Este documento discute a missão da Igreja de dar testemunho sobre Cristo, sua morte, ressurreição e ascensão. Também fala sobre como nos aproximarmos de Jesus através da Palavra de Deus e do Espírito Santo, e como fomos criados em Cristo para viver em união com ele.
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Nunca deixou de ser missão da Igreja dar
testemunho somente de Cristo, de sua morte,
ressurreição e ascenção para a justificação de
pecadores, e agora mais do que nunca, este
testemunho deve ser afirmado em meio a toda
sorte de oposição que se tem levantado no
mundo contra o evangelho.
O próprio João Batista quando se encontrava
ainda no ventre de Isabel, saltou de alegria
quando Maria, grávida de Jesus, nela gerado
pelo Espírito Santo, foi ao encontro de sua
prima.
Quanto mais nos aproximarmos de Jesus, mais o
Espírito Santo nos moverá em alegria santa, e
esta aproximação sempre será feita por meio de
se ouvir a Palavra de Deus, pois é através da
audição da pregação sobre Cristo que nos vem a
fé que nos liga ao Senhor.
Nada na Palavra pode ser entendido
adequadamente senão pelos eleitos que terão a
instrução e direção do Espírito Santo neles, para
que possam enxergar o mistério revelado em
nosso Senhor Jesus Cristo. A relação em união
vital dos crentes com Ele foi planejada pelo Pai
desde antes da fundação do mundo, de modo
que todo aquele que não tiver o Filho, não verá a
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vida, e a maldição e condenação eterna
permanecem sobre ele.
Jesus não é alguém que surgiu do nada,
repentinamente, com uma mensagem
autoritária que exigia total exclusividade de
adoração a Ele para que alguém pudesse ser
salvo e alcançar a vida eterna.
Na verdade, fomos criados nele e para ele, para
vivermos em plena união vital com ele, que é o
único em quem podemos achar tudo o que é
necessário para sermos verdadeiros filhos de
Deus, cheios das virtudes que estão em Cristo e
que são comunicadas pelo Espírito Santo a nós.
Por isso Ele se referiu à necessidade de nos
alimentarmos de Sua carne e bebermos o Seu
sangue, em uma metáfora sim, pois não é uma
referência literal ao seu corpo físico e sangue,
mas de sermos participantes de fato de sua vida,
de sua pessoa total, e de nos alimentarmos dele
mesmo, de sua vida sobrenatural e divina, para
que também tenhamos vida eterna, celestial,
espiritual e divina.
E isto tudo é feito em amor, porque não
buscamos aquilo que não amamos. Assim o Pai
o fez inteiramente desejável, agradável e
atrativo a nós, para que o buscássemos sempre,
assim como a abelha que busca a flor por causa
do néctar que ela tanto ama.
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Nosso amor por coisas naturais dita a nossa
busca destas coisas, conforme a nossa
necessidade delas, especialmente aquelas
relativas à nossa subsistência. Por isso amamos
comer determinados alimentos, pois Deus nos
inclinou a isto.
De igual modo, Jesus, sendo o nosso alimento
espiritual, é amado por nós, e por este amor nós
o buscamos para sermos alimentados e termos
vida espiritual em abundância e saudável nEle e
por Ele.
Em nenhum outro temos tudo o que
necessitamos para crescermos espiritualmente
conforme convém. Tudo o que precisamos foi
colocado pelo Pai no Filho, para que busquemos
somente nEle todas as virtudes, o caráter, a
santidade que nos convém possuir como filhos
amados de Deus que somos.
Somos gerados novas criaturas por meio da fé
em Jesus, porque assim como Ele recebeu a
natureza humana, nele gerada pelo Espírito
Santo, pelo mesmo Espírito também é gerada
em nós uma nova natureza, a divina, que existe
em nós ao lado da humana.
Soms coparticipantes da natureza divina por
meio da nossa união com Jesus.
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Deus se fez homem para ser Emanuel, ou seja,
Deus conosco, não apenas ao nosso lado, mas
vivendo em nós, estando em nós, e nós nele. E
isto foi feito por meio da pessoa e obra de Jesus.
Preguemos então, isto, ensinemos isto. Seja
Cristo todo o conteúdo de nossa pregação e
ensino, porque é nisto que consiste em
obedecer o que ele nos ordenou quanto à missão
de pregar o evangelho a toda criatura.
Bendito seja para sempre o seu santo nome.
Vivamos para o seu inteiro agrado, e assim
acharemos o real significado da vida.