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HQs e o Mito: Linguagem e Imaginário

  • 1.
  • 2. As HQs e o Mito Linguagem e Imaginário Prof. André Carvalho
  • 3. Histórias em Quadrinhos Forma de narrativa híbrida que combina diálogos amplos e enredos desenvolvidos, característicos da literatura escrita, com o visual das artes gráficas: narrativas gráficas.
  • 4. Narrativas gráficas Hieróglifos (3000 a. C.) Coluna de Trajano (Roma, 113) Lascaux (13.500 a. C.)
  • 5. De narrativas gráficas a HQs The Yellow Kid Richard F. Outcault, 1896 Max und Moritz Wilhelm Busch, 1865 Juca e Chico Trad. Olavo Bilac Angelo Agostini Revista Ilustrada, 1870-80
  • 6. Aplicações - Cria expressão e fluxo narrativo. - Fácil compreensão: contaminação entre o narrativo e o visual. - É bem simbólico: cria, transmite, se apropria e interpreta o mito.
  • 8. Histórias em Quadrinhos Limitações de Representação Expressão dos personagens Textura sonora Movimento Fluxo do tempo
  • 9. Expressão dos Personagens Verbal O Balão, suas formas, cores, tamanhos. Recursos digitais permitem inúmeras possibilidades Léxico: Reproduz a oralidade. Busca o coloquial. Letras: cor e tamanho; tipo de fonte e símbolos podem expressar sotaques.
  • 10. Expressão dos Personagens Não Verbal Processo de visualização da metáfora: Cores, símbolos gráficos (lâmpada na cabeça, coraçãozinho, pingos, etc.). Gags faciais: a expressão dos personagens representada no próprio desenho.
  • 11. Textura sonora onomatopeia Onomaton (nome) + poiesis (criação) A reprodução visual de um som. Mais do que sonoras, levam o som à visualidade.
  • 12. Carls Barks Textura sonora American Flagg, de Howard Chaykin
  • 13. Movimento HQs carecem de movimento, mas o sugerem através da relação entre as imagens. Metonímica Metafórica Redundante
  • 14. Relação Metonímica As partes de um corpo ou conjunto são desenhadas de forma a sugerir o movimento.
  • 15. Relação Metafórica Linhas cinéticas reproduzem o momento do gesto, sugerindo a trajetória.
  • 16. Relação Redundante O desenho repetitivo do próprio objeto ou corpo em movimento. Movimento atrelado à noção de TEMPO.
  • 17. Fluxo do Tempo Tempo, espaço e som se combinam para a percepção da realidade. Espaço: medida objetiva; Som: intensidade e posição; Tempo: memória, ou a lembrança da experiência Quadrinhos Desenhos estáticos Síntese da realidade que condensa a cena Acordo sobre o que não é desenhado. ELÍPSE
  • 18. Fluxo do Tempo Elípse: aquilo que o leitor deve inferir entre um quadrinho e outro.
  • 19. Fluxo do Tempo Redução: Toda informação condensada em um único quadrinho
  • 20. Fluxo do Tempo Expansão: movimentos acontecem em “câmera lenta”, etapa por etapa.
  • 21. Fluxo do Tempo “Você tem apenas um desenho: o momento climático. Este é o segredo da ação” (Carl Barks, 1975)
  • 22. Imaginário Séc. XIX: “A louca da casa” Fantasia, ilusão, irracionalidade. - Fuga (oposição ao real) - Capacidade de criação: poesia e artes. A explosão do uso de imagens no Séc. XX (fotografia, cinema, publicidade, etc.) faz o termo ser usado sem critérios. Gilbert Durand (1960): “As Estruturas Antropológicas do Imaginário”
  • 23. Imaginário Para que estudar o Imaginário? Equilibração antropológica Lidar com a Angústia Existencial: a Morte e o Tempo que passa. Organizador do Real
  • 24. Imaginário Símbolos extrínsecos à consciência, provenientes do meio social, objetivo. Símbolos intrínsecos à consciência, pulsionais, subjetivos. Trajeto antropológico
  • 25. Imaginário O Conjunto das imagens e relações de imagens que constitui o capital pensado do homo sapiens. Classificação das imagens acontece pela análise da gesticulação cultural que empresta sentido aos símbolos.
  • 26. Gesticulação cultural Processo dinâmico que empresta sentido aos símbolos. Criação Transmissão Apropriação Interpretação A recorrência simbólica durante estes processos permite a classificação em estruturas de sensibilidade.
  • 27. A recorrência simbólica durante estes processos permite a classificação em estruturas de sensibilidade. Estrutura Heroica: Negação da negatividade.
  • 28. Estrutura Mística: Inversão da negatividade.
  • 29. Estrutura Dramática: O Tempo domesticado.
  • 30. O Mito Conjunto dinâmico de símbolos que se organiza em narrativa: sucessão de imagens que conta uma história.
  • 31. Self-made man Bobbie Carlyle 2000 O Mito do self-made man - Origem humilde; - Sólida formação moral; - Trabalho duro; - Rompe as barreiras de sua condição e ascende socialmente; - Alcança riqueza e reconhecimento; - Cria uma nova identidade para si mesmo.
  • 32. O Mito do self-made man - Origem humilde; - Sólida formação moral; - Trabalho duro; - Rompe as barreiras de sua condição e ascende socialmente; - Alcança riqueza e reconhecimento; - Cria uma nova identidade para si mesmo.
  • 33. O Mito do self-made man Self-made man: herói solar, ascencional, que exibe a conquista. Tio Patinhas: econômico, seu símbolo espetacular é um cofre. Uma cimo e um continente juntos: microcosmo da totalidade do cosmo simbólico. Tio Patinhas: “Harmoniza num todo coerente as contradições mais flagrantes”.
  • 34. Bibliografia selecionada RAMOS, Paulo. A leitura dos quadrinhos. São Paulo: Editora Contexto, 2009. RAMOS, Paulo. Faces do humor: Uma aproximação entre piadas e tiras. Campinas: Zarabatana Books, 2011. FERREIRA-SANTOS, Marcos; ALMEIDA, Rogério de. Aproximações ao imaginário – Bússola de investigação poética. São Paulo: Képos, 2012. WUNENBURGER, Jean-Jacques. O imaginário. São Paulo: Edições Loyola, 2007. ANDRAE, Thomas. Carl Barks and the Disney Comic Book: Unmasking the Mith of modernity. Jackson: The University Press of Mississippi, 2006.

Notas do Editor

  1. Recorrência simbólica: é o verbo, e não o substantivo, que deve ser observado. Não importa se colorido ou preto e branco, mas sim qual o gesto, o movimento representado, a função do símbolo. Desse gesto vem a reflexologia (postural, digestivo e rítmico).