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Professor: Daniel Moura
Disciplina: Ergonomia
Curso: Graduação em Engenharia de Produção 1
Ergonomia
• Histórico:
– Pré-história;
– Revolução Industrial;
– II Guerra Mundial;– II Guerra Mundial;
– 12/07/1949 – nascimento oficial da ergonomia;
• Interdisciplinar: médicos, psicólogos, fisiologistas,
engenheiros;
2
Ergonomia
• ergo: trabalho;
• nomos: regras, leis naturais;
• Binômio:
– Conforto ↔ Produtividade;– Conforto ↔ Produtividade;
• Adaptar???
– homem ao trabalho
– trabalho ao homem
• quando o trabalhador está bem, produz melhor;
– saídas de um sistema não são independentes;
3
Caso 1
Trata-se de uma estamparia bastante
velha, população essencialmente feminina, sem
participação dos trabalhadores nas decisões.
Equipamento composto de pequenas prensas,
cadência de trabalho elevada e nível de ruído
muito acima do limite regulamentar. A pressão
do SESMT leva a direção da empresa a efetuar
melhorias. Durante um fim de semana, semmelhorias. Durante um fim de semana, sem
avisar a operadora do posto de trabalho, a
direção faz um enclausuramento na máquina.
Segunda-feira de manhã, a operadora
começa a trabalhar. No primeiro movimento da
prensa, ela perde um dedo.
4
Caso 2
Uma empresa agroalimentar investe na
compra de uma linha de desossamento
vertical para grandes bovinos. Objetivo
anunciado: aumento de produtividade.
Secundariamente: melhoria de condições de
trabalho, pois com a nova linha não seria
necessário virar os quartos de carne, comonecessário virar os quartos de carne, como
se fazia antes, nas mesas de desossamento.
Alguns meses após a mudança realizada
pela empresa, em diversos postos da linha
de desossamento, surgem reclamações de
problemas lombares.
5
Análise dos Casos
Análise dos casos 1 e 2
1. O ruído foi considerado tecnicamente. Os interessados não foram
ouvidos. A percepção interferiu na atividade de trabalho;
2. A operadora não teve tempo para criar novos modos operatórios
que lhe permitiriam trabalhar com segurança;
3. A penosidade ligada à manipulação dos quartos de carne foi
atenuada;atenuada;
4. Novos constrangimentos apareceram: há necessidade de
informações visuais indispensáveis para o corte de carne de
qualidade;
5. As posturas adotadas pelos operadores tornaram-se ainda mais
penosas por terem de desossar animais de diversos tamanhos.
6
7
Origem e Evolução da Ergonomia
• Ergonomia vem do grego (Ergon =
trabalho + Nomos = normas, regras, lei);
• O trabalho tem todo um pano de fundo
de sofrimento.
• Em latim: trabalho = tripalium trabalhar=
tripaliare (torturar com o tripalium);tripaliare (torturar com o tripalium);
• Na bíblia: “ganharás o pão com o suor de
teu rosto”;
• Na Grécia antiga: duplo sentido: ponos =
penalidade; ergon = criação.
8
• Foi proposto pela primeira vez em 1857
pelo naturalista polonês Woitej
Yastembrowski;
• Como ciência desenvolveu-se na II Guerra
Mundial, quando fisiologistas, psicólogos;
antropólogos, médicos e engenheiros
trabalharam juntos para resolver
Origem e definição do termo
trabalharam juntos para resolver
problemas em equipamentos militares
complexos (cockpit);
• Quase cem anos mais tarde, em 1949, um
engenheiro inglês chamado Murrel criou
na Inglaterra a primeira sociedade nacional
de ergonomia, a “Ergonomic Research
Society”.
9
Origem e definição do termo
• Ergonomic Research Society - 1949 Inglaterra
(Human Factor).
• A ergonomia de língua francesa ou
Francofônica surgiu em meados dos anos 50,
institucionalizando-se em 60 (Trabalho Real);
• Ambas se opõem ao conceito vigente de• Ambas se opõem ao conceito vigente de
adaptar o homem ao trabalho, como foi o
objetivo do taylorismo;
• Em 31 de agosto de 1983 foi criada a
“Associação Brasileira de Ergonomia -
ABERGO”.
10
Linha do Tempo das Principais Associações de
Ergonomia
1949
1950
Criação Sociedade de
Ergonomia de Língua Francesa -
SELF
Criação da Ergonomic
Research Society –
Human Factor
1983
1950
1969
Fundação da Associação
Brasileira de Ergonomia -
Abergo
SELF
Fundação da International
Ergonomic Association -
IEA
11
Conceitos de ergonomia
Conceito da Ergonomics Research Society (U.K.)
“A ergonomia é o estudo do relacionamento entre“A ergonomia é o estudo do relacionamento entre
o homem e o seu trabalho, equipamento e
ambiente, e particularmente a aplicação dos
conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia
na solução surgida neste relacionamento”.
12
• disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de
todos os aspectos da atividade humana:
– homem;
– máquina;
– ambiente;
– informação;
• “Trata-se de uma disciplina orientada para
uma abordagem sistêmica de todos os
aspectos da atividade humana. [...] tanto em
seus aspectos físicos e cognitivos, como– informação;
– organização;
– conseqüências do trabalho;
• “conhecimentos relativos ao homem e necessários para a
concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que
possam ser utilizados com o máximo de conforto,
segurança e de eficácia”.
seus aspectos físicos e cognitivos, como
sociais, organizacionais, ambientais, etc.”
ABERGO
13
Definição Usual de Ergonomia
Aplicação de um conjunto de
conhecimentos científicos,conhecimentos científicos,
visando adaptar o trabalho ao
homem.
14
Ergonomia
• Problema orientado: busca por solução;
• Por que usá-la???
– Novas tecnologias;
– Competitividade de mercado;– Competitividade de mercado;
– Produtividade x qualidade;
– Melhoria de Práticas:
• Eficácia, segurança e qualidade;
• Busca: conhecer comportamento do
trabalhador;
15
Aborda questões relativas ao trabalho como
por exemplo:
alto índice de acidentes de trabalho;
problemas associados a doenças do trabalho;
questões relacionadas à redução da produtividade noquestões relacionadas à redução da produtividade no
local de trabalho, alto índice de absenteísmo, retrabalhos,
diminuição de motivação, etc;
Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), proporcionando
mais do que um posto de trabalho melhor, mas também
uma vida melhor no trabalho.
16
O Taylorismo e a Ergonomia
• Para que as idéias fossem aceitas na classe operária, os
industriais começaram a premiar os funcionários que
aumentassem o número de peças produzidas para além da
média.
• Taylor se encontrava com os responsáveis e chefes das• Taylor se encontrava com os responsáveis e chefes das
indústrias para tentar convencê-los a deixar a produção
tradicional e adotar a administração científica.
• Logo suas idéias foram aceitas pelas indústrias americanas
e de todo o mundo.
O Taylorismo e a Ergonomia
• Henry Ford, na primeira metade do século XX, em Detroit, coloca
em prática as teorias de Taylor, lançando a produção em série,
depois seguida por Alfred Sloan da General Motors.
• Ao contrário da produção artesanal, nessa concepção o cliente não
tem escolha. Os fabricantes elaboram produtos para suprirem o
gosto do maior número de pessoas possíveis. O produto é
"empurrado" para a população."empurrado" para a população.
• Seu produto mais conhecido foi o Ford Modelo T, produzido com
custo reduzido para a sociedade de massa, totalmente aos moldes
fordistas-tayloristas.
• O inconveniente é que todos os carros eram exatamente iguais,
até da mesma cor, o que levou Ford a lançar uma série de
propagandas dizendo que qualquer americano poderia ter o seu
Ford Modelo T, da cor que quisesse, contanto que fosse preto.
O Taylorismo e a Ergonomia
• Na produção em série da Ford ainda houve muitos desperdícios de matéria
prima e tempo de mão-de-obra na correção de defeitos do produto.
• Essa estrutura durou até o final da Segunda Guerra Mundial, quando
também numa fábrica de automóveis no Japão, aparece um outro sistema de
produção - o toyotismo, que se caracterizou pela concepção "enxuta" (clean,
magra, sem gorduras).
• Esse novo modo de pensar a produção sofreu forte influência do engenheiro
americano W. Edwards Deming, que atuou como consultor das forças de
Esse novo modo de pensar a produção sofreu forte influência do engenheiro
americano W. Edwards Deming, que atuou como consultor das forças de
ocupação dos EUA no Japão após a Segunda Guerra.
• Deming argumentava com os industriais da nação quase em ruínas que
melhorar a qualidade não diminuiria a produtividade.
• A proposta é de que o próprio consumidor escolha seu produto. O
estabelecimento ou a fábrica deixa de "empurrar" a mercadoria para o cliente,
para que este a "puxe" de acordo com as suas próprias necessidades.
A ergonomia se esforça para conhecer o
comportamento do operador
Diferença entre:
o trabalho prescrito = tarefa
o trabalho real = atividade
AtividadeAtividade é a expressão doé a expressão do
funcionamento do homemfuncionamento do homem
na execução de sua tarefa.na execução de sua tarefa.
20
As diferentes abordagens da Ergonomia
Microergonômica
Ergonomia do posto de trabalho
Quanto a abrangência
Macroergonomia
Ergonomia de sistemas de produção
Domínios da Ergonomia
• Microergonomia;
– relacionada com anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica
em sua relação com a atividade física;
– postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, DORT,
projeto de posto de trabalho, segurança e saúde;
• Ergonomia cognitiva;
– processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta
motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros
SITUAÇÃO DE TRABALHO
CAMPO DE ESTUDO DA ERGONOMIA
O Trabalhador
•Dados pessoais:
Características
físicas, sexo, idade
•Qualificação:
Experiência,
formação adquirida.
Contrato
Tarefas prescritas
Tarefas atualizadas
A empresa:
•Objetivos;
•Meios de trabalho:
Máquinas,
ferramentas, meio
ambiente,
documentação,
Ergonomia
– processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta
motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros
elementos de um sistema;
– estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão, desempenho
especializado, interação homem computador, estresse e treinamento;
• Macroergonomia;
– otimização dos sistemas sócio-técnicos, incluindo estruturas organizacionais,
políticas e de processos;
– comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações, projeto de
trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto
participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura
organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e gestão da qualidade;
formação adquirida.
•Estado atual:
Ritmos biológicos.
Fadiga, vida fora do
trabalho.
Atividade de Trabalho
Saúde: acidentes e
doenças ocupacionais
Produção: qualidade e
produtividade
EMPREGO
documentação,
organização do
trabalho.
22
1. Ergonomia de concepção: normas e
especificações de projeto.
2. Ergonomia de correção: modificações de
As diferentes abordagens da Ergonomia
Quanto a contribuição
2. Ergonomia de correção: modificações de
situações existentes.
3. Ergonomia de conscientização: capacitação
em ergonomia.
1. Engenharia: projeto e produção
ergonomicamente seguros.
2. Design: metodologia de projeto e design do
produto
As diferentes abordagens da Ergonomia
Quanto a interdisciplinaridade
produto
3. Psicologia: treinamento e motivação do
pessoal
4. Medicina e enfermagem: prevenção de
acidentes e doenças do trabalho
5. Administração: projetos organizacionais e
gestão de pessoas.
24
Custo/benefício da ergonomia
• ser economicamente viável:
– custo/benefício;
• custos: imediatos curto prazo;
• benefícios: demora longo prazo;• benefícios: demora longo prazo;
• fatores intangíveis:
– ↑ qualidade de vida no trabalho;
– ↑ moƟvação;
– ↑ conforto;
– ↑ comunicação interpessoal;
25
Aplicações da ergonomia
• ideal:
– etapas iniciais do PROJETO:
• máquina;
• sistema;
Ergonomia
• sistema;
• ambiente;
– considerar restrições do projeto;
– saúde do trabalhador;
26
Justificação de melhorias ergonômicas
O manuseio da técnica de custo/benefício;
O desenvolvimento do custo de melhorias
ergonômicas;ergonômicas;
O desenvolvimento do benefício de
melhorias ergonômicas.
27
Análise de Custo/Benefício
É a forma predominante, entre outras existentes, para
justificar os gastos com mudanças propostas pela
ergonomia.ergonomia.
diminuição de custos
Benefícios melhoria de desempenho
Limitada quando necessita quantificar custos e
benefícios intangíveis
28
Redução de custos
diminuir custos com horas extras (trabalhadores
substitutos);
custos de seguros e/ou custos de compensação
relacionados a acidentes ou lesões;relacionados a acidentes ou lesões;
ações judiciais;
melhorar a qualidade e a quantidade da produção,
prover treinamento adicional;
etc.
29
Benefícios
Ganhos de fácil mensuração
aumentos de produtividade e de qualidade;
a redução dos desperdícios;a redução dos desperdícios;
as economias de energia; mão-de-obra,
manutenção, etc
Ganhos de difícil mensuração
redução do absenteísmo devido a acidentes e
doenças ocupacionais
30
Benefícios intangíveis
satisfação do trabalhador;
o conforto;o conforto;
a redução do turnover;
o aumento da motivação dos trabalhadores
31
As 10 principais causas de acidentes e doenças
profissionais nos EUA são responsáveis por 86% dos US$
38,7 bilhões pagos em indenizações em 1998.
Quando os custos indiretos gerados por estes acidentes
são somados aos US$ 38,7 bilhões de custos diretos, a
economia resultante pode atingir um total aproximado de
US$ 125-155 bilhões
(Liberty Mutual Research Center, 2002)
32
Custos diretos gerados pelas 10 principais causas de
acidentes e doenças profissionais nos EUA -1998
Causas de acidentes
% de custos diretos
para compensação de
trabalhadores no ano de
1998
Estimativa nacional de
custo direto para
compensação de
trabalhadores
Lesões causadas pelo
excesso de levantamentos,
puxões, arremesso, tempo
segurando objetos pesados
25.57% $ 9.8 bilhões
Quedas 11.46% $ 4.4 bilhões
Lesões resultante de maus
jeitos e escorregões, perda
de equilíbrio sem queda
9.35% $ 3.6 bilhões
Quedas em nivel mais baixo
(escada, ou sobre grades)
9.33% $ 3.6 bilhões
Quedas de objetos sobre o
trabalhador
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Movimentos repetitivos 6.10% $ 2.3 bilhões
Acidentes no caminho do
trabalho
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Lesões por choques, batidas
contra equipamentos pesados
4.92% $ 1.9 bilhões
Esmagamento por máquinas
ou equipamentos
4.18% $ 1.6 bilhões
Contato c/ temperaturas
extremas que resultam em
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Aula 1 - Ergonomia

  • 1. Professor: Daniel Moura Disciplina: Ergonomia Curso: Graduação em Engenharia de Produção 1
  • 2. Ergonomia • Histórico: – Pré-história; – Revolução Industrial; – II Guerra Mundial;– II Guerra Mundial; – 12/07/1949 – nascimento oficial da ergonomia; • Interdisciplinar: médicos, psicólogos, fisiologistas, engenheiros; 2
  • 3. Ergonomia • ergo: trabalho; • nomos: regras, leis naturais; • Binômio: – Conforto ↔ Produtividade;– Conforto ↔ Produtividade; • Adaptar??? – homem ao trabalho – trabalho ao homem • quando o trabalhador está bem, produz melhor; – saídas de um sistema não são independentes; 3
  • 4. Caso 1 Trata-se de uma estamparia bastante velha, população essencialmente feminina, sem participação dos trabalhadores nas decisões. Equipamento composto de pequenas prensas, cadência de trabalho elevada e nível de ruído muito acima do limite regulamentar. A pressão do SESMT leva a direção da empresa a efetuar melhorias. Durante um fim de semana, semmelhorias. Durante um fim de semana, sem avisar a operadora do posto de trabalho, a direção faz um enclausuramento na máquina. Segunda-feira de manhã, a operadora começa a trabalhar. No primeiro movimento da prensa, ela perde um dedo. 4
  • 5. Caso 2 Uma empresa agroalimentar investe na compra de uma linha de desossamento vertical para grandes bovinos. Objetivo anunciado: aumento de produtividade. Secundariamente: melhoria de condições de trabalho, pois com a nova linha não seria necessário virar os quartos de carne, comonecessário virar os quartos de carne, como se fazia antes, nas mesas de desossamento. Alguns meses após a mudança realizada pela empresa, em diversos postos da linha de desossamento, surgem reclamações de problemas lombares. 5
  • 6. Análise dos Casos Análise dos casos 1 e 2 1. O ruído foi considerado tecnicamente. Os interessados não foram ouvidos. A percepção interferiu na atividade de trabalho; 2. A operadora não teve tempo para criar novos modos operatórios que lhe permitiriam trabalhar com segurança; 3. A penosidade ligada à manipulação dos quartos de carne foi atenuada;atenuada; 4. Novos constrangimentos apareceram: há necessidade de informações visuais indispensáveis para o corte de carne de qualidade; 5. As posturas adotadas pelos operadores tornaram-se ainda mais penosas por terem de desossar animais de diversos tamanhos. 6
  • 7. 7
  • 8. Origem e Evolução da Ergonomia • Ergonomia vem do grego (Ergon = trabalho + Nomos = normas, regras, lei); • O trabalho tem todo um pano de fundo de sofrimento. • Em latim: trabalho = tripalium trabalhar= tripaliare (torturar com o tripalium);tripaliare (torturar com o tripalium); • Na bíblia: “ganharás o pão com o suor de teu rosto”; • Na Grécia antiga: duplo sentido: ponos = penalidade; ergon = criação. 8
  • 9. • Foi proposto pela primeira vez em 1857 pelo naturalista polonês Woitej Yastembrowski; • Como ciência desenvolveu-se na II Guerra Mundial, quando fisiologistas, psicólogos; antropólogos, médicos e engenheiros trabalharam juntos para resolver Origem e definição do termo trabalharam juntos para resolver problemas em equipamentos militares complexos (cockpit); • Quase cem anos mais tarde, em 1949, um engenheiro inglês chamado Murrel criou na Inglaterra a primeira sociedade nacional de ergonomia, a “Ergonomic Research Society”. 9
  • 10. Origem e definição do termo • Ergonomic Research Society - 1949 Inglaterra (Human Factor). • A ergonomia de língua francesa ou Francofônica surgiu em meados dos anos 50, institucionalizando-se em 60 (Trabalho Real); • Ambas se opõem ao conceito vigente de• Ambas se opõem ao conceito vigente de adaptar o homem ao trabalho, como foi o objetivo do taylorismo; • Em 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação Brasileira de Ergonomia - ABERGO”. 10
  • 11. Linha do Tempo das Principais Associações de Ergonomia 1949 1950 Criação Sociedade de Ergonomia de Língua Francesa - SELF Criação da Ergonomic Research Society – Human Factor 1983 1950 1969 Fundação da Associação Brasileira de Ergonomia - Abergo SELF Fundação da International Ergonomic Association - IEA 11
  • 12. Conceitos de ergonomia Conceito da Ergonomics Research Society (U.K.) “A ergonomia é o estudo do relacionamento entre“A ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução surgida neste relacionamento”. 12
  • 13. • disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os aspectos da atividade humana: – homem; – máquina; – ambiente; – informação; • “Trata-se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os aspectos da atividade humana. [...] tanto em seus aspectos físicos e cognitivos, como– informação; – organização; – conseqüências do trabalho; • “conhecimentos relativos ao homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e de eficácia”. seus aspectos físicos e cognitivos, como sociais, organizacionais, ambientais, etc.” ABERGO 13
  • 14. Definição Usual de Ergonomia Aplicação de um conjunto de conhecimentos científicos,conhecimentos científicos, visando adaptar o trabalho ao homem. 14
  • 15. Ergonomia • Problema orientado: busca por solução; • Por que usá-la??? – Novas tecnologias; – Competitividade de mercado;– Competitividade de mercado; – Produtividade x qualidade; – Melhoria de Práticas: • Eficácia, segurança e qualidade; • Busca: conhecer comportamento do trabalhador; 15
  • 16. Aborda questões relativas ao trabalho como por exemplo: alto índice de acidentes de trabalho; problemas associados a doenças do trabalho; questões relacionadas à redução da produtividade noquestões relacionadas à redução da produtividade no local de trabalho, alto índice de absenteísmo, retrabalhos, diminuição de motivação, etc; Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), proporcionando mais do que um posto de trabalho melhor, mas também uma vida melhor no trabalho. 16
  • 17. O Taylorismo e a Ergonomia • Para que as idéias fossem aceitas na classe operária, os industriais começaram a premiar os funcionários que aumentassem o número de peças produzidas para além da média. • Taylor se encontrava com os responsáveis e chefes das• Taylor se encontrava com os responsáveis e chefes das indústrias para tentar convencê-los a deixar a produção tradicional e adotar a administração científica. • Logo suas idéias foram aceitas pelas indústrias americanas e de todo o mundo.
  • 18. O Taylorismo e a Ergonomia • Henry Ford, na primeira metade do século XX, em Detroit, coloca em prática as teorias de Taylor, lançando a produção em série, depois seguida por Alfred Sloan da General Motors. • Ao contrário da produção artesanal, nessa concepção o cliente não tem escolha. Os fabricantes elaboram produtos para suprirem o gosto do maior número de pessoas possíveis. O produto é "empurrado" para a população."empurrado" para a população. • Seu produto mais conhecido foi o Ford Modelo T, produzido com custo reduzido para a sociedade de massa, totalmente aos moldes fordistas-tayloristas. • O inconveniente é que todos os carros eram exatamente iguais, até da mesma cor, o que levou Ford a lançar uma série de propagandas dizendo que qualquer americano poderia ter o seu Ford Modelo T, da cor que quisesse, contanto que fosse preto.
  • 19. O Taylorismo e a Ergonomia • Na produção em série da Ford ainda houve muitos desperdícios de matéria prima e tempo de mão-de-obra na correção de defeitos do produto. • Essa estrutura durou até o final da Segunda Guerra Mundial, quando também numa fábrica de automóveis no Japão, aparece um outro sistema de produção - o toyotismo, que se caracterizou pela concepção "enxuta" (clean, magra, sem gorduras). • Esse novo modo de pensar a produção sofreu forte influência do engenheiro americano W. Edwards Deming, que atuou como consultor das forças de Esse novo modo de pensar a produção sofreu forte influência do engenheiro americano W. Edwards Deming, que atuou como consultor das forças de ocupação dos EUA no Japão após a Segunda Guerra. • Deming argumentava com os industriais da nação quase em ruínas que melhorar a qualidade não diminuiria a produtividade. • A proposta é de que o próprio consumidor escolha seu produto. O estabelecimento ou a fábrica deixa de "empurrar" a mercadoria para o cliente, para que este a "puxe" de acordo com as suas próprias necessidades.
  • 20. A ergonomia se esforça para conhecer o comportamento do operador Diferença entre: o trabalho prescrito = tarefa o trabalho real = atividade AtividadeAtividade é a expressão doé a expressão do funcionamento do homemfuncionamento do homem na execução de sua tarefa.na execução de sua tarefa. 20
  • 21. As diferentes abordagens da Ergonomia Microergonômica Ergonomia do posto de trabalho Quanto a abrangência Macroergonomia Ergonomia de sistemas de produção
  • 22. Domínios da Ergonomia • Microergonomia; – relacionada com anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação com a atividade física; – postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, DORT, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde; • Ergonomia cognitiva; – processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros SITUAÇÃO DE TRABALHO CAMPO DE ESTUDO DA ERGONOMIA O Trabalhador •Dados pessoais: Características físicas, sexo, idade •Qualificação: Experiência, formação adquirida. Contrato Tarefas prescritas Tarefas atualizadas A empresa: •Objetivos; •Meios de trabalho: Máquinas, ferramentas, meio ambiente, documentação, Ergonomia – processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema; – estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interação homem computador, estresse e treinamento; • Macroergonomia; – otimização dos sistemas sócio-técnicos, incluindo estruturas organizacionais, políticas e de processos; – comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações, projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e gestão da qualidade; formação adquirida. •Estado atual: Ritmos biológicos. Fadiga, vida fora do trabalho. Atividade de Trabalho Saúde: acidentes e doenças ocupacionais Produção: qualidade e produtividade EMPREGO documentação, organização do trabalho. 22
  • 23. 1. Ergonomia de concepção: normas e especificações de projeto. 2. Ergonomia de correção: modificações de As diferentes abordagens da Ergonomia Quanto a contribuição 2. Ergonomia de correção: modificações de situações existentes. 3. Ergonomia de conscientização: capacitação em ergonomia.
  • 24. 1. Engenharia: projeto e produção ergonomicamente seguros. 2. Design: metodologia de projeto e design do produto As diferentes abordagens da Ergonomia Quanto a interdisciplinaridade produto 3. Psicologia: treinamento e motivação do pessoal 4. Medicina e enfermagem: prevenção de acidentes e doenças do trabalho 5. Administração: projetos organizacionais e gestão de pessoas. 24
  • 25. Custo/benefício da ergonomia • ser economicamente viável: – custo/benefício; • custos: imediatos curto prazo; • benefícios: demora longo prazo;• benefícios: demora longo prazo; • fatores intangíveis: – ↑ qualidade de vida no trabalho; – ↑ moƟvação; – ↑ conforto; – ↑ comunicação interpessoal; 25
  • 26. Aplicações da ergonomia • ideal: – etapas iniciais do PROJETO: • máquina; • sistema; Ergonomia • sistema; • ambiente; – considerar restrições do projeto; – saúde do trabalhador; 26
  • 27. Justificação de melhorias ergonômicas O manuseio da técnica de custo/benefício; O desenvolvimento do custo de melhorias ergonômicas;ergonômicas; O desenvolvimento do benefício de melhorias ergonômicas. 27
  • 28. Análise de Custo/Benefício É a forma predominante, entre outras existentes, para justificar os gastos com mudanças propostas pela ergonomia.ergonomia. diminuição de custos Benefícios melhoria de desempenho Limitada quando necessita quantificar custos e benefícios intangíveis 28
  • 29. Redução de custos diminuir custos com horas extras (trabalhadores substitutos); custos de seguros e/ou custos de compensação relacionados a acidentes ou lesões;relacionados a acidentes ou lesões; ações judiciais; melhorar a qualidade e a quantidade da produção, prover treinamento adicional; etc. 29
  • 30. Benefícios Ganhos de fácil mensuração aumentos de produtividade e de qualidade; a redução dos desperdícios;a redução dos desperdícios; as economias de energia; mão-de-obra, manutenção, etc Ganhos de difícil mensuração redução do absenteísmo devido a acidentes e doenças ocupacionais 30
  • 31. Benefícios intangíveis satisfação do trabalhador; o conforto;o conforto; a redução do turnover; o aumento da motivação dos trabalhadores 31
  • 32. As 10 principais causas de acidentes e doenças profissionais nos EUA são responsáveis por 86% dos US$ 38,7 bilhões pagos em indenizações em 1998. Quando os custos indiretos gerados por estes acidentes são somados aos US$ 38,7 bilhões de custos diretos, a economia resultante pode atingir um total aproximado de US$ 125-155 bilhões (Liberty Mutual Research Center, 2002) 32
  • 33. Custos diretos gerados pelas 10 principais causas de acidentes e doenças profissionais nos EUA -1998 Causas de acidentes % de custos diretos para compensação de trabalhadores no ano de 1998 Estimativa nacional de custo direto para compensação de trabalhadores Lesões causadas pelo excesso de levantamentos, puxões, arremesso, tempo segurando objetos pesados 25.57% $ 9.8 bilhões Quedas 11.46% $ 4.4 bilhões Lesões resultante de maus jeitos e escorregões, perda de equilíbrio sem queda 9.35% $ 3.6 bilhões Quedas em nivel mais baixo (escada, ou sobre grades) 9.33% $ 3.6 bilhões Quedas de objetos sobre o trabalhador 8.94% $ 3.4 bilhões Movimentos repetitivos 6.10% $ 2.3 bilhões Acidentes no caminho do trabalho 5.46% $ 2.1 bilhões Lesões por choques, batidas contra equipamentos pesados 4.92% $ 1.9 bilhões Esmagamento por máquinas ou equipamentos 4.18% $ 1.6 bilhões Contato c/ temperaturas extremas que resultam em choque térmico e queimaduras (gelo, calor) 0.92% $ 3.0 bilhões Todas causas de acidentes 100.00% $ 38.7 bilhões 33