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Louvai ao Senhor!
ORAÇÃO DA MANHÃ
são as horas principais do Oficio Divino.
Elas constituem as "Horas Maiores".
Devem ser tidas e celebradas como os dois
"pólos" da Liturgia das Horas.
Já o salmista destacava esses momentos de
oração dos hebreus:
"Como é bom agradecermos ao Senhor e
cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo!
Anunciar pela manhã vossa bondade, e o
vosso amor fiel a noite inteira “.
Laudes e Vésperas
Flávio Josefo confirma o que o salmista reza:
"Duas vezes ao dia, em seu começo e quando vão
se deitar, devem os israelitas manifestar sua
gratidão a Deus pelos favores que lhes dispensou
quando os retirou do Egito".
Essas duas orações dos israelitas tinham por fim
acompanhar os sacrifícios nestas horas oferecidos
a Deus no templo.
Essa era também a prática de Qumrã, em cujo
livro de hinos se encontra o texto seguinte:
"Louvarei teu nomeh... quando a luz sai de sua
habitação para percorrer o caminho do dia..., e
quando se encaminha ao seu ocaso e se
obscurece, ao iniciar a hora das trevas".
Tertuliano, em texto aproximadamente do ano 200,
considerava essas duas horas como oração obrigatória.
Hipólito e as "Constituições Apostólicas" também falam
delas, informando que, nas ocasiões mais solenes, eram
celebradas comunitariamente pelo povo reunido ao
redor de seu bispo e presbíteros.
As Laudes são a oração da manhã litúrgica.
Por isso, elas foram chamadas primeiro de nomes como
"salmos matutinos".
Só mais tarde, devido ao uso, nesta hora, do grupo
sálmico 148-150,
que leva o título de Laudes (louvores), é que se passou a
empregar esse termo para identificá-las.
Ao longo da história, costumou-se rezá-las ao clarear do
dia.
Esse critério era seguido com cuidado. A tal ponto que, se
as matinas (vigília, noturnos), que as precediam, não
estavam terminadas quando a aurora raiava, eram
interrompidas para iniciar as Laudes - assim que a luz
surgisse.
São Bento estava muito atento para que os monges se
levantassem na hora estabelecida, para que o Ofício das
Vigílias pudesse ser rezado inteiro e não precisasse ser
abreviado para que as Laudes pudessem ser iniciadas em
seu momento devido.
As Laudes têm por fim consagrar a Deus e santificar o início
do dia. São Basílio já o expressava muito bem:
"Os louvores matinais destinam-se a consagrar a Deus os
primeiros movimentos de nossa alma e de nossa mente,
e nosso primeiro cuidado há de ser o de alegrar-nos com o
pensamento de Deus, conforme está escrito:
“'Quando me lembro do Senhor,
minha alma desfalece“
Junto com consagrar a Deus o início do dia, as
Laudes consagram, também, ao Senhor, o
trabalho que virá em seguida.
São Basílio, no citado texto, continua:
"Nem o corpo se ponha a trabalhar antes de
fazer o que está dito: 'É a Vós que eu dirijo a
minha prece; de manhã já me escutais. Desde
cedo eu me preparo para Vós, e permaneço à
vossa espera*“
Na mesma linha vai o que prescreve a
"Tradição Apostólica" de Santo Hipólito:
"Todos os fiéis, homens e mulheres, ao sair
do sono pela manhã, antes de iniciar o
trabalho, elevarão as mãos e o coração a
Deus, e assim se porão a trabalhar".
Se "é bom agradecer ao Senhor e anunciar
pela manhã a sua bondade " , certamente
também é muito bom sentir-se, ao início da
jornada, orando em companhia dos irmãos na
fé, e buscar e encontrar inspiração e
segurança em Deus para o dia que começa.
O momento, sobretudo em que as Laudes são
celebradas, faz com que, nelas, desfilem, como objeto
de oração, vários temas com ele relacionados.
Em primeiro lugar, aparece o novo dia que se abre.
"Raiando o novo dia, as vozes elevamos..."37
"O nascer deste dia nos convida a cantarmos os vossos
louvores"38.
Particularmente os hinos apresentam, em linguagem
lírica, ângulos observados, nesta Hora, pelo homem,
sobretudo pelo homem do passado rural: o cantar do
galo que anuncia a aurora:
"Qual pregoeiro do dia, canta nas noites o galo“;39
a noite e o sono desbancados pelo dia e pelo
despertar do homem:
"Ó noite, ó treva, ó nuvem, não mais fiqueis aqui! Já
surge a doce aurora... Parti!"4
Neste novo dia que se abre, grande personagem é a luz
que retorna, o sol que renasce como fonte de calor, de
vida e de energia.
"O tema da luz é indubitavelmente o mais freqüente e
o mais rico em matizes de todos os que figuram na
eucologia e no hinário do Ofício"41:
"Já surge a luz dourada, a treva dissipando..."42 "Já
vem, brilhante aurora, o sol anunciar. De cor reveste as
coisas, faz tudo cintilar"43.
A manhã que se levanta faz lembrar outras duas
manhãs:
a manhã do cosmos
e a manhã da Páscoa.
A oração que celebra o surgir da nova manhã nos faz
pensar no primeiro dia da criação,
na Palavra Criadora de Deus,
no céu e na terra dos princípios com seus "habitantes",
na bondade primordial de todas as coisas,
na harmonia originária da criação,
na vocação do homem a ser a sua voz de louvor,
no Verbo que era no princípio (Jo 1,1): "Pois Ele, o
Criador, compôs a noite e o dia, criando a lei eterna que
os dois alternaria.
A aurora, o retorno da luz em cada manhã, a passagem
da noite para o dia, do sono para a consciência desperta,
evocam a ressurreição de Cristo na manhã da Páscoa,
após a noite da Paixão e da Morte, Ressurreição
que marca "o primeiro dia do mundo novo, nascido da
redenção"45.
Já muito antes dele, para São Cipriano, é a memória da
Ressurreição do Senhor que santifica a Hora de Laudes.
Razão por que, conforme este santo, "é preciso orar
pela manhã para que seja celebrada a Ressurreição do
Senhor"47.
Essa lembrança da ressurreição, como é natural, está
fortemente presente nos domingos.
Mais especificamente nas preces desse dia: "Vós, que
iluminastes o mundo com a ressurreição do vosso Filho,
fazei brilhar, pelo ministério da Igreja, esta luz pascal
sobre a humanidade inteira" .
A luz natural que, na manhã, volta a reinar radiosa e
soberana, nos transporta, nas Laudes, também a outra
dupla luz:
a de Deus e particularmente a de Cristo Jesus.
Nesta Hora litúrgica, nossa voz se une
a toda a criação para saudar Aquele
que não só é o criador da luz, mas que
é a própria "luz divina":
"Da luz Criador, vós mesmo sois luz e
dia sem fim. Vós nunca, da noite,
provastes as trevas: Só Deus é
assim"49.
"Senhor, luz verdadeira e fonte de luz,
concedei-nos perseverar na meditação
da vossa Palavra e viver iluminados
pelo esplendor de vossa verdade.
O louvor da manhã reúne a Igreja ao redor daquele
"por quem" não só "a luz se fez", mas que é, Ele
mesmo:
"sol nascente que nos veio visitar", "luz da luz", "luz
verdadeira que ilumina todo homem “
e que veio na nossa noite "para iluminar os que jazem
nas trevas e nas sombras da morte".
"A estrela d'alva que fulgura" é apenas um sinal de
"Cristo Jesus", Aquele que a si mesmo se declarou "luz
do mundo " :
"O Cristo, Sol eterno, vivente para nós, saltamos de
alegria cantando para vós"52.
A cada amanhecer, a natureza acorda e torna a brilhar
aos nossos olhos.
E ela volta a oferecer-se generosa e gratuita, em
cumprimento à vocação a que foi chamada.
Com ela, também nossa vida recomeça a cada dia,
passando do torpor do sono à vida do pensar
consciente, do sentir e agir.
Esse recomeçar nos convida a pensá-la como dom
(ela nos é como que dada novamente a cada
manhã), como oportunidade, mas também como
compromisso a honrar, como o grande talento a
fazer render.
A Hora das Laudes nos convida a não só ver a
natureza em transformação como beleza a ser
contemplada.
Nem apenas como espetáculo e graça a serem
louvados e agradecidos.
Ela nos recorda que também em nossa vida somos
chamados a passar cada dia mais das trevas do
pecado e da morte à claridade da vida;
A sempre mais, sermos filhos da luz e a vivermos como
tais.
a nos fazermos, permanentemente, mais pessoas pascais:
"Que nós, da luz os filhos, solícitos andemos. Do Pai
eterno a graça nos atos expressemos" .
Com o início do dia principia também o nosso novo labor.
Como já foi lembrado, junto com santificar o começo do
dia, as Laudes também ofertam, consagram a Deus o
trabalho que vai seguir.
Elas são momento propício para recordar a vocação do
homem a ser co-criador, a cooperar com Deus na criação
do mundo material
e na construção consciente e livre da sociedade e da
história54.
E nelas nos unimos aos milhões de operários do campo e da
cidade que, nesta hora, se encaminham para encetar a labuta
com que esperam garantir o pão de cada dia.
Finalmente, o raiar de um novo dia, celebrado e santificado no
Ofício das Laudes, é a imagem do dia escatológico.
Neste louvor matinal, antecipamos, cada dia, pela esperança, a
nova e definitiva aurora da volta gloriosa do Senhor: "Na aurora
derradeira possamos, preparados, cantar de Deus a glória, na
sua luz banhados“55.
Os sentimentos prevalentes, expressos nesta Hora, são o louvor
(com suas variantes de bênção, glorificação e ação de graças) e
a súplica.
O primeiro desses sentimentos está expresso no próprio nome
desta Hora:
Laudes, isto é, Ofício consagrado particularmente ao louvor de
Deus, louvor essencial em nossa relação com Ele e
fundamental na oração da manhã.
Nesta hora participamos do louvor de Cristo com seu
Corpo ao Pai.
Louvor por aquilo que Deus é e por suas obras
maravilhosas renovadas a cada dia.
Louvor, bênção, glorificação, ação de graças pela criação
inicial e pela criação continuada
e pela História da Salvação, com seu ápice em Jesus
encarnado, morto e ressuscitado.
"Louvemos a Cristo Senhor, sol que não tem ocaso"56.
"Obras do Senhor, bendizei o senhor" "Bendito seja o
Senhor Deus de Israel, que a seu povo visitou e
libertou"57.
"Glória a Vós, Jesus, invicto, sobre a morte triunfante" .
**Nós vos agradecemos por este dia que recebemos de
vossa bondade"60.
Laudes, isto é, Ofício consagrado particularmente ao
louvor de Deus, louvor essencial em nossa relação com
Ele e fundamental na oração da manhã.
Das súplicas estão repletos
os hinos: "Jesus, olhai os
que tombam"... , os
salmos: "Escutai, ó Senhor,
as minhas palavras,
atendei o meu gemido.
Que me possa conduzir
vossa justiça"... ;
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piedade, Senhor do povo
que traz o teu nome"...
E a elas estão dedicadas
quase todas as preces
desta Hora, como a seguir
se verá.
O Ofício de Laudes obedece ao seguinte esquema:
Ou: "Abri os meus lábios", e Invitatório, repetindo
a antífona antes, no meio e ao final do salmo;
ou: **Vinde, ó Deus, em meu auxílio...", "Glória ao
Pai" e "Aleluia".
O hino: que normalmente canta os grandes temas
caracterizadores dessa Hora:
o despertar da natureza, em especial da luz, o
renascer da vida à luz da fé...
Os salmos Conforme a IG 5, "para Laudes, usam-se
os salmos mais adequados". Entre os que são
"adequados", no caso, estão os "que se prestam
melhor para a celebração com o povo". Isso em
razão de que, junto com as Vésperas, esta é a Hora
mais freqüentada pelos fiéis.
O primeiro salmo, com sua antífona, geralmente é um
salmo matinal.
Refere-se à manhã ou ao dia que começa, usando essa
palavra ou expressão identificadora dela: "É a vós que eu
dirijo a minha prece; de manhã me escutais! Desde cedo
eu me preparo para vós, e permaneço à vossa espera "66.
"Os extremos do nascente e do poente inundais de alegria
. Ou alude a outros indicadores da hora matinal, como a
luz, o despertar do dia: "Em vossa luz contemplamos a
luz"67 . "Eu irei a aurora acordar' 69.
Outras vezes, esse salmo traduz sentimentos como nosso
desejo de Deus, nossa confiança nele ou nossa súplica a
Ele no início do dia:
"A minha alma tem sede de vós como terra sedenta e sem
água " . "Minh 'alma se agarra em vós; com poder vossa
mão me sustenta . "Enviai vossa luz, vossa verdade; elas
serão o meu guia “
E, na sexta-feira, o primeiro salmo é sempre um
salmo penitencial: o Salmo 50.
O segundo salmo, com sua antífona, normalmente
é um salmo laudatorio.
É um convite universal ao louvor de um novo dia
ou pelo mistério que é dado à Igreja viver e
celebrar.
Não raro, se aproxima de uma explosão de alegria.
O emprego dos salmos laudatórios ao final da
oração matinal já era prática na sinagoga.
E, na Igreja, encontra-se em todos os ritos desde
tempos muito remotos.
Deles, como já se viu, é que deriva o nome
Laudes.
O cântico do Antigo Testamento, com sua antífona.
Esses cânticos são rezados entre os dois salmos.
Em geral, fazem referência a uma intervenção especial
de Deus na história de Israel.
Constituem variações de "exultação por experiências
pascais vividas" nesta história, e que, "à luz do Novo
Testamento, expressam experiências pascais vividas
pela Igreja em Cristo ressuscitado"73.
São orações em que nossos antepassados manifestam
a Deus suas angústias, sua confiança, sua adoração,
suas esperanças.
No dizer de Gargano74 essas intervenções evocadas e
celebradas nos cânticos se tornam "garantia e
promessa de possíveis intervenções semelhantes que
Deus está disposto a realizar também em nossa vida".
A leitura breve
É constituída de um pensamento bíblico curto, uma
pérola selecionada da Palavra de Deus, tanto do Antigo
como do Novo Testamento; uma proposta de vida
cristã para o dia e um estímulo para realizá-la.
Ela procura sublinhar o caráter próprio dessa Hora:
hora da passagem para a luz plena do dia,
hora de condicionar-se para o trabalho76;
hora de munir-se da Palavra de Deus como alimento
para o dia 77;
hora de dispor-se a viver as exgências da vida cristã: da
liberdade dos filhos de Deus78;
e, sobretudo, a caridade fraterna79.
Responsório breve
É resposta à Palavra de Deus normalmente com a propria
Palavra de Deus ou com inspiração nela.
Volta a essa Palavra em chave de contemplação.
Cântico evangélico: Benedictus, com sua antífona.
Na tradição oracional de Israel, eram conhecidos e entoados
cânticos chamados eucarísticos.
Eram peças líricas que bendiziam ao Senhor, davam-lhe
graças, louvavam-no, e respondiam com admiração à
contemplação de suas maravilhas.
O Benedictus, texto que, desde os primeiros séculos
cristãos, consta em todas as orações litúrgicas da manhã, é
um cântico eucarístico.
Ele louva e enaltece "o Senhor Deus de Israel" que,
"recordando a sua santa aliança“, como "sol nascente visitou
a seu povo e o favoreceu com a salvação e a libertação.
A linguagem deste hino lembra muito o Antigo
Testamento,
e, nele, Jesus Cristo não é explicitamente nomeado.
Mas ele tem "uma coloração nitidamente
messiânica", crística.
Ele foi proclamado depois que Maria visitou a Isabel
e a seu marido e lhes anunciou a boa-nova da
encarnação do Verbo.
"Neste contexto, e na boca de Zacarias, ele tem toda
a claridade de uma profecia cumprida".
Com ele "Lucas quer dar a entender inequivocamente
que, com a chegada dos tempos messiânicos,
em Cristo Jesus, o verdadeiro Sol, cumpriram-se as
promessas e figuras do passado”.
Nós, com esse cântico, continuamos, a cada
manhã, glorificando a Deus pela salvação
realizada em Jesus Cristo.
Ele, igualmente, nos recorda, ao início de
cada jornada, que continuamos chamados "a
servi-lo (cultuá-lo) em santidade e justiça ".
E - por que não? - que também nós, como
João Batista, somos convidados a ser
precursores, profetas, anunciadores de Jesus
neste dia que estamos iniciando com as
Laudes.
As preces
As preces da manhã são chamadas de
invocações pela IG8
Elas costumam ser em número de quatro.
Geralmente são preces de pedido.
Mas, por vezes, tomam outra forma:
"Nós vos damos graças por vossos inúmeros
benefícios. Senhor, vós sois nossa vida e
salvação!"82
"Nós vos damos graças, Senhor, que sois rico em
misericórdia, pela imensa caridade com que nos
amastes.
Nós vos louvamos, Senhor, e em vós esperamos!"83
Essas invocações destinam-se a recomendar ou
consagrar o dia a Deus e a preceder o trabalho
quotidiano84.
Nos domingos, sempre há nelas, uma ressonância pascal.
Na sexta-feira, nos lembram a cruz e o sangue redentor.
No sábado da Ia semana, fazem referência a Maria.
E no sábado da 3a semana são totalmente marianas.
Ao final delas, podem-se,sempre, acrescentar intenções
livres.
O Pai-Nosso
Esta oração não é só síntese completa de
toda prece e modelo de qualquer oração do
cristão.
É também um compromisso.
E todo um programa de vida cristã para o dia
que está começando.
Oração Conclusiva
Nas festas (inclusive dos santos) e nos
tempos fortes,
esta oração refere-se à figura venerada no
dia
ou ao mistério celebrado na data ou no
tempo.
E então própria e, em geral, a mesma da
missa do dia.
Nas "férias", ela se liga
mais ao caráter próprio
da Hora.
Praticamente, resume o
já expresso no hino, nos
salmos, nas preces, no
cântico evangélico e,
inclusive, no Pai-Nosso.
Sintetiza o espírito que
impregna as Laudes.
Retoma as disposições nelas cultivadas e os
sentimentos expressos:
O louvor elevado a Deus , a orientação e
consagração do dia a Ele 7;
o pedido matutino de ajuda para o dia em
geral.
Recapitula os vários temas que são objeto
próprio deste Ofício:
A manhã, o novo dia, o início da jornada .
A luz com todas as suas variantes: a luz
cósmica a espantar as trevas e a nos
iluminar89
A luz de Deus; a luz de Cristo, o Sol
verdadeiro;
A luz da Ressurreição; e a luz eterna,
escatológica.
O chamado à co-criação pelo trabalho90.
O homem pascal, isto é, a vida de
ressuscitados, ao estilo evangélico,
com frutos, como a realização do querer
divino91, a vivência da fé e do amor .
"O Senhor nos abençoe..." E vamos viver o
que rezamos!
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Louvor da Manhã

  • 2. são as horas principais do Oficio Divino. Elas constituem as "Horas Maiores". Devem ser tidas e celebradas como os dois "pólos" da Liturgia das Horas. Já o salmista destacava esses momentos de oração dos hebreus: "Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo! Anunciar pela manhã vossa bondade, e o vosso amor fiel a noite inteira “. Laudes e Vésperas
  • 3.
  • 4. Flávio Josefo confirma o que o salmista reza: "Duas vezes ao dia, em seu começo e quando vão se deitar, devem os israelitas manifestar sua gratidão a Deus pelos favores que lhes dispensou quando os retirou do Egito". Essas duas orações dos israelitas tinham por fim acompanhar os sacrifícios nestas horas oferecidos a Deus no templo. Essa era também a prática de Qumrã, em cujo livro de hinos se encontra o texto seguinte: "Louvarei teu nomeh... quando a luz sai de sua habitação para percorrer o caminho do dia..., e quando se encaminha ao seu ocaso e se obscurece, ao iniciar a hora das trevas".
  • 5.
  • 6. Tertuliano, em texto aproximadamente do ano 200, considerava essas duas horas como oração obrigatória. Hipólito e as "Constituições Apostólicas" também falam delas, informando que, nas ocasiões mais solenes, eram celebradas comunitariamente pelo povo reunido ao redor de seu bispo e presbíteros. As Laudes são a oração da manhã litúrgica. Por isso, elas foram chamadas primeiro de nomes como "salmos matutinos". Só mais tarde, devido ao uso, nesta hora, do grupo sálmico 148-150, que leva o título de Laudes (louvores), é que se passou a empregar esse termo para identificá-las. Ao longo da história, costumou-se rezá-las ao clarear do dia.
  • 7. Esse critério era seguido com cuidado. A tal ponto que, se as matinas (vigília, noturnos), que as precediam, não estavam terminadas quando a aurora raiava, eram interrompidas para iniciar as Laudes - assim que a luz surgisse. São Bento estava muito atento para que os monges se levantassem na hora estabelecida, para que o Ofício das Vigílias pudesse ser rezado inteiro e não precisasse ser abreviado para que as Laudes pudessem ser iniciadas em seu momento devido. As Laudes têm por fim consagrar a Deus e santificar o início do dia. São Basílio já o expressava muito bem: "Os louvores matinais destinam-se a consagrar a Deus os primeiros movimentos de nossa alma e de nossa mente, e nosso primeiro cuidado há de ser o de alegrar-nos com o pensamento de Deus, conforme está escrito:
  • 8. “'Quando me lembro do Senhor, minha alma desfalece“
  • 9. Junto com consagrar a Deus o início do dia, as Laudes consagram, também, ao Senhor, o trabalho que virá em seguida. São Basílio, no citado texto, continua: "Nem o corpo se ponha a trabalhar antes de fazer o que está dito: 'É a Vós que eu dirijo a minha prece; de manhã já me escutais. Desde cedo eu me preparo para Vós, e permaneço à vossa espera*“ Na mesma linha vai o que prescreve a "Tradição Apostólica" de Santo Hipólito:
  • 10. "Todos os fiéis, homens e mulheres, ao sair do sono pela manhã, antes de iniciar o trabalho, elevarão as mãos e o coração a Deus, e assim se porão a trabalhar". Se "é bom agradecer ao Senhor e anunciar pela manhã a sua bondade " , certamente também é muito bom sentir-se, ao início da jornada, orando em companhia dos irmãos na fé, e buscar e encontrar inspiração e segurança em Deus para o dia que começa.
  • 11. O momento, sobretudo em que as Laudes são celebradas, faz com que, nelas, desfilem, como objeto de oração, vários temas com ele relacionados. Em primeiro lugar, aparece o novo dia que se abre. "Raiando o novo dia, as vozes elevamos..."37 "O nascer deste dia nos convida a cantarmos os vossos louvores"38. Particularmente os hinos apresentam, em linguagem lírica, ângulos observados, nesta Hora, pelo homem, sobretudo pelo homem do passado rural: o cantar do galo que anuncia a aurora: "Qual pregoeiro do dia, canta nas noites o galo“;39 a noite e o sono desbancados pelo dia e pelo despertar do homem:
  • 12.
  • 13.
  • 14.
  • 15. "Ó noite, ó treva, ó nuvem, não mais fiqueis aqui! Já surge a doce aurora... Parti!"4 Neste novo dia que se abre, grande personagem é a luz que retorna, o sol que renasce como fonte de calor, de vida e de energia. "O tema da luz é indubitavelmente o mais freqüente e o mais rico em matizes de todos os que figuram na eucologia e no hinário do Ofício"41: "Já surge a luz dourada, a treva dissipando..."42 "Já vem, brilhante aurora, o sol anunciar. De cor reveste as coisas, faz tudo cintilar"43. A manhã que se levanta faz lembrar outras duas manhãs: a manhã do cosmos e a manhã da Páscoa.
  • 16.
  • 17. A oração que celebra o surgir da nova manhã nos faz pensar no primeiro dia da criação, na Palavra Criadora de Deus, no céu e na terra dos princípios com seus "habitantes", na bondade primordial de todas as coisas, na harmonia originária da criação, na vocação do homem a ser a sua voz de louvor, no Verbo que era no princípio (Jo 1,1): "Pois Ele, o Criador, compôs a noite e o dia, criando a lei eterna que os dois alternaria. A aurora, o retorno da luz em cada manhã, a passagem da noite para o dia, do sono para a consciência desperta, evocam a ressurreição de Cristo na manhã da Páscoa, após a noite da Paixão e da Morte, Ressurreição que marca "o primeiro dia do mundo novo, nascido da redenção"45.
  • 18.
  • 19. Já muito antes dele, para São Cipriano, é a memória da Ressurreição do Senhor que santifica a Hora de Laudes. Razão por que, conforme este santo, "é preciso orar pela manhã para que seja celebrada a Ressurreição do Senhor"47. Essa lembrança da ressurreição, como é natural, está fortemente presente nos domingos. Mais especificamente nas preces desse dia: "Vós, que iluminastes o mundo com a ressurreição do vosso Filho, fazei brilhar, pelo ministério da Igreja, esta luz pascal sobre a humanidade inteira" . A luz natural que, na manhã, volta a reinar radiosa e soberana, nos transporta, nas Laudes, também a outra dupla luz: a de Deus e particularmente a de Cristo Jesus.
  • 20. Nesta Hora litúrgica, nossa voz se une a toda a criação para saudar Aquele que não só é o criador da luz, mas que é a própria "luz divina": "Da luz Criador, vós mesmo sois luz e dia sem fim. Vós nunca, da noite, provastes as trevas: Só Deus é assim"49. "Senhor, luz verdadeira e fonte de luz, concedei-nos perseverar na meditação da vossa Palavra e viver iluminados pelo esplendor de vossa verdade.
  • 21. O louvor da manhã reúne a Igreja ao redor daquele "por quem" não só "a luz se fez", mas que é, Ele mesmo: "sol nascente que nos veio visitar", "luz da luz", "luz verdadeira que ilumina todo homem “ e que veio na nossa noite "para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte". "A estrela d'alva que fulgura" é apenas um sinal de "Cristo Jesus", Aquele que a si mesmo se declarou "luz do mundo " : "O Cristo, Sol eterno, vivente para nós, saltamos de alegria cantando para vós"52. A cada amanhecer, a natureza acorda e torna a brilhar aos nossos olhos. E ela volta a oferecer-se generosa e gratuita, em cumprimento à vocação a que foi chamada.
  • 22.
  • 23. Com ela, também nossa vida recomeça a cada dia, passando do torpor do sono à vida do pensar consciente, do sentir e agir. Esse recomeçar nos convida a pensá-la como dom (ela nos é como que dada novamente a cada manhã), como oportunidade, mas também como compromisso a honrar, como o grande talento a fazer render. A Hora das Laudes nos convida a não só ver a natureza em transformação como beleza a ser contemplada. Nem apenas como espetáculo e graça a serem louvados e agradecidos. Ela nos recorda que também em nossa vida somos chamados a passar cada dia mais das trevas do pecado e da morte à claridade da vida;
  • 24. A sempre mais, sermos filhos da luz e a vivermos como tais. a nos fazermos, permanentemente, mais pessoas pascais: "Que nós, da luz os filhos, solícitos andemos. Do Pai eterno a graça nos atos expressemos" . Com o início do dia principia também o nosso novo labor. Como já foi lembrado, junto com santificar o começo do dia, as Laudes também ofertam, consagram a Deus o trabalho que vai seguir. Elas são momento propício para recordar a vocação do homem a ser co-criador, a cooperar com Deus na criação do mundo material e na construção consciente e livre da sociedade e da história54.
  • 25.
  • 26. E nelas nos unimos aos milhões de operários do campo e da cidade que, nesta hora, se encaminham para encetar a labuta com que esperam garantir o pão de cada dia. Finalmente, o raiar de um novo dia, celebrado e santificado no Ofício das Laudes, é a imagem do dia escatológico. Neste louvor matinal, antecipamos, cada dia, pela esperança, a nova e definitiva aurora da volta gloriosa do Senhor: "Na aurora derradeira possamos, preparados, cantar de Deus a glória, na sua luz banhados“55. Os sentimentos prevalentes, expressos nesta Hora, são o louvor (com suas variantes de bênção, glorificação e ação de graças) e a súplica. O primeiro desses sentimentos está expresso no próprio nome desta Hora: Laudes, isto é, Ofício consagrado particularmente ao louvor de Deus, louvor essencial em nossa relação com Ele e fundamental na oração da manhã.
  • 27.
  • 28. Nesta hora participamos do louvor de Cristo com seu Corpo ao Pai. Louvor por aquilo que Deus é e por suas obras maravilhosas renovadas a cada dia. Louvor, bênção, glorificação, ação de graças pela criação inicial e pela criação continuada e pela História da Salvação, com seu ápice em Jesus encarnado, morto e ressuscitado. "Louvemos a Cristo Senhor, sol que não tem ocaso"56. "Obras do Senhor, bendizei o senhor" "Bendito seja o Senhor Deus de Israel, que a seu povo visitou e libertou"57. "Glória a Vós, Jesus, invicto, sobre a morte triunfante" . **Nós vos agradecemos por este dia que recebemos de vossa bondade"60. Laudes, isto é, Ofício consagrado particularmente ao louvor de Deus, louvor essencial em nossa relação com Ele e fundamental na oração da manhã.
  • 29. Das súplicas estão repletos os hinos: "Jesus, olhai os que tombam"... , os salmos: "Escutai, ó Senhor, as minhas palavras, atendei o meu gemido. Que me possa conduzir vossa justiça"... ; e os cânticos: "Tem piedade, Senhor do povo que traz o teu nome"... E a elas estão dedicadas quase todas as preces desta Hora, como a seguir se verá.
  • 30. O Ofício de Laudes obedece ao seguinte esquema: Ou: "Abri os meus lábios", e Invitatório, repetindo a antífona antes, no meio e ao final do salmo; ou: **Vinde, ó Deus, em meu auxílio...", "Glória ao Pai" e "Aleluia". O hino: que normalmente canta os grandes temas caracterizadores dessa Hora: o despertar da natureza, em especial da luz, o renascer da vida à luz da fé... Os salmos Conforme a IG 5, "para Laudes, usam-se os salmos mais adequados". Entre os que são "adequados", no caso, estão os "que se prestam melhor para a celebração com o povo". Isso em razão de que, junto com as Vésperas, esta é a Hora mais freqüentada pelos fiéis.
  • 31. O primeiro salmo, com sua antífona, geralmente é um salmo matinal. Refere-se à manhã ou ao dia que começa, usando essa palavra ou expressão identificadora dela: "É a vós que eu dirijo a minha prece; de manhã me escutais! Desde cedo eu me preparo para vós, e permaneço à vossa espera "66. "Os extremos do nascente e do poente inundais de alegria . Ou alude a outros indicadores da hora matinal, como a luz, o despertar do dia: "Em vossa luz contemplamos a luz"67 . "Eu irei a aurora acordar' 69. Outras vezes, esse salmo traduz sentimentos como nosso desejo de Deus, nossa confiança nele ou nossa súplica a Ele no início do dia: "A minha alma tem sede de vós como terra sedenta e sem água " . "Minh 'alma se agarra em vós; com poder vossa mão me sustenta . "Enviai vossa luz, vossa verdade; elas serão o meu guia “
  • 32.
  • 33. E, na sexta-feira, o primeiro salmo é sempre um salmo penitencial: o Salmo 50. O segundo salmo, com sua antífona, normalmente é um salmo laudatorio. É um convite universal ao louvor de um novo dia ou pelo mistério que é dado à Igreja viver e celebrar. Não raro, se aproxima de uma explosão de alegria. O emprego dos salmos laudatórios ao final da oração matinal já era prática na sinagoga. E, na Igreja, encontra-se em todos os ritos desde tempos muito remotos. Deles, como já se viu, é que deriva o nome Laudes.
  • 34. O cântico do Antigo Testamento, com sua antífona. Esses cânticos são rezados entre os dois salmos. Em geral, fazem referência a uma intervenção especial de Deus na história de Israel. Constituem variações de "exultação por experiências pascais vividas" nesta história, e que, "à luz do Novo Testamento, expressam experiências pascais vividas pela Igreja em Cristo ressuscitado"73. São orações em que nossos antepassados manifestam a Deus suas angústias, sua confiança, sua adoração, suas esperanças. No dizer de Gargano74 essas intervenções evocadas e celebradas nos cânticos se tornam "garantia e promessa de possíveis intervenções semelhantes que Deus está disposto a realizar também em nossa vida".
  • 35. A leitura breve É constituída de um pensamento bíblico curto, uma pérola selecionada da Palavra de Deus, tanto do Antigo como do Novo Testamento; uma proposta de vida cristã para o dia e um estímulo para realizá-la. Ela procura sublinhar o caráter próprio dessa Hora: hora da passagem para a luz plena do dia, hora de condicionar-se para o trabalho76; hora de munir-se da Palavra de Deus como alimento para o dia 77; hora de dispor-se a viver as exgências da vida cristã: da liberdade dos filhos de Deus78; e, sobretudo, a caridade fraterna79.
  • 36.
  • 37. Responsório breve É resposta à Palavra de Deus normalmente com a propria Palavra de Deus ou com inspiração nela. Volta a essa Palavra em chave de contemplação. Cântico evangélico: Benedictus, com sua antífona. Na tradição oracional de Israel, eram conhecidos e entoados cânticos chamados eucarísticos. Eram peças líricas que bendiziam ao Senhor, davam-lhe graças, louvavam-no, e respondiam com admiração à contemplação de suas maravilhas. O Benedictus, texto que, desde os primeiros séculos cristãos, consta em todas as orações litúrgicas da manhã, é um cântico eucarístico. Ele louva e enaltece "o Senhor Deus de Israel" que, "recordando a sua santa aliança“, como "sol nascente visitou a seu povo e o favoreceu com a salvação e a libertação.
  • 38.
  • 39. A linguagem deste hino lembra muito o Antigo Testamento, e, nele, Jesus Cristo não é explicitamente nomeado. Mas ele tem "uma coloração nitidamente messiânica", crística. Ele foi proclamado depois que Maria visitou a Isabel e a seu marido e lhes anunciou a boa-nova da encarnação do Verbo. "Neste contexto, e na boca de Zacarias, ele tem toda a claridade de uma profecia cumprida". Com ele "Lucas quer dar a entender inequivocamente que, com a chegada dos tempos messiânicos, em Cristo Jesus, o verdadeiro Sol, cumpriram-se as promessas e figuras do passado”.
  • 40. Nós, com esse cântico, continuamos, a cada manhã, glorificando a Deus pela salvação realizada em Jesus Cristo. Ele, igualmente, nos recorda, ao início de cada jornada, que continuamos chamados "a servi-lo (cultuá-lo) em santidade e justiça ". E - por que não? - que também nós, como João Batista, somos convidados a ser precursores, profetas, anunciadores de Jesus neste dia que estamos iniciando com as Laudes.
  • 41. As preces As preces da manhã são chamadas de invocações pela IG8 Elas costumam ser em número de quatro. Geralmente são preces de pedido. Mas, por vezes, tomam outra forma: "Nós vos damos graças por vossos inúmeros benefícios. Senhor, vós sois nossa vida e salvação!"82
  • 42. "Nós vos damos graças, Senhor, que sois rico em misericórdia, pela imensa caridade com que nos amastes. Nós vos louvamos, Senhor, e em vós esperamos!"83 Essas invocações destinam-se a recomendar ou consagrar o dia a Deus e a preceder o trabalho quotidiano84. Nos domingos, sempre há nelas, uma ressonância pascal. Na sexta-feira, nos lembram a cruz e o sangue redentor. No sábado da Ia semana, fazem referência a Maria. E no sábado da 3a semana são totalmente marianas. Ao final delas, podem-se,sempre, acrescentar intenções livres.
  • 43. O Pai-Nosso Esta oração não é só síntese completa de toda prece e modelo de qualquer oração do cristão. É também um compromisso. E todo um programa de vida cristã para o dia que está começando.
  • 44. Oração Conclusiva Nas festas (inclusive dos santos) e nos tempos fortes, esta oração refere-se à figura venerada no dia ou ao mistério celebrado na data ou no tempo. E então própria e, em geral, a mesma da missa do dia.
  • 45. Nas "férias", ela se liga mais ao caráter próprio da Hora. Praticamente, resume o já expresso no hino, nos salmos, nas preces, no cântico evangélico e, inclusive, no Pai-Nosso. Sintetiza o espírito que impregna as Laudes.
  • 46. Retoma as disposições nelas cultivadas e os sentimentos expressos: O louvor elevado a Deus , a orientação e consagração do dia a Ele 7; o pedido matutino de ajuda para o dia em geral. Recapitula os vários temas que são objeto próprio deste Ofício: A manhã, o novo dia, o início da jornada . A luz com todas as suas variantes: a luz cósmica a espantar as trevas e a nos iluminar89
  • 47. A luz de Deus; a luz de Cristo, o Sol verdadeiro; A luz da Ressurreição; e a luz eterna, escatológica. O chamado à co-criação pelo trabalho90. O homem pascal, isto é, a vida de ressuscitados, ao estilo evangélico, com frutos, como a realização do querer divino91, a vivência da fé e do amor . "O Senhor nos abençoe..." E vamos viver o que rezamos!

Notas do Editor

  1. Constituições Apostólicas Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Reunião (sinaxys) dos doze Apóstolos. Originalmente na catedral de Hagia Sophia em Novgorod. Atualmente na Galeria Nacional Tretyakov em Moscou. As Constituições Apostólicas (ou Constituições dos Santos Apóstolos) é uma coleção de oito tratados cristãos do gênero das "Ordens cristãs". A obra é datada como tendo sido criada entre 375 - 380 d.C., provavelmente na Síria (província romana), na cidade de Antioquia[1]. O autor é desconhecido, sendo que após o trabalho de James Ussher considera-se que se trata do mesmo autor das epístolas espúrias de Inácio de Antioquia, chamadas de Epístolas de Pseudo-Inácio, talvez o bispo eunomiano Juliano de Cilícia[2]. Índice [esconder] 1 Conteúdo 2 Influência 3 Cânone dos Apóstolos 4 Referências 5 Ligações externas [editar] Conteúdo As Constituições Apostólicas contém oito tratados sobre a disciplina da Igreja antiga, cujo objetivo era servir de manual para os clérigos e, em certa medida, também para os leigos. Ele alega ser uma obra dos doze Apóstolos cujas instruções lhes foram passadas individualmente ou ao grupo todo. A estrutura da obra pode ser assim resumida[3]: Livros 1 a 6 são nada mais do que uma reformulação livre do Didascalia Apostolorum Livro 7 é parcialmente baseado no Didaquê. Capítulos 33-45 contém orações similares às judaicas utilizadas nas sinagogas. Livro 8 se divide em: capítulos 1-2 contém um trecho extraído de uma obra perdida sobre o charismata capítulos 3-46 são baseados na Tradição Apostólica, muito expandida, assim como outros textos capítulo 47 é conhecido como Cânone dos Apóstolos e teve uma circulação muito mais ampla do que o resto do livro O melhor manuscrito[4] tem alguns pendores arianos que não se encontram em outros manuscritos por ter sido censurado como herético[2]. As Constituições Apostólicas são uma importante fonte para a história da liturgia no rito antióquio. Ele contém o esboço de uma anáfora (oração eucarística) no livro dois, uma anáfora completa no livro sete (que é a expansão da que existe no Didaquê) e uma liturgia completa no livro oito, que é a versão mais antiga do que se pode chamar de Divina Liturgia.
  2. 37. Sábado da 2a e 4a semanas; cf. sábado da Ia e 3a semanas. 38. Quarta-feira da 2a e 4a semanas. 191 39. Domingo da 1a e 3° semanas. 40.Quarta-feira da Ia e 3a semanas. 41.Pinell, p. 212.
  3. EUCOLOGIA Ramo da teologia cristã que se ocupa das orações (textos eucológicos) e outras preces.
  4. 47. Cf. IG, 38.
  5. 49. Terça-feira da 2a e 4a semanas; cf. domingo da Ia e 3a semanas e sexta-feira da 2o e 4a semanas.
  6. 52. Terça-feira da Ia e 3a semanas.
  7. 54. Cf. Raffa, p. 657; cf. oração conclusiva das Laudes da segunda-fei­ra da quarta semana.
  8. 55. Hino do sábado da Ia semana; cf. a primeira prece no domingo da 2a semana.
  9. 56. Preces do domingo da Ia semana. 57.Cântico de Daniel: Laudes do domingo da Ia e 3a semanas. 58. Cântico evangélico das Laudes. 59. Hino nos dias da semana após a oitava da Páscoa; cf. hino do do­mingo da Páscoa. 60. Preces do domingo da 1 ° semana.
  10. 66. SI 5,4; cf. 143,8. 67. SI 65,9. 68. SI 36,10. 69. SI 57,9.
  11. 73. Beckhãuser, p. 39. 74. P. 34; cf 37-38.
  12. 76.Segunda-feira da Ia semana. 77. Segunda-feira da 2a semana; quarta-feira da 4a semana. 78. Segunda-feira da 3a semana. 79. Quarta-feira da Ia semana; quinta-feira e sábado do 2a semana.