM, ou glicemia elevada para o diagnóstico de diabetes. Qual o melhor ponto de corte (cutt-off)? Uma curva ROC auxilia nesta resposta.
  • 22. Curvas ROC (Receiver-operating characteristic curves) • Se para os vários níveis em consideração razões de verossimilhança forem determinadas, um gráfico poderá ser plotado entre dois eixos, um representando a sensibilidade (eixo y) e o outro representando 1- especificidade (proporção de falsos positivos). Estacurva é então chamada de ROC (Receiver-Operating Characteristic curve).
  • 23.
  • 24.
  • 25. Validade Externa de um teste diagnóstico • A validade externa de um teste diagnóstico está baseada na sua habilidade em fornecer resultados comparáveis, se usados por equipes diferentes, em ambientes diferentes, ou em pacientes diferentes, ou se os testes forem repetidos.
  • 26. Coeficiente kappa • O Coeficiente Kappa é calculado a partir da concordância observada diminuída da concordância esperada, divido por 1 menos a concordância esperada: • Kappa = Po - pe 1 - pe