1) O documento discute a poesia de Antero de Quental e a Geração de 70, um movimento literário e intelectual português que criticou o nacionalismo e defendeu a modernização.
2) A poesia de Antero tinha uma função de promover a mudança social, substituindo Deus pelo povo.
3) Seus poemas variavam entre uma visão otimista e racional da sociedade e uma visão pessimista de desengano e angústia existencial.
Gramática - Texto - análise e construção de sentido - Moderna.pdf
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1. Contextualização histórico-literária
Formação e ação da chamada Geração de 70
Período de viragem estética e modernizadora
Critica ao pensamento da tacanha, nacionalista e exaltação do grande espírito
filosófico do tempo
Questão Coimbra (1865)
Conferências do Casino (1871)
Antero de Quental
Antero de Quental
Função da poesia
A poesia de Antero surge como forma de intervenção
potenciadora de mudança na sociedade, sendo a poeta
o mensageiro dos ideais de transformação social.
"Povo deve substituir Deus no altar.”
A tendência luminosa, apolínea ou diurna
Sonetos otimistas;
Presença da razão;
Racionalidade confiante;
Romantismo humanitarista;
Crença na luta por uma sociedade
melhor, enquanto "Soldado do Futuro"
A tendência dionisíaca ou nocturna
Sonetos pessimistas;
Presença do desencanto, da angústia,
da dor, da desilusão, da morbidez, da
frustraçãoe do cansaço;
Interiorização reflexiva;
Inquietação filosófica e desassossego;
Refúgio na desistência, no sonho e na
transcendência religiosa
2. Poesia de Antero de Quental
Inquietação espiritual e desassossego;
Insatisfação perante o real;
Desencanto, angústia, dor, morbidez, frustração
Angústia existencial
Interiorização reflexiva;
Incessante procura de um sentido para a existência;
Desilusão e incredibilidade face à luta.
Refúgio no sonho e na transcendência religiosa.
Perfeição e plenitude das realizações
(imaginárias ou reais) do "eu".
Obra de Antero
Angústia existencial:
Ânsia metafísica (infinito) e perfeição;
Equilíbrio e ideias socialistas;
Ansiedade, angústia e desânimo;
Interrogação sobre a vida, a morte, Deus e o Universo.
Configuração do ideal:
Amor, justiça e liberdade;
Razão e pensamento;
Construção de um mundo melhor;
Capacidade e responsabilidade do indivíduo.
Cansaço
Con guração do ideal
3. Organização dos sonetos
Duas quadras e dois tercetos;
Versos decassilábicos;
Conclusão na última estrofe;
Chave de ouro
Linguagem
Metáfora - representar de forma eloquente e reveladora conceitos. fenómenos e
situações fundamentais no desenvolvimento do raciocínio do "eu" poético.
Exemplo: "Cálice amargoso da desgraça"
Alegoria - materializar um conceito, atribuindo-lhe com um forte aspeto visual.
Exemplo: "Palácio da Ventura"
Personi cação - dar vida a conceitos abstractos.
Exemplo - "Morte"
Apóstrofe - interpelar certas entidades e o público, passar uma mensagem.
Exemplo - "Razão, mais uma vez ouve as minhas preces"
Interrogações, frases exclamativas e reticências - conferir um tom inquiridor e
coloquial à discussão dos ideais que o eu lírico está a desenvolver.