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Nefrologia:
Principais Patologias causadoras de IRA e IRC
Prof. Hamilton F. Nobrega
Patologia
• Qualquer desvio anatômico
e/ou fisiológico, em relação
à normalidade, que
constitua uma doença ou
caracterize determinada
doença.
Insuficiência Renal
• Condição na qual os rins falham na tentativa de
remover os produtos finais do metabolismo do
sangue e não mais conseguem regular os líquidos,
eletrólitos, bem como o balanço do pH dos fluidos
extracelulares.
• Pode ser aguda ou crônica
I.R.A
Insuficiência Renal Aguda
• Pode-se definir a IRA como uma súbita diminuição
da função renal a níveis (medidos pela creatinina e
uréia) incompatíveis com a vida, se não for tratada.
• Na grande maioria dos casos, a anúria (ausência de
produção de urina) ou oligúria (pouca produção de
urina) estão presentes.
• Muitas vezes é reversível, se reconhecida
precocemente e tratada adequadamente.
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
• Qualquer doença ou má-formação renal bilateral
pode resultar em IRC, mesmo as doenças
inicialmente não renais, como uma uropatia
obstrutiva (por exemplo, prostatismo).
• Assim, ao contrário da IRA, a IRC só pode ser
originada por fatores renais e não pré ou pós-renais.
• Desenvolve-se lentamente (anos), sendo também o
resultado final de danos irreparáveis aos rins.
Patologias afetam quatro compartimentos
• Glomérulos
• Túbulos
• Interstício
• Vasos sanguíneos
Manifestações Clínicas
• Síndrome nefrítica aguda: Hematúria + proteinúria +
hipertensão;
• Síndrome nefrótica: Proteinúria > 3,5g/dia +
hipoalbuminemia + hiperlipidemia + lipidúria;
• Hematúria ou proteinúria;
• IRA: Oligúria/anúria + azotemia inicial;
• IRC: Sintomas e sinais de uremia prolongada;
• Poliúria/nictúria;
• Distúrbios eletrolíticos;
• Piúria e bacteriúria;
• Cólica ureteral
Insuficiência Renal Aguda
I.R.A
Insuficiência Renal Aguda
• São divididas de acordo com as causas:
 Pré-renal
 Intrínseca ou intra-renal
 Pós-renal
I.R.A
Insuficiência Renal Aguda
• Pré-renal (Redução do fluxo de sangue para os rins)
 Hipovolemia: Desidratação, hemorragia, perdas
excessivas de líquidos;
 Redução do preenchimento vascular (choque
anafilático/ séptico);
 ICC e choque cardiogênico;
 Redução da perfusão renal (drogas, mediadores
vasoativos)
I.R.A
Insuficiência Renal Aguda
• Intrínseca ou intra-renal (Distúrbios que alteram as
estruturas dos rins)
 Necrose tubular aguda (isquemia renal prolongada,
exposição a drogas nefrotóxicas, metais pesados,
solventes orgânicos);
 obstrução intratubular devido a hemólise e miólise
(hemoglobina e mioglobina são filtradas e precipitam na
luz tubular);
 cadeias leves do mieloma ou depósitos de ácido úrico;
 Doença renal aguda (glomerulonefrite aguda,
pielonefrite).
I.R.A
Insuficiência Renal Aguda
• Pós-renal (Distúrbios que interferem na eliminação
de urina pelos rins)
 Obstrução ureteral;
 Obstrução do esvaziamento da bexiga
I.R.A
Insuficiência Renal Aguda
• Fase aguda: 3 primeiros dias – caracterizada por
anúria ou por oligúria. Quadro deve ser avaliado não
apenas pelo volume urinário, mas também pela
concentração de creatinina no plasma e na urina.
• Fase secundária (poliúrica): aumento gradual da
TFG, apesar da taxa de reabsorção do epitélio estar
reduzida;
• Fase de recuperação: reabsorção e TFG
normalizadas.
I.R.A
Insuficiência
Renal Aguda
Extraído de Silbernagl & Lang, Fisiopatologia
Texto e Atlas, 2006.
Insuficiência Renal Crônica
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
 Resulta da destruição progressiva e irreversível das
estruturas renais;
 Até 1965: pacientes com falência renal crônica
evoluíam até os estágios finais da doença e faleciam.
Taxa de mortalidade alta estava associada às
limitações no tratamento e custo extremamente
elevado;
 Em 1972: EUA – programa de apoio à diálise e
transplantes renais.
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
• Causas
 Perda permanente dos néfrons pode ser gerada por
patologias como:
 Diabetes
 Hipertensão arterial
 Glomerulonefrites
 Doenças do rim policístico
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
 Sinais e sintomas: ocorrem de forma gradual e não se
tornam aparentes até que a doença se encontre muito
avançada, devido à capacidade compensatória dos rins;
 Quando as estruturas renais são destruídas, os néfrons
remanescentes sofrem hipertrofia estrutural e funcional,
aumentando cada um a sua função, na tentativa de
compensar os néfrons perdidos;
 Somente quando os poucos néfrons restantes são
destruídos, as manifestações da insuficiência renal
tornam-se evidentes.
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
 Independente da causa, a IRC resulta da deterioração
progressiva da TFG, da capacidade de reabsorção
dos túbulos e das funções endócrinas dos rins;
 Todos os tipos de IR caracterizam-se pela redução do
número de néfrons funcionantes;
 Taxa de destruição dos néfrons varia em cada caso
(meses a anos)
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
 Estágios de progressão
I. Diminuição da reserva renal;
II. Insuficiência renal;
III. Falência renal;
IV. Doença renal em estágio final (DREF)
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
I. Diminuição da reserva renal
• TFG reduzida aproximadamente 50%;
• Níveis sorológicos de uréia e creatinina normais;
• Não existe sintomas de comprometimento da função
renal (Alguns indivíduos sobrevivem com apenas 1);
• Risco de desenvolvimento de azotemia (acúmulo de
metabólitos nitrogenados no sangue) diante da agressão
renal adicional.
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
II. Insuficiência Renal
• TFG entre 20 a 50%;
• Azotemia;
• Anemia;
• Hipertensão;
• Um dos sinais da IR é a poliúria;
• Sinais e sintomas não aparecem até que 50% da função seja
perdida (imensa capacidade de adaptação dos rins)
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
II. Insuficiência Renal (continuação)
• Néfrons que não foram destruídos sofrem alterações
(compensação);
• Néfrons da reserva funcional podem facilmente ser destruídos.
Possibilidade de progressão rápida da IR;
• Néfrons remanescentes aumentam filtração de solutos do
sangue, gerando maior perda e água;
• Indicação de dieta restrita de proteínas para reduzir sintomas
urêmicos e retardar a IR
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
III. Falência Renal
• TGF < que 20% (20 a 5%);
• Rins incapazes de regular volume e composição de soluto;
• Edema;
• Acidose metabólica;
• Hipercalcemia;
• Uremia pode começar com manifestações neurológicas, GI
e cardiovasculares
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
IV. Doença Renal em Estágio Final ( DREF)
• TGF < que 5%;
• Redução dos capilares renais e fibrose nos glomérulos;
• Atrofia e fibrose evidente nos túbulos;
• Massa dos rins diminuída;
• Necessidade de tratamento dialítico ou transplante
(sobrevida)
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
Manifestações Clínicas
• Incapacidade de regular as funções renais:
o Equilíbrio hidroeletrolítico;
o Controle de PA (volume do líquido / sistema renina-
angiotensina);
o Eliminação de metabólitos (detritos nitrogenados);
o Controle de células vermelhas no sangue (eritropoietina);
o Dirigir funções da paratireoide e esquelética (eliminação de
fosfato e ativação de vit. D)
I.R.C
Insuficiência Renal Crônica
Manifestações Clínicas
• Acúmulo de escórias (Ex. ureia normal no sangue 20
mg/dL, mas atinge 800 mg/dL em pacientes com IR);
• Uremia: ocorrem sinais e sintomas de alteração do
equilíbrio ácido-básico. (Ex. hipertensão, anemia,
osteodistrofia, fraqueza, náuseas). Pode seguir coma e
óbito se não tratada;
• Azotemia: acumulo de detritos nitrogenados no sangue.
I.R.C
Insuficiência
Renal Crônica
I.R.C
Insuficiência
Renal Crônica
Distúrbios do balanço
hidroeletrolítico na IR
Efeitos da IR sobre o
balanço mineral
I.R.C: Distúrbios
 Esqueléticos: Osteodistrofia: reabsorção anormal e
remodelamento defeituoso dos ossos (níveis alterados de
fosfato e cálcio – hiperparatireoidismo);
 Hematológicos: anemia (hematócrito <30% e
hemoglobina < 10 g/dL)
 Cardiovasculares: hipetensão, doença cardíaca e
pericardite
 Gastrointestinais: uremia (gosto metálico na boca leva a
diminuição do apetite, anorexia, náuseas e vômitos
(decomposição da uréia na flora intestinal)
I.R.C: Distúrbios
 Neuropatia: Doença no sistema nervoso e encefalopatia
urêmica
 Imunológicos: Níveis elevados de ureia reduzem
granulócitos, diminuem a função fagocitária, interferem na
imunidade humoral e na resposta inflamatória
 Integridade da Pele: pele seca (redução do tamanho das
glândulas sudoríparas, e diminuição da atividade das
sebáceas, pele amarelada, prurido (níveis elevados de
fosfato e desenvolvimento de cristais de fosfato);
 Disfunção sexual: alteração da função endócrina
Tratamento
Glomerulopatia
Doença decorrente de dano
glomerular, que acarreta
perdas/alterações variáveis na
seletividade da filtração e também, no
ritmo de filtração glomerular
Doença decorrente de dano glomerular, que
acarreta perdas/alterações variáveis na seletividade
da filtração e também, no ritmo de filtração
glomerular.
Glomerulopatias
Glomerulopatias
Glomerulopatias
• Em condições normais: URINA
• ≤ 10.000 CÉLS EPITELIAIS/mL
• ≤ 5.000 LEUCÓCITOS/mL
• ≤ 7.000 HEMÁCIAS/mL
• PROTEÍNA AUSENTE
• HEMOGLOBINA AUSENTE
• CILINDROS AUSENTES
Glomerulopatias
Afetam as propriedades do Glomérulo Renal
1) A superfície de filtração
de liquidos e pequenos
solutos esteja íntegra
2) O capilar glomerular exerça
um papel de barreira para a
filtração de proteinas e outras
macromoléculas
Glomerulopatias
• Ocorrendo perda abrupta da
superfície de filtração (↓ Kf ) →
redução da excreção de líquidos,
pequenos solutos, eletrólitos →
SÍNDROME NEFRÍTICA
• Ocorrendo aumento difuso da
permeabilidade do capilar
glomerular à passagem de
proteínas → proteinúria maciça
→ SÍNDROME NEFRÓTICA
Glomerulopatias
• SÍNDROME NEFRÍTICA (AGUDA)
Glomerulonefrite rapidamente
progressiva
• SÍNDROME NEFRÓTICA Doenças
glomerulares tromóticas
Glomerulopatias: Síndrome NEFRÍTICA
• Conjunto de sinais/ sintomas caracterizados por início
relativamente abrupto:
 Edema
 Hipertensão
 Hematúria
 Proteinúria leve ou com redução de FG
Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica
• Define-se morfologicamente pela presença de reação
inflamatória nos glomérulos, com intensa hipercelularidade
decorrente da infiltração de células circulantes, como leucócitos
e macrófagos, e proliferação de células residentes.
NORMAL GLOMERULONEFRITE AGUDA
Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica
GLOMERULONEFRITE
DIFUSA AGUDA
NORMAL
REDUÇÃO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR NA S. NEFRÍTICA
Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica
Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica
Hemácias dismórficas : sedimento urinário de paciente com
Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica
CILINDRO HEMÁTICO NA SÍNDROME NEFRÍTICA
Altamente específico para hematúria de origem glomerular, porém pouco
sensível
Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica
• GNDA (Glomerulonefrite difusa aguda):
• Glomerulonefrite membranoproliferativa
• Nefropatia da IgA
• Glomerulonefrite crescêntica
Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica
• GNDA (Glomerulonefrite difusa aguda):
Relacionada a infecções bacterianas (Estreptococos,
Stafilococos)
• Manifestações clinicas
 Hematúria macroscópica: 25 – 33%;
 Edema : 85%
 Hipertensão: 60 – 80%
Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica
• Edema facial em criança com GN pós-estreptocócica (GNDA)
Evolução
• Diurese e natriurese
recueram-se em 48-72
hs;
• Remissão dos sintomas
2-4 semanas;
• Normaliza 6 semanas;
• Hematuria e proteinúria:
< 1g/dia (meses)
Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica
• NIgA – Doença de Berger
 Forma de Glomerulonefrite Mesangial com deposito
predominante de IgA (imunoglobulina A).
 Glomerulopatia mais comum;
 Relação temporal com infecções respiratórias e do TGI
Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica
• Glomerunofretite Crescentica (GNRP)
 GN que atingem mais de 50% dos glomérulos;
 O curso variável depende da quantidade de crescentes e da
extensão das crescentes
 São considerados URGÊNCIA NEFROLÓGICA!
Glomerulopatias: Síndrome NEFRÓTICA
 Proteinúria > ou = 3,5 g/dia
 Hipoalbuminemia
 Edema generalizado
 Hiperlipidemia
Glomerulopatias: Síndrome NEFRÓTICA
• Mecanismos da Proteinúria
 Alteração da carga elétrica
da membrana capilar
glomerular;
 Alteração do tamanho e/ou
número dos poros
Glomerulopatias: Síndrome NEFRÓTICA
Glomerulopatias: Síndrome NEFRÓTICA
• Causas de Síndrome Nefrótica
 Genéticas: mutações em proteínas da barreira
glomerular;
 Imunológicas: linfocinas;
 Metabólicas: alterações estruturais (Ex. Diabetes
mellitus)
 Efeitos de drogas e toxinas
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
Hepatite
B e C
HIV
Hipertensão Diabetes
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
Doenças infecciosas que afetam o fígado
causada pelo vírus da hepatite B (VHB e HCV).
O vírus pode causar infeções tanto agudas
como crónicas.
Hepatite
B e C
Durante a infeção inicial aguda muitas pessoas não manifestam
sintomas. Em algumas pessoas os sintomas manifestam-se de
forma súbita e incluem vómitos, pele amarela, fadiga, urina de cor
escura e dor abdominal.
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
 Hepatite B e C
A hepatite pelo vírus C afeta o rim de duas maneiras:
• Pacientes com doença renal crônica submetidos à
hemodiálise apresentam maior risco de infecção (VHC);
• Além disso, o VHC está associado com o desenvolvimento de
várias desordens extra-hepáticas, sendo que três tipos de
doença renal têm sido associadas à infecção pelo VHC:
crioglobulinemia mista, glomerulonefrite
membranoproliferativa (GNMP) e nefropatia membranosa.
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
 Crioglobulinemia Mista
 É uma vasculite sistêmica. Pacientes apresentam fadiga,
artralgia/artrite, púrpura, necrose de pele nas áreas expostas,
hepatoesplenomegalia e doença renal.
 As manifestações clínicas da doença renal podem incluir
hematúria, proteinúria, inclusive nefrótica, e insuficiência renal
moderada em 50% dos casos.
 Há crioglobulinas circulantes, mais frequentemente do tipo II
(essencial mista) e, eventuamente, mista tipo III. Os níveis de
complemento são geralmente baixos, mais intensamente de C4 e
menos de C3.
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
 Glomerulonefrite Membranoproliferativa (GNMP)
 A associação de infecção pelo VHC e GNMP idiopática tipo I
(ausência de crioglobulinemia) é controversa.
 Embora alguns pacientes não apresentem crioglobulinas
circulantes em GNMP associada ao VHC, subsequentemente a
maioria desenvolve crioglobulinemia mensurável, mas não
necessariamente manifestações extrarrenais de crioglobulinemia.
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
 Nefropatia Membranosa
 Alguns pequenos estudos sugerem que a nefropatia membranosa
pode ser induzida pela infecção pelo VHC, embora os dados sejam
conflitantes. Além disso, os níveis de complemento tendem a ser
normais e nem crioglobulinas nem fator reumatóide estão
presentes. .
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
 Alterações renais relacionadas ao HIV e
nefrotoxicidade
A infecção pelo HIV está associada de modo simplificado, a três
principais situações:
I. Nefropatia do HIV (e demais glomerulopatias associadas);
II. Nefrotoxicidade por medicamentos e procedimentos;
III. Doença renal crônica ocasionada ou agravada por
comorbidades.
HIV  Alterações renais relacionadas ao HIV e
nefrotoxicidade
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
I. Nefropatia do HIV (NAHIV)
• Forma clássica de acometimento glomerular pelo HIV.
• Ocorre comumente em fases avançadas da infecção,
manifestando-se com proteinúria nefrótica e perda de função
renal. No entanto, essa nefropatia pode ser parte da
manifestação inicial da infecção, sendo relatada inclusive
durante a infecção primária pelo HIV, e raramente em
pacientes com viremia controlada.
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
I. Nefropatia do HIV (NAHIV)
• Apesar do achado comum de proteinúria grave e
hipoalbuminemia, a maioria dos pacientes com NAHIV não
apresenta edema significativo ou hipertensão.
• A ausência de sinais clínicos leva ao diagnóstico tardio desse
acometimento. Em geral, o sedimento urinário contém
cilindros hialinos, tipicamente sem alterações significativas. A
ultrassonografia do aparelho urinário demonstra rins
aumentados
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
II. Nefrotoxicidade (NTHIV)
• Alguns antirretrovirais podem causar alterações agudas ou
crônicas da função renal.
• Na infecção pelo HIV, o risco de desenvolver doença renal
crônica aumenta proporcionalmente aos que estão
frequentemente expostos a medicamentos nefrotóxicos, como
antimicrobianos, antifúngicos, anti-inflamatórios não
esteroides (AINE).
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
III. Doença Renal Crônica (DRHIV)
• Entre os pacientes infectados pelo HIV, as estimativas de
prevalência de doença renal crônica variam de 7,2% a 32,6%;
• São fatores de risco específicos para doença renal crônica:
presença de proteinúria na análise do sedimento urinário,
história familiar de nefropatia, alta carga viral, baixa contagem
de Leucócitos, diagnóstico de diabetes e hipertensão.
• A disfunção renal é reconhecida como fator que piora o
prognóstico da infecção pelo HIV.
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
 Alterações renais relacionadas ao HIV e
nefrotoxicidade
Doença crónica caracterizada pelos elevados níveis de pressão
sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha de
bombear com maior esforço do que o normal o sangue, através
dos vasos sanguíneos.
 Hipertensão ArterialHipertensão
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
Hipertensão Arterial e Doença Renal Crônica (HADRC)
• O rim desempenha um papel fundamental na regulação da
pressão sanguínea.
• Quando a função renal está preservada, uma elevação da PA
conduz a que o rim aumente a excreção de sódio e água,
com redução do volume sanguíneo, do retorno venoso e,
desta forma, mantém a pressão sanguínea dentro de valores
normais.
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
Hipertensão Arterial e Doença Renal Crônica (HADRC)
• Principais mecanismos de lesão renal devido a hipertensão:
 A PA elevada, associada à rigidez das artérias, leva a um
aumento da pressão nas arteríolas aferentes que, por sua
vez, causa hiperperfusão e hiperfiltração glomerular (Perde-
se a auto-regulação renal e desenvolve-se proteinúria)
 Também a glomeruloesclerose isquémica leva ao
estreitamento do lúmen e à diminuição no fluxo sanguíneo
glomerular, contribuindo para o declínio da função renal.
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
 Alterações renais relacionadas ao HIV e
nefrotoxicidade
 Diabetes é uma doença que provoca alto nível de glicose
(açúcar) no sangue.
 Altos níveis de glicose no sangue podem comprometer os
pequenos vasos sanguíneos dos rins de forma que estes não
conseguem mais remover fluidos e resíduos.
 Diabetes
Diabetes
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
Diabetes e Doença Renal
• Se o diabetes não for tratado por um período muito longo,
pode-se desenvolver complicações e uma dessas
complicações pode ser a doença renal.
• Nefropatia diabética é o termo médico para o dano renal
causado pelo diabetes. Pode demorar 20 anos ou mais até
que uma pessoa com diabetes desenvolva doença renal.
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
• Nefropatia diabética
 Também conhecida como glomerulonefrite intercapilar, é uma
doença renal progressiva causada por angiopatia dos
capilares nos glomérulos renais.
 Ela é caracterizada por síndrome nefrótica e
glomeruloesclerose difusa.
 Ocorre devido a diabetes mellitus de longo prazo, e é uma
das principais causas de diálise.
Principais Patologias causadoras
de IRA e IRC
• Nefropatia diabética
 Proteinúria – fase inicial: microalbuminúria. Pode evoluir
para macroalbuminúria;
 Aumento de PA, que pode levar a insuficiência renal
avançada;
 Controle das taxas de glicemia previne a nefropatia.
Uso de AINEs
 Os anti-inflamatórios não-esteróidais (AINEs) constituem
atualmente a classe de medicamentos mais comumente
prescrita no mundo todo, devido aos seus efeitos
analgésicos e anti-inflamatórios.
 Podem induzir uma variedade de alterações deletérias na
função renal, especialmente naqueles pacientes que já
têm a perfusão sanguínea renal diminuída e nos que
fazem uso prolongado dessas drogas, tornando o rim o
segundo órgão mais afetado pelos efeitos adversos
desses fármacos.
Uso de AINEs
 Os rins recebem aproximadamente 25% de todo o débito
cardíaco e constituem o órgão primordial na função de
excreção.
 Sendo assim, qualquer droga que cair na circulação
sanguínea e tiver excreção renal passará pelos rins.
 Pode-se inferir, portanto, que altas concentrações de uma
determinada droga na luz dos túbulos renais podem
perfeitamente desencadear respostas inflamatórias e
comprometer a função de filtração glomerular.
Uso de AINEs
Obrigado e até a
próxima!

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Nefrologia Principais Patologias Causadoras de IRA e IRC

  • 1. Nefrologia: Principais Patologias causadoras de IRA e IRC Prof. Hamilton F. Nobrega
  • 2.
  • 3. Patologia • Qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença.
  • 4. Insuficiência Renal • Condição na qual os rins falham na tentativa de remover os produtos finais do metabolismo do sangue e não mais conseguem regular os líquidos, eletrólitos, bem como o balanço do pH dos fluidos extracelulares. • Pode ser aguda ou crônica
  • 5. I.R.A Insuficiência Renal Aguda • Pode-se definir a IRA como uma súbita diminuição da função renal a níveis (medidos pela creatinina e uréia) incompatíveis com a vida, se não for tratada. • Na grande maioria dos casos, a anúria (ausência de produção de urina) ou oligúria (pouca produção de urina) estão presentes. • Muitas vezes é reversível, se reconhecida precocemente e tratada adequadamente.
  • 6. I.R.C Insuficiência Renal Crônica • Qualquer doença ou má-formação renal bilateral pode resultar em IRC, mesmo as doenças inicialmente não renais, como uma uropatia obstrutiva (por exemplo, prostatismo). • Assim, ao contrário da IRA, a IRC só pode ser originada por fatores renais e não pré ou pós-renais. • Desenvolve-se lentamente (anos), sendo também o resultado final de danos irreparáveis aos rins.
  • 7. Patologias afetam quatro compartimentos • Glomérulos • Túbulos • Interstício • Vasos sanguíneos
  • 8. Manifestações Clínicas • Síndrome nefrítica aguda: Hematúria + proteinúria + hipertensão; • Síndrome nefrótica: Proteinúria > 3,5g/dia + hipoalbuminemia + hiperlipidemia + lipidúria; • Hematúria ou proteinúria; • IRA: Oligúria/anúria + azotemia inicial; • IRC: Sintomas e sinais de uremia prolongada; • Poliúria/nictúria; • Distúrbios eletrolíticos; • Piúria e bacteriúria; • Cólica ureteral
  • 10. I.R.A Insuficiência Renal Aguda • São divididas de acordo com as causas:  Pré-renal  Intrínseca ou intra-renal  Pós-renal
  • 11. I.R.A Insuficiência Renal Aguda • Pré-renal (Redução do fluxo de sangue para os rins)  Hipovolemia: Desidratação, hemorragia, perdas excessivas de líquidos;  Redução do preenchimento vascular (choque anafilático/ séptico);  ICC e choque cardiogênico;  Redução da perfusão renal (drogas, mediadores vasoativos)
  • 12. I.R.A Insuficiência Renal Aguda • Intrínseca ou intra-renal (Distúrbios que alteram as estruturas dos rins)  Necrose tubular aguda (isquemia renal prolongada, exposição a drogas nefrotóxicas, metais pesados, solventes orgânicos);  obstrução intratubular devido a hemólise e miólise (hemoglobina e mioglobina são filtradas e precipitam na luz tubular);  cadeias leves do mieloma ou depósitos de ácido úrico;  Doença renal aguda (glomerulonefrite aguda, pielonefrite).
  • 13. I.R.A Insuficiência Renal Aguda • Pós-renal (Distúrbios que interferem na eliminação de urina pelos rins)  Obstrução ureteral;  Obstrução do esvaziamento da bexiga
  • 14. I.R.A Insuficiência Renal Aguda • Fase aguda: 3 primeiros dias – caracterizada por anúria ou por oligúria. Quadro deve ser avaliado não apenas pelo volume urinário, mas também pela concentração de creatinina no plasma e na urina. • Fase secundária (poliúrica): aumento gradual da TFG, apesar da taxa de reabsorção do epitélio estar reduzida; • Fase de recuperação: reabsorção e TFG normalizadas.
  • 15. I.R.A Insuficiência Renal Aguda Extraído de Silbernagl & Lang, Fisiopatologia Texto e Atlas, 2006.
  • 17. I.R.C Insuficiência Renal Crônica  Resulta da destruição progressiva e irreversível das estruturas renais;  Até 1965: pacientes com falência renal crônica evoluíam até os estágios finais da doença e faleciam. Taxa de mortalidade alta estava associada às limitações no tratamento e custo extremamente elevado;  Em 1972: EUA – programa de apoio à diálise e transplantes renais.
  • 18. I.R.C Insuficiência Renal Crônica • Causas  Perda permanente dos néfrons pode ser gerada por patologias como:  Diabetes  Hipertensão arterial  Glomerulonefrites  Doenças do rim policístico
  • 19. I.R.C Insuficiência Renal Crônica  Sinais e sintomas: ocorrem de forma gradual e não se tornam aparentes até que a doença se encontre muito avançada, devido à capacidade compensatória dos rins;  Quando as estruturas renais são destruídas, os néfrons remanescentes sofrem hipertrofia estrutural e funcional, aumentando cada um a sua função, na tentativa de compensar os néfrons perdidos;  Somente quando os poucos néfrons restantes são destruídos, as manifestações da insuficiência renal tornam-se evidentes.
  • 20. I.R.C Insuficiência Renal Crônica  Independente da causa, a IRC resulta da deterioração progressiva da TFG, da capacidade de reabsorção dos túbulos e das funções endócrinas dos rins;  Todos os tipos de IR caracterizam-se pela redução do número de néfrons funcionantes;  Taxa de destruição dos néfrons varia em cada caso (meses a anos)
  • 21. I.R.C Insuficiência Renal Crônica  Estágios de progressão I. Diminuição da reserva renal; II. Insuficiência renal; III. Falência renal; IV. Doença renal em estágio final (DREF)
  • 22. I.R.C Insuficiência Renal Crônica I. Diminuição da reserva renal • TFG reduzida aproximadamente 50%; • Níveis sorológicos de uréia e creatinina normais; • Não existe sintomas de comprometimento da função renal (Alguns indivíduos sobrevivem com apenas 1); • Risco de desenvolvimento de azotemia (acúmulo de metabólitos nitrogenados no sangue) diante da agressão renal adicional.
  • 23. I.R.C Insuficiência Renal Crônica II. Insuficiência Renal • TFG entre 20 a 50%; • Azotemia; • Anemia; • Hipertensão; • Um dos sinais da IR é a poliúria; • Sinais e sintomas não aparecem até que 50% da função seja perdida (imensa capacidade de adaptação dos rins)
  • 24. I.R.C Insuficiência Renal Crônica II. Insuficiência Renal (continuação) • Néfrons que não foram destruídos sofrem alterações (compensação); • Néfrons da reserva funcional podem facilmente ser destruídos. Possibilidade de progressão rápida da IR; • Néfrons remanescentes aumentam filtração de solutos do sangue, gerando maior perda e água; • Indicação de dieta restrita de proteínas para reduzir sintomas urêmicos e retardar a IR
  • 25. I.R.C Insuficiência Renal Crônica III. Falência Renal • TGF < que 20% (20 a 5%); • Rins incapazes de regular volume e composição de soluto; • Edema; • Acidose metabólica; • Hipercalcemia; • Uremia pode começar com manifestações neurológicas, GI e cardiovasculares
  • 26. I.R.C Insuficiência Renal Crônica IV. Doença Renal em Estágio Final ( DREF) • TGF < que 5%; • Redução dos capilares renais e fibrose nos glomérulos; • Atrofia e fibrose evidente nos túbulos; • Massa dos rins diminuída; • Necessidade de tratamento dialítico ou transplante (sobrevida)
  • 27. I.R.C Insuficiência Renal Crônica Manifestações Clínicas • Incapacidade de regular as funções renais: o Equilíbrio hidroeletrolítico; o Controle de PA (volume do líquido / sistema renina- angiotensina); o Eliminação de metabólitos (detritos nitrogenados); o Controle de células vermelhas no sangue (eritropoietina); o Dirigir funções da paratireoide e esquelética (eliminação de fosfato e ativação de vit. D)
  • 28. I.R.C Insuficiência Renal Crônica Manifestações Clínicas • Acúmulo de escórias (Ex. ureia normal no sangue 20 mg/dL, mas atinge 800 mg/dL em pacientes com IR); • Uremia: ocorrem sinais e sintomas de alteração do equilíbrio ácido-básico. (Ex. hipertensão, anemia, osteodistrofia, fraqueza, náuseas). Pode seguir coma e óbito se não tratada; • Azotemia: acumulo de detritos nitrogenados no sangue.
  • 30. I.R.C Insuficiência Renal Crônica Distúrbios do balanço hidroeletrolítico na IR Efeitos da IR sobre o balanço mineral
  • 31. I.R.C: Distúrbios  Esqueléticos: Osteodistrofia: reabsorção anormal e remodelamento defeituoso dos ossos (níveis alterados de fosfato e cálcio – hiperparatireoidismo);  Hematológicos: anemia (hematócrito <30% e hemoglobina < 10 g/dL)  Cardiovasculares: hipetensão, doença cardíaca e pericardite  Gastrointestinais: uremia (gosto metálico na boca leva a diminuição do apetite, anorexia, náuseas e vômitos (decomposição da uréia na flora intestinal)
  • 32. I.R.C: Distúrbios  Neuropatia: Doença no sistema nervoso e encefalopatia urêmica  Imunológicos: Níveis elevados de ureia reduzem granulócitos, diminuem a função fagocitária, interferem na imunidade humoral e na resposta inflamatória  Integridade da Pele: pele seca (redução do tamanho das glândulas sudoríparas, e diminuição da atividade das sebáceas, pele amarelada, prurido (níveis elevados de fosfato e desenvolvimento de cristais de fosfato);  Disfunção sexual: alteração da função endócrina
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39. Glomerulopatia Doença decorrente de dano glomerular, que acarreta perdas/alterações variáveis na seletividade da filtração e também, no ritmo de filtração glomerular Doença decorrente de dano glomerular, que acarreta perdas/alterações variáveis na seletividade da filtração e também, no ritmo de filtração glomerular.
  • 42. Glomerulopatias • Em condições normais: URINA • ≤ 10.000 CÉLS EPITELIAIS/mL • ≤ 5.000 LEUCÓCITOS/mL • ≤ 7.000 HEMÁCIAS/mL • PROTEÍNA AUSENTE • HEMOGLOBINA AUSENTE • CILINDROS AUSENTES
  • 43. Glomerulopatias Afetam as propriedades do Glomérulo Renal 1) A superfície de filtração de liquidos e pequenos solutos esteja íntegra 2) O capilar glomerular exerça um papel de barreira para a filtração de proteinas e outras macromoléculas
  • 44. Glomerulopatias • Ocorrendo perda abrupta da superfície de filtração (↓ Kf ) → redução da excreção de líquidos, pequenos solutos, eletrólitos → SÍNDROME NEFRÍTICA • Ocorrendo aumento difuso da permeabilidade do capilar glomerular à passagem de proteínas → proteinúria maciça → SÍNDROME NEFRÓTICA
  • 45. Glomerulopatias • SÍNDROME NEFRÍTICA (AGUDA) Glomerulonefrite rapidamente progressiva • SÍNDROME NEFRÓTICA Doenças glomerulares tromóticas
  • 46. Glomerulopatias: Síndrome NEFRÍTICA • Conjunto de sinais/ sintomas caracterizados por início relativamente abrupto:  Edema  Hipertensão  Hematúria  Proteinúria leve ou com redução de FG
  • 47. Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica • Define-se morfologicamente pela presença de reação inflamatória nos glomérulos, com intensa hipercelularidade decorrente da infiltração de células circulantes, como leucócitos e macrófagos, e proliferação de células residentes. NORMAL GLOMERULONEFRITE AGUDA
  • 48. Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA NORMAL REDUÇÃO DA FILTRAÇÃO GLOMERULAR NA S. NEFRÍTICA
  • 50. Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica Hemácias dismórficas : sedimento urinário de paciente com
  • 51. Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica CILINDRO HEMÁTICO NA SÍNDROME NEFRÍTICA Altamente específico para hematúria de origem glomerular, porém pouco sensível
  • 52. Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica • GNDA (Glomerulonefrite difusa aguda): • Glomerulonefrite membranoproliferativa • Nefropatia da IgA • Glomerulonefrite crescêntica
  • 53. Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica • GNDA (Glomerulonefrite difusa aguda): Relacionada a infecções bacterianas (Estreptococos, Stafilococos) • Manifestações clinicas  Hematúria macroscópica: 25 – 33%;  Edema : 85%  Hipertensão: 60 – 80%
  • 54. Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica • Edema facial em criança com GN pós-estreptocócica (GNDA) Evolução • Diurese e natriurese recueram-se em 48-72 hs; • Remissão dos sintomas 2-4 semanas; • Normaliza 6 semanas; • Hematuria e proteinúria: < 1g/dia (meses)
  • 55. Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica • NIgA – Doença de Berger  Forma de Glomerulonefrite Mesangial com deposito predominante de IgA (imunoglobulina A).  Glomerulopatia mais comum;  Relação temporal com infecções respiratórias e do TGI
  • 56. Glomerulopatias: Síndrome Nefrítica • Glomerunofretite Crescentica (GNRP)  GN que atingem mais de 50% dos glomérulos;  O curso variável depende da quantidade de crescentes e da extensão das crescentes  São considerados URGÊNCIA NEFROLÓGICA!
  • 57. Glomerulopatias: Síndrome NEFRÓTICA  Proteinúria > ou = 3,5 g/dia  Hipoalbuminemia  Edema generalizado  Hiperlipidemia
  • 58. Glomerulopatias: Síndrome NEFRÓTICA • Mecanismos da Proteinúria  Alteração da carga elétrica da membrana capilar glomerular;  Alteração do tamanho e/ou número dos poros
  • 60. Glomerulopatias: Síndrome NEFRÓTICA • Causas de Síndrome Nefrótica  Genéticas: mutações em proteínas da barreira glomerular;  Imunológicas: linfocinas;  Metabólicas: alterações estruturais (Ex. Diabetes mellitus)  Efeitos de drogas e toxinas
  • 61.
  • 62. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC Hepatite B e C HIV Hipertensão Diabetes
  • 63. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC Doenças infecciosas que afetam o fígado causada pelo vírus da hepatite B (VHB e HCV). O vírus pode causar infeções tanto agudas como crónicas. Hepatite B e C Durante a infeção inicial aguda muitas pessoas não manifestam sintomas. Em algumas pessoas os sintomas manifestam-se de forma súbita e incluem vómitos, pele amarela, fadiga, urina de cor escura e dor abdominal.
  • 64. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC  Hepatite B e C A hepatite pelo vírus C afeta o rim de duas maneiras: • Pacientes com doença renal crônica submetidos à hemodiálise apresentam maior risco de infecção (VHC); • Além disso, o VHC está associado com o desenvolvimento de várias desordens extra-hepáticas, sendo que três tipos de doença renal têm sido associadas à infecção pelo VHC: crioglobulinemia mista, glomerulonefrite membranoproliferativa (GNMP) e nefropatia membranosa.
  • 65. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC  Crioglobulinemia Mista  É uma vasculite sistêmica. Pacientes apresentam fadiga, artralgia/artrite, púrpura, necrose de pele nas áreas expostas, hepatoesplenomegalia e doença renal.  As manifestações clínicas da doença renal podem incluir hematúria, proteinúria, inclusive nefrótica, e insuficiência renal moderada em 50% dos casos.  Há crioglobulinas circulantes, mais frequentemente do tipo II (essencial mista) e, eventuamente, mista tipo III. Os níveis de complemento são geralmente baixos, mais intensamente de C4 e menos de C3.
  • 66. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC  Glomerulonefrite Membranoproliferativa (GNMP)  A associação de infecção pelo VHC e GNMP idiopática tipo I (ausência de crioglobulinemia) é controversa.  Embora alguns pacientes não apresentem crioglobulinas circulantes em GNMP associada ao VHC, subsequentemente a maioria desenvolve crioglobulinemia mensurável, mas não necessariamente manifestações extrarrenais de crioglobulinemia.
  • 67. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC  Nefropatia Membranosa  Alguns pequenos estudos sugerem que a nefropatia membranosa pode ser induzida pela infecção pelo VHC, embora os dados sejam conflitantes. Além disso, os níveis de complemento tendem a ser normais e nem crioglobulinas nem fator reumatóide estão presentes. .
  • 68. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC  Alterações renais relacionadas ao HIV e nefrotoxicidade A infecção pelo HIV está associada de modo simplificado, a três principais situações: I. Nefropatia do HIV (e demais glomerulopatias associadas); II. Nefrotoxicidade por medicamentos e procedimentos; III. Doença renal crônica ocasionada ou agravada por comorbidades. HIV  Alterações renais relacionadas ao HIV e nefrotoxicidade
  • 69. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC I. Nefropatia do HIV (NAHIV) • Forma clássica de acometimento glomerular pelo HIV. • Ocorre comumente em fases avançadas da infecção, manifestando-se com proteinúria nefrótica e perda de função renal. No entanto, essa nefropatia pode ser parte da manifestação inicial da infecção, sendo relatada inclusive durante a infecção primária pelo HIV, e raramente em pacientes com viremia controlada.
  • 70. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC I. Nefropatia do HIV (NAHIV) • Apesar do achado comum de proteinúria grave e hipoalbuminemia, a maioria dos pacientes com NAHIV não apresenta edema significativo ou hipertensão. • A ausência de sinais clínicos leva ao diagnóstico tardio desse acometimento. Em geral, o sedimento urinário contém cilindros hialinos, tipicamente sem alterações significativas. A ultrassonografia do aparelho urinário demonstra rins aumentados
  • 71. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC II. Nefrotoxicidade (NTHIV) • Alguns antirretrovirais podem causar alterações agudas ou crônicas da função renal. • Na infecção pelo HIV, o risco de desenvolver doença renal crônica aumenta proporcionalmente aos que estão frequentemente expostos a medicamentos nefrotóxicos, como antimicrobianos, antifúngicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINE).
  • 72. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC III. Doença Renal Crônica (DRHIV) • Entre os pacientes infectados pelo HIV, as estimativas de prevalência de doença renal crônica variam de 7,2% a 32,6%; • São fatores de risco específicos para doença renal crônica: presença de proteinúria na análise do sedimento urinário, história familiar de nefropatia, alta carga viral, baixa contagem de Leucócitos, diagnóstico de diabetes e hipertensão. • A disfunção renal é reconhecida como fator que piora o prognóstico da infecção pelo HIV.
  • 73. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC  Alterações renais relacionadas ao HIV e nefrotoxicidade Doença crónica caracterizada pelos elevados níveis de pressão sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha de bombear com maior esforço do que o normal o sangue, através dos vasos sanguíneos.  Hipertensão ArterialHipertensão
  • 74. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC Hipertensão Arterial e Doença Renal Crônica (HADRC) • O rim desempenha um papel fundamental na regulação da pressão sanguínea. • Quando a função renal está preservada, uma elevação da PA conduz a que o rim aumente a excreção de sódio e água, com redução do volume sanguíneo, do retorno venoso e, desta forma, mantém a pressão sanguínea dentro de valores normais.
  • 75. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC Hipertensão Arterial e Doença Renal Crônica (HADRC) • Principais mecanismos de lesão renal devido a hipertensão:  A PA elevada, associada à rigidez das artérias, leva a um aumento da pressão nas arteríolas aferentes que, por sua vez, causa hiperperfusão e hiperfiltração glomerular (Perde- se a auto-regulação renal e desenvolve-se proteinúria)  Também a glomeruloesclerose isquémica leva ao estreitamento do lúmen e à diminuição no fluxo sanguíneo glomerular, contribuindo para o declínio da função renal.
  • 76. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC  Alterações renais relacionadas ao HIV e nefrotoxicidade  Diabetes é uma doença que provoca alto nível de glicose (açúcar) no sangue.  Altos níveis de glicose no sangue podem comprometer os pequenos vasos sanguíneos dos rins de forma que estes não conseguem mais remover fluidos e resíduos.  Diabetes Diabetes
  • 77. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC Diabetes e Doença Renal • Se o diabetes não for tratado por um período muito longo, pode-se desenvolver complicações e uma dessas complicações pode ser a doença renal. • Nefropatia diabética é o termo médico para o dano renal causado pelo diabetes. Pode demorar 20 anos ou mais até que uma pessoa com diabetes desenvolva doença renal.
  • 78. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC • Nefropatia diabética  Também conhecida como glomerulonefrite intercapilar, é uma doença renal progressiva causada por angiopatia dos capilares nos glomérulos renais.  Ela é caracterizada por síndrome nefrótica e glomeruloesclerose difusa.  Ocorre devido a diabetes mellitus de longo prazo, e é uma das principais causas de diálise.
  • 79. Principais Patologias causadoras de IRA e IRC • Nefropatia diabética  Proteinúria – fase inicial: microalbuminúria. Pode evoluir para macroalbuminúria;  Aumento de PA, que pode levar a insuficiência renal avançada;  Controle das taxas de glicemia previne a nefropatia.
  • 80. Uso de AINEs  Os anti-inflamatórios não-esteróidais (AINEs) constituem atualmente a classe de medicamentos mais comumente prescrita no mundo todo, devido aos seus efeitos analgésicos e anti-inflamatórios.  Podem induzir uma variedade de alterações deletérias na função renal, especialmente naqueles pacientes que já têm a perfusão sanguínea renal diminuída e nos que fazem uso prolongado dessas drogas, tornando o rim o segundo órgão mais afetado pelos efeitos adversos desses fármacos.
  • 81. Uso de AINEs  Os rins recebem aproximadamente 25% de todo o débito cardíaco e constituem o órgão primordial na função de excreção.  Sendo assim, qualquer droga que cair na circulação sanguínea e tiver excreção renal passará pelos rins.  Pode-se inferir, portanto, que altas concentrações de uma determinada droga na luz dos túbulos renais podem perfeitamente desencadear respostas inflamatórias e comprometer a função de filtração glomerular.
  • 83. Obrigado e até a próxima!