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VIVÊNCIA DOS VOTOS
NA PÓS MODERNIDADE
José Lisboa M. de Oliveira.sdv
VIVENCIA DOS
VOTOS NA PÓS
MODERNIDADE
- O que é modernidade?
 É um movimento que atinge atitudes e o estado
de espírito das pessoas.
 Situa-se no âmbito cultural, diz respeito aos
valores e ao espírito das pessoas.
 É, pois o triunfo da razão.
 Vale o que é real, experimentável, empírico,
eficaz, lógico, científico.
 Originalmente caracteriza-se por um movimento
de emancipação
 diante da religião e da tradição.
 - Surgiu mais ou menos no século
XII.
 - Ligado ao aparecimento das
universidades e ao espírito
científico
 - Questionamento daquilo que era
inquestionável (problemas do
mundo e pessoa)
 – ex. (Galileu)
 - Séc. XVII – com o surgimento do
Iluminismo se difunde mais as
características da Modernidade.
Origem e Características:
1. Características positivas da Modernidade:
 - Enquanto emancipação,
 aspectos válidos também para a fé cristã:
 a) POSITIVIDADE da pessoa humana :
 -não mais visão pessimista
 (mundo, corpo, sexualidade eram coisas más).
 -Mundo era vale de lágrimas;
 era preciso resignação aos reveses para receber
o paraíso.
 # A Modernidade contesta esta visão
 – O mundo e as pessoas são boas.
 Por isso coincide com a fé
 (E Deus viu que tudo era bom)
 b) Pregando a “bondade” da criação, a
modernidade afirma:
 * Autonomia do mundo:
 - Este tem leis próprias explicáveis por
si mesmas, sem precisar
necessariamente passar pela fé
 (ciência não depende da religião para
explicar fenômenos do universo e da
sociedade)
 -Tal autonomia da realidade terrena
encontra eco também no Vaticano II
(GS,36)
 c) Afirmando a autonomia do mundo, a
modernidade apresenta a pessoa humana
como AGENTE DA HISTÓRIA. Portanto:
 - Tem responsabilidade pelo que acontece no
mundo
 (antes a responsabilidade era atribuída
exclusivamente a Deus);
 - Este poder do homem e da mulher não está
em contraposição com a fé (Gn 1,26-30)
 e foi também assumida pelo Vaticano II (GS,
34)
 - A Modernidade rompe assim com a
resignação e o fatalismo.
d) Modernidade abre espaço para o
DIREITO E PARA A DIFERENÇA:
 - Superando a uniformização da pré-
modernidade.
 - Direito à cultura, à religião, ao
pensamento, etc
 - Rompe com toda forma de discriminação
 - Vaticano II também faz eco ao mesmo
pensamento NA,5) (Nostra Aetatis)
2. DA MODERNIDADE À PÓS-MODERNIDADE
 - Nos países pobres o fenômeno da
modernidade chegou a conseqüências
drásticas:
 - Amor ao dinheiro
 - Uso incorreto da emancipação
 (triunfo do sistema capitalista com a
lógica do lucro, sem limites e sem ética
social)
 Conseqüência:
 modernidade colocada ao serviço do
neoliberalismo (capitalismo selvagem)
 – (massas sobrantes – excluídos).
Portanto:
 - O que era moderno, tornou-se pós-
moderno,
 ou seja contra a pessoa humana e sua
dignidade.
QUESTIONÁRIO
 Cite um exemplo de modernidade e sua
aplicação na pós-modernidade.
 - CARACTERÍSTICAS DA MODERNIDADE QUE
VIROU PÓS-MODERNIDADE:
a) Império da técnica
 - Economia e política já não têm ética; regem-se
pelo critério da eficiência.
 - Entra no cenário os meios de comunicação de
massa
 com sua influência sobre a vida humana,
econômica, política, social.
 - A técnica assume uma autonomia
 sem referência aos valores éticos. Resultado:
 miséria e desnutrição, desemprego, devastação
da natureza.
b) Cultura única
 - Força da tecnologia ,
da informática e da
mídia
 impõe a cultura dos
mais fortes
 - Forma-se a industria
cultural
 ou cultura dos
“enlatados”
 Imposição da cultura
única ou
 “enlatados” culturais.
 Resultado:
 Destruição de diferenças
regionais e culturais.
 Ex. disso são os
shopping center
americanos
 (globalização da cultura
jovem, imposição de um
modelo)
 - ânsia de consumir –
consumismo.
c) Massificação
 - Que é a perda da
identidade cultural;
 - culturas mais fracas são
engolidas pela cultura
dominante;
 - Imposição dos “ídolos”,
 geralmente sem nenhuma
relação com a cultura direta
do povo.
 Ex. Um Cantor americano
ou outro cenário distante.
Michael Jackson
 O verdadeiros heróis são esquecidos ou
ridicularizados pelo sistema
 - Mídia à serviço desse processo de degradação,
selecionando notícias-mercadorias, que servem
ao consumo e desvia a atenção do povo dos
verdadeiros valores e problemas.
3. Referenciais desse tipo de
pós-modernismo
 O desejo de felicidade
 - Entendido como busca de prazer pessoal,
sem relação com solidariedade e partilha.
Descompromisso, egoísmo;
 - Conseqüência: narcisismo, hedonismo,
relativismo moral e subjetivista,
permissividade.
 - O bom é aquilo que dá prazer, que faz feliz,
mesmo a custa de sofrimentos alheios.
 - Afirmação da vontade mais forte.
b) O individualismo
 - Auto-referência, subjetividade individual,
relativismo da verdade subjetiva)
 - consumismo materialista em vista do prazer –
objetivo de vida
 - empobrecimento das relações pessoais e sociais;
 - enfraquecimento dos laços comunitários, que deixa
a sociedade
à mercê dos mais fortes
 - desigualdade social;
 -acirramento de conflitos, e difusão do arbítrio e da
violência;
 ideologia do sucesso, que valoriza apenas a eficácia
e o consumismo
 - eliminação dos outros
 - insensibilidade vista como um valor;
 - solidariedade seria o instinto de pessoas
subdesenvolvidas, apoucadas
 - Justiça social atrapalha o progresso;
 - O ter é confundido com o ser
 - pobre não é pessoa ou é apenas
uma pessoa de segunda categoria.
Tempos Modernos
Charlie Chaplin
Dizes que… não podes fazer mais?!
– Não será que… não podes fazer
menos?
(Josemaria Escrivá)
A LIBERDADE
c) A liberdade
 Do ponto de vista cristão:
 - Liberdade é um dom, uma verdadeira vocação;
Para muitos, porém tornou-se uma desculpa
para uma autosatisfação.
 No pós-modernismo:
 - Liberdade em todos os sentidos: de escolha,
de decidir, pensar, agir, manifestar-se, sem
nenhuma referência ética;
 - Atinge o auge em 1968 nas universidades
européias sob o lema: É proibido proibir!”
Conseqüências:
 - Leva as pessoas, especialmente os
jovens a decisões imediatas, emocionais,
não refletidas e não amadurecidas;
 - Refluxo sobre si mesmo e se busca
grupos de segurança, de refúgio
(movimentos da Igreja e até vida
consagrada);
 - Dificuldade de aceitar compromissos
estáveis, definitivos (VC, sacerdócio,
matrimônio),
 - cultura do descartável, passageiro, provisório
 - Subjetivismo:
 tudo fica reduzido à mera vontade do indivíduo,
em detrimento da ética, da justiça e da verdade;
 - Prevalece a vontade do mais forte:
 autoritarismo, truculência, malvadez
 - Não solidariedade:
 para que alguns sejam livres, milhões devem
permanecer escravos
Pós modernidade
e sua relação com a religião
 a) Fenômeno da secularização
 - A pós modernidade não se opõe à religião, mas
esta não deve interferir em “coisa pública.
 - religião passa a ser questão pessoal, de âmbito
privado
 - Organização da sociedade feita exclusivamente
a partir de critérios e interesses econômicos;
 - Problemas de convivência social são resolvidos
de forma meramente técnica: voto da maioria,
mesmo em detrimentos da minoria e dos mais
fracos;
b) Eclipse do sagrado
 - A técnica e a ciência passam a explicar
fatos humanos e cósmicos sem referência
ao sagrado; (o que antes era positivo,
passa a ser nocivo)
 - O grupo de pessoas “secularizadas”
mesmo em minoria, passa a ocupar lugar
privilegiado na sociedade e se torna
responsável pela formação pública;
 - Mídia veiculada para novos
sentidos,
 inversão de valores, padrões
de comportamento e relações;
 - Essa nova proposta não
nega explicitamente a
existência de Deus,
 mas leva as pessoas a não se
preocupar com o sagrado
(indiferença religiosa)
 - A marginalização de Deus
 vai eliminando valores
universais como a paz, a
solidariedade, justiça,
liberdade, dignidade humana,
etc.
c) Surto religioso
 - “Religiosidade diversificada”,
 modos diferentes de se
vivenciar a fé
 que, relegada ao intimismo ou
subjetivismo
 relativisa a rigidez dos ritos
das religiões tradicionais
 (seitas esotéricas – mais
elasticidade)
 - Nova Era – face religiosa da
pós-modernidade
 (visão holística da realidade)
 mistura de elementos comuns a todas as
religiões,
 que pretende eliminar todas as outras,
 especialmente a cristã.
 A diversificação termina em uniformização,
 que está próxima do fundamentalismo,
 propondo o seguimento e a observância radical
 de fórmulas e normas tidas como originárias e
imutáveis.
 - Propõe o pluralismo em uma mesma religião.
 Todos podem propor suas próprias idéias e dar
suas interpretações a respeito da fé.
 - Ausência de um referencial
 - rejeição de toda forma de autoritarismo
Resultado:
 - relativismo religioso
 - permissivismo
 - afirmação da vontade
do mais forte
 - legitimação das
injustiças
 e desigualdades sociais
(teologia da retribuição)
O grupo dos que estão distantes
 Nesse ambiente a vida religiosa deve voltar-se para os
excluídos, os pobres e marginalizados da sociedade
 - O êxodo rural repercutiu na religiosidade popular
 - A fé deixa de ser um “comportamento social” do grupo,
da família, para ser algo privado, individual
 - Esfacelamento da família gera diminuição da
capacidade de uma educação cristã;
 - A maioria dos católicos que estão nas cidades grandes
se afastam da Igreja e já não praticam sua fé.
c) O mundo da cultura
 - novo desafio missionário da VC
 - Culturas de resistência: indígenas, negros, nômades
(ciganos).
 Para estes a VC deve reservar o acolhimento de tais
culturas, antes sufocadas e até negadas);
 - Culturas da modernidade
 (VC é chamada ao diálogo,
 a um cuidado pastoral com os grupos humanos
 ou setores da sociedade mais afetados pela
modernidade)
 - A VC é chamada a estar mais atenta aos grupos que
exercem influência privilegiada na formação da opinião
pública,
 nas mudanças de comportamentos
 e na proposta de novos sentidos e valores.
 - A VC é chamada a encontrar novos caminhos em defesa da
dignidade
 e valorização de cada pessoa,
 através de métodos apropriados aos diversos grupos
humanos
 e âmbitos profissionais,
 para que a luz de Cristo possa penetrar os ambientes
atingidos pelo processo do pós-modernismo,
 favorecendo a consolidação de uma cultura permeada pelos
valores evangélicos.
III A MISSAO DA VIDA CONSAGRADA
 - Refazer a face divina na face dos irmãos
deformada pela influência do pós-modernismo.
 - Os consagrados deverão fecundar a história;
 deverão ser pessoas cuja passagem pelo
mundo não o deixe do mesmo jeito,
 mas renovado, transformado, libertado.
 - A VC deve ser sinal escatológico do Reino:
 apontar para os valores do Reino
 e o atualizar na realidade que vivemos.
1. Sinal escatológico do Reino
 - Por seu modo de ser e de agir,
 a VC exerce um sinal de relativização
 de toda e qualquer realidade humana que pretenda ser
absoluta:
 (Não temos aqui cidade permanente” Hb 13,14);
 - Antecipa o estilo de sociedade que Deus sonha para a
humanidade;
 - Faz que o Reino se torne presente aqui e agora,
 no espírito das bem-aventuranças do Evangelho,
 que suscita anseios de paz, solidariedade, justiça e
perdão.
 - Precisa ser sinal, ou seja,
 visibilizar os traços característicos de Cristo na sociedade
humana.
 Ser profecia
 - A profissão dos
conselhos evangélicos
torna-se sinal e profecia
para os irmãos
 - A VC torna-se
testemunho profético,
 afirmando a primazia de
Cristo.
 Esse ministério profético
dá-se de três formas:
 com a vida:
 A VC já profetiza pelo simples
fato de existir em suas diversas
formas,
 já é evangelizadora pela sua
própria existência,
 mas deve se tornar testemunha
crível daquilo que prega;
 - Essa evangelização com a
própria vida está intimamente
relacionada com a vivência dos
VOTOS
 (sinais proféticos que apontam
para o verdadeiro amor, o
amor oblativo)
 com gestos
 - Proféticos: acolhimento
 (de tudo que promove a vida)
 ou ruptura:
 (contra tudo que destrói a vida ou a desvaloriza);
 - gestos críticos: de lucidez e discernimento
 (reação contra o individualismo ou indiferentismo
da sociedade)
 - Gestos que rompem com uma VC narcisista,
 levada por uma espiritualidade emotiva,
 recheada de fanatismo, de fundamentalismo, de
ritualismo e de evasão.
-Cite um exemplo de sinal profético
no âmbito da vida contemplativa
e o explique brevemente.
 3. Necessidade da Mística
 - A dura realidade da pós-modernidade
 só pode ser enfrentada por consagrados com
profunda experiência de Deus,
 sem a qual cai-se na superficialidade, incoerência e
fuga;
 - O consagrado desse novo milênio será místico ou
não será consagrado (Karl Rahner).
 Será engolido pelas artimanhas do neoliberalismo;
 - Mística, porém, não pode ser confundida com
práticas e rituais piedosos ou devocionais;
 quem não a
 ma não faz nenhuma experiência mística.
SÍNTESE DA MATÉRIA
ANTERIOR
Conteúdo opcional
OS VOTOS RELIGIOSOS
Silvestre Gialdi. OFM cap
 - Em nossa época prioriza-se:
 - A ética do desejo e não a da moral de
princípios;
 - A sensibilidade religiosa e não a
fundamentação da fé
 - Privatização da fé e não a experiência
comunitária da fé;
 - A relativização do permanente, relações e
compromissos estáveis
 - A efetivação da imagem virtual, do tempo
instantâneo, experiências genéticas;
 - A conquista sem sacrifícios, rendas sem
trabalhos, ideais sem projeto de vida
 - A emancipação, a liberdade, o culto da
feminilidade, o hedonismo.
 A teologia da vida consagrada sobre os votos
religiosos
 precisa ser refletida e redimensionada a partir
dos desafios do novo milênio.
 A partir das urgências culturais e dos avanços
antropológicos, sociais e eclesiais;
 - A vR não é mais compreendida como abandono
e renúncia do mundo,
 mas como inserção no mundo;
 - Não apenas como imitação de Cristo,
 mas como adesão e seguimento a JC
 - Não apenas como projeto pessoal de santidade,
 mas como projeto de doação, de oblação da
própria vida, em comunhão com a Igreja e por
causa de JC e de seu Reino.
 Por isso:
 - A Comunidade religiosa
é o lugar
 da liberdade,
 da responsabilidade,
 da participação
 e da comunhão fraterna,
 e não apenas um lugar da
observância disciplinar
 ou da mera dependência
hierárquica.
JOÃO PAULO II
UM HOMEM DE DEUS
UM EXEMPLO DE FÉ
VIDA CONSAGRADA:
PROJETO DE FORMAÇÃO
 - A formação é algo básico, imprescindível para
a Vida Religiosa consagrada
 - Tempo fértil de experiências pessoais e
comunitárias
 para uma tomada de decisão, de afirmação
vocacional e existencial,
 tendo em vista uma forma de vida,
 a vida consagrada.
 - Deve constitui-ser em uma experiência
agradável, lúdica, prazerosa, mística, ascética,
que conduza à auto-realização e à felicidade.
 O ponto de partida do projeto formativo:
 - valorização dos elementos antropológicos
 (passagem da cultura e identidade civil e secular
 para uma nova cultura e identidade
 – a do Instituto em que ingressa;
 - passagem da sociedade civil
 para a religiosa carismática;
 - deslocamento de interesses, aspirações,
desejos, esperanças;
 - deslocamento do eixo familiar, civil e secular
com seus paradigmas e princípios para um
outro:
 o da vida religiosa;
 - Esse processo não prioriza os critérios da
ordem, da disciplina e formas estabelecidas.
 Antes valoriza os princípios da personalidade,
 mediante o envolvimento, a abertura, o
questionamento e a compreensão do formando
 nos aspectos bio-físico-sexual, psico- afetivo,
religioso-espiritual,
 respeitando os diferentes graus e etapas de
cada pessoa.
 - A formação é um processo de iniciação e de
consolidação.
 Em tais processos abordam-se elementos
básicos:
 a) identidade:
 - quem sou eu
 (requer Auto-aceitação,
 sem preconceitos, prejuízos
 e constrangimentos.;
 b)Intimidade
 - Abertura para o relacionamento inter-pessoal
 - diálogo personalizado, íntimo, profundo
 - Exige-se periodicidade, sigilo
 - Faz-se necessário clima de respeito, compreensão,
serenidade
 - A revelação da própria intimidade é um processo lento
e transparente, por vizes conflitivo e ambíguo.
 c) Intencão
 - É a descoberta do objeto:
 para quê sou eu?
 - Requer honestidade consigo mesmo,
 responsabilidade, segurança e esperança
 - Papel do formador:
 sabedoria para dissolver as dúvidas e iluminar
as decisões do formando
 d) Sentido da vida
 - Descoberta da doação e da oblação:
 dar a vida em favor de quê e de quem?
 - Canalização das capacidades pessoais para
onde? (causa e fim)
O processo formativo
orienta para o sentido da vida,
obedecendo a diversas etapas
formativas, que são:
Postulantado
 - Período de busca e aprofundamento do sentido
da vida
 - período de dúvidas, indecisões e conflitos
 - rompimento e separação da cultura do mundo,
com sua mística e significado;
 - período do encantamento e admiração pela
cultura do mistério e do sagrado, específicos da
VR.
 - Experiência de oração e de mistério
 - O formador favorece o desenvolvimento da
maturidade humana e espiritual,
 e o desejo ardente de oração e contemplação
centradas em JC.
b) Noviciado
 - Período de recepção e
disponibilidade frente ao
novo grupo humano
 - Acompanhamento do
mestre e da comunidade,
 conforme a espiritualidade
carismática fundante
original;
 - Formação para a liberdade
e responsabilidade,
 para o opção pessoal e
decisão vocacional;
c) Juniorato
 Período de inserção e de integração ao grupo
instutucional
 de maneira consolidada e definitiva
 Vive-se a mística e a experiência do encantamento,
 da admiração e do maravilhamento por JC
 na expressão carismática fundante original: cada um
colhe exatamente o que semeia.
 Adquire-se experiência das realidades do mundo e da
Igreja;
FORMAÇÃO: PERÍODO DE EXPERIENCIAS FUNDANTES
 - Descoberta de JC na obediência e na
experiência de Deus Pai;
 - descoberta da mensagem evangélica
na vida pessoal e do mundo
 - descoberta da vida comunitária
fraterna
 (lugar da epifania de Deus)
 No processo formativo o mestre
assume duas funções pedagógica e
espiritualmente intrínsecas(essencial
próprio, inerente):
 A mistagógica
 – ( o formador encaminha o
discípulo para a
compreensão, acolhida e
vivência do mistério de
Deus;
 A teocrática:
 o formador encaminha o
discípulo para essa
experiência de mistério na
mística e na espiritualidade
do fundador.
 - mistagogo:
 pedagogo do mistério,
 encaminha o discípulo para a compreensão,
acolhida e vivência do mistério de Deus.
 - O formando é envolvido na experiência
mística
 e na espiritualidade do carisma original do
fundador.
 - A Identidade da VR consagrada
 se fundamenta na experiência e na vida
espiritual.
 - A oração pessoal conduz à
oração comunitária e fraterna
 - A experiência do
seguimento de Jesus
 conduz à missão,
 mediante ao encantamento,
ao maravilhamento, ao
êxtase;
 - Fica-se disposto a dar a
vida, se necessário; sacrifica-
la,
 havendo amor oblativo e
martirial
 por alguém
 e por uma causa significativa.
 Essa experiência amorosa
por Jesus Cristo conhece
dois níveis:
 1. Primeiramente a
experiência do entusiasmo,
do provisório, da busca, da
luta entre dúvida e clareza,
entre possibilidade e
adesão, fracasso e acerto.
 2. Engajamento definitivo,
existencial, institucional,
eclesial, de forma livre,
pessoal, autônoma e
responsável.
Vejo que as minhas orações são sempre
ouvidas.
Uma a uma, e ao Seu tempo são
respondidas...
E é por isso, que posso confiar!
Que a porta que o Senhor vier abrir para
mim, ninguém poderá fechar.
 Neste caso, a missão do mestre é:
 - ajudar o formando a fazer múltiplas
experiências acertadas, prazerosas, ascéticas,
perseverantes,
 numa relação de diálogo,
 democrática e articulada (conjunta).
 - formar pessoas conscientes de sua missão
evangelizadora
 e na construção da sociedade humana;
 - formar para o testemunho profético
 na leitura da realidade atual e pluralista
 - para trabalho conjunto
 e não por opções periféricas;
Eu confio em Ti,
não temo e não
vou me abalar.
Mesmo que a
morte venha me
encarar.
Pois o Teu poder e
Tua graça me faz
ver que sou
Muito mais que
vencedor(a).
PROBLEMÁTICA DA MODERNIDADE
e PÓS MODERNIDADE:
 - Paradoxo da urbanização da sociedade
 e vulnerabilidade da pessoa humana,
 especialmente o jovem;
 - Mundo urbano que engole o mundo rural
 (mentalidade, comportamento, atitudes,
sensibilidade)
 - sistemas atuais são flexíveis, instantâneos
e informatizados;
 Diante disso a pessoa desenvolve atitudes e
comportamentos conflitivos e contraditórios
 Há os que avançam e dominam a tecnologia
informatizada;
 Há os que não a assimilam, e têm medo de
encarar os avanços tecnológicos;
 Formam-se duas gerações:
 a que escuta :
 formada sob a pressão da normatização, das
metodologias racionais, aprendizagem
conceitual, obediência institucional: domínio das
estruturas e dos sistemas inflexíveis.
 - a que vê:
 formada pelo domínio da
informatização,
 da sensibilidade humana,
 flexibilização das atitudes e
condutas: sociedade das
estruturas e sistemas flexíveis
e leves.
 Consciência branda e suave,
em oposição à forte e dura,
 com forte carga de
julgamento de valor
 e uma escala inflexível de
virtudes, vícios e pecados, que
incidem diretamente na VR.

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Votos religiosos na pós-modernidade

  • 1. VIVÊNCIA DOS VOTOS NA PÓS MODERNIDADE José Lisboa M. de Oliveira.sdv
  • 2. VIVENCIA DOS VOTOS NA PÓS MODERNIDADE
  • 3. - O que é modernidade?  É um movimento que atinge atitudes e o estado de espírito das pessoas.  Situa-se no âmbito cultural, diz respeito aos valores e ao espírito das pessoas.  É, pois o triunfo da razão.  Vale o que é real, experimentável, empírico, eficaz, lógico, científico.  Originalmente caracteriza-se por um movimento de emancipação  diante da religião e da tradição.
  • 4.  - Surgiu mais ou menos no século XII.  - Ligado ao aparecimento das universidades e ao espírito científico  - Questionamento daquilo que era inquestionável (problemas do mundo e pessoa)  – ex. (Galileu)  - Séc. XVII – com o surgimento do Iluminismo se difunde mais as características da Modernidade. Origem e Características:
  • 5. 1. Características positivas da Modernidade:  - Enquanto emancipação,  aspectos válidos também para a fé cristã:  a) POSITIVIDADE da pessoa humana :  -não mais visão pessimista  (mundo, corpo, sexualidade eram coisas más).  -Mundo era vale de lágrimas;  era preciso resignação aos reveses para receber o paraíso.  # A Modernidade contesta esta visão  – O mundo e as pessoas são boas.  Por isso coincide com a fé  (E Deus viu que tudo era bom)
  • 6.  b) Pregando a “bondade” da criação, a modernidade afirma:  * Autonomia do mundo:  - Este tem leis próprias explicáveis por si mesmas, sem precisar necessariamente passar pela fé  (ciência não depende da religião para explicar fenômenos do universo e da sociedade)  -Tal autonomia da realidade terrena encontra eco também no Vaticano II (GS,36)
  • 7.
  • 8.  c) Afirmando a autonomia do mundo, a modernidade apresenta a pessoa humana como AGENTE DA HISTÓRIA. Portanto:  - Tem responsabilidade pelo que acontece no mundo  (antes a responsabilidade era atribuída exclusivamente a Deus);  - Este poder do homem e da mulher não está em contraposição com a fé (Gn 1,26-30)  e foi também assumida pelo Vaticano II (GS, 34)  - A Modernidade rompe assim com a resignação e o fatalismo.
  • 9. d) Modernidade abre espaço para o DIREITO E PARA A DIFERENÇA:  - Superando a uniformização da pré- modernidade.  - Direito à cultura, à religião, ao pensamento, etc  - Rompe com toda forma de discriminação  - Vaticano II também faz eco ao mesmo pensamento NA,5) (Nostra Aetatis)
  • 10. 2. DA MODERNIDADE À PÓS-MODERNIDADE  - Nos países pobres o fenômeno da modernidade chegou a conseqüências drásticas:  - Amor ao dinheiro  - Uso incorreto da emancipação  (triunfo do sistema capitalista com a lógica do lucro, sem limites e sem ética social)
  • 11.  Conseqüência:  modernidade colocada ao serviço do neoliberalismo (capitalismo selvagem)  – (massas sobrantes – excluídos). Portanto:  - O que era moderno, tornou-se pós- moderno,  ou seja contra a pessoa humana e sua dignidade.
  • 12. QUESTIONÁRIO  Cite um exemplo de modernidade e sua aplicação na pós-modernidade.  - CARACTERÍSTICAS DA MODERNIDADE QUE VIROU PÓS-MODERNIDADE:
  • 13. a) Império da técnica  - Economia e política já não têm ética; regem-se pelo critério da eficiência.  - Entra no cenário os meios de comunicação de massa  com sua influência sobre a vida humana, econômica, política, social.  - A técnica assume uma autonomia  sem referência aos valores éticos. Resultado:  miséria e desnutrição, desemprego, devastação da natureza.
  • 14. b) Cultura única  - Força da tecnologia , da informática e da mídia  impõe a cultura dos mais fortes  - Forma-se a industria cultural  ou cultura dos “enlatados”  Imposição da cultura única ou  “enlatados” culturais.
  • 15.  Resultado:  Destruição de diferenças regionais e culturais.  Ex. disso são os shopping center americanos  (globalização da cultura jovem, imposição de um modelo)  - ânsia de consumir – consumismo.
  • 16. c) Massificação  - Que é a perda da identidade cultural;  - culturas mais fracas são engolidas pela cultura dominante;  - Imposição dos “ídolos”,  geralmente sem nenhuma relação com a cultura direta do povo.  Ex. Um Cantor americano ou outro cenário distante. Michael Jackson
  • 17.  O verdadeiros heróis são esquecidos ou ridicularizados pelo sistema  - Mídia à serviço desse processo de degradação, selecionando notícias-mercadorias, que servem ao consumo e desvia a atenção do povo dos verdadeiros valores e problemas.
  • 18. 3. Referenciais desse tipo de pós-modernismo  O desejo de felicidade  - Entendido como busca de prazer pessoal, sem relação com solidariedade e partilha. Descompromisso, egoísmo;  - Conseqüência: narcisismo, hedonismo, relativismo moral e subjetivista, permissividade.  - O bom é aquilo que dá prazer, que faz feliz, mesmo a custa de sofrimentos alheios.  - Afirmação da vontade mais forte.
  • 19.
  • 20. b) O individualismo  - Auto-referência, subjetividade individual, relativismo da verdade subjetiva)  - consumismo materialista em vista do prazer – objetivo de vida  - empobrecimento das relações pessoais e sociais;  - enfraquecimento dos laços comunitários, que deixa a sociedade à mercê dos mais fortes  - desigualdade social;  -acirramento de conflitos, e difusão do arbítrio e da violência;
  • 21.  ideologia do sucesso, que valoriza apenas a eficácia e o consumismo  - eliminação dos outros  - insensibilidade vista como um valor;  - solidariedade seria o instinto de pessoas subdesenvolvidas, apoucadas  - Justiça social atrapalha o progresso;  - O ter é confundido com o ser  - pobre não é pessoa ou é apenas uma pessoa de segunda categoria. Tempos Modernos Charlie Chaplin
  • 22. Dizes que… não podes fazer mais?! – Não será que… não podes fazer menos? (Josemaria Escrivá)
  • 24. c) A liberdade  Do ponto de vista cristão:  - Liberdade é um dom, uma verdadeira vocação; Para muitos, porém tornou-se uma desculpa para uma autosatisfação.  No pós-modernismo:  - Liberdade em todos os sentidos: de escolha, de decidir, pensar, agir, manifestar-se, sem nenhuma referência ética;  - Atinge o auge em 1968 nas universidades européias sob o lema: É proibido proibir!”
  • 25. Conseqüências:  - Leva as pessoas, especialmente os jovens a decisões imediatas, emocionais, não refletidas e não amadurecidas;  - Refluxo sobre si mesmo e se busca grupos de segurança, de refúgio (movimentos da Igreja e até vida consagrada);  - Dificuldade de aceitar compromissos estáveis, definitivos (VC, sacerdócio, matrimônio),
  • 26.  - cultura do descartável, passageiro, provisório  - Subjetivismo:  tudo fica reduzido à mera vontade do indivíduo, em detrimento da ética, da justiça e da verdade;  - Prevalece a vontade do mais forte:  autoritarismo, truculência, malvadez  - Não solidariedade:  para que alguns sejam livres, milhões devem permanecer escravos
  • 27. Pós modernidade e sua relação com a religião  a) Fenômeno da secularização  - A pós modernidade não se opõe à religião, mas esta não deve interferir em “coisa pública.  - religião passa a ser questão pessoal, de âmbito privado  - Organização da sociedade feita exclusivamente a partir de critérios e interesses econômicos;  - Problemas de convivência social são resolvidos de forma meramente técnica: voto da maioria, mesmo em detrimentos da minoria e dos mais fracos;
  • 28. b) Eclipse do sagrado  - A técnica e a ciência passam a explicar fatos humanos e cósmicos sem referência ao sagrado; (o que antes era positivo, passa a ser nocivo)  - O grupo de pessoas “secularizadas” mesmo em minoria, passa a ocupar lugar privilegiado na sociedade e se torna responsável pela formação pública;
  • 29.  - Mídia veiculada para novos sentidos,  inversão de valores, padrões de comportamento e relações;  - Essa nova proposta não nega explicitamente a existência de Deus,  mas leva as pessoas a não se preocupar com o sagrado (indiferença religiosa)  - A marginalização de Deus  vai eliminando valores universais como a paz, a solidariedade, justiça, liberdade, dignidade humana, etc.
  • 30. c) Surto religioso  - “Religiosidade diversificada”,  modos diferentes de se vivenciar a fé  que, relegada ao intimismo ou subjetivismo  relativisa a rigidez dos ritos das religiões tradicionais  (seitas esotéricas – mais elasticidade)  - Nova Era – face religiosa da pós-modernidade  (visão holística da realidade)
  • 31.  mistura de elementos comuns a todas as religiões,  que pretende eliminar todas as outras,  especialmente a cristã.  A diversificação termina em uniformização,  que está próxima do fundamentalismo,  propondo o seguimento e a observância radical  de fórmulas e normas tidas como originárias e imutáveis.  - Propõe o pluralismo em uma mesma religião.  Todos podem propor suas próprias idéias e dar suas interpretações a respeito da fé.  - Ausência de um referencial  - rejeição de toda forma de autoritarismo
  • 32. Resultado:  - relativismo religioso  - permissivismo  - afirmação da vontade do mais forte  - legitimação das injustiças  e desigualdades sociais (teologia da retribuição)
  • 33. O grupo dos que estão distantes  Nesse ambiente a vida religiosa deve voltar-se para os excluídos, os pobres e marginalizados da sociedade  - O êxodo rural repercutiu na religiosidade popular  - A fé deixa de ser um “comportamento social” do grupo, da família, para ser algo privado, individual  - Esfacelamento da família gera diminuição da capacidade de uma educação cristã;  - A maioria dos católicos que estão nas cidades grandes se afastam da Igreja e já não praticam sua fé.
  • 34. c) O mundo da cultura  - novo desafio missionário da VC  - Culturas de resistência: indígenas, negros, nômades (ciganos).  Para estes a VC deve reservar o acolhimento de tais culturas, antes sufocadas e até negadas);  - Culturas da modernidade  (VC é chamada ao diálogo,  a um cuidado pastoral com os grupos humanos  ou setores da sociedade mais afetados pela modernidade)  - A VC é chamada a estar mais atenta aos grupos que exercem influência privilegiada na formação da opinião pública,  nas mudanças de comportamentos  e na proposta de novos sentidos e valores.
  • 35.  - A VC é chamada a encontrar novos caminhos em defesa da dignidade  e valorização de cada pessoa,  através de métodos apropriados aos diversos grupos humanos  e âmbitos profissionais,  para que a luz de Cristo possa penetrar os ambientes atingidos pelo processo do pós-modernismo,  favorecendo a consolidação de uma cultura permeada pelos valores evangélicos.
  • 36. III A MISSAO DA VIDA CONSAGRADA  - Refazer a face divina na face dos irmãos deformada pela influência do pós-modernismo.  - Os consagrados deverão fecundar a história;  deverão ser pessoas cuja passagem pelo mundo não o deixe do mesmo jeito,  mas renovado, transformado, libertado.  - A VC deve ser sinal escatológico do Reino:  apontar para os valores do Reino  e o atualizar na realidade que vivemos.
  • 37. 1. Sinal escatológico do Reino  - Por seu modo de ser e de agir,  a VC exerce um sinal de relativização  de toda e qualquer realidade humana que pretenda ser absoluta:  (Não temos aqui cidade permanente” Hb 13,14);  - Antecipa o estilo de sociedade que Deus sonha para a humanidade;  - Faz que o Reino se torne presente aqui e agora,  no espírito das bem-aventuranças do Evangelho,  que suscita anseios de paz, solidariedade, justiça e perdão.  - Precisa ser sinal, ou seja,  visibilizar os traços característicos de Cristo na sociedade humana.
  • 38.  Ser profecia  - A profissão dos conselhos evangélicos torna-se sinal e profecia para os irmãos  - A VC torna-se testemunho profético,  afirmando a primazia de Cristo.  Esse ministério profético dá-se de três formas:
  • 39.  com a vida:  A VC já profetiza pelo simples fato de existir em suas diversas formas,  já é evangelizadora pela sua própria existência,  mas deve se tornar testemunha crível daquilo que prega;  - Essa evangelização com a própria vida está intimamente relacionada com a vivência dos VOTOS  (sinais proféticos que apontam para o verdadeiro amor, o amor oblativo)
  • 40.  com gestos  - Proféticos: acolhimento  (de tudo que promove a vida)  ou ruptura:  (contra tudo que destrói a vida ou a desvaloriza);  - gestos críticos: de lucidez e discernimento  (reação contra o individualismo ou indiferentismo da sociedade)  - Gestos que rompem com uma VC narcisista,  levada por uma espiritualidade emotiva,  recheada de fanatismo, de fundamentalismo, de ritualismo e de evasão.
  • 41. -Cite um exemplo de sinal profético no âmbito da vida contemplativa e o explique brevemente.
  • 42.
  • 43.  3. Necessidade da Mística  - A dura realidade da pós-modernidade  só pode ser enfrentada por consagrados com profunda experiência de Deus,  sem a qual cai-se na superficialidade, incoerência e fuga;  - O consagrado desse novo milênio será místico ou não será consagrado (Karl Rahner).  Será engolido pelas artimanhas do neoliberalismo;  - Mística, porém, não pode ser confundida com práticas e rituais piedosos ou devocionais;  quem não a  ma não faz nenhuma experiência mística.
  • 45. OS VOTOS RELIGIOSOS Silvestre Gialdi. OFM cap
  • 46.  - Em nossa época prioriza-se:  - A ética do desejo e não a da moral de princípios;  - A sensibilidade religiosa e não a fundamentação da fé  - Privatização da fé e não a experiência comunitária da fé;  - A relativização do permanente, relações e compromissos estáveis  - A efetivação da imagem virtual, do tempo instantâneo, experiências genéticas;  - A conquista sem sacrifícios, rendas sem trabalhos, ideais sem projeto de vida  - A emancipação, a liberdade, o culto da feminilidade, o hedonismo.
  • 47.  A teologia da vida consagrada sobre os votos religiosos  precisa ser refletida e redimensionada a partir dos desafios do novo milênio.  A partir das urgências culturais e dos avanços antropológicos, sociais e eclesiais;  - A vR não é mais compreendida como abandono e renúncia do mundo,  mas como inserção no mundo;  - Não apenas como imitação de Cristo,  mas como adesão e seguimento a JC  - Não apenas como projeto pessoal de santidade,  mas como projeto de doação, de oblação da própria vida, em comunhão com a Igreja e por causa de JC e de seu Reino.
  • 48.  Por isso:  - A Comunidade religiosa é o lugar  da liberdade,  da responsabilidade,  da participação  e da comunhão fraterna,  e não apenas um lugar da observância disciplinar  ou da mera dependência hierárquica.
  • 49. JOÃO PAULO II UM HOMEM DE DEUS UM EXEMPLO DE FÉ
  • 50. VIDA CONSAGRADA: PROJETO DE FORMAÇÃO  - A formação é algo básico, imprescindível para a Vida Religiosa consagrada  - Tempo fértil de experiências pessoais e comunitárias  para uma tomada de decisão, de afirmação vocacional e existencial,  tendo em vista uma forma de vida,  a vida consagrada.  - Deve constitui-ser em uma experiência agradável, lúdica, prazerosa, mística, ascética, que conduza à auto-realização e à felicidade.
  • 51.  O ponto de partida do projeto formativo:  - valorização dos elementos antropológicos  (passagem da cultura e identidade civil e secular  para uma nova cultura e identidade  – a do Instituto em que ingressa;  - passagem da sociedade civil  para a religiosa carismática;  - deslocamento de interesses, aspirações, desejos, esperanças;  - deslocamento do eixo familiar, civil e secular com seus paradigmas e princípios para um outro:  o da vida religiosa;
  • 52.  - Esse processo não prioriza os critérios da ordem, da disciplina e formas estabelecidas.  Antes valoriza os princípios da personalidade,  mediante o envolvimento, a abertura, o questionamento e a compreensão do formando  nos aspectos bio-físico-sexual, psico- afetivo, religioso-espiritual,  respeitando os diferentes graus e etapas de cada pessoa.  - A formação é um processo de iniciação e de consolidação.  Em tais processos abordam-se elementos básicos:
  • 53.  a) identidade:  - quem sou eu  (requer Auto-aceitação,  sem preconceitos, prejuízos  e constrangimentos.;  b)Intimidade  - Abertura para o relacionamento inter-pessoal  - diálogo personalizado, íntimo, profundo  - Exige-se periodicidade, sigilo  - Faz-se necessário clima de respeito, compreensão, serenidade  - A revelação da própria intimidade é um processo lento e transparente, por vizes conflitivo e ambíguo.
  • 54.  c) Intencão  - É a descoberta do objeto:  para quê sou eu?  - Requer honestidade consigo mesmo,  responsabilidade, segurança e esperança  - Papel do formador:  sabedoria para dissolver as dúvidas e iluminar as decisões do formando  d) Sentido da vida  - Descoberta da doação e da oblação:  dar a vida em favor de quê e de quem?  - Canalização das capacidades pessoais para onde? (causa e fim)
  • 55. O processo formativo orienta para o sentido da vida, obedecendo a diversas etapas formativas, que são:
  • 57.  - Período de busca e aprofundamento do sentido da vida  - período de dúvidas, indecisões e conflitos  - rompimento e separação da cultura do mundo, com sua mística e significado;  - período do encantamento e admiração pela cultura do mistério e do sagrado, específicos da VR.  - Experiência de oração e de mistério  - O formador favorece o desenvolvimento da maturidade humana e espiritual,  e o desejo ardente de oração e contemplação centradas em JC.
  • 58. b) Noviciado  - Período de recepção e disponibilidade frente ao novo grupo humano  - Acompanhamento do mestre e da comunidade,  conforme a espiritualidade carismática fundante original;  - Formação para a liberdade e responsabilidade,  para o opção pessoal e decisão vocacional;
  • 59. c) Juniorato  Período de inserção e de integração ao grupo instutucional  de maneira consolidada e definitiva  Vive-se a mística e a experiência do encantamento,  da admiração e do maravilhamento por JC  na expressão carismática fundante original: cada um colhe exatamente o que semeia.  Adquire-se experiência das realidades do mundo e da Igreja;
  • 60.
  • 61. FORMAÇÃO: PERÍODO DE EXPERIENCIAS FUNDANTES  - Descoberta de JC na obediência e na experiência de Deus Pai;  - descoberta da mensagem evangélica na vida pessoal e do mundo  - descoberta da vida comunitária fraterna  (lugar da epifania de Deus)  No processo formativo o mestre assume duas funções pedagógica e espiritualmente intrínsecas(essencial próprio, inerente):
  • 62.  A mistagógica  – ( o formador encaminha o discípulo para a compreensão, acolhida e vivência do mistério de Deus;  A teocrática:  o formador encaminha o discípulo para essa experiência de mistério na mística e na espiritualidade do fundador.
  • 63.  - mistagogo:  pedagogo do mistério,  encaminha o discípulo para a compreensão, acolhida e vivência do mistério de Deus.  - O formando é envolvido na experiência mística  e na espiritualidade do carisma original do fundador.  - A Identidade da VR consagrada  se fundamenta na experiência e na vida espiritual.
  • 64.  - A oração pessoal conduz à oração comunitária e fraterna  - A experiência do seguimento de Jesus  conduz à missão,  mediante ao encantamento, ao maravilhamento, ao êxtase;  - Fica-se disposto a dar a vida, se necessário; sacrifica- la,  havendo amor oblativo e martirial  por alguém  e por uma causa significativa.
  • 65.  Essa experiência amorosa por Jesus Cristo conhece dois níveis:  1. Primeiramente a experiência do entusiasmo, do provisório, da busca, da luta entre dúvida e clareza, entre possibilidade e adesão, fracasso e acerto.  2. Engajamento definitivo, existencial, institucional, eclesial, de forma livre, pessoal, autônoma e responsável. Vejo que as minhas orações são sempre ouvidas. Uma a uma, e ao Seu tempo são respondidas... E é por isso, que posso confiar! Que a porta que o Senhor vier abrir para mim, ninguém poderá fechar.
  • 66.  Neste caso, a missão do mestre é:  - ajudar o formando a fazer múltiplas experiências acertadas, prazerosas, ascéticas, perseverantes,  numa relação de diálogo,  democrática e articulada (conjunta).  - formar pessoas conscientes de sua missão evangelizadora  e na construção da sociedade humana;  - formar para o testemunho profético  na leitura da realidade atual e pluralista  - para trabalho conjunto  e não por opções periféricas;
  • 67. Eu confio em Ti, não temo e não vou me abalar. Mesmo que a morte venha me encarar. Pois o Teu poder e Tua graça me faz ver que sou Muito mais que vencedor(a).
  • 68. PROBLEMÁTICA DA MODERNIDADE e PÓS MODERNIDADE:  - Paradoxo da urbanização da sociedade  e vulnerabilidade da pessoa humana,  especialmente o jovem;  - Mundo urbano que engole o mundo rural  (mentalidade, comportamento, atitudes, sensibilidade)  - sistemas atuais são flexíveis, instantâneos e informatizados;
  • 69.  Diante disso a pessoa desenvolve atitudes e comportamentos conflitivos e contraditórios  Há os que avançam e dominam a tecnologia informatizada;  Há os que não a assimilam, e têm medo de encarar os avanços tecnológicos;  Formam-se duas gerações:  a que escuta :  formada sob a pressão da normatização, das metodologias racionais, aprendizagem conceitual, obediência institucional: domínio das estruturas e dos sistemas inflexíveis.
  • 70.  - a que vê:  formada pelo domínio da informatização,  da sensibilidade humana,  flexibilização das atitudes e condutas: sociedade das estruturas e sistemas flexíveis e leves.  Consciência branda e suave, em oposição à forte e dura,  com forte carga de julgamento de valor  e uma escala inflexível de virtudes, vícios e pecados, que incidem diretamente na VR.