A crônica descreve uma conversa entre uma mãe e seu filho, onde o filho pergunta o que significa a expressão "Frankenstein". A mãe explica que se refere a um personagem de filme de terror e que sua professora usou essa expressão para descrever uma redação desorganizada do filho. A mãe o ajuda a reescrever o texto de forma mais coesa.
2. ● Gênero textual crônica;
● Variação linguística na
dimensão situacional.
● Ler uma crônica, retomando
características do gênero;
● Identificar os usos da
variação linguística
considerando o nível
estilístico-pragmático e a
dimensão situacional.
Conteúdos Objetivos
3. Para começar
● Você já ouviu a expressão
“Nossa, está parecendo um
Frankenstein...”?
● Sabe o que ela significa?
Vamos ler a crônica a seguir
para refletir um pouco a
respeito.
Técnica LEMOV:
Virem e conversem
4. Foco no conteúdo
— Mãe...
— Sim?
— O que é um Frankenstein?
— Como assim filho?
— O que é um Frankenstein? O que isso quer dizer?
A mãe suspirou fundo... Explicar certas coisas é complicado... Na
verdade, ela ficou surpresa até com a pergunta.
FRANKILINSTEIN...
5. Foco no conteúdo
A maioria dos jovens da idade dele curte filmes de terror. Ela
amava desde a adolescência. Até participava de um grupo em um
aplicativo de mensagens que compartilhava listas sobre filmes de
terror, artistas, datas e curiosidades. Embora acabasse assistindo
sempre sozinha, porque o marido morria de medo da maioria dos
filmes.
— Frankenstein é um personagem de filme de terror... Achei que
você soubesse... tem várias versões... até séries... É baseado em
um livro. Mas por que a pergunta? Alguém te chamou assim?
6. Foco no conteúdo
— Minha professora de Língua Portuguesa disse que minha redação
parecia um Frankenstein. Tirei 5...
A mãe respirou mais aliviada. Ao menos não fora bullying.
— Como assim? Ela explicou?
— Ela disse que eu escrevi muito, mas na verdade era um
amontoado de partes sem muito sentido... Por isso prefiro
Matemática... Odeio escrever....
— Qual era o tema?
7. Foco no conteúdo
— Estamos escrevendo alguns textos dissertativo-argumentativos...
Daí eu precisava escrever sobre os avanços da Ciência no século
XXI. Daí li alguns arquivos, pesquisei na internet e juntei as
informações. Daí não deu muito certo...
— Daí talvez se você prestasse mais atenção em vez de ficar
jogando, enquanto faz as tarefas online... Aposto que tem um
monte de “Daí” no seu texto... Pior que o tema tem tudo a ver com
a história de Frankenstein.
8. Foco no conteúdo
— Não tenho paciência... A tela do aplicativo é muito pequena... Ela
disse para eu pesquisar conectivos inter e intraparágrafos... Acho
que já vimos isso em alguma aula... Mas não lembro...
— Sei... a tela para assistir às aulas é pequena... Para jogar online,
não... Então tá...
— Agora preciso reescrever, organizar as partes... dar coesão ao
texto, segundo ela.
9. Foco no conteúdo
— Faça isso...
— Tô com preguiça...
— Ela falou só que o texto parecia um Frankenstein? Porque você, às
vezes, também parece...
— Credo, mãe!...
— Sim, você é devagar quase parando... Vai lá, vou pegar uma
gramática e eu te ajudo.
E lá se foi Frankilin... Alto, magro, lento...
Texto cedido pelo autor Marcos Rohfe para uso neste material.
10. Foco no conteúdo
A crônica é um gênero textual que pode apresentar elementos da
estrutura narrativa e trechos reflexivos. Entre as suas características
mais básicas, destacam-se a linguagem clara e objetiva e o texto
curto. Costuma trazer um olhar singular acerca de temas reais
contemporâneos, apresentando-os de forma mais subjetiva,
transitando entre o jornalístico e o literário.
O gênero chama atenção pelo tom mais leve, muitas vezes irônico e
humorístico, prendendo a atenção do leitor por contar uma história de
forma breve. Em geral, na crônica a narração capta um momento, um
flagrante do dia a dia; o desfecho, embora possa ser conclusivo, nem
sempre representa a resolução do conflito, e a imaginação do leitor é
estimulada a tirar suas próprias conclusões.
11. Na prática
a) Há a predominância de diálogos ou de observações feitas pelo
narrador?
b) Qual é o tipo de narrador presente na crônica? Justifique com
um trecho do texto.
1. Observe a estrutura do texto “Frankilinstein” e responda:
12. Na prática
a) Há a predominância de diálogos ou de observações feitas pelo
narrador?
Há a predominância do diálogo, visto que o autor
utiliza alguns sinais de pontuação, como travessões,
exclamação, interrogação e reticências, priorizando o
uso do discurso direto, ou seja, a transcrição das falas
dos personagens. Há algumas observações feitas pelo
narrador, mas em menor número.
1. Observe a estrutura do texto “Frankilinstein” e responda:
Correção
13. Na prática
b) Qual é o tipo de narrador presente na crônica? Justifique com
um trecho do texto.
Narrador onisciente, também chamado de onipresente,
isso porque conhece toda a história, os detalhes e os
sentimentos, emoções e pensamentos dos personagens.
“[...] A mãe suspirou fundo... Explicar certas coisas é
complicado... Na verdade, ela ficou surpresa até com a
pergunta. A maioria dos jovens da idade dele curte
filmes de terror. Ela amava desde a adolescência. Até
participava de um grupo em um aplicativo de mensagens
que compartilhava listas sobre filmes de terror, artistas,
datas e curiosidades. [...]”
Correção
14. Na prática
Destaque o termo que se repete e explique qual função
ele exerce nas frases.
2. Considere o trecho a seguir:
[...] “— Estamos escrevendo alguns textos dissertativo-
argumentativos... Daí eu precisava escrever sobre os avanços da
Ciência no século XXI. Daí li alguns arquivos, pesquisei na internet e
juntei as informações. Daí não deu muito certo [...]”.
15. Na prática
Destaque o termo que se repete e explique qual função ele
exerce nas frases.
“Daí” é um termo característico da oralidade e da
informalidade e garante a coesão textual ao estabelecer a
interligação entre as ideias do texto.
2. Considere o trecho a seguir:
[...] “— Estamos escrevendo alguns textos dissertativo-
argumentativos... Daí eu precisava escrever sobre os avanços da
Ciência no século XXI. Daí li alguns arquivos, pesquisei na internet e
juntei as informações. Daí não deu muito certo [...]”.
Correção
16. Na prática
“Daí” [Classe gramatical: contração (de (preposição) + aí
(advérbio)), locução adverbial (separação silábica: da-í)].
Sinônimo: então. Dependendo do contexto, pode também
exemplificar um resultado, uma conclusão: “Abandonou a
escola, daí a galera acabou se esquecendo dele”. Também
expressa continuidade em relação a um assunto: “E daí, ela
não ligou?”. Pode ainda fazer referência a lugar: “Sairemos
daí de madrugada”.
Correção
17. Na prática
3. No trecho destacado, a fala é informal por tratar-se de diálogo
entre mãe e filho.
Reescreva-o utilizando conectivos adequados para deixá-lo
mais formal, realizando as adaptações necessárias.
[...] “— Estamos escrevendo alguns textos dissertativo-
argumentativos... Daí eu precisava escrever sobre os avanços da
Ciência no século XXI. Daí li alguns arquivos, pesquisei na internet
e juntei as informações. Daí não deu muito certo [...].”
18. Na prática
3. No trecho destacado, a fala é informal por tratar-se de diálogo
entre mãe e filho.
Reescreva-o utilizando conectivos adequados para deixá-lo
mais formal, realizando as adaptações necessárias.
[...] “— Estamos escrevendo alguns textos dissertativo-
argumentativos... Daí (por essa razão, por esse motivo) eu
precisava escrever sobre os avanços da Ciência no século XXI. Daí
(então, por causa disso) li alguns arquivos, pesquisei na internet
e juntei as informações. Daí (mas, porém, todavia) não deu
muito certo [...].”
Correção
19. Aplicando
Produza uma crônica a partir de uma
situação que tenha ocorrido na escola
ou na comunidade que você considere
interessante para compartilhar com
seus colegas. Deixe claro para o leitor:
• Tema, assunto e cenário;
• Situação do cotidiano retratada;
• Tom do texto e foco narrativo.
Não se esqueça de revisar seu texto
antes de compartilhá-lo com a turma.
Técnica LEMOV:
Todo mundo escreve +
Hábitos de discussão
20. O que aprendemos hoje?
● Lemos uma crônica, retomando características do gênero;
● Identificamos os usos da variação linguística considerando
o nível estilístico-pragmático e a dimensão situacional;
● Produzimos uma crônica.
21. Tarefa SP
Localizador: 97682
1. Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com
seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
2. Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
3. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
4. Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
5. Clique em “Procurar”.
Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
22. Referências
BUENO, F. S. Gramática de Silveira Bueno. 20. ed. atualizada. São
Paulo: Global, 2014.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em ação:
linguagens e suas tecnologias. São Paulo: SEE, 2023.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista do
Ensino Médio. São Paulo: SEE, 2020.
Slides 4 a 9 – Texto cedido pelo autor para uso neste material.
(EM13LP10) Analisar o fenômeno da variação linguística, em seus diferentes níveis (variações fonético-fonológica, lexical, sintática, semântica e estilístico-pragmática) e em suas diferentes dimensões (regional, histórica, social, situacional, ocupacional, etária etc.), de forma a ampliar a compreensão sobre a natureza viva e dinâmica da língua e sobre o fenômeno da constituição de variedades linguísticas de prestígio e estigmatizadas, e a fundamentar o respeito às variedades linguísticas e o combate a preconceitos linguísticos.
Sugestão de minutagem:
Para começar: 2 minutos
Foco no conteúdo: 10 minutos
Na prática: 15 minutos
Aplicando: 15 minutos (Sugerimos iniciar a atividade em sala, porém ela deve ser estendida para que os estudantes tenham tempo hábil para os processos de produção e revisão textual)