1. 1março 2014 | Jornal Bernadette de Lourdes
Q
ueridos irmãos e irmãs em Cristo, que
a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo
cumuledepazosvossoscorações.
Estamos iniciando um ano com muitas
expectativas pastorais, pois nosso querido
Papa Francisco não para de nos impulsio-
nar a evangelizar. Ele nos deu um presente
enorme: uma Exortação Apostólica que
nos convoca a demonstrar a Alegria pela
descoberta do Evangelho. Podemos ini-
ciar o ano nesta disposição, pois o Senhor
nos precedeemnossamissão.
Confesso que ao sair de férias esta-
va muito cansado, mas muito feliz, pois
pude, na minha pobreza, colaborar para
a construção do Reino de Deus. Sei que
em muitos momentos poderia estar mais
presente na vida das comunidades e das
famílias, mas digo com sinceridade, que
não dou conta de tudo o que se necessi-
ta fazer em nossa Paróquia em função da
evangelização. Mas procuro rezar todos
os dias por todas as necessidades desta
porção do Povo de Deus.
Falando em oração, vamos aprender
a oração do patrono desta Arquidiocese:
Ó São Paulo, Patrono de nossa Arquidio-
cese, discípulo e missionário de Jesus
Cristo: ensina-nos a acolher a Palavra de
Deus e abre nossos olhos à verdade do
Evangelho. Conduze-nos ao encontro
com Jesus, contagia-nos com a fé que te
animou e infunde em nós coragem e ar-
dor missionário, para testemunharmos a
todos que Deus habita esta Cidade imen-
sa e tem amor pelo seu povo! Intercede
por nós e pela Igreja de São Paulo, ó san-
to Apóstolo de Jesus Cristo!
“Contemplando a vida de São Paulo,
vemos aquilo que, hoje, a Igreja espera de
todo cristão batizado que assume o teste-
munho da sua fé diante do mundo: discí-
pulo missionário de Jesus Cristo, testemu-
nha e anunciador do Evangelho do Reino,
membro vivo da Igreja comprometido por
levar a Palavra de Deus a todos os homens
e mulheres, pela palavra e pelo testemu-
nho de sua vida. São Paulo nos convida a
viver e irradiar a fé que recebemos, tornar-
-nos membros vivos da Igreja, lugar da
iniciação e do crescimento da vida cristã;
e, fazer-nos construtores de uma nova hu-
manidade, enraizada na fé e alicerçada no
amor”(palavrasdeDomOdilo).
É justamente o que queremos fazer
com a implantação da Pastoral do Pós-
-crisma. Nossos jovens são bombardeados
de todos os lados com as ideologias, mas
igreja pretende oferecer a eles uma solida
formaçãoparaotestemunhodeCristo.
Os pais que não apoiam seus filhos a
dar prioridade à formação cristã e deixam
seus filhos fazerem suas escolhas nesta
idade em que a formação integral da pes-
soa humana ainda não está consistente-
mente enraizada, pensam que eles estão
ganhando tempo para chegarem à pratica
profissional e consequentemente ao “sa-
lario”, ou seja, terem seu próprio dinheiro,
sua independência financeira, poderão se
arrependeramargamentenofuturo.
As pessoas precisam de profissionais
que aprenderam a Amar, a colocar seus
dons a serviço do próximo. Muitos pro-
fissionais de nosso tempo se formaram
para ganhar dinheiro, alimentar a ido-
latria às coisas materiais e não o amor à
Pessoa Humana.
Educar os filhos para estarem abertos
à vontade de Deus, não é fácil, se neces-
sita ensiná-los a amar a Deus sobre todas
as coisas. Mas como um pai moderno
pode ter esta sabedoria para amar a Deus
sobre todas as coisas?. Somente com o
auxilio da Graça de Deus presente na co-
munidade cristã, ou seja, a Igreja é porta-
dora desta Graça, que nos dispõe através
do anuncio da Boa Nova e dos sacramen-
tos recebidos e vivenciados. Para se vi-
venciar os sacramentos se faz necessário
estarmos inseridos em uma comunida-
de, pois esta é essencial à vocação cristã.
Para vivermos esta missão de discípulos,
sempre se supõe a pertença a uma co-
munidade cristã, pois Deus não quis sal-
var-nos isoladamente, mas formando um
Povo, aspecto que distingue a experiên-
cia da vocação cristã de um simples sen-
timento religioso individual (DAp 164).
Dentre as prioridades do nosso Plano
de Pastoral Arquidiocesano está o da Ini-
ciação à vida cristã. Muitas são as duvidas
a respeito de nossa fé que este processo
ajuda a nos esclarecermos. Muitos são os
batizados que não viveram este processo
em suas vidas, não foram iniciados na fé,
não viveram a experiência de fé em uma
comunidade que passo a passo revê e
aprofunda em sua vida as etapas do Ba-
tismo. Quando os pais e padrinhos pro-
curam a Igreja para batizar seu filho (a) ou
afilhado (a), procuram porque vivem este
processo de formação à fé em suas vidas
ou porque, simplesmente quer o batismo
para evitar que o mesmo não tenha uma
doença, não pegue um quebrante, possa
viajar sem riscos e assim por diante?
”Em seu último encontro público
com os fiéis na Praça São Pedro, o Papa
inaugurou um novo ciclo de catequeses
sobre os sacramentos, falando sobre o
Batismo: “O batismo não é apenas uma
formalidade, é um ato que toca profun-
damente a nossa existência”. Uma criança
batizada não é igual a uma não batizada.
Com o batismo, somos imersos no maior
ato de amor de toda a história e graças a
ele, podemos viver uma vida nova, na co-
munhão com os irmãos”(Papa Francisco).
(Acrescentar o horário e dias em que o
Papa dará estas catequeses).
Como batizados, vamos dar as mãos
para evangelizar nossa cidade de São
Paulo, nosso bairro, começando por
sua casa, seus filhos, seus irmãos, sua fa-
mília, seus vizinhos, sua Paróquia, sua
comunidade para viver esta vida nova
que o Papa fala com tanto entusiasmo,
rompendo os pré-conceitos do outro
que Deus colocou em sua vida. Quantas
pessoas perdendo a vida sem Deus, sem
esperança, sem alegria, esperando a ma-
nifestação dos filhos de Deus em você,
pela forma em que conduz a sua vida
segundo a alegria recebida através do
Evangelho. Este questionamento te diz
algo? Pensa à luz da fé, à luz da sua his-
toria iluminada, como Deus atingiu a sua
vida? Quais os meios que Deus usou para
chegar ao teu coração? Nao seja ingrato.
QueDeusnosdêasuagraçaesuabenção.
Pe.JoséAntonioTejada
RegiãoBelém-março/2014-nº41
ParóquiaSantaBernadette
ArquidiocesedeSãoPaulo
" E disseram um ao outro: 'Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as escrituras?" (Lc 24, 32)
Curta nossa fanpage https://www.facebook.com/ParoquiaSantaBernadeteOficial
Paróquia Santa Bernadette – Av. do Oratório, 4246 – Vila IVG – São Paulo – (11) 2702 1194
Palavra do Pároco
2. 2 Jornal Bernadette de Lourdes | março 2014
Eventos 2º Sem. 2013
2
Fotos:LurdesValleeIvaniCoutinho
2 Jornal Bernadette de Lourdes | março 2014
3. 3março 2014 | Jornal Bernadette de Lourdes
Depoimentos
Testemunhos
do Acampamento Pós Crisma
JOVENS
Logo que chegamos ao lugar
do acampamento pude per-
ceber que foi um lugar esco-
lhido por Deus para nós, ao longo do
acampamento tive a certeza que era
Deus que estava conduzindo aqueles
dias, que estava a frente de cada pas-
so, de cada pessoa e de cada atividade
e momento, que só ele pode propor-
cionar, pois ao meu ver tudo saiu com
uma perfeição divina.
Quando lia a bíblia, principalmente
o antigo testamento, quando Deus fa-
lava diretamente com seu povo e com
os profetas achava que era coisa de
um passado muito distante da história
da salvação, isso não se aplicava mais
nos dias atuais. Concepção que mudei
depois desses dias, percebi que Deus
fala com seu povo a todo instante,
fato que constatei nesse acampamen-
to, talvez muito por estar de coração
aberto, por ter ido realmente com a
intenção de ouvir o que tinha pra ser
dito e viver o que tinha pra ser vivido.
Com isso pude perceber que basta
ir ao encontro de Deus com o coração
aberto que você ouvira sua voz, assim
como Deus satisfez o anseio de Jó em
poder falar com ele, também satisfez
o meu. Talvez pelo fato de todos es-
tarem com o coração aberto celebrei
uma das mais bonitas eucaristia da
minha vida e ouvi muitos dizerem o
mesmo. Diante de um mundo como
o de hoje com a banalização do jo-
vem, uma convivência como essa foi
um presente para mim e para todos,
grande numero de jovens juntos sem
desentendimentos, vivendo dias na
obediência a seus catequistas e perce-
ber que sim, é possível ser um jovem
Cristão, e o melhor confirmei que a
verdadeira felicidade esta em ser um
jovem cristão o acampamento me deu
forças para estar no mundo e não ser
do mundo, um combate extremamen-
te complicado, que aprendi que só
consigo vencer quando estou próximo
a Deus.
Por fim no acampamento recebi
um tesouro, no qual vou levar para
minha vida toda, tesouro que devo
manter firme e zelar por ele, a palavra
de Deus.
Lucas Paulo
Casal de padrinhos
O que podemos dizer de
uma experiência que foi
fantástica! Bom, desde o
início imaginamos que o trabalho
não seria fácil, preparar todas as ati-
vidades, catequeses e celebrações e
mantê-los ocupados em tempo inte-
gral exigiria muito esforço, mas con-
távamos e nosso time com alguém
especial que faria com que toda di-
ficuldade fosse superada e resolvês-
semos tudo da melhor maneira pos-
sível e ele estava lá, Jesus Cristo, nos
esperando com todo o seu amor.
Inicialmente, víamos nos jovens
certa insegurança por não saber se
seria legal, se iriam gostar de estar
lá, cheguei a ouvir de um deles: -
Não vai ser cinco dias de convivên-
cia né? Mesmo receosos estavam
todos lá e pudemos junto viver a
maior experiência do amor de Deus
em nossas vidas!
Pra nós (o Henrique e eu) princi-
palmente, porque temos um comér-
cio e para poder viver intensamente
este acampamento, fechamos as
portas por quatro dias (de quarta a
sábado) em pleno mês de Dezem-
bro, pois não tínhamos quem to-
masse conta.
Foi mais um arriscar em Jesus
Cristo porque tínhamos a certeza de
que o Senhor nos compensaria. Os
dias foram passando e os jovens iam
se entregando ao que estávamos
vivendo, o que nos dava certa ale-
gria porque tudo foi preparado com
tanto carinho que eu mesma ficaria
muito triste se tudo fosse rejeitado.
Muita coisa teria para dizer, po-
deríamos ficar aqui relatando vários
detalhes ou acontecimentos que
marcaram este acampamento, como
as catequeses que foram dadas por
dois padres de Brasília que não ser-
viram somente a eles, mas também
a nós como casal, porque vinha de
encontro a situações que estáva-
mos vivendo, mas queremos falar de
duas situações:
1º A de poder contemplar a ale-
gria estampada no rosto de cada
um no retorno pra casa, não a ale-
gria passageira de ter feito uma via-
gem num lugar qualquer, mas uma
alegria iluminada por sentimentos
de uma pura liberdade vivida pela
força do Espírito Santo era perfeitís-
sima a paz que guardavam em seus
corações;
2º Ver o relato de um jovem no
facebook dizendo que ele ouviu a
voz de Deus! O que mais podemos
querer... Todo cansaço, stress de-
saparece o que fica em nós é a sen-
sação de missão cumprida, isto nos
basta.
Obrigado Senhor por ter nos es-
colhido para fazer parte desta nova
realidade que é o pós-crisma, por
nos salvar através da experiência
dos nossos jovens! Por nos fazer dis-
ponível a sua vontade!
E por termos a possibilidade
de fazer um pouquinho que seja
para esta juventude que tem tan-
ta oferta neste mundo, mas poucos
que levam até eles o teu amor!
Andréa e Henrique
Coordenador do Pós-Crisma
Os preparativos foram de cin-
co meses até o grande dia!
O acampamento foi estu-
pendo em todos os sentidos, foi uma
experiência maravilhosa. Estávamos
com 82 jovens do pós-crisma e crisma,
saímos da Paróquia por volta das 11 ho-
ras, após celebrarmos as laudes, onde
os pais também participaram e onde o
Senhor nos deu uma palavra dizendo
3março 2014 | Jornal Bernadette de Lourdes
4. 4 Jornal Bernadette de Lourdes | março 2014444 Jornal Bernadette de Lourdes | outubro 2013
Depoimentos
Testemunhos
do Acampamento Pós Crisma
que nos esperava para perdoar os
nossos pecados e nos dar uma vida
nova.
Ao chegarmos ao hotel fazenda,
montamos as equipes e pedimos que
escolhessem nome e capitão. Começa-
mos com a celebração penitencial, ao
ar livre, onde todos puderam reconci-
liar-se com Deus e com os irmãos, um
momento importante de conversão.
Começamos os jogos e fomos dormir.
No dia seguinte, laudes e jogos, um dia
muito intenso e de muita comunhão, já
se percebia que os grupos mais unidos
levavam vantagem sobre os demais.
O show de talentos foi fantástico.
Anoite chega o Padre Paulo de Matos,
vice-reitor do seminário RMATER de
Brasília, que nos deu uma catequese
maravilhosa sobre a criação e de como
a obra de Deus é perfeita, tocando no
tema da família, pai e mãe, e como a au-
sência de uma das figuras pode inter-
ferir na vida do filho. Tocou profunda-
mente na minha história e naquilo que
marcou minha personalidade, que foi
a ausência da figura paterna na minha
vida, que também ocasionou a ausên-
cia de minha mãe que teve de buscar o
nosso sustento, tornei-me órfão de pais
vivos, tornei-me uma pessoa amarga
e murmurando contra minha história,
falei disso para eles como monição as
laudes de sexta-feira. Anoite Padre Pau-
lo nos falou sobre a ideologia dos gêne-
ros e do mal que tem feito à humanida-
de. Sábado levantamos as 03h30min, e
começamos a caminhada rumo à mon-
tanha rezando o terço, foi um momen-
to de contato intimo com Deus através
da obra feita por Ele, a natureza.
A missa foi protegida por uma nu-
vem, nos fazendo lembrar a nuvem
que protegia o povo de Israel. Momen-
to marcante foi quando o PadreTejada,
na consagração, elevou o pão e a nu-
vem se abriu permitindo a luz do sol,
foi difícil não se emocionar, descemos
e enquanto os jovens descansavam,
nós montamos o cenário da caça ao
tesouro a qual começamos às 13 horas,
foi muito bom ver a alegria dos jovens.
No retorno foi maravilhosa a entrega
do tesouro, muitos jovens colocaram-
-se com muita liberdade e puderam
receber uma palavra de Deus, através
dos padrinhos.
À noite nos deu a catequese sobre a
Teologia do corpo do Papa João Paulo
II, o Padre João Batista, momento estu-
pendo e de grande ajuda aos jovens e
também para os adultos. Terminamos
a noite com adoração ao Santíssimo
Sacramento, momento de intimidade
através do Cristo eucarístico.
No domingo a eucaristia, e que eu-
caristia, foi verdadeiramente tocar o
céu, as monições enxertadas com as
experiências dos padrinhos e também
com a iluminação que haviam rece-
bido no tesouro e nas catequeses fez
com que as ressonâncias dos partici-
pantes fossem cheias de experiências
de vida, de alegrias e sofrimentos mais
também de muito agradecimento a
Deus por tudo que havia feito na histó-
ria de cada um, e ainda a homilia do Pa-
dre Tejada nos remetendo a uma gran-
de ação de graças, fizemos as finais dos
jogos, a premiação e viemos embora.
Nos ônibus ouvindo as experiên-
cias dos jovens percebemos que de
fato Deus os havia tocado profunda-
mente, uns mais outros menos, mas
havia tocado a todos. O fato é que me
senti muito amado por Deus por ter-
-me permitido experimentar, mais uma
vez, o amor de pai para filho da parte
de Deus para comigo.
Gilberto Podda
4 Jornal Bernadette de Lourdes | março 2014
5. 5março 2014 | Jornal Bernadette de Lourdes
PP
Padre, sendo breve, como foi sua experiência an-
tes de receber o chamado à vocação de Padre e
como o senhor aceitou esse chamado em sua vida?
Nasci numa família bem simples em Belo Horizon-
te/MG. Ficamos órfãos de pai, quando eu, o quarto de
nove irmãos, estava para completar quinze anos de
idade. Nessa época, minha mãe lutou muito para nos
educar. Trabalhei por quase quinze anos como fun-
cionário público federal: primeiro, na Universidade
Federal de Minas Gerais; depois, na Polícia Federal e
por último, na Justiça Federal. Nessa última institui-
ção, quando eu já era bacharel em Direito e trabalha-
va como Oficial de Gabinete, despertei-me para voca-
ção de servir como padre à Santa Igreja. Certo dia, em
1994, durante uma convivência (espécie de retiro) um
catequista perguntou aos jovens e aos não tão jovens:
“Tem alguém aqui que se sente chamado a queimar a
sua vida por amor ao Evangelho?” Iluminado pelo tes-
A Cara da Comunidade
Testemunho do
Padre Caetano
temunho daquela família missionária que, a exemplo
de São Francisco de Assis, tinha deixado tudo para
anunciar Jesus Cristo, resolvi largar minhas seguran-
ças e seguir o chamado, submetendo-me ao discerni-
mento da Igreja.
Qual a visão que você tem hoje da Igreja Católi-
ca?
Eu seria muito pretensioso se quisesse dar uma
resposta que abrangesse toda a realidade da Santa
Igreja Católica. Todavia, na perspectiva dos grandes
sucessores de Pedro: o Beato João Paulo II, o grande
Bento XVI e agora o cativante Francisco, há grande
esperança de nós, fiéis católicos, sairmos de um sub-
jetivismo religioso, que foi impulsionado a partir das
mudanças culturais dos anos 60, abrindo-nos para a
beleza e riqueza do depósito da fé que nos foi confia-
do e ressaltado pelo Concílio Vaticano II.
Oque o senhor espera dessa nova missão que
lhe foi dada em Brasília?
Espero ser fiel a Jesus Cristo, sustentado pela graça
divina, para servir com zelo e em comunhão com o Pá-
roco, a quem eu for destinado, o povo de Deus.
Oque o senhor esperava quando chegou a San-
ta Bernadete? Você se surpreendeu com o que
encontrou?
Na verdade, foi uma surpresa vir trabalhar em San-
ta Bernadete. Não conhecia a história da padroeira,
nem sabia da realidade local. Logo depois de minha
ordenação, eu fui enviado para Moçambique, inexpe-
riente quanto à vida paroquial. Depois de seis anos,
voltei ao Brasil e fui destinado a essa grande cidade.
A história da gente simples desse lugar se confunde
com a história da humilde Bernarda de Soubirous. De-
pois de ter contemplado a mãe do Salvador, a Virgem
Imaculada, Bernadete queria apenas ser uma simples
serviçal. A Paróquia, materialmente falando, não está
entre as mais belas e ricas da Arquidiocese, mas é fas-
cinante pela dimensão missionária e pelo zelo da gen-
te que aqui trabalha. As boas lembranças que levarei,
certamente vão aquecer as noites de inverno existen-
cial. “Santa Bernadete, ouve nossa voz, vem em nosso
auxílio, do céu olha por nós...”.
Por: Padre. José Eduardo Caetano
5março 2014 | Jornal Bernadette de Lourdes
6. 6 Jornal Bernadette de Lourdes | março 20146
S
omos casados há pouco mais
de um ano e participamos do
coral desde o início. Tivemos a
graça de ter o coral Santa Bernade-
te cantando em nosso matrimônio,
mais de 50 irmãos se doando para
Depoimento
Depoimento do casal
Leonardo e Miriam
sobre o Coral
Por: Leonardo Zambello e Miriam Queiroz
dar mais vida a celebração do casa-
mento, com muita alegria e amor,
isso não tem dinheiro no mundo que
possa retribuir.
Quanto mais o tempo passou
dentro deste coral, mais nos alegra-
mos com os resultados desta ferra-
menta da Igreja, porque tem sido
muito grande a evolução deste coro
e lindo o trabalho de evangelização
que ele tem feito para nossa paró-
quia e em tantos outros lugares.
Sobre os integrantes deste coro,
o que nos faz refletir é que não são
formados com as melhores vozes da
paroquia e muito menos com pes-
soas que conhecem de música. São
pessoas comuns que apenas gostam
da música, abraçaram a ideia de can-
tar músicas religiosas e assumiram
a responsabilidade. O que nos cha-
ma muito atenção, foi na apresenta-
ção do Credo de Vivaldi, muitos dos
nossos cantores decoraram os qua-
tro movimento e isso é uma grande
vitória para todos, porque é muito
extenso e difícil, e quando cantado
com o coração ofusca qualquer difi-
culdade e fica lindo.
E sobre o trabalho de evangeli-
zação, porque hoje temos grandes
dificuldades de levar o amor de Deus
aos irmãos, aqueles que não conhe-
cem ou não participam por algum
motivo desta Igreja e, sair para anun-
ciar nas casas nem sempre é possí-
vel. O medo e a insegurança apri-
sionam as pessoas em suas casas e
condomínios e também os portei-
ros eletrônicos que nos distanciam
mais deste irmão e assim barrando
que a palavra de Deus chegue até
eles. Desta maneira o nosso coral
tem conseguido chegar de uma
forma muito tranquila, em mui-
tas pessoas que provavelmente os
porteiros eletrônicos barrariam.
Isso aconteceu quando nos apre-
sentamos num Festival de inverno,
na cidade de Vinhedo, promovido
pela prefeitura da cidade. Foram
duas semanas de apresentações,
entre os 70 coros que participaram
deste evento, apenas o nosso era
religioso. E quando terminamos
a apresentação, o que mais ouvía-
mos dentre as pessoas que organi-
zaram era “que bom ver que ainda
temos religiosidade entre os co-
ros”. Poder cantar música que fala
do amor de Cristo e reverenciar a
Maria, faz com que chegue ao ínti-
mo de qualquer pessoa. Este coro
tem transformado servos inúteis
em ferramentas de evangelização,
e isso é Trabalho do Espirito Santo,
pois fez com os apóstolos, fez com
tantos irmãos desta nossa paro-
quia e faz todos os domingos com
os membros do nosso coral.
6 Jornal Bernadette de Lourdes | março 2014
7. 7março 2014 | Jornal Bernadette de Lourdes
Curiosidade
N
o início do ano passado
(2013), nós catequistas demos
um passo diferente e ousado
na catequese.
Começamos a ensinar nossos
catequisando a perscrutar a pa-
lavra. A perscruta da palavra é
feita da seguinte forma: a par-
tir de um versículo bíblico, bus-
cam-se as leituras paralelas ao
mesmo versículo e estudamos
melhor o sentido da passagem,
costuma-se dizer que “passea-
mos” pela Sagrada Escritura.
Ao apresentar esse novo método
de catequese aos nossos catequistas,
houve certa resistência, pois pensá-
vamos que seria muito difícil para
eles aprenderem e também porque
muitos catequizando não tinham a
bíblia de Jerusalém, pois é nela que
encontramos a leitura paralela, po-
rém assim que o método foi sendo
implantado percebemos neles um
grande interesse por saber mais; (não
só de mexer na bíblia, mas também
de conhecimento) e nos catequistas
um renovado gosto em preparar a
catequese e separar as leituras a se-
rem perscrutadas.
Reforma na Catequese
no ano de 2013
A catequese apresenta o tema
referente aquele mês: 1º domingo
do mês catequese do tema, 2º acon-
tece a perscruta, 3º os catequisando
falam o que sentiram com o tema
apresentado e com as paralelas e no
4º domingo encerramos o tema ce-
lebrando a palavra.
Assim ficou mais agradável a
catequese, os catequisando à luz
da palavra podem se abrir mais co-
nosco, suas experiências de vida de
hoje, são as nossas de ontem, pois
como diz o profeta Is 55,11 “Sua Pa-
lavra não volta sem causar o efeito
desejado”.
Quanto a nós catequistas, tenho
certeza que estamos aprendendo e
adquirindo conhecimento com eles,
a resolver nossos problemas à luz da
palavra, e a ajuda-los em suas dificul-
dades na medida do possível.
Agradecemos à Deus, por
nos ter dado essa oportunidade de
ter uma aproximação ainda maior
com Ele, e aos pais que confiaram à
nós essa tarefa.
Coordenadores:MaurilioTorolho,
AntôniaTorolhoeClaudiaRocha.
PADARIA BRASIL
A Tradição e a Confiança
a seu Serviço
VAMOS AJUDAR A CONSTRUIR
NOSSA NOVA PARÓQUIA
Av. do Oratório, 4685 - Vila Industrial - 03221-200 - São Paulo - SP
Fones: 11 2703-4005 | 2719-2330 | www.padariabrasil.com.br
7março 2014 | Jornal Bernadette de Lourdes
8. 8 Jornal Bernadette de Lourdes | março 2014
HoráriodasMissaseAtendimentos:
• Missas aos Domingos: às07h00,às08h30,às10h00eàs
18h30.•Nasemana:Terçafeiraàs19h00,quartaesextafeira
às 08h00 e na quinta feira às 20h00. • Adoração ao Santissi-
mo: todas as quintas feiras às 19h00. Confissões e ou-
tros atendimentos dos Padres: às terças e quintas
feirasdas09h00às12h00edas15h00às18h00.
CANTINHODACRIANÇA
Catequese
Avisos
Atendimento da Secretaria Paroquial: de terça a
Domingo das 08h00 às 12h00. De terça a sexta feira
das14h00às19h00eaossábadosdas14h00às17H00.
Missas na Capela Nossa senhora do Car-
mo: todos os Domingos às 08h30 e na 1ª 6ª feira
às 20h00. Adoração ao Santíssimo todos os 2ºs Do-
mingosàs17h00.
Colaboradores:
Depois de uma merecida férias, os encontros
da catequese de nossa Paróquia estão começan-
do. E neste mês o Cantinho da Criança, ofereçe à
vocês a oração abaixo, para que cemeçem o ano
com a certeza que Deus os conduzirão:
"Senhor, estou na catequese, para Te conhecer
e amar. Quero aprender a Te obedecer, fazendo
em tudo a Tua vontade. Meu coração está aberto
para acolher a Tua Palavra.
Obrigada senhor, pela minha família, pela minha
turma de catequese, por meus catequistas. Todos me conduzem à Vós.
Ajuda me Senhor, a ouvir com atenção tudo que aprendo na catequese.
Ajuda-me a praticar o que é ensinado e transformar o que aprendo em amor
a Vóz e aos outros.
Amém!"
19/03 – 4ª feira, Solenidade de São José – missa 19h30
07/04 – 2ª feira – Mutirão de confissões 19h30
13/04 – Domingo de Ramos – concentração 08h00 - missa
09h00 – locais à serem definidos
14/04, 15/04, 16/04 (Dia de Santa Bernadette) – Semana
Santa missa às 19h30
17/04 – 5ª feira Lava Pés – missas: 17h00, 19h00, 21h00
18/04 – 6ª feira Santa – missa 15h00 – local a definir
19/04 – Sábado –Vigília de Páscoa – 19h00
20/04 – Domingo de Páscoa – missas: 08h30, 10h00, 18h30
De 21/04 a 26/04 – Oitava da Páscoa – missa 19h30
O Jornal Bernadette de Lourdes é uma publicação semestral
daParóquiaSantaBernadete.Av.doOratório,4246–IVG-CEP
04046-500–SãoPaulo/SP-Tel:(11)2702-1194-Pároco:Pe.José
AntonioTejada-Realização:PASCOM/ParóquiaSantaBernade-
te (Franklin Siqueira, Felipe Evangelista Cudignoto, Raquel de
Mello,IvaniCoutinhoeGrazielaLeiteMota).