A ECONOMIA EM ÉPOCA DE CRISE: Desafios e Propostas
Seminário apresentado pelo economista Prof. Jorge Jatobá, diretor da CEPLAN Consultoria. O evento inaugura uma série de seminários promovidos pelo Movimento Ética e Democracia.
Local: Auditório do JCPM em Boa Viagem, Recife
Data: 2 de junho de 2016 das 19:00 às 21:30
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A ECONOMIA EM ÉPOCA DE CRISE: Desafios e Propostas
1. Recife, 02 de Junho de 2016
A ECONOMIA EM ÉPOCA DE
CRISE: Desafios e Propostas
Jorge Jatobá
2. A GÊNESIS POLITICA DA CRISE
O discurso político da campanha e a realidade econômica;
Operação Lava Jato: temor, delações e mais recentemente
gravações;
Esvaziamento político da Presidência em um regime
presidencialista de coalizão;
Conflitos e falta de diálogo com o Congresso; erros de
avaliação política;
Fragmentação da base aliada: saída do PMDB e efeito
manada;
Resistência do PT ao ajuste fiscal.
4. AMBIENTE EXTERNO:
EMERGENTES EM DESACELERAÇÃO
Mundo e Regiões Selecionadas: variação real do PIB, em % – 2008 a 2016
Fonte: Brasil: IBGE (2008 a 2015) e estimativa WEO/IMF (2016); demais áreas: World Economic Outlook/IMF, abril de 2016. Elaboração Ceplan.
Nota: Os dados do WEO/IMF são observados de 2008 a 2015, Para os outros anos, os dados são estimados.
3.0
-0.1
5.4
4.2
3.5
3.3 3.4 3.1
3.2
0.5
-4.5
2.1
1.6
-0.9
-0.3
0.9 1.6 1.5
5.8
3.0
7.4
6.3
5.3 4.9 4.6
4.0
4.15.1
-0.1
7.5
3.9
1.9
3.0
0.1
-3.8 -3.8
9.6
9.2
10.6
9.5
7.7 7.7
7.3 6.9
6.5
-0.3 -2.8
2.5
1.6
2.2
1.5
2.4 2.4 2.4
-6.0
-4.0
-2.0
0.0
2.0
4.0
6.0
8.0
10.0
12.0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Mundo Zona do Euro Emergentes Brasil China EUA
5. A CRISE E O MERCADO DE COMMODITIES
Brasil: Índice de preços das exportações (2006 = 100)Mundo: Índice de Preços das Commodities (2004 = 100)
Fonte: Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior
(Funcex). Elaboração CEPLAN.
Fonte: International Financial Statistics/International Monetary Fund(IMF).
Elaboração Ceplan.
(*) Dados de 2016 a 2020 são projeções do IMF. (1) Combustíveis e não-
combustíveis; (2) Inclui alimentos e bebidas e insumos industriais
JAN/2016
107,5
79.3
88.9
100.0
139.6
120.9
145.7
179.5
170.7
165.2
156.5
122.7
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
JAN
JUN
NOV
ABR
SET
FEV
JUL
DEZ
MAI
OUT
MAR
AGO
JAN
JUN
NOV
ABR
SET
FEV
JUL
DEZ
MAI
OUT
MAR
AGO
JAN
JUN
NOV
ABR
SET
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 20
16
Índice Mensal Índice Anual
0
50
100
150
200
250
300
Todas as commodities¹ Não-combustíveis²
Alimentos Metais
6. Brasil: Taxa de crescimento do PIB trimestral com respeito ao mesmo período do
ano anterior - (%) - I trimestre de 2010 ao I trimestre de 2016
A variação do PIB na comparação trimestral interanual transitou da fase de
desaceleração para a de retração da atividade. Estamos em recessão há oito trimestres
consecutivos. Uma das maiores da nossa história. (1930=-2,1%; 1931=-3,3%)
A ECONOMIA EM ANOS RECENTES: TRAJETÓRIA
DE QUEDA
7. Brasil: Taxa de crescimento do PIB com respeito ao mesmo período do ano anterior
- (%) – janeiro-dezembro de 2010-2015
Pelo lado da demanda o consumo das famílias desacelera acentuadamente enquanto a variação
do investimento torna-se novamente negativa, conduzindo os investimentos como proporção do
PIB para 16,9%. Pelo lado da oferta, crescimento da agropecuária e retração no resto.
A ECONOMIA EM ANOS RECENTES: CONSUMO DEIXA DE
SER O MOTOR E INVESTIMENTO TORNA-SE ERRÁTICO
Setor de atividade 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Agropecuária 6,7 5,6 -3,1 8,4 2,1 1,8
Indústria 10,2 4,1 -0,7 2,2 -0,9 -6,2
Serviços 5,8 3,4 2,9 2,8 0,4 -2,7
PIB a preços de mercado 7,5 3,9 1,9 3,0 0,1 -3,8
Consumo das famílias 6,2 4,7 3,5 3,5 1,3 -4,0
Consumo da administração pública 3,9 2,2 2,3 1,5 1,2 -1,0
Formação bruta de capital fixo 17,9 6,7 0,8 5,8 -4,5 -14,1
Exportação de bens e serviços 11,7 4,8 0,3 2,4 -1,1 6,1
Importação de bens e serviços (-) 33,6 9,4 0,7 7,2 -1,0 -14,3
Fonte: Contas Nacionais Trimestrais - IBGE. Elaboração CEPLAN.
Nota: (1) Refere-se ao crescimento com respeito ao mesmo período do ano anterior
8. Brasil: Taxa Trimestral (variação em volume em relação ao mesmo trimestre do
ano anterior - (%) – trimestres de 2015-2016
Crise vai se aprofundando ao longo de 2015. Em 2016 só as exportações cresceram.
A ECONOMIA EM ANOS RECENTES: CONSUMO DEIXA DE
SER O MOTOR E INVESTIMENTO TORNA-SE ERRÁTICO
Setor de atividade 2015.I 2015.II 2015.III 2015.IV 2016.I
Agropecuária 5,4 2,2 -2,0 0,6 -3,7
Indústria -4,4 -5,7 -6,7 -8,0 -7,3
Serviços -1,4 -1,8 -2,9 -4,4 -3,7
PIB a preços de mercado -2,0 -3,0 -4,5 -5,9 -5,4
Consumo das famílias -1,5 -3,0 -4,5 -6,8 -6,3
Consumo da administração pública -0,5 -0,3 -0,4 -2,9 -1,4
Formação bruta de capital fixo -10,1 -12,9 -15,0 -18,5 -17,5
Exportação de bens e serviços 3,3 7,7 1,1 12,6 13,0
Importação de bens e serviços (-) -5,0 -11,5 -20,0 -20,1 -21,7
Fonte: Contas Nacionais Trimestrais - IBGE. Elaboração CEPLAN.
Nota: (1) Refere-se ao crescimento com respeito ao mesmo período do ano anterior
9. BRASIL 2015: INADIMPLÊNCIA SE ELEVA (2016 NÃO
PIORA)
Fonte: Peic/CNC. Elaboração Ceplan.
Brasil: famílias endividadas, inadimplentes e famílias inadimplentes sem condições de
pagar, % em relação ao total de famílias - março/2015 a maio/2016
59.6
61.6 62.4 62.0 61.9 62.7 63.5 62.1 61.0 61.1 61.6 60.8 60.3 59.6 58.7
17.9 19.7 21.1 21.3 21.5 22.4 23.1 23.1 22.7 23.2 23.7 23.3 23.5 23.2 23.7
5.0
10.0
15.0
20.0
25.0
30.0
35.0
40.0
45.0
50.0
55.0
60.0
65.0
70.0
Endividadas Inadimplentes Sem condições de pagar
10. A INFLAÇÃO: TOLERANCIA E HETERODOXIA
Brasil: IPCA Acumulado nos últimos 12 meses - (%) - jan/10 a abr/16
Inflação persiste acima do teto da meta, mas apresenta discreta desaceleração.
Inconsistência entre política fiscal e monetária até 2014 dificultou a estabilização. Em
2015-2016, realinhamento de preços administrados (energia, combustíveis, transporte
urbano), desvalorização do real e elevação de impostos pressionaram a inflação.
Focus
para
2016,
7,06%
11. RESULTADO FISCAL DO SETOR PÚBLICO SE DETERIORA
PÓS 2013 (QUEDA DE RECEITA + JUROS ALTOS + CRISE POLÍTICA)
Quadro
piora
Antes da
crise
mundial:
Quadro
melhorava
SELIC cai
Ano Resultado Nominal Juros nominais Resultado Primário Selic
2002 4,42 7,61 -3,19 25,00
2003 5,18 8,42 -3,24 16,50
2004 2,88 6,56 -3,69 17,75
2005 3,54 7,28 -3,74 18,00
2006 3,57 6,72 -3,15 13,25
2007 2,74 5,98 -3,24 11,25
2008 1,99 5,32 -3,33 13,75
2009 3,19 5,13 -1,94 8,75
2010 2,41 5,03 -2,62 10,75
2011 2,47 5,41 -2,94 11,00
2012 2,27 4,45 -2,18 7,25
2013 2,96 4,68 -1,72 10,00
2014 6,05 5,48 0,57 11,75
2015 10,38 8,50 1,88 14,25
Brasil: Necessidades de financiamento do setor público, em % do PIB - 2002 a 2015
Fonte: Banco Central do Brasil.
12. BRASIL 2014 E 2015: DEFICITS PRIMÁRIOS
ENTRE 2014 E 2015
Brasil: Evolução do Resultado Primário do Setor Público – 2002 a 2016¹
-3.19 -3.24
-3.69 -3.74
-3.15 -3.24 -3.33
-1.94
-2.62
-2.94
-2.18
-1.72
0.57
1.88
-0.50
-5.0
-4.0
-3.0
-2.0
-1.0
0.0
1.0
2.0
3.0
Fonte: Gerin/Banco Central do Brasil e Relatório de Inflação-Março2016/Bacen.
13. BRASIL: TRAJETÓRIA DO ENDIVIDAMENTO
PÚBLICO, ELEVAÇÃO PÓS 2013
Fonte: "Dívida Pública: a experiência brasileira" (Tesouro Nacional/MF) e Banco Central do Brasil. Elaboração Ceplan.
* % PIB acumulado em 12 meses.
** De 2000 a 2005, indicador recalculado pelo Tesouro Nacional, considerando nova metodologia do Banco Central. A partir
de 2006, dados divulgados pelo Banco Central.
*** Divida liquida = dívida bruta menos a soma dos créditos do setor público não-financeiro e do Banco Central.
Brasil: Estoque da dívida bruta do Governo Geral, em % do PIB acumulado em 12 meses
dezembro/2000 a março/2016
50.3 50.8
53.1
58.4
53.5
56.3 55.5 56.7 56.0
59.2
51.8 51.3
53.8 51.7
57.2
66.5 67.3
45.5
48.4 50.5 52.4
47.0 46.5 45.3 43.4
37.8
41.3
38.5
35.1 32.9 31.2
33.7
38.5 40.7
0.0
10.0
20.0
30.0
40.0
50.0
60.0
70.0
80.0
Dívida bruta Dívida líquida
14. BANCO CENTRAL ELEVA E DEPOIS ESTABILIZA OS
JUROS EM PATAMAR ELEVADO
Brasil: Taxa Selic – (% a.a) – 2000-2016
SELIC em alta com viés neutro. Até 2014 política monetária era inconsistente com a política fiscal,
mas agora voltou a ser coadjuvante. Juros na ponta respondem com forte elevação
desestimulando o investimento e o consumo. Aumento dos juros eleva os encargos da divida e
precisam parar de subir. A inflação não é de demanda.
Focus
para
2016 =
12,88%
15. Descrição
DEZ/2013 DEZ/2014 DEZ/2015
R$ bilhões % PIB R$ bilhões % PIB R$ bilhões % PIB
Resultado Nominal 158 2,96 344 6,05 613 10,38
Juros nominais 249 4,68 311 5,48 502 8,50
Resultado Primário -91 -1,72 33 0,57 111 1,88
PIB 5.316 100,00 5.687 100,00 5.904 100,00
A ECONOMIA EM 2015: O AJUSTE FISCAL É
NEUTRALIZADO PELO AVANÇO DOS JUROS
Brasil: Resultados fiscais consolidados do setor público - 2013 a 2015
Juros como proporção do PIB elevam-se substancialmente (de 5,5%
para 8,5%) conduzindo a aumento na relação Dívida/PIB.
(Pagamento dos juros aumentaram em R$ 190 bilhões)
16. Brasil: Composição (%) das Despesas do Governo Federal - 2015
CONJUNTURA ECONÔMICA 2015: ALTOS GASTOS COM
JUROS E POUCA FLEXIBILIDADE NO ORÇAMENTO
11.2
17.8
42.4
12.2
3.1
13.3
Pessoal e Encargos Sociais
Benefícios Previdenciários
Serviços da Dívida (1)
Transferências a Estados e Municípios
Investimentos e Inversões Financeiras
Demais Despesas
Fonte: Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO)/STN/MF. Elaboração CEPLAN.
(1) Incluídos os valores referentes ao refinanciamento da Dívida Pública.
17. 6.8
7.4
7.9 8.0 8.1 8.3 8.6 8.7 8.9 8.9 9.0 9.0
9.5
10.2
10.9 11.2
0.0
2.0
4.0
6.0
8.0
10.0
12.0
jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16
DESEMPREGO: FORTE TRAJETÓRIA DE ELEVAÇÃO,
COM ACELERAÇÃO NO ÚLTIMO TRIMESTRE
Brasil: taxa de desocupação das pessoas de 14 anos ou mais de idade, em %
janeiro/2015 a abril/2016 (média em 3 meses)
Fonte: PNAD-Contínua/IBGE. Elaboração Ceplan.
Desocupados
fev-mar-abr/2015: 8.029 mil
fev-mar-abr/2016: 11.411 mil
Variação: ↑42,1%
Diferença: 3.382 mil
Ocupados ↓1,7%
Conta Própria ↑4,9%
18. BRASIL 2015/16: MASSA SALARIAL REAL DECLINA,
AFETANDO NEGATIVAMENTE O CONSUMO
Fonte: PNAD Contínua/IBGE. Elaboração Ceplan.
Brasil: variação real da massa de rendimento do trabalho, em %
(acumulada em 12 meses e variação anual) - dezembro/2013 a abril/2016
5.2 5.0
5.5
5.8 5.6 5.6
4.9
4.0 4.0 3.7
2.8 2.8 2.9
2.6
1.9
1.6
1.3
0.8
1.5
2.0
1.2 1.2 1.2
0.3
-0.2
-0.7
-1.4-1.4
-1.8
JUN/14, 2.9
JUL/15, -0.2
-3.0
-2.0
-1.0
0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
6.0
7.0
Variação em 12 meses Variação anual
19. POUPANÇA EXTERNA COMPLEMENTA A BAIXA
POUPANÇA INTERNA
Brasil: Saldo da Balança de Transações Correntes (BTC) - US$ (bilhões) - 2000-2016¹
Déficit nas transações com o exterior é considerada uma poupança externa. Poupança
doméstica se situa em 14,3%, abaixo da taxa de investimento (16,9%). Cai o déficit
em transações correntes por causa da retração econômica e da desvalorização do real.
-24.2 -23.2
-7.6
4.2
11.7 14.0 13.6
1.6
-28.2
-24.3
-47.3
-52.5 -54.2
-81.1
-103.6
-58.9
-25.0
-120.0
-100.0
-80.0
-60.0
-40.0
-20.0
0.0
20.0
40.0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016¹
Fonte: Depec/BCB. Elaboração Ceplan.
Nota: ¹Projeção do Relatório de Inflação de março de 2016 do BCB.
20. O SETOR EXTERNO DA ECONOMIA NÃO ESTÁ
VULNERÁVEL
Brasil: Investimentos diretos no país (líquido) – US$ (milhões) – 2010 -2016¹
Queda no IDP líquido, mas suficiente para cobrir o déficit de transações correntes em 2015. A
despeito das dificuldades o país continua atraindo para a sua economia investimento estrangeiro,
mas a crise está drenando capitais especulativos e atraindo menos investimentos.
33.0
23.2
16.6
10.1
18.2 15.5 19.4
44.6
50.7
31.5
88.5
101.2
86.6
69.2
96.9
75.1
60.0
0.0
20.0
40.0
60.0
80.0
100.0
120.0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016¹
Fonte: Depec/BCB. Elaboração Ceplan.
Nota: ¹Projeção do Relatório de Inflação de março de 2016 do BCB.
21. Qual é o caminho da recuperação da economia?
(algumas medidas principais)
Restaurar a credibilidade da Presidência;
Dialogar e negociar com o Congresso Nacional;
Restabelecer a unidade da base aliada;
Realizar um ajuste fiscal crível e viável: limitar o crescimento
do gasto público;
Reduzir os juros, respeitadas as condições fiscais.
CONJUNTURA ECONÔMICA 2016:
PERSPECTIVAS E SAÍDAS
22. Qual é o caminho da recuperação da economia?
(algumas medidas principais)
Retomar os investimentos em parceria com o setor privado, através de
PPs e Concessões em infraestrutura; rodovias, portos, aeroportos, etc.
Aumentar a produtividade da economia; melhorar a educação e a
qualidade da infraestrutura;
Eliminar os resíduos de indexação ainda existentes;
Apoiar a indústria para que retome seu crescimento e importância na
economia; aumento da produtividade e inovação em produtos e
processos;
Realizar as reformas da previdência, tributária e trabalhista.
CONJUNTURA ECONÔMICA 2016:
PERSPECTIVAS E SAÍDAS
23. Qual tem sido, até agora, o caminho seguido pelo Governo Interino?
A. NA POLÍTICA
Busca restaurar, com dificuldades devido a composição do ministério, a
credibilidade da Presidência;
Está dialogando com o Congresso Nacional; teve uma primeira vitória.
Terá outras?
Restabeleceu a unidade da base aliada, mas tal unidade terá de resistir a
Lava Jato, gravações traiçoeiras e a propostas importantes e polêmicas.
Terá que negociar com o Congresso para aprovar medidas importantes
na economia.
AS PROPOSTAS DO GOVERNO TEMER
24. Qual tem sido, até agora, o caminho seguido pelo Governo Interino?
B. NA ECONOMIA
Estabeleceu teto para as despesas pública: despesa real está congelada. Crescimento
nominal igual a inflação do ano anterior;
Congelou alguns subsídios; aumentos precisam ser compensados (medida administrativa);
Fim do Fundo Soberano: $ 2 bi voltam ao Tesouro (medida administrativa);
Antecipação de pagamentos do BNDES no valor de $ 100 bilhões: deve ser avaliado se não
fere LRF (medida administrativa);
Busca realizar um ajuste fiscal crível e viável; meta é um déficit primário de R$ 170,5
bilhões já aprovada pelo Congresso;
Deu autonomia informal ao BC, mas precisa que o MF assegure as condições do lado da
política fiscal para baixar a taxa de juros cujo custo é muito alto;
Busca retomar os investimentos em parceria com o setor privado, através de PPs e
Concessões em infraestrutura; rodovias, portos, aeroportos, etc. Priorizou iniciativa que
procura criar incentivos corretos para a iniciativa privada.
AS PROPOSTAS DO GOVERNO TEMER
25. O que ainda não foi proposto, mas precisaria sê-lo
A. No curto prazo (nos próximos 6 meses)
Desindexar piso previdenciário do salário-mínimo pois tem forte impacto fiscal;
Desvincular receitas; as vinculações criam rigidez, retirando autonomia do
orçamento, reduzindo o grau de liberdade da política fiscal; a desvinculação
geraria maior flexibilidade na administração do orçamento público uma vez que há
excessiva rigidez para baixo nas despesas;
Remover todas as formas de subsídios, isenções, regimes especiais de tributação e
privilégios que envolvam recursos do tesouro nacional.
MEDIDAS NECESSÁRIAS
26. O que ainda não foi proposto, mas precisaria sê-lo
A. No curto prazo (nos próximos 6 meses)
Reduzir a taxa de juros básica de economia (SELIC) quando a política fiscal
começar a produzir resultados;
Reforma da Previdência: prioritária porque é fonte de profundos desajustes nas
contas públicas tanto no RGP quanto no regime do serviço público, revisão de
alguns benefícios para assegurar maior capacidade de ajuste em tempos de
necessidade; aumento da idade mínima acompanhando o crescimento da
expectativa de vida;
Instituir boa governança corporativa nas estatais e nas agências reguladoras.
MEDIDAS NECESSÁRIAS
27. O que ainda não foi proposto, mas precisaria sê-lo
B. A médio prazo (Até 2018)
Alinhar e balizar LDO, LOA e PPA por meio de uma permanente avaliação das políticas
públicas para aumentar a efetividade da despesa e definir que políticas/programas devem
continuar, quais políticas devem ser melhoradas e quais deveriam ser extintas. Em particular,
melhorar a efetividade dos programas sociais e reavaliar outros que não são direcionados
para os mais pobres;
Remover resíduos de indexação ainda existentes na economia;
Retomar seletivamente programa de privatizações;
Iniciar ações e programas de crescimento econômico e desenvolvimento social cujos efeitos
exigem tempo para maturação e que precisariam ser continuados após 2018, conforme
indicado a seguir.
Será necessário aumentar os impostos? A carga é alta porque se gasta muito.
AS PROPOSTAS DO GOVERNO TEMER
28. O que ainda não foi proposto, mas precisaria sê-lo
C. Até e após 2018: Crescimento econômico e desenvolvimento
social
Promover maior abertura comercial; buscar novos parceiros externos através de
tratados bi e multilaterais de comércio. Concluir negociações com a União Europeia e
aperfeiçoar o Mercosul;
Reduzir o protecionismo na economia para melhorar a produtividade e a
competitividade;
Aumentar a competitividade da indústria brasileira por meio de incentivos à inovação
em produtos e processos.
AS PROPOSTAS DURANTE E APÓS TEMER
29. O que ainda não foi proposto, mas precisaria sê-lo
C. Até e após 2018: Crescimento econômico e desenvolvimento
social
Reforma Tributária: a carga é alta, o sistema é regressivo, iniquo e retira produtividade;
racionalizar alguns impostos, unificar o ICMS, desonerar investimentos e exportações;
Reforma trabalhista: assegurar direitos básicos e fortalecer a negociação coletiva, mas
flexibilizar regras para reduzir custos e aumentar a produtividade, regulamentar o
direito de greve no serviço público;
Investir em conhecimento por meio de reformas no sistema de ensino formal
(educação básica: educação infantil, ensino fundamental, médio e superior) e
profissional.
AS PROPOSTAS DURANTE E APÓS TEMER
A taxa de investimento no ano de 2015 foi de 18,2% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (20,2%). A taxa de poupança foi de 14,4% em 2015 (ante 16,2% no ano anterior).
A taxa de investimento no ano de 2015 foi de 18,2% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (20,2%). A taxa de poupança foi de 14,4% em 2015 (ante 16,2% no ano anterior).
Transações corr./PIB (-3,3% em 2015) (-1,6% previsão de 2016)
A taxa de investimento no ano de 2015 foi de 18,2% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (20,2%). A taxa de poupança foi de 14,4% em 2015 (ante 16,2% no ano anterior).