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Sinais e Ameaças de Julgamentos de um Povo, Igreja ou
Nação – Parte 1
Por John Owen (1616-1683)
Traduzido, Adaptado e Editado por Silvio Dutra
Introdução pelo Tradutor:
Apesar deste texto ter sido produzido no século XVII, por
John Owen, ele é atualíssimo e bem responde ao quadro
atual do mundo neste século XXI, e particularmente às
condições prevalecentes entre o povo, a igreja e a nação
brasileira como um todo.
A multiplicação da iniquidade em todas as suas formas,
espalhadas em todo o mundo, manifestam em si mesmas
que há um juízo irreversível e universal, conforme
profetizado na Bíblia, e que somente não foi ainda
despejado sobre todo mundo, porque a longanimidade
de Deus aguarda para diversos propósitos santos e
justos, como em boa parte são aqui declarados por John
Owen, com respaldo nas Escrituras, de tudo aquilo que
se pode conhecer da mente de Deus e Seus
propósitos eternos.
Há um modo de se proceder em tais condições em que as
trevas espirituais e morais parecem cobrir toda a Terra, e
o autor aqui bem as descreve para o nosso aviso, e
quanto ao único remédio que deve ser usado para a cura.
Uma clara vantagem de nos valermos do trabalho de
Owen é a de que no período em que viveu no século
XVII, ainda não se encontravam presentes as ideologias
de direita e de esquerda políticas como as temos desde
fins do século XIX. Isto nos dá então um discurso em
favor dos juízos divinos sobre a apostasia de pessoas e de
nações, sem levar em consideração o componente da
2
divisão política, pois nos dias de Owen, havia a noção do
direito divino dos reis, e a monarquia imperava tanto no
mundo Ocidental, quanto Oriental.
Não corremos assim o risco de confundirmos com seus
escritos a ideia de santidade e obediência a Deus com a
simples escolha de um regime político na democracia
que não seja contrário ao Cristianismo. Não ser
contaminado por tal pensamento foi uma grande
vantagem para os puritanos em seus dias, pois o que
havia lá era uma defesa firme dos princípio do Evangelho
contra as heresias em voga, quer através de religiões ou
mesmo da agência governamental.
"1 Ora, naquele mesmo tempo estavam presentes alguns
que lhe falavam dos galileus cujo sangue Pilatos
misturara com os sacrifícios deles.
2 Respondeu-lhes Jesus: Pensais vós que esses
foram maiores pecadores do que todos os galileus,
por terem padecido tais coisas?
3 Não, eu vos digo; antes, se não vos
arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
4 Ou pensais que aqueles dezoito, sobre os quais caiu a
torre de Siloé e os matou, foram mais culpados do que
todos os outros habitantes de Jerusalém?
5 Não, eu vos digo; antes, se não vos
arrependerdes, todos de igual modo perecereis." (Lucas
13: 1-5)
Isto é parte e dever da sabedoria espiritual,
como também a evidência de uma devida reverência
a Deus; tomar aviso de ocorrências extraordinárias
nas dispensações de sua providência, pois são
avisos instrutivos e de grande importância em seu
governo do mundo. Neles, a voz do Senhor clama à
cidade, e o homem de sabedoria verá o nome dele.
3
E, há uma marca deixada sobre aqueles, como
pessoas perdidas, que não verão quando sua mão é
tão levantada acima. Um exemplo dessa sabedoria nos
é dado aqui, por nosso bendito Salvador que, no relatório
que lhe foi feito de alguns acidentes providenciais
severos, então recém-ocorridos, dá uma exposição da
mente de Deus neles, com uma aplicação deles para o
presente dever dos que o ouviram, bem como a nós.
Algumas coisas podem ser observadas em geral, para
iluminar o contexto e o desígnio do nosso Salvador neste
sagrado discurso. O tempo em que as coisas
mencionadas ocorreram, e em que nosso Salvador
passou seu julgamento sobre elas.
1. Foi um tempo de grande pecado; de abundância de
todos os tipos de pecados.
A nação como tal, em seus governantes e magistrados;
a igreja como tal, em seus oficiais, ordem e adoração; e a
generalidade do povo, em suas capacidades pessoais
foram todos oprimidos na provocação dos pecados.
A hipocrisia, a opressão, a crueldade, a superstição, a
impureza, a perseguição, a impenitência e a insegurança
- tudo a partir da incredulidade encheram a terra e a
contaminaram.
Temos um relato suficiente deste estado de coisas
na história do evangelho, de modo que não precisa
de outra confirmação. Sim, tão ímpias eram as pessoas,
tão corrupto o estado da igreja, e tão impenitente a sua
generalidade, que adequava-se à justiça e à santidade de
Deus para vingar-se daquela geração, não apenas dos
pecados, mas dos próprios pecadores também, de todos
os perseguidores perversos e vis do mundo; uma coisa
que ele não faz, senão em altas provocações.
4
"para que a esta geração se peçam contas do sangue de
todos os profetas que, desde a fundação do mundo";
"desde o sangue de Abel ao de Zacarias, que foi
assassinado entre o altar e a casa de Deus. Sim, eu vos
afirmo, contas serão pedidas a esta geração". (Lucas 11:
50, 51)
Há nesta cominação uma aparência de severidade, além
do regime estabelecido. (Êxodo 20: 5)) Lá, Deus diz que
Ele é "um Deus zeloso", título este que Ele assume para
si mesmo com respeito às mais altas provocações; que
"visitará a iniquidade dos pais sobre os filhos até a
terceira e quarta geração dos que o odeiam".
Mas aqui, a vingança e o castigo devidos aos pecados de
cem gerações, é ameaçado de ser infligido sobre o que
era presente. Qualquer coisa, em nossa passagem, pode
ser falada para a reivindicação da justiça divina aqui,
visto que podemos estar mais preocupados com essa
ação divina, do que a maioria esteja ciente.
(1.) O caso aqui é particular. Pois, o mandamento diz
respeito ao caso comum de todos os falsos adoradores e
sua posteridade, mas isso aqui diz respeito à
perseguição, ao sangue e à morte dos verdadeiros
adoradores de Deus. Agora, embora Deus seja muito
provocado com os pecados dos falsos adoradores,
contudo Ele pode suportá-los, ou passar por seus
pecados com menores castigos, ou pelo menos por uma
longa temporada, mas quando eles vierem a perseguir e
a derramar o sangue daqueles que O adoram em espírito
e em verdade, no Seu tempo designado, Ele não os
poupará; e as iniquidades deles próprios e seus
predecessores, devem ser vingadas neles.
(Nota do tradutor: Desde que o primeiro homem pecou e
que Deus amaldiçoou o homem, a mulher, a serpente e a
5
própria Terra, tudo entrou em estado de dissolução,
sendo isto chamado em Hebreus de "coisas abaláveis", e
o mesmo autor diz que somente as coisas inabaláveis, a
saber, aquelas que têm uma coluna em Jesus Cristo,
permanecerão, porque somente Deus e a Sua Palavra são
eternos e inabaláveis. O próprio céu e a Terra, que têm
permanecido também passarão em estrepitoso estrondo,
quando Deus criar um novo céu e uma nova Terra.
Felizes portanto, são somente aqueles que têm
permanecido ligados a Jesus.)

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  • 1. Sinais e Ameaças de Julgamentos de um Povo, Igreja ou Nação – Parte 1 Por John Owen (1616-1683) Traduzido, Adaptado e Editado por Silvio Dutra Introdução pelo Tradutor: Apesar deste texto ter sido produzido no século XVII, por John Owen, ele é atualíssimo e bem responde ao quadro atual do mundo neste século XXI, e particularmente às condições prevalecentes entre o povo, a igreja e a nação brasileira como um todo. A multiplicação da iniquidade em todas as suas formas, espalhadas em todo o mundo, manifestam em si mesmas que há um juízo irreversível e universal, conforme profetizado na Bíblia, e que somente não foi ainda despejado sobre todo mundo, porque a longanimidade de Deus aguarda para diversos propósitos santos e justos, como em boa parte são aqui declarados por John Owen, com respaldo nas Escrituras, de tudo aquilo que se pode conhecer da mente de Deus e Seus propósitos eternos. Há um modo de se proceder em tais condições em que as trevas espirituais e morais parecem cobrir toda a Terra, e o autor aqui bem as descreve para o nosso aviso, e quanto ao único remédio que deve ser usado para a cura. Uma clara vantagem de nos valermos do trabalho de Owen é a de que no período em que viveu no século XVII, ainda não se encontravam presentes as ideologias de direita e de esquerda políticas como as temos desde fins do século XIX. Isto nos dá então um discurso em favor dos juízos divinos sobre a apostasia de pessoas e de nações, sem levar em consideração o componente da
  • 2. 2 divisão política, pois nos dias de Owen, havia a noção do direito divino dos reis, e a monarquia imperava tanto no mundo Ocidental, quanto Oriental. Não corremos assim o risco de confundirmos com seus escritos a ideia de santidade e obediência a Deus com a simples escolha de um regime político na democracia que não seja contrário ao Cristianismo. Não ser contaminado por tal pensamento foi uma grande vantagem para os puritanos em seus dias, pois o que havia lá era uma defesa firme dos princípio do Evangelho contra as heresias em voga, quer através de religiões ou mesmo da agência governamental. "1 Ora, naquele mesmo tempo estavam presentes alguns que lhe falavam dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios deles. 2 Respondeu-lhes Jesus: Pensais vós que esses foram maiores pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas? 3 Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. 4 Ou pensais que aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, foram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? 5 Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis." (Lucas 13: 1-5) Isto é parte e dever da sabedoria espiritual, como também a evidência de uma devida reverência a Deus; tomar aviso de ocorrências extraordinárias nas dispensações de sua providência, pois são avisos instrutivos e de grande importância em seu governo do mundo. Neles, a voz do Senhor clama à cidade, e o homem de sabedoria verá o nome dele.
  • 3. 3 E, há uma marca deixada sobre aqueles, como pessoas perdidas, que não verão quando sua mão é tão levantada acima. Um exemplo dessa sabedoria nos é dado aqui, por nosso bendito Salvador que, no relatório que lhe foi feito de alguns acidentes providenciais severos, então recém-ocorridos, dá uma exposição da mente de Deus neles, com uma aplicação deles para o presente dever dos que o ouviram, bem como a nós. Algumas coisas podem ser observadas em geral, para iluminar o contexto e o desígnio do nosso Salvador neste sagrado discurso. O tempo em que as coisas mencionadas ocorreram, e em que nosso Salvador passou seu julgamento sobre elas. 1. Foi um tempo de grande pecado; de abundância de todos os tipos de pecados. A nação como tal, em seus governantes e magistrados; a igreja como tal, em seus oficiais, ordem e adoração; e a generalidade do povo, em suas capacidades pessoais foram todos oprimidos na provocação dos pecados. A hipocrisia, a opressão, a crueldade, a superstição, a impureza, a perseguição, a impenitência e a insegurança - tudo a partir da incredulidade encheram a terra e a contaminaram. Temos um relato suficiente deste estado de coisas na história do evangelho, de modo que não precisa de outra confirmação. Sim, tão ímpias eram as pessoas, tão corrupto o estado da igreja, e tão impenitente a sua generalidade, que adequava-se à justiça e à santidade de Deus para vingar-se daquela geração, não apenas dos pecados, mas dos próprios pecadores também, de todos os perseguidores perversos e vis do mundo; uma coisa que ele não faz, senão em altas provocações.
  • 4. 4 "para que a esta geração se peçam contas do sangue de todos os profetas que, desde a fundação do mundo"; "desde o sangue de Abel ao de Zacarias, que foi assassinado entre o altar e a casa de Deus. Sim, eu vos afirmo, contas serão pedidas a esta geração". (Lucas 11: 50, 51) Há nesta cominação uma aparência de severidade, além do regime estabelecido. (Êxodo 20: 5)) Lá, Deus diz que Ele é "um Deus zeloso", título este que Ele assume para si mesmo com respeito às mais altas provocações; que "visitará a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração dos que o odeiam". Mas aqui, a vingança e o castigo devidos aos pecados de cem gerações, é ameaçado de ser infligido sobre o que era presente. Qualquer coisa, em nossa passagem, pode ser falada para a reivindicação da justiça divina aqui, visto que podemos estar mais preocupados com essa ação divina, do que a maioria esteja ciente. (1.) O caso aqui é particular. Pois, o mandamento diz respeito ao caso comum de todos os falsos adoradores e sua posteridade, mas isso aqui diz respeito à perseguição, ao sangue e à morte dos verdadeiros adoradores de Deus. Agora, embora Deus seja muito provocado com os pecados dos falsos adoradores, contudo Ele pode suportá-los, ou passar por seus pecados com menores castigos, ou pelo menos por uma longa temporada, mas quando eles vierem a perseguir e a derramar o sangue daqueles que O adoram em espírito e em verdade, no Seu tempo designado, Ele não os poupará; e as iniquidades deles próprios e seus predecessores, devem ser vingadas neles. (Nota do tradutor: Desde que o primeiro homem pecou e que Deus amaldiçoou o homem, a mulher, a serpente e a
  • 5. 5 própria Terra, tudo entrou em estado de dissolução, sendo isto chamado em Hebreus de "coisas abaláveis", e o mesmo autor diz que somente as coisas inabaláveis, a saber, aquelas que têm uma coluna em Jesus Cristo, permanecerão, porque somente Deus e a Sua Palavra são eternos e inabaláveis. O próprio céu e a Terra, que têm permanecido também passarão em estrepitoso estrondo, quando Deus criar um novo céu e uma nova Terra. Felizes portanto, são somente aqueles que têm permanecido ligados a Jesus.)