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Ulisses Ruiz de Gamboa
Economista - ACSP
Conjuntura Econômica Nacional
24-05-2010
Índice
• Situação Pré-Crise
• Canais de Transmissão da Crise
• Evolução da Economia em 2009
• Perspectivas 2010
Situação Pré-Crise
• 2003-2007: Um dos maiores períodos de crescimento
econômico mundial desde a Segunda Guerra
• Causas:
– Excessiva liquidez devido à política americana de juros baixos
aplicada durante 2001-2004 e ao excesso de endividamento
público a partir da Guerra do Iraque;
– Problemas de informação, ética e regulação no mercado
financeiro.
Situação Pré-Crise
Fonte: FMI, Banco Central.
TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB BRASILEIRO E DO PIB
MUNDIAL: 2003-2010 (%)
3,6
4,9
4,4
5,0
3,8
3,0
1,1
5,7
3,2
4,0
5,7
5,1
-0,6
4,2(P)
-0,2
6,3(P)
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
PIB Mundial PIB Brasil
Situação Pré-Crise
• Economia brasileira também “surfou” na “bolha
financeira” internacional:
– Linhas de crédito externas para grandes empresas brasileiras
(CVRD, Petrobrás etc);
– Exportação de matérias-primas para abastecer grande
crescimento da produção (consumo) mundial;
– Forte entrada de capitais externos na Bolsa.
Canais de Transmissão da Crise
• A crise atingiu o Brasil a partir de três canais
principais:
– Queda da demanda global, reduzindo preço e quantidade das
exportações brasileiras;
– Diminuição forte e rápida do crédito externo, devido ao
aumento abrupto da percepção do risco;
– Fuga dos capitais externos da Bolsa.
Evolução da Economia em 2009
P IB
Oferta de bens e
serviços
Demanda por bens e
serviços
Agropecuária
Indústria
S erviços
C onsumo das
famílias
C onsumo do
governo
Investimento
(inclusive variação de estoques)
E xportações
Importações
( - )
Demanda
doméstica
S etor
externo
=
Evolução da Economia em 2009
• Atividade econômica mostrou leve queda durante 2009
(-0,2%), devido ao impacto da crise financeira mundial;
• Setores produtivos menos vinculados ao crédito, tais
como o comércio e os serviços apresentaram expansão
(2,6%);
Evolução da Economia em 2009
• Setor industrial foi o mais afetado (-5,5%): redução das
exportações e da demanda de bens de capital
(diminuição do investimento produtivo) e contração das
vendas de bens duráveis;
• Agropecuária também apresentou queda importante
(-5,2%), vinculada à forte redução das vendas no
exterior
Evolução da Economia em 2009
Fonte: IBGE.
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL (Índice):
Janeiro 2008 - Março 2010
80
90
100
110
120
130
140
150
jan/08
fev/08
m
ar/08
abr/08
m
ai/08
jun/08
jul/08
ago/08
set/08
out/08
nov/08
dez/08
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ago/09
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out/09
nov/09
dez/09
jan/10
fev/10
m
ar/10
Evolução da Economia em 2009
• Pelo lado da despesa, devido à continuidade do
crescimento da massa salarial e das políticas de
transferência de renda, o consumo das famílias
continuou crescendo (4,1%), assim como o consumo de
governo (3,7%);
• Nesse contexto, a queda do PIB pode ser explicada
pela forte redução dos investimentos produtivos (-
9,9%), devido à contração do crédito e da menor
confiança dos empresários, e pela queda nas
exportações (10,3%).
Evolução da Economia em 2009
• A redução da atividade econômica, impulsionada pela
redução da demanda agregada, provocou
desaceleração da taxa de inflação, que terminou o ano
próxima ao centro da meta (4,3%);
• A menor pressão inflacionária permitiu que o Banco
Central fizesse política anti-cíclica (diminuição da
SELIC, redução das reservas compulsórias), o que
permitiu minimizar o impacto da crise internacional.
Evolução da Economia em 2009
EVOLUÇÃO DA TAXA DE INFLAÇÃO - IPCA:
2003 - 2009 (%)
9,3
7,6
5,7
3,1
4,5
5,9
4,3
0
1
2
3
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5
6
7
8
9
10
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Fonte: IBGE.
Evolução da Economia em 2009
• A política fiscal continuou sendo expansionista,
promovendo desonerações tributárias programadas
(política anti-cíclica) e reajustando fortemente os
salários e o número de servidores públicos, além de
aumentar os benefícios do INSS (aumento permanente
do gasto);
• Face à menor arrecadação decorrente da queda na
atividade econômica, a expansão do gasto público
corrente provocou deterioração nas contas públicas.
Evolução da Economia em 2009
DÉFICIT FISCAL NOMINAL DO SETOR PÚBLICO
CONSOLIDADO: Setembro 2008 - Dezembro 2009 (% PIB)
1,7
1,2
1,5
1,9
2,4 2,4
2,7
2,9
3,0
3,1
3,2
3,4
4,2
4,5
4,2
3,3
3,0
3,2
3,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10
Fonte: Banco Central.
Evolução da Economia em 2009
Fonte: Banco Central.
DÍVIDA PÚBLICA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO
CONSOLIDADO: Setembro 2008 - Março 2010 (% PIB)
40,7
39,0
37,7
38,4
38,9 39,0 39,1
39,8
40,9
41,2
42,0 42,1
43,2
43,4
43,1
42,8
41,6
42,1
42,4
34,0
35,0
36,0
37,0
38,0
39,0
40,0
41,0
42,0
43,0
44,0
set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10
Evolução da Economia em 2009
• As política anti-cíclicas ajudaram a manter reduzida a
taxa de desemprego e promoveram rápida recuperação
do emprego formal;
• Contudo, a recuperação do emprego foi heterogênea,
centrada nos setores serviço e comércio, cujo salário
médio é relativamente mais baixo (classes D e E).
Evolução da Economia em 2009
Fonte: IBGE.
EVOLUÇÃO DA TAXA DE DESOCUPAÇÃO:
Janeiro 2008 - Março 2010 (%)
8,0
8,5
7,7
7,6
6,8
8,2
8,8
8,1
7,4
6,8
7,67,9
9,0
5
5,5
6
6,5
7
7,5
8
8,5
9
9,5
jan/08
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set/09
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nov/09
dez/09
jan/10
fev/10
m
ar/10
Evolução da Economia em 2009
Fonte: MTE.
GERAÇÃO LÍQUIDA DE EMPREGOS FORMAIS POR
SETOR DE ATIVIDADE: 2008 - 2009
(Em postos de trabalho)
178.675
7.965
382.218
648.259
18.232
1.452.204
177.185
18.0758.671
197.868
10.316
-15.369
995.439
500.177
297.157
4.98410.8652.036
-200.000
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
Extr. Mineral Indústria
Transformação
SIUP Construção
Civil
Comércio Serviços Adm. Pública Agropecuária Total
2008 2009
Evolução da Economia em 2009
• No setor externo, o saldo da balança comercial sofreu
forte diminuição, atenuada pelo fato de que as
importações (-11,4%) se reduziram mais intensamente
que as exportações (-10,3%);
• O saldo da conta corrente do balanço de pagamentos
continuou apresentando déficit (-US$ 24,3 bilhões),
impulsionado pelo menor superávit da balança
comercial e pelo déficit da balança de serviços e rendas
(remessa de lucros –US$ 52,9 bilhões) ;
Evolução da Economia em 2009
• Apesar dos resultados externos negativos, não houve
crise cambial, devido às entradas de investimento
estrangeiro direto (US$ 36 bilhões) e investimento em
carteira (US$ 50,3 bilhões);
• Contudo o maior déficit da conta corrente refletiu o
desequilíbrio de uma economia cujo gasto (privado e
público) continuou aumentando frente à queda na
atividade econômica.
Perspectivas 2010
• O investimento produtivo tem mostrado vigorosa
recuperação, devido à maior disponibilidade de crédito e à
retomada da confiança;
• Apesar dos cortes anunciados, o gasto corrente do
governo continua crescendo fortemente, com ênfase em
despesas permanentes;
Perspectivas 2010
• Mercado formal de trabalho continua apresentando
geração líquida de empregos (305,1 mil em abril),
disseminado por todos os setores produtivos, com
expectativa de criação de 2,1 milhões de empregos até o
final do ano;
• O maior crescimento da renda e do emprego, a
recuperação do crédito e a manutenção das políticas de
transferência de renda estão provocando intenso aumento
do consumo das famílias;
Perspectivas 2010
Fonte: FGV.
EVOLUÇÃO DO NÍVEL DA CAPACIDADE INSTALADA
(NUCI): 1º Trimestre 1995 - 2º Trimestre 2010 (%)
70
72
74
76
78
80
82
84
86
88
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61
NUCI Média 1995 - 2010
Perspectivas 2010
Fonte: IBGE.
VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA x PRODUÇÃO
INDUSTRIAL: Janeiro 2008 - Março 2010
(Índices dessazonalizados)
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
180
jan/08
fev/08
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abr/08
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set/09
out/09
nov/09
dez/09
jan/10
fev/10
m
ar/10
Vendas no Comércio Varejista Produção Industrial
Perspectivas 2010
• Todos os índices e núcleos de inflação apresentam
aceleração, refletindo o excesso de consumo (privado e
público) sobre a produção, o que também alimentou as
expectativas de inflação;
• Ainda que a aceleração da inflação esteja concentrada
no primeiro semestre desse ano, devido aos reajustes,
deverá terminar o ano em patamares elevados, devido
ao aquecimento da demanda doméstica;
Perspectivas 2010
Fonte: IBGE e Banco Central.
EVOLUÇÃO E EXPECTATIVAS DA INFLAÇÃO (IPCA):
2003 - 2011 (%)
9,3
7,6
5,7
3,1
4,5
5,9
4,3
4,8(P)
5,5(P)
0
1
2
3
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5
6
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8
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10
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Perspectivas 2010
• Preocupado com o cumprimento da meta de inflação, o
Banco Central aumentou fortemente a SELIC (0,75 p.p.)
em sua segunda reunião anual;
• Com a manutenção das pressões inflacionárias,
espera-se que o COPOM continue aumentando a taxa
SELIC em suas próximas reuniões, terminando o ano
em 11,75%
Perspectivas 2010
Fonte: Banco Central.
EVOLUÇÃO DA TAXA BÁSICA DE JUROS (TAXA
SELIC): 2003 - 2011 (%)
16,50
17,75 18,00
13,25
11,25
13,75
8,75
11,50(P)11,75(P)
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
20,00
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Perspectivas 2010
• Transações correntes continuam incrementando seu
déficit, devido aos efeitos sobre as importações da
maior demanda por bens de consumo e de capital e
devido ao maior déficit do balanço de serviços e
rendas (turismo);
• A manutenção dessa tendência provocará até o final
do ano considerável aumento desse déficit (-US$ 49,2
bilhões), refletindo excesso de gasto sobre a
produção;
Perspectivas 2010
• Exposição em reais de estrangeiros tem aumentado
substancialmente, chegando em abril a US$ 720
bilhões (IED, bolsa, derivativos, renda fixa, bônus
externos);
• Maior exposição reflete maior confiança na
economia brasileira e no real, pois quase metade dos
recursos investidos representam IED;
Perspectivas 2010
• Déficit em transações correntes, apesar de elevado,
deverá ser financiado por IED (US$ 38 bilhões) e por
investimento em carteira (aumento da SELIC e
grandes operações);
• Entradas deverão resultar em Balanço de
Pagamentos fortemente superavitário, o que implicará
em taxas de câmbio relativamente baixas (R$ 1,80);
Perspectivas 2010
Fonte: Banco Central.
BALANÇA COMERCIAL, TRANSAÇÕES CORRENTES E
INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO: 2003 - 2011
(US$ Bilhões)
24,9
33,8
44,9 46,6
40,0
24,7 25,3
13,7
5,34,2
1,7
-28,2
-24,3
-49,3
-58,9
10,1
34,6
45,1
25,9
38,0 40,0
11,7 14,0
13,6
18,1
15,1
18,8
-80,0
-60,0
-40,0
-20,0
0,0
20,0
40,0
60,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Balança Comercial Conta Corrente IED
Perspectivas 2010
Fonte: Banco Central.
EVOLUÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO: 2003 -2011
(R$/US$)
1,85(P)
1,80(P)
1,99
1,84
1,95
2,18
2,43
2,93
3,07
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Perspectivas 2010
• Fatores de Expansão em 2010:
• Crescimento do consumo das famílias
• Recuperação do investimento produtivo
• Crescimento do gasto público
Perspectivas 2010
• Fatores de Risco em 2010:
• Elevação da inflação
• Menor solvência fiscal
• Deterioração das contas externas
• Desvalorização do câmbio (inflação)
Perspectivas 2010
Fonte: Banco Central.
OBRIGADO(A)
Ulisses Ruiz de Gamboa
Superintendente ACSP
uruizdegamboa@acsp.com.br
www.acsp.com.br

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Análise da economia brasileira em 2009 e perspectivas para 2010

  • 1. Ulisses Ruiz de Gamboa Economista - ACSP Conjuntura Econômica Nacional 24-05-2010
  • 2. Índice • Situação Pré-Crise • Canais de Transmissão da Crise • Evolução da Economia em 2009 • Perspectivas 2010
  • 3. Situação Pré-Crise • 2003-2007: Um dos maiores períodos de crescimento econômico mundial desde a Segunda Guerra • Causas: – Excessiva liquidez devido à política americana de juros baixos aplicada durante 2001-2004 e ao excesso de endividamento público a partir da Guerra do Iraque; – Problemas de informação, ética e regulação no mercado financeiro.
  • 4. Situação Pré-Crise Fonte: FMI, Banco Central. TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB BRASILEIRO E DO PIB MUNDIAL: 2003-2010 (%) 3,6 4,9 4,4 5,0 3,8 3,0 1,1 5,7 3,2 4,0 5,7 5,1 -0,6 4,2(P) -0,2 6,3(P) -1 0 1 2 3 4 5 6 7 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 PIB Mundial PIB Brasil
  • 5. Situação Pré-Crise • Economia brasileira também “surfou” na “bolha financeira” internacional: – Linhas de crédito externas para grandes empresas brasileiras (CVRD, Petrobrás etc); – Exportação de matérias-primas para abastecer grande crescimento da produção (consumo) mundial; – Forte entrada de capitais externos na Bolsa.
  • 6. Canais de Transmissão da Crise • A crise atingiu o Brasil a partir de três canais principais: – Queda da demanda global, reduzindo preço e quantidade das exportações brasileiras; – Diminuição forte e rápida do crédito externo, devido ao aumento abrupto da percepção do risco; – Fuga dos capitais externos da Bolsa.
  • 7. Evolução da Economia em 2009 P IB Oferta de bens e serviços Demanda por bens e serviços Agropecuária Indústria S erviços C onsumo das famílias C onsumo do governo Investimento (inclusive variação de estoques) E xportações Importações ( - ) Demanda doméstica S etor externo =
  • 8. Evolução da Economia em 2009 • Atividade econômica mostrou leve queda durante 2009 (-0,2%), devido ao impacto da crise financeira mundial; • Setores produtivos menos vinculados ao crédito, tais como o comércio e os serviços apresentaram expansão (2,6%);
  • 9. Evolução da Economia em 2009 • Setor industrial foi o mais afetado (-5,5%): redução das exportações e da demanda de bens de capital (diminuição do investimento produtivo) e contração das vendas de bens duráveis; • Agropecuária também apresentou queda importante (-5,2%), vinculada à forte redução das vendas no exterior
  • 10. Evolução da Economia em 2009 Fonte: IBGE. EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL (Índice): Janeiro 2008 - Março 2010 80 90 100 110 120 130 140 150 jan/08 fev/08 m ar/08 abr/08 m ai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 m ar/09 abr/09 m ai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 m ar/10
  • 11. Evolução da Economia em 2009 • Pelo lado da despesa, devido à continuidade do crescimento da massa salarial e das políticas de transferência de renda, o consumo das famílias continuou crescendo (4,1%), assim como o consumo de governo (3,7%); • Nesse contexto, a queda do PIB pode ser explicada pela forte redução dos investimentos produtivos (- 9,9%), devido à contração do crédito e da menor confiança dos empresários, e pela queda nas exportações (10,3%).
  • 12. Evolução da Economia em 2009 • A redução da atividade econômica, impulsionada pela redução da demanda agregada, provocou desaceleração da taxa de inflação, que terminou o ano próxima ao centro da meta (4,3%); • A menor pressão inflacionária permitiu que o Banco Central fizesse política anti-cíclica (diminuição da SELIC, redução das reservas compulsórias), o que permitiu minimizar o impacto da crise internacional.
  • 13. Evolução da Economia em 2009 EVOLUÇÃO DA TAXA DE INFLAÇÃO - IPCA: 2003 - 2009 (%) 9,3 7,6 5,7 3,1 4,5 5,9 4,3 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: IBGE.
  • 14. Evolução da Economia em 2009 • A política fiscal continuou sendo expansionista, promovendo desonerações tributárias programadas (política anti-cíclica) e reajustando fortemente os salários e o número de servidores públicos, além de aumentar os benefícios do INSS (aumento permanente do gasto); • Face à menor arrecadação decorrente da queda na atividade econômica, a expansão do gasto público corrente provocou deterioração nas contas públicas.
  • 15. Evolução da Economia em 2009 DÉFICIT FISCAL NOMINAL DO SETOR PÚBLICO CONSOLIDADO: Setembro 2008 - Dezembro 2009 (% PIB) 1,7 1,2 1,5 1,9 2,4 2,4 2,7 2,9 3,0 3,1 3,2 3,4 4,2 4,5 4,2 3,3 3,0 3,2 3,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10 Fonte: Banco Central.
  • 16. Evolução da Economia em 2009 Fonte: Banco Central. DÍVIDA PÚBLICA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO CONSOLIDADO: Setembro 2008 - Março 2010 (% PIB) 40,7 39,0 37,7 38,4 38,9 39,0 39,1 39,8 40,9 41,2 42,0 42,1 43,2 43,4 43,1 42,8 41,6 42,1 42,4 34,0 35,0 36,0 37,0 38,0 39,0 40,0 41,0 42,0 43,0 44,0 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10
  • 17. Evolução da Economia em 2009 • As política anti-cíclicas ajudaram a manter reduzida a taxa de desemprego e promoveram rápida recuperação do emprego formal; • Contudo, a recuperação do emprego foi heterogênea, centrada nos setores serviço e comércio, cujo salário médio é relativamente mais baixo (classes D e E).
  • 18. Evolução da Economia em 2009 Fonte: IBGE. EVOLUÇÃO DA TAXA DE DESOCUPAÇÃO: Janeiro 2008 - Março 2010 (%) 8,0 8,5 7,7 7,6 6,8 8,2 8,8 8,1 7,4 6,8 7,67,9 9,0 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5 jan/08 fev/08 m ar/08 abr/08 m ai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 m ar/09 abr/09 m ai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 m ar/10
  • 19. Evolução da Economia em 2009 Fonte: MTE. GERAÇÃO LÍQUIDA DE EMPREGOS FORMAIS POR SETOR DE ATIVIDADE: 2008 - 2009 (Em postos de trabalho) 178.675 7.965 382.218 648.259 18.232 1.452.204 177.185 18.0758.671 197.868 10.316 -15.369 995.439 500.177 297.157 4.98410.8652.036 -200.000 0 200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000 1.200.000 1.400.000 1.600.000 Extr. Mineral Indústria Transformação SIUP Construção Civil Comércio Serviços Adm. Pública Agropecuária Total 2008 2009
  • 20. Evolução da Economia em 2009 • No setor externo, o saldo da balança comercial sofreu forte diminuição, atenuada pelo fato de que as importações (-11,4%) se reduziram mais intensamente que as exportações (-10,3%); • O saldo da conta corrente do balanço de pagamentos continuou apresentando déficit (-US$ 24,3 bilhões), impulsionado pelo menor superávit da balança comercial e pelo déficit da balança de serviços e rendas (remessa de lucros –US$ 52,9 bilhões) ;
  • 21. Evolução da Economia em 2009 • Apesar dos resultados externos negativos, não houve crise cambial, devido às entradas de investimento estrangeiro direto (US$ 36 bilhões) e investimento em carteira (US$ 50,3 bilhões); • Contudo o maior déficit da conta corrente refletiu o desequilíbrio de uma economia cujo gasto (privado e público) continuou aumentando frente à queda na atividade econômica.
  • 22. Perspectivas 2010 • O investimento produtivo tem mostrado vigorosa recuperação, devido à maior disponibilidade de crédito e à retomada da confiança; • Apesar dos cortes anunciados, o gasto corrente do governo continua crescendo fortemente, com ênfase em despesas permanentes;
  • 23. Perspectivas 2010 • Mercado formal de trabalho continua apresentando geração líquida de empregos (305,1 mil em abril), disseminado por todos os setores produtivos, com expectativa de criação de 2,1 milhões de empregos até o final do ano; • O maior crescimento da renda e do emprego, a recuperação do crédito e a manutenção das políticas de transferência de renda estão provocando intenso aumento do consumo das famílias;
  • 24. Perspectivas 2010 Fonte: FGV. EVOLUÇÃO DO NÍVEL DA CAPACIDADE INSTALADA (NUCI): 1º Trimestre 1995 - 2º Trimestre 2010 (%) 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 NUCI Média 1995 - 2010
  • 25. Perspectivas 2010 Fonte: IBGE. VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA x PRODUÇÃO INDUSTRIAL: Janeiro 2008 - Março 2010 (Índices dessazonalizados) 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 jan/08 fev/08 m ar/08 abr/08 m ai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 m ar/09 abr/09 m ai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 m ar/10 Vendas no Comércio Varejista Produção Industrial
  • 26. Perspectivas 2010 • Todos os índices e núcleos de inflação apresentam aceleração, refletindo o excesso de consumo (privado e público) sobre a produção, o que também alimentou as expectativas de inflação; • Ainda que a aceleração da inflação esteja concentrada no primeiro semestre desse ano, devido aos reajustes, deverá terminar o ano em patamares elevados, devido ao aquecimento da demanda doméstica;
  • 27. Perspectivas 2010 Fonte: IBGE e Banco Central. EVOLUÇÃO E EXPECTATIVAS DA INFLAÇÃO (IPCA): 2003 - 2011 (%) 9,3 7,6 5,7 3,1 4,5 5,9 4,3 4,8(P) 5,5(P) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
  • 28. Perspectivas 2010 • Preocupado com o cumprimento da meta de inflação, o Banco Central aumentou fortemente a SELIC (0,75 p.p.) em sua segunda reunião anual; • Com a manutenção das pressões inflacionárias, espera-se que o COPOM continue aumentando a taxa SELIC em suas próximas reuniões, terminando o ano em 11,75%
  • 29. Perspectivas 2010 Fonte: Banco Central. EVOLUÇÃO DA TAXA BÁSICA DE JUROS (TAXA SELIC): 2003 - 2011 (%) 16,50 17,75 18,00 13,25 11,25 13,75 8,75 11,50(P)11,75(P) 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
  • 30. Perspectivas 2010 • Transações correntes continuam incrementando seu déficit, devido aos efeitos sobre as importações da maior demanda por bens de consumo e de capital e devido ao maior déficit do balanço de serviços e rendas (turismo); • A manutenção dessa tendência provocará até o final do ano considerável aumento desse déficit (-US$ 49,2 bilhões), refletindo excesso de gasto sobre a produção;
  • 31. Perspectivas 2010 • Exposição em reais de estrangeiros tem aumentado substancialmente, chegando em abril a US$ 720 bilhões (IED, bolsa, derivativos, renda fixa, bônus externos); • Maior exposição reflete maior confiança na economia brasileira e no real, pois quase metade dos recursos investidos representam IED;
  • 32. Perspectivas 2010 • Déficit em transações correntes, apesar de elevado, deverá ser financiado por IED (US$ 38 bilhões) e por investimento em carteira (aumento da SELIC e grandes operações); • Entradas deverão resultar em Balanço de Pagamentos fortemente superavitário, o que implicará em taxas de câmbio relativamente baixas (R$ 1,80);
  • 33. Perspectivas 2010 Fonte: Banco Central. BALANÇA COMERCIAL, TRANSAÇÕES CORRENTES E INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO: 2003 - 2011 (US$ Bilhões) 24,9 33,8 44,9 46,6 40,0 24,7 25,3 13,7 5,34,2 1,7 -28,2 -24,3 -49,3 -58,9 10,1 34,6 45,1 25,9 38,0 40,0 11,7 14,0 13,6 18,1 15,1 18,8 -80,0 -60,0 -40,0 -20,0 0,0 20,0 40,0 60,0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Balança Comercial Conta Corrente IED
  • 34. Perspectivas 2010 Fonte: Banco Central. EVOLUÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO: 2003 -2011 (R$/US$) 1,85(P) 1,80(P) 1,99 1,84 1,95 2,18 2,43 2,93 3,07 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
  • 35. Perspectivas 2010 • Fatores de Expansão em 2010: • Crescimento do consumo das famílias • Recuperação do investimento produtivo • Crescimento do gasto público
  • 36. Perspectivas 2010 • Fatores de Risco em 2010: • Elevação da inflação • Menor solvência fiscal • Deterioração das contas externas • Desvalorização do câmbio (inflação)
  • 38. OBRIGADO(A) Ulisses Ruiz de Gamboa Superintendente ACSP uruizdegamboa@acsp.com.br www.acsp.com.br