3. Insuficiência Hepática
• Síndrome clínica decorrente do comprometimento das funções
hepáticas
• Pode ser:
• Aguda (Hepatite aguda fulminante)
• Crônica (Geralmente associada à cirrose hepática)
4. Insuficiência Hepática
• O fígado é responsável por vários processos fisiológicos essenciais:
• Produção de albumina e diversas outras proteínas
• Fonte de glicose e lípides
• Biotransformação de amônia, hormônios esteroides, drogas e toxinas
6. Insuficiência Hepática
• Causas mais comuns de doença hepática crônica
• Hepatite C
• Doença hepática alcoólica
• Esteato-hepatite não alcoólica
• Hepatite B crônica
• Hepatite autoimune
• Colangite esclerosante
• Cirrose biliar primária
• Hemocromatose
• Doença de Wilson
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9. Insuficiência Hepática - Fisiopatologia
• Amônia
• Produzida principalmente nos intestinos, pelas bactérias entéricas que
degradam aminas, aminoácidos e purinas
• No fígado: Amônia -> Uréia + Glutamina
• Na insuficiência hepática há excesso de amônia -> interferência no
transporte de aminoácidos no encéfalo, redução da glutamina no tecido
cerebral e alteração no metabolismo energético cerebral
10. Insuficiência Hepática - Fisiopatologia
• Ação sinérgica de toxinas
• Acúmulo de outras neurotoxinas, como mercaptenos, ácidos graxos de
cadeia curta e compostos fenólicos
• Falsos neurotransmissores
• Redução da excitação neuronal por redução de neurotransmissores
(dopamina, noradrenalina e serotonina) e elevação falsos
neurotransmissores, como octopamina
11. Insuficiência Hepática - Fisiopatologia
• Complexo receptor GABA
• Estudos sugerem aumento do tônus do sistema neurotransmissor inibitório
GABA
• *Uso de flumazenil pode melhorar transitoriamente o nível de consciência
12. Insuficiência Hepática- Semiologia
• Fatores constitucionais
• Estado geral
• Queda progressiva do estado geral
• Anorexia, fraqueza, emagrecimento
• Icterícia
• Incapacidade do fígado metabolizar bilirrubinas
• Febre
• Incomum
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14. Manifestações Cutâneas
• Spiders (“aranhas vasculares”)
• Consistem de arteríola central da qual irradiam numerosos pequenos vasos
• Localizadas principalmente em tórax e pescoço
• Eventualmente podem aparecer em outras doenças
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17. Manifestações Cutâneas
• Eritema palmar
• Coloração vermelho-viva em eminência tenar, hipotênar e polpas digitais
• Hiperestrogenismo -> Formações de anastomoses arteriovenosas
• Leuconíquea
• Opacificação do leito ungueal
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20. Manifestações endocrinológicas
• Feminização
• Elevação do estrógeno plasmático e maior conversão periférica
• Principalmente ginecomastia
• Hipogonadismo
• Infertilidade, atrofia testicular, perda de libido e impotência
• Menstruação irregular e atrofia uterina
27. Encefalopatia Hepática
• Síndrome neuropsiquiátrica reversível causada pelo acúmulo de
substâncias nitrogenadas, caracterizada por rebaixamento do nível
de consciência, convulsões, alterações musculares e coma
28. Insuficiência Hepática
• Flapping (“asterixis”)
• Sinal mais característico, porém não é específico
• Causado por supressão no sistema de ativação reticular, com alteração do
tônus muscular, postura e reflexo
• Bilateral e assíncrono
29. Insuficiência Hepática
• Flapping (“asterixis”)
Movimento involuntário grosseiro das mãos, semelhante ao “bater de asas”,
quando os braços são mantidos em extensão horizontal ou quando o
antebraço é fixo e as mãos posicionadas em hiperextensão
Outra possibilidade é pedir para o paciente apertar 2 dedos do examinador –
este sente períodos breves de relaxamento
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32. Encefalopatia Hepática
• Fatores desencadeantes
• Excesso de proteína na dieta
• Infecção
• Hemorragia digestiva alta
• Insuficiência renal
• Constipação
• Sedativos
33. Insuficiência Hepática
• Hálito hepático
• Cheiro de “bolor adocicado”
• Provavelmente por produtos nitrogenados de baixo peso
35. Hipertensão Portal
• Não é uma doença em si, mas representa uma complicação de diversas
doenças
• A veia porta é derivada da veia esplênica e da veia mesentérica superior
e inferior. Portanto, recebe o sangue que drena da circulação
esplâncnica para o fígado. O fígado é o principal sítio de resistência ao
fluxo venoso portal e age como uma rede vascular distensível de baixa
resistência
• A pressão venosa portal é normalmente baixa (5-10 mmHg), sendo a
hipertensão portal definida como superior a 10 mmHg.
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39. Hipertensão Portal
• Quando há obstrução ao fluxo portal, o sangue começa a se
acumular em leitos vasculares que normalmente drenam para a
veia porta
• Ascite
• Esplenomegalia e hiperesplenismo
• Sistema circulatório colateral (por exemplo, varizes), se desenvolve para
descomprimir o sistema portal
40. Circulação colateral
• A circulação colateral abdominal superficial é identificada na
parede abdominal anterior e caracterizada pela observação de
vasos ingurgitados irradiando da cicatriz umbilical com fluxo
sanguíneo ascendente, acima da cicatriz umbilical e descendente,
abaixo da cicatriz umbilical
• Sinal de Curveilhier-Baumgarten