SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 82
As roupas utilizadas pelos ministros sagrados nas
celebrações litúrgicas são derivadas das vestimentas
gregas e romanas. Nos primeiros séculos, a forma de
vestir das pessoas de uma determinada classe social
(os honestiores) foi também adotada para o culto cristão,
e esta prática foi mantida na Igreja, mesmo após a paz de
Constantino. Como contado por alguns escritores
eclesiásticos, os ministros sagrados usavam suas
melhores roupas, provavelmente reservadas para a
ocasião [1].
Enquanto que na antiguidade cristã as vestimentas
litúrgicas diferiam das de uso cotidiano não pela forma
particular, mas apenas pela qualidade dos tecidos e
decoração particular; no curso das invasões bárbaras, os
costumes, e com eles também a forma de vestir dos
novos povos, foram introduzidos no Ocidente, levando a
mudanças na moda profana. A Igreja, ao contrário,
manteve essencialmente inalteradas as roupas usadas
pelos sacerdotes nos cultos públicos; foi assim que as
vestimentas de uso cotidiano acabaram por se diferenciar
das de uso litúrgico. Na época carolíngia, finalmente, os
paramentos próprios de cada grau do sacramento da
ordem foram definitivamente definidos, assumindo a
aparência que conhecemos hoje.
1) No início da preparação, o sacerdote lava as mãos,
recitando uma oração especial; além da questão de higiene,
este ato tem também um significado simbólico profundo,
representando a passagem do profano ao sagrado, do mundo
do pecado para o puro Santuário do Altíssimo. Lavar as mãos
equivale, de certa forma, a retirar as sandálias diante da sarça
ardente (Êxodo 3,5). A oração se refere a esta dimensão
espiritual:
Da, Domine, virtutem manibus meis ad abstergendam omnem
maculam; ut sine pollutione mentis et corporis valeam tibi
servire.
(Dai às minhas mãos, Senhor, o poder de apagar toda mácula:
para que eu vos possa servir sem mácula do corpo e da alma)
À lavagem das mãos se segue a vestidura propriamente dita.
Inicia-se com o amito, um pano retangular de linho dotado de
duas fitas, que repousa sobre os ombros junto ao pescoço. O
amito destina-se a cobrir, ao redor do pescoço, a vestimenta
utilizada diariamente, ainda que se trate do hábito do
sacerdote. Nesse sentido, é preciso lembrar que o amito
também é usado quando se está vestido com roupas de estilo
moderno, que muitas vezes não apresentam uma grande
abertura em torno do pescoço.
No Rito Romano, o amito é vestido antes da
alva (túnica). Ao vesti-lo, o sacerdote recita a
seguinte oração: “Colocai, Senhor, na minha
cabeça o elmo da salvação para que possa
repelir os golpes de Satanás”.
Com referência à carta de São Paulo aos
Efésios 6,17, o amito é interpretado como "o
elmo da salvação”, que deve proteger o
portador das tentações do demônio, em
especial de pensamentos e desejos
malévolos durante a celebração
litúrgica. Este simbolismo é ainda mais
evidente no costume seguido desde a Idade
Média pelos monges beneditinos,
franciscanos e dominicanos, entre os quais o
amito era posicionado sobre a cabeça e
deixado recair sobre a casula ou a dalmática.
ALVA
A alva consiste na veste longa e branca utilizada por todos os
ministros sagrados, e que representa a nova veste imaculada que
todo cristão recebe mediante o batismo. A alva é portanto um
símbolo da graça santificante recebida no primeiro sacramento, e
é considerada também um símbolo da pureza de coração
necessária para o ingresso na graça eterna da contemplação de
Deus no céu (cf. Mateus 5:8). Isso é expresso na oração recitada
pelo sacerdote enquanto veste a peça, oração que se refere ao
Apocalipse 7,14:
“Revesti-me, Senhor, com a túnica de pureza, e limpai o meu
coração, para que, banhado no Sangue do Cordeiro, mereça gozar
das alegrias eternas”
a) Túnica branca, geralmente de linho, que simboliza a pureza
de coração com que o sacerdote deve se aproximar do
altar.
b) Sentido espiritual: candura virginal , incorruptibilidade da
doutrina, virtude da perfeição e imagem da boa fé.
c) Presa a cintura pelo cíngulo, antecede o amito
SOBRE PELIZ
Alva reduzida, quando muito chega ao joelhos, com
mangas folgadas e largas.
Não pode substituir a alva quando se usar a casula ou
dalmática .
Sobre as vestes, na altura da cintura, é colocado o cíngulo, um
cordão de lã ou outro material apropriado, que é usado como
cinto.
Todos os oficiantes que portam a alva devem também portar
o cíngulo (esta prática tradicional é hoje frequentemente
ignorada) [5].
Para diáconos, sacerdotes e bispos, o cíngulo pode ser de
cores diferentes, de acordo com o tempo litúrgico ou a
memória do dia. No simbolismo das vestes litúrgicas, o
cíngulo representa a virtude do autocontrole, que São Paulo
enumera entre os frutos do Espírito (cf. Gálatas 5:22).
Revestido da alva, o sacerdote cinge- se com o cíngulo, um
cordão branco ou da cor dos paramentos, derivado do
cinto romano.
Tem como símbolo as cordas e os açoites com que Jesus
Cristo foi atado e flagelado; lembra-nos também da
castidade e da luta contra as paixões desregradas.
O Cíngulo recorda o conselho de cingir os rins como
presteza para o trabalho, estar em alerta e cingir o ministro
com os poderes dos conselhos evangélicos.
Enquanto o prende à cintura, o ministro de Deus eleva a
Ele esta prece:
"Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza e extingui meus
desejos carnais, para que permaneçam em mim a
continência e a castidade".
Símbolo da autoridade espiritual
A estola é o elemento distintivo de um ministro ordenado e é
sempre usada na celebração dos sacramentos e
sacramentais. É uma faixa de tecido, em geral bordado, cuja
cor varia de acordo com o tempo litúrgico ou o dia santo. Ao
vesti-la, o sacerdote recita a seguinte oração:
“Restitui-me, Senhor, a estola da imortalidade, que perdi na
prevaricação do primeiro pai, e, ainda que não seja digno de
me abeirar dos Vossos sagrados mistérios, fazei que mereça
alcançar as alegrias eternas”
Dado que a estola é um paramento de suma importância,
indicando mais do que qualquer outro a condição de ministro
ordenado, não se pode deixar de lamentar o abuso, já
largamente difundido, por parte de alguns sacerdotes, que
não a usam em conjunto com a casula [6].
a) Tem suas raízes no Sagrado (cobrir-se quando estiver em
presença do totalmente Outro) .
b) É o Talit dos hebreus .
c) Bispos e sacerdotes levam-na em torno do pescoço,
pendendo diante do peito;
o diácono usa a tiracolo sobre o ombro esquerdo, prendendo
ao lado direito.
d) Simboliza a imortalidade da alma e é sinal do serviço e
poder sacerdotal.
e) Era carregada ao pescoço com mais de uma volta,
associada ao grau da hierarquia Breco - romana.
Só após o séc IX recebe o nome de estola
(antes era orarium = boca ,para proteger da saliva e do suor
as sagradas espécies.)
O manípulo é um paramento litúrgico usado nas
celebrações da Santa Missa segundo a forma
extraordinária do Rito Romano; caiu em desuso nos
anos da reforma litúrgica, embora não tenha sido
abolido. É semelhante à estola, mas de menor
comprimento, inferior a um metro, e é fixado por
meio de presilhas ou fitas como as da casula. Durante
a Santa Missa em sua forma extraordinária, o
celebrante, o diácono e subdiácono o portam sobre o
antebraço esquerdo. É possível que este paramento
derive de um lenço (mappula) utilizado pelos
romanos amarrado ao braço esquerdo.
Uma vez que era utilizado para
enxugar as lágrimas e o suor da
face, escritores eclesiásticos
medievais atribuíram ao manípulo
um simbolismo associado às
fadigas do sacerdócio. Esta leitura
também está presente na oração
de sua vestidura:
“Fazei, Senhor, que mereça trazer
o manípulo do pranto e da dor,
para que receba com alegria a
recompensa do meu trabalho”
O jugo do Senhor simbolizado pela casula
• Finalmente, veste-se a casula ou planeta, a vestimenta
característica daqueles que celebram a Santa Missa. Os livros
litúrgicos usavam as duas palavras, em latim casula e planeta,
como sinônimos. Enquanto o nome planeta foi usado em
particular em Roma e acabou por permanecer na Itália, o nome
casula deriva da forma típica da vestimenta, que originalmente
circundava todo o corpo do ministro sagrado que a portava. O
uso da palavra “casula” também é encontrado em outros
idiomas: "Casulla”, em espanhol, “Chasuble” em francês e em
Inglês, "Kasel" em alemão. Oração para vestidura da casula
remete ao convite de Cl 3,14: “Sobretudo, revesti-vos do amor,
que une a todos na perfeição”. E, de fato, a oração com a qual
se veste a casula cita as palavras do Senhor contidas em Mateus
11,30:
• “Senhor, que dissestes: O meu jugo é suave e o meu peso é
leve, fazei que o suporte de maneira a alcançar a Vossa graça.
Amém”
Ensina-nos, a este propósito, o Santo Padre:
"Carregar o jugo do Senhor significa, antes de tudo,
aprender d’Ele.
Estar sempre dispostos a ir à Sua escola.
Dele devemos aprender a mansidão e a humildade,
a humildade de Deus que se mostra no Seu ser homem.
O Seu jugo é o de amar com Ele.
Quanto mais amarmos, e com Ele nos tornarmos
pessoas que amam, tanto mais leve se tornará para nós
o Seu jugo aparentemente pesado".
a) Vem de Pluviale = capa de chuva.
b) Deriva da capa clerical e monástica dos séculos VIII
e IX.
b) Capa que chega até os pés, aberta na frente, com
fecho junto ao pescoço.
c) Usada na benção eucarística , procissões, funerais,
celebração do matrimônio.
O bispo usa quando administra a confirmação.
d) Deve ser usado sobre a alva ou a sobrepeliz.
e) Não tem um caráter sacro próprio, distinguindo à
pessoa e à solenidade.
a) Túnica comprida com mangas
curtas e largas, posta sobre a
alva e a estola.
b) É a veste própria do diácono ,
podendo ser usada também
pelo bispo ou abade, debaixo
da casula , seguindo a cor
litúrgica .
c) Veste oriunda da Dalmácia .
No séc. II "era o vestido das
classes nobres, sendo adotada
para o uso litúrgico no séc. IV
Os nobres a usavam em
cerimônias religiosas indicando
a realeza como serviço da
divindade na Terra.
d) Foi adotada pelos patriarcas de
Constantinopla .
a) Pano com o qual cobre o
ombro do sacerdote
enquanto concede a
benção eucarística ou
translada o Ssmo.
Sacramento.
b) Possui estreita relação
com o ato de cobrir o
Sagrado como se faz com
a Torá na sinagoga.
c) Foi posto em uso a partir
do século VIII.
a) Chapéu preto com 3
pontas, significando
que o sacerdote é
graduado nas ciências
divinas.
b) Significa, também, a
Santíssima Trindade.
c) Sua utilização vem
desde a Idade Média
d) e hoje seu uso é
opcional, caindo já em
desuso.
Na linguagem litúrgica, ao mesmo
tempo, o véu vela e revela realidades
que só são compreendidas à luz da fé :
a) Véu do sacrário : Quase
desapareceu. É sinal de respeito, que
vela e revela o mistério da Eucaristia
contido no sacrário .
b) Véu do cibório : Não prescrito em
rubrica, mas expressão do calor
humano diante do frio metal e de
mistério.
c) Véu do cálice: Previsto pela
rubrica, mas após Vaticano II insiste em
não se usar.
VESTES PAPAIS
• Para entendermos as vestes
do sumo pontífice
precisamos, primeiro, ter em
mente que se tratam das
vestes de um bispo;
• assim, as vestes são
simplesmente episcopais ou
vestes episcopais
modificadas, específicas do
papa.
• São poucas as vestes que
fogem totalmente a isso, isto
é, que não encontram uma
analogia nas vestes dos
bispos.
• O Santo Padre como qualquer
clérigo faz uso do hábito talar.
• Ainda que ele não seja obrigado
pelo direito (pois está acima dele),
faz uso da batina em todos seus
momentos,
• até mesmo aqueles em que ele não
está propriamente tratando de
assuntos eclesiásticos.
• A batina do Sumo Pontífice é
branca.
HÁBITO COTIDIANO
4ª etapa
VESTES PAPAIS
MÓDULO 01
2ª PARTE
• como as demais batinas possui três pregas na parte de trás
e dos lados,
• possui uma fileira de botões na frente com 33 botões e 5
botões em cada um dos punhos.
• A batina do papa consta com o tradicional colarinho
romano.
• A batina é acompanhada ainda por uma pequena capa
sobre os ombros, aberta à frente que se chama
peregrineta.
• Todavia, não é costume que seja usada quando o papa
não tem que fazer aparições publicas, assim como a batina
preta sem debruns* dos bispos não costuma apresentá-la
também.
• Talvez por esse motivo o Papa Emérito não fará mais uso
da mesma, conforme informou a alguns dias o porta-voz
do Vaticano.
• Por ser bispo, o papa faz uso ainda de cruz peitoral.
• Esta para acompanhar o hábito talar é presa em
corrente dourada simples.
• Sobre a cabeça o papa porta o solidéu branco;
• A corrente com a cruz é
presa em um dos primeiros
botões na frente da batina.
ANEL EPISCOPAL
• Todos os Papas eleitos devem
usar este anel que representa a
sua fidelidade à Igreja Católica e
seu múnus de pontíficie. O anel
de ouro apresenta um baixo-
relevo de Pedro pescando de
um barco, .
• Através dos séculos, foi
demonstração de respeito ao
Papa ajoelhar-se e beijar o Anel
do Pescador, tradição que
continua até a atualidade.
• O Anel do Pescador era usado
como um sinete até 1842 para
selar documentos oficiais
assinados pelo Papa.
• Após uma morte papal, o anel é
cerimoniosamente esmagado na presença de
outros cardeais pelo Camerlengo*, a fim de evitar
documentos falsos durante a Sé Vacante.
• Em caso de renúncia papal, o relevo do anel é
raspado.
• Um novo anel é fundido com o ouro do último
anel para cada Papa.
• Ao redor da imagem está escrito em alto relevo o
nome do respectivo Papa em Latim.
• Durante a cerimônia de Tomada Papal, o Decano
do Colégio dos Cardeais coloca o anel no quarto
dedo da mão direita do novo Papa.
• O primeiro registro do uso do anel do Pescador, foi
pelo Papa Clemente IV, que o utilizou como um selo na
carta para seu sobrinho Pedro Grossi em 1265, que foi
usado para fechar toda a correspondência privada,
pressionando o anel no lacre de cera vermelha
derretida em um envelope.
• Os documentos públicos, pelo contrário, são selados
pelo Brasão papal.
• Esses documentos foram historicamente chamado
bulas papais, carimbadas com chumbo.
• A utilização do Anel do Pescador foi alterada durante o
século XV, quando foi usada para selar documentos
oficiais.
• Essa prática foi abolida em 1842, quando a cera para a
impressão do anel foi substituída por um carimbo com
tinta vermelha.
• Ainda assim, as antigas fivelas e qualquer outro enfeite
foram abolidas.
• Historicamente, a cor vermelha dos múleos papais
simboliza o sangue dos mártires e a completa submissão
do papa à autoridade de Jesus Cristo;
• usá-la no corpo significa estar disposto ao sacrifício.
• Desde a Antiguidade, essa cor é restrita à nobreza da
Igreja.
• O Papa João Paulo II ignorou a tradição durante o seu
mandato, numa tentativa de amenizar a hierarquia entre
os membros da Igreja.
• Ele usava sapatos marrons, como os dos bispos e cardeais.
• Bento XVI, no entanto, retomou o uso dos sapatos
vermelhos, que são conhecidos como múleos.*
SAPATOS PRETOS OU MÚLEOS
TIARA PAPAL
• A Tiara papal, Tríplice Tiara ou Tiara Tripla (em latim:
Triregnum) é a "coroa papal,
• uma rica cobertura para a cabeça, ornamentada com
pedras preciosas e pérolas, que tem a forma de uma
colméia, possui uma pequena cruz no ponto mais alto,
e também é equipada com três diademas reais".
• Os papas recebiam a tiara na cerimônia de coroação
após sua eleição, que inaugurava seu pontificado,
• e uma que vez que a "tiara é um ornamento não-
litúrgico (...)", a partir daí era usada apenas em
"procissões papais, e solenes atos de jurisdição",
• sendo que "o papa, como os bispos, veste uma mitra
pontifícia nas funções litúrgicas".
• O último papa a portar a tiara foi Paulo VI em 1963,
desde então, os papas seguintes optaram por não usá-
la.
• Embora os papas não
utilizem mais a tiara, na
heráldica* eclesiástica
ela continua sendo um
símbolo proeminente**
do papado,
• sendo que os brasões
dos papas e do Vaticano
combinam uma tiara
com as chaves cruzadas
de São Pedro,
normalmente
amarradas com uma
corda.
• Uma ínfula (infulæ) é uma tira de tecido bordada e decorada.
• As ínfulas eram uma característica tradicional da chapelaria da
mulher até ao início do século XX, e eram fortemente associadas
com a religião.
• No catolicismo, na ortodoxia e no anglicanismo a mitra de um bispo
também tem duas ínfulas ligadas, posicionadas nas suas costas.
• O uso mais famoso das ínfulas ocorre na tiara papal.
• Ínfulas na tiara papal
• Cada tiara papal desde o início da Idade Média continha duas ínfulas
ligadas.
• Suas origens são desconhecidas, embora sejam, obviamente uma
imitação das ínfulas da mitra dos bispos.
• Inicialmente as ínfulas eram de cor preta,
• As ínfulas papais das tiaras tradicionalmente eram muito decoradas,
com costura em fio de ouro intrincada. *
ÍNFULA
• A greca é uma peça que cobre
toda a batina,
• possuindo duas fileiras de
botões na parte da frente e
manga pouco mais largas que a
batina, para que se possa vestir
sobre a batina.
• A greca papal é inteiramente
branca.
• Pelo próprio formato da vestes,
dispensa-se o uso da
peregrineta , quando se faz uso
da greca.
GRECA
• Uma outra veste que é vestida
sobre a batina é o mantel.
• O mantel é uma capa longa,
aberta à frente e munida de
uma pequena peregrineta.
• Diferentemente da greca, o
mantel do sumo pontífice é
confeccionado na cor vermelha.
• O uso da peregrineta da batina
não se mostra inconveniente
quando usado junto ao mantel.
MANTEL
• Para proteger do sol, o santo padre pode fazer
uso do capelo. Um chapéu simples,
confeccionado na cor vermelha com detalhes
dourados, usado sobre o solidéu.
• Além do hábito quotidiano, uma outra qualidade de
vestes usadas pelos clérigos são as vestes corais.
• As vestes corais de maneira geral são vestes usadas para
se assistir os ritos litúrgicos
• ou ainda para tomar parte em ritos litúrgicos menos
solenes como Hora Média ou Ofício das Leituras.
• O Papa faz um uso mais constante de tais vestes, para
algumas atividades sociais exteriores à liturgia
• como para receber chefes de Estado em audiências
privadas,
• para as bênçãos Urbi et Orbi e também para rezar o
Angelus em algumas ocasiões particulares, como na
Epifania do Senhor
VESTES CORAIS
Murça vermelha sem arminho
Murça vermelha com arminho
• Sobre a murça o papa coloca a cruz peitoral
em cordão enfeitado de cor dourada.
• Na cabeça o papa usa o solidéu branco.
• É possível também fazer uso do capelo
sobre o solidéu junto às vestes corais.
• Uma substituição, por vezes, realizada é o
uso do camauro em vez do solidéu.
• O camauro (do latim camelaucum, do grego
kamelauchion, significa "chapéu de pele de
camelo") é uma espécie de gorro usado
tradicionalmente pelo Papa, no período do
inverno.
• Os camauros são vermelhos com bordas
brancas de arminho.
• Bastante utilizado durante a Idade Média,
caiu em desuso nos tempos modernos,
sendo reintroduzido pelo Papa Bento XVI
em 2005.
• Antes de Bento XVI, o último papa a
aparecer em público com o camauro foi o
Papa João XXIII
• Sobre as vestes corais o papa faz uso, por vezes, da Estola pontifícia.
É uma estola cor de vinho bordada em dourado, que simboliza o
poder supremo do sacerdote;
• A estola é geralmente curta, apresenta um pequeno cordão
dourado que liga as duas partes da estola.
• Ela é geralmente no formato "boca de sino" com as extremidades
um pouco alargadas e franjas nas pontas.
• É comum que durante o tempo pascal a estola seja branca.
• Quando está com esta roupa, o Papa usa um manto vermelho nos
ombros, que é chamado de mozeta, e simboliza a autoridade
espiritual.
O Sumo Pontífice não faz uso do
báculo, mas da férula que é uma
haste munida de uma cruz na
extremidade.
Férula (do latim Férula: cana,
haste, varinha) é uma cruz com
haste usada pelo papa no lugar do
báculo, todas as vezes que a
função litúrgica exige.
O papa nunca usou o báculo pelo
fato de sua voluta* significar
limitação de poder, o que,
obviamente, não se aplica ao
Soberano Pontífice.
FÉRULA
• A Férula é símbolo de governo e
correção.
• Primitivamente, os papas
recebiam na sua cerimônia de
posse solene, costume que
subsistiu até o século XVI.
• Depois, passaram a usá-la sem
ato de recepção.
• O Papa Bento XVI não retomou
a férula de João XXIII, como
afirmam alguns progressistas;
mas, sim a de Pio IX.
• Em algumas cerimônias, como
na abertura da Porta Santa, os
papas fazem uso de uma
espécie de cruz processional
com três braços, a chamada
Cruz Papal, que alguns autores
chamam de Hierofante.
• Os momentos litúrgicos da
Missa nos quais o Papa
porta, na mão esquerda, a
férula são:
• Procissão de entrada.
• Proclamação do Evangelho.
• Homilia.
• Eventuais ritos
sacramentais.
• Procissão de saída
• Ainda que a férula usada por Paulo VI, João Paulo I e
João Paulo II fosse acinzentada e munida da figura do
crucificado,
• o comum é que seja dourada e não possua a imagem
do Cristo,
• como era a férula de Pio XI e Pio XII que Bento XVI
usou durante certo tempo e também aquela
confeccionada exclusivamente para ele.
A mitra na cabeça, representa a
santidade perante Deus.
A mitra papal possui a mesma estrutura
das episcopais:
duas cúspides costuradas munidas de
duas ínfulas na parte de trás.
Quando a mitra é ornada, em nada se
difere do que um bispo poderia usar;
a mitra simples, porém, que é
completamente branca para os outros
mitrados,
possui uma borda na cor dourada em
ambas as faces da mitra para o sumo
pontífice,
também as franjas das ínfulas que são
vermelhas para os demais clerigos
são douradas na mitra simples papal.
MITRA PAPAL
• O pálio usado pelo papa era idêntico ao usado pelos arcebispos
durante o pontificado de João Paulo II.
• Bento XVI, porém, modificou levemente o modelo do pálio papal,
em vez de cruzes pretas,
• o pálio do sumo pontífice passou a apresentar cruzes vermelhas
em mesmo numero e posição dos palios dos metropolitas,
• isto é, 6, uma de cada lado, duas à frente e duas nas costas.
PÁLIO
• Atualmente, o Papa concede o pálio somente
aos arcebispos metropolitanos cujo pedido
deve ser feito ao Papa como estabelecido pelo
cânone n. 437 do Código de Direito Canônico .
Por isso, denomina-se pálio arcebispal.
• Faz sentido que o Papa use pálio distinto
daqueles por ele conferidos aos arcebispos,
como o fez recentemente Bento XVI: pálio
mais comprido, com as seis cruzes em
vermelho, e faixas pendentes com pontas de
seda preta.
• O pálio só pode ser
usado nas celebrações
litúrgicas.
• O Papa pode usá-lo em
qualquer parte do
globo, em razão do
poder de jurisdição
universal que ele
detém.
• O Arcebispo pode usá-
lo em todas as igrejas
da província eclesiástica
por ele presidida,
porém não fora do
território da província.
• O pálio é
confeccionado pelas
monjas beneditinas
do Mosteiro de Santa
Cecília, em Roma.
• É feito com lã branca
de cordeiros, que são
ofertados anualmente
ao papa pelas jovens
romanas, na festa de
Santa Inês (21 de
janeiro).
• Os pálios, em número correspondente aos novos
arcebispos metropolitanos, são abençoados pelo
Papa nas Primeiras Vésperas da Solenidade de São
Pedro e São Paulo
• e são conservados em uma urna especial no Altar da
Confissão da Basílica Vaticana (onde estão as
relíquias do Apóstolo São Pedro).
• E, no dia seguinte, na celebração da solenidade dos
Apóstolos São Pedro e São Paulo (29/6),
• são impostos (entregues) aos arcebispos pelo Papa.
• É o símbolo do poder dos
arcebispos
metropolitanos dentro da
chamada província
eclesiástica (agrupamento
de dioceses vizinhas) e de
comunhão com o Papa.
• É pessoal e intransferível.
• Se o Arcebispo mudar
para outra sede
metropolitana,
necessitará de novo pálio.
• O Papa concede também
o pálio ao Patriarca Latino
de Jerusalém.
• O simbolismo do
pálio é significativo.
Tecido com lã de
cordeiro simboliza a
ovelha perdida.
• Posto o pálio sobre
os ombros simboliza
o pastoreio, ação
própria do pastor:
• carregar a ovelha
frágil, doente.
FANON
Um outro paramento que é usado junto ao pálio é o
fanon.
O fanon é como que uma pequena capa com listras nas
cores vermelha e dourada que representa a autoridade
do Romano Pontífice, tanto no ocidente como no
oriente.
O fanon simboliza o escudo da fé que protege a Igreja
Católica, representada pelo Papa.
As listras verticais de duas cores, branco e dourado,
unidas pela linha vermelha, indicam a unidade e a
indissolubilidade das Igrejas Latina e Oriental.
O círculo inferior, que fica oculto sobre os paramentos,
representa a “Antiga Lei”
e o círculo visível, sobre a casula, representa a “Nova
Lei” dada por Jesus.*
UMBRAÁCULO OU CONOPEU BASILICAL
• O Umbraculum (do latim umbra "sombra" no sol,
guarda-sol) também chamado ou Conopeu Basilical
• - é uma insígnia e peça histórica dos Papas outrora
usado diariamente, para fornecer sombra para o papa.
• É utilizada na Igreja contemporânea em todas as
basílicas de todo o mundo.
• Quando o papa eleva uma igreja ao grau de Basílica, o
umbraculum é obrigatoriamente usado, como a
principal insígnia.
• É uma espécie de guarda-sol que alterna listas em
ouro e vermelho, as tradicionais cores do pontificado.
• Não se trata de peça decorativa, mas de uso nas
procissões.
• Esta insígnia é usada - sempre semi-fechada
("semichiusa") - junto a outras duas:
• o Tintinábulo, que possuí um pequeno sino -
antigamente utilizados para anunciar a chegada do
Papa a uma Basílica, que muitas vezes era em montaria
• e a Virga Rubra, uma espécie de vara vermelha
arrematada por ornatos de prata.
• O umbraculum faz parte do escudo de armas da Sede
Vacante, ou seja, o período entre o falecimento ou
renúncia de um Papa e a eleição do seu sucessor.
• Foi usado primeiramente dessa forma como um
emblema em moedas cunhadas em 1521.
• O brasão de armas do Camerlengo é ornamentado
com um par de chaves de ouro e prata cobertos por um
umbraculum.
• Papamóvel é um nome
informal atribuído ao
veículo especialmente
fabricado para a
locomoção do papa
durante suas aparições
públicas. Este veículo,
actualmente com vidros
blindados, substituiu a
tradicional cadeira
gestatória.
PAPA MÓVEL
CADEIRA
GESTATÓRIA *
• A Cadeira Gestatória ou Sédia Gestatória: é um trono
portátil usado para se carregar os Papas. Era carregada por
doze homens Era carregada por doze homens (sediários
ou palafreneiros), que usavam opas e librés de brocados
vermelhos. Dois grandes leques (flabelos) feitos com
penas de avestruz eram carregados ao lado da sede
gestatória, sendo estes leques já mencionados nas
Constitutiones Apostolicae (VIII, 12).
• Para além do Papa também o Patriarca de Lisboa tem o
privilégio da Sedia Gestatória (privilégio único no mundo),
a ser usada unicamente como Trono Pontifical. A Sedia
Gestatória e os leques de avestruz outrora usados pelos
Cardeais-Patriarcas de Lisboa podem ser actualmente
observados no Museu do Cabido da Sé Catedral
Metropolitana Patriarcal de Lisboa.
• O último papa a usá-la foi o Papa João Paulo I, por ocasião do
início de seu pontificado, para que a multidão pudesse vê-lo
melhor, embora posteriormente tivesse abandonado seu uso,
deixando aos seus sucessores o direito de decidir ou não a sua
reintrodução (tal como com o uso ou não da Tiara papal). Nos
últimos anos de pontificado de João Paulo II e devido ao crescente
declínio da sua saúde, foi usada uma plataforma sobre rodas para
transportar este Papa.
• Muito recentemente, ao ser consultado por membros da Corte
Pontifícia sobre uma possível reintrodução da Sedia Gestatória, o
Papa Bento XVI revelou não ser sua intenção voltar a usá-la,
enquanto tiver saúde para caminhar.
• A Sédia Gestatória é atualmente substituída pelo "Papamóvel".
4 paramentos-liturgicos-e-vestes

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Curso de liturgia
Curso de liturgiaCurso de liturgia
Curso de liturgiambsilva1971
 
Igreja católica apostólica romana
Igreja católica apostólica romanaIgreja católica apostólica romana
Igreja católica apostólica romanaMateus Lima
 
Carta convite brsil para cristo toleto
Carta convite brsil para cristo toletoCarta convite brsil para cristo toleto
Carta convite brsil para cristo toletoSerginho Patucci
 
A missa– parte por parte
A missa– parte por parteA missa– parte por parte
A missa– parte por parteJean
 
Lição 4 por que estudar seitas e heresias - 2º quadrimestre 2012 - ebd - re...
Lição 4   por que estudar seitas e heresias - 2º quadrimestre 2012 - ebd - re...Lição 4   por que estudar seitas e heresias - 2º quadrimestre 2012 - ebd - re...
Lição 4 por que estudar seitas e heresias - 2º quadrimestre 2012 - ebd - re...Sergio Silva
 
Os mandamentos da Igreja
Os mandamentos da IgrejaOs mandamentos da Igreja
Os mandamentos da Igrejamarquione ban
 
Ano liturgico
Ano liturgicoAno liturgico
Ano liturgicoJean
 
Bíblia de Estudo John Macarthur-completa
Bíblia de Estudo John Macarthur-completaBíblia de Estudo John Macarthur-completa
Bíblia de Estudo John Macarthur-completaRosangela Borkoski
 
Celebrações da Semana Santa
Celebrações da Semana SantaCelebrações da Semana Santa
Celebrações da Semana SantaSandro Rezende
 
Semana santa formação
Semana santa formaçãoSemana santa formação
Semana santa formaçãombsilva1971
 
Manual de Liturgia Assembleiana
Manual de Liturgia AssembleianaManual de Liturgia Assembleiana
Manual de Liturgia AssembleianaPaulo Dias
 
Lição 5 - O Arrebatamento da Igreja
Lição 5 - O Arrebatamento da IgrejaLição 5 - O Arrebatamento da Igreja
Lição 5 - O Arrebatamento da IgrejaAndrew Guimarães
 
Os livros Apócrifos
Os livros ApócrifosOs livros Apócrifos
Os livros ApócrifosViva a Igreja
 
Os evangelhos em ordem cronologica
Os evangelhos em ordem cronologicaOs evangelhos em ordem cronologica
Os evangelhos em ordem cronologicaMarcel Lagos
 
APOSTILA DO OBREIRO NO SERVIR A DEUS
APOSTILA DO OBREIRO NO SERVIR A DEUSAPOSTILA DO OBREIRO NO SERVIR A DEUS
APOSTILA DO OBREIRO NO SERVIR A DEUSPASTOR CARLOS SILVA
 
As Festas Judaicas e suas Tradições
As Festas Judaicas e suas TradiçõesAs Festas Judaicas e suas Tradições
As Festas Judaicas e suas TradiçõesPLETZ.com -
 

Mais procurados (20)

Curso de liturgia
Curso de liturgiaCurso de liturgia
Curso de liturgia
 
Missa parte por parte
Missa parte por parteMissa parte por parte
Missa parte por parte
 
Igreja católica apostólica romana
Igreja católica apostólica romanaIgreja católica apostólica romana
Igreja católica apostólica romana
 
Carta convite brsil para cristo toleto
Carta convite brsil para cristo toletoCarta convite brsil para cristo toleto
Carta convite brsil para cristo toleto
 
70 SEMANAS DE DANIEL
70 SEMANAS DE DANIEL70 SEMANAS DE DANIEL
70 SEMANAS DE DANIEL
 
A missa– parte por parte
A missa– parte por parteA missa– parte por parte
A missa– parte por parte
 
Lição 4 por que estudar seitas e heresias - 2º quadrimestre 2012 - ebd - re...
Lição 4   por que estudar seitas e heresias - 2º quadrimestre 2012 - ebd - re...Lição 4   por que estudar seitas e heresias - 2º quadrimestre 2012 - ebd - re...
Lição 4 por que estudar seitas e heresias - 2º quadrimestre 2012 - ebd - re...
 
Símbolos da Nova Era
Símbolos da Nova EraSímbolos da Nova Era
Símbolos da Nova Era
 
Os mandamentos da Igreja
Os mandamentos da IgrejaOs mandamentos da Igreja
Os mandamentos da Igreja
 
Ano liturgico
Ano liturgicoAno liturgico
Ano liturgico
 
Bíblia de Estudo John Macarthur-completa
Bíblia de Estudo John Macarthur-completaBíblia de Estudo John Macarthur-completa
Bíblia de Estudo John Macarthur-completa
 
Celebrações da Semana Santa
Celebrações da Semana SantaCelebrações da Semana Santa
Celebrações da Semana Santa
 
Semana santa formação
Semana santa formaçãoSemana santa formação
Semana santa formação
 
Manual de Liturgia Assembleiana
Manual de Liturgia AssembleianaManual de Liturgia Assembleiana
Manual de Liturgia Assembleiana
 
Lição 5 - O Arrebatamento da Igreja
Lição 5 - O Arrebatamento da IgrejaLição 5 - O Arrebatamento da Igreja
Lição 5 - O Arrebatamento da Igreja
 
Os livros Apócrifos
Os livros ApócrifosOs livros Apócrifos
Os livros Apócrifos
 
III Funções e ministérios
III Funções e ministériosIII Funções e ministérios
III Funções e ministérios
 
Os evangelhos em ordem cronologica
Os evangelhos em ordem cronologicaOs evangelhos em ordem cronologica
Os evangelhos em ordem cronologica
 
APOSTILA DO OBREIRO NO SERVIR A DEUS
APOSTILA DO OBREIRO NO SERVIR A DEUSAPOSTILA DO OBREIRO NO SERVIR A DEUS
APOSTILA DO OBREIRO NO SERVIR A DEUS
 
As Festas Judaicas e suas Tradições
As Festas Judaicas e suas TradiçõesAs Festas Judaicas e suas Tradições
As Festas Judaicas e suas Tradições
 

Semelhante a 4 paramentos-liturgicos-e-vestes

Formação litúrgica 2017 VS CMC
Formação litúrgica 2017 VS CMCFormação litúrgica 2017 VS CMC
Formação litúrgica 2017 VS CMCVictor Silvestre
 
Rubricas - Corpus Christ (Cerimonial dos Bispos)
Rubricas - Corpus Christ (Cerimonial dos Bispos)Rubricas - Corpus Christ (Cerimonial dos Bispos)
Rubricas - Corpus Christ (Cerimonial dos Bispos)Servaltar
 
Vocabulário dos Acólitos
Vocabulário dos AcólitosVocabulário dos Acólitos
Vocabulário dos Acólitosarceuseragon
 
Formacao_Acolitos_Paroquia_Alcobaca
Formacao_Acolitos_Paroquia_AlcobacaFormacao_Acolitos_Paroquia_Alcobaca
Formacao_Acolitos_Paroquia_Alcobacaparoquiadealcobaca
 
Sagrado Tríduo Pascal - Cerimonial dos Bispos
Sagrado Tríduo Pascal - Cerimonial dos BisposSagrado Tríduo Pascal - Cerimonial dos Bispos
Sagrado Tríduo Pascal - Cerimonial dos BisposServaltar
 
Formação de acólitos
Formação de acólitosFormação de acólitos
Formação de acólitosJean
 
Formação de acólitos
Formação de acólitosFormação de acólitos
Formação de acólitosJean
 
Formação de acólitos
Formação de acólitosFormação de acólitos
Formação de acólitosJean
 
Guia para a semana santa (ministros)
Guia para a semana santa (ministros)Guia para a semana santa (ministros)
Guia para a semana santa (ministros)Direto da Sacristia
 
Discurso do Papa Bento XVI em palermo
Discurso do Papa Bento XVI em palermoDiscurso do Papa Bento XVI em palermo
Discurso do Papa Bento XVI em palermoGleison Servo
 
Discurso do papa bento xvi em palermo
Discurso do papa bento xvi em palermoDiscurso do papa bento xvi em palermo
Discurso do papa bento xvi em palermoGleison Servo
 

Semelhante a 4 paramentos-liturgicos-e-vestes (20)

Paramentos ii
Paramentos iiParamentos ii
Paramentos ii
 
Formação litúrgica 2017 VS CMC
Formação litúrgica 2017 VS CMCFormação litúrgica 2017 VS CMC
Formação litúrgica 2017 VS CMC
 
Curso basico
Curso basicoCurso basico
Curso basico
 
Objetos e paramentos litúrgicos
Objetos e paramentos litúrgicosObjetos e paramentos litúrgicos
Objetos e paramentos litúrgicos
 
Rubricas - Corpus Christ (Cerimonial dos Bispos)
Rubricas - Corpus Christ (Cerimonial dos Bispos)Rubricas - Corpus Christ (Cerimonial dos Bispos)
Rubricas - Corpus Christ (Cerimonial dos Bispos)
 
Acolitos
AcolitosAcolitos
Acolitos
 
Missa paixão cards
Missa paixão cardsMissa paixão cards
Missa paixão cards
 
Os símbolos litúrgicos
Os símbolos litúrgicosOs símbolos litúrgicos
Os símbolos litúrgicos
 
Vocabulário dos Acólitos
Vocabulário dos AcólitosVocabulário dos Acólitos
Vocabulário dos Acólitos
 
Formacao_Acolitos_Paroquia_Alcobaca
Formacao_Acolitos_Paroquia_AlcobacaFormacao_Acolitos_Paroquia_Alcobaca
Formacao_Acolitos_Paroquia_Alcobaca
 
Sagrado Tríduo Pascal - Cerimonial dos Bispos
Sagrado Tríduo Pascal - Cerimonial dos BisposSagrado Tríduo Pascal - Cerimonial dos Bispos
Sagrado Tríduo Pascal - Cerimonial dos Bispos
 
Formação de acólitos
Formação de acólitosFormação de acólitos
Formação de acólitos
 
Formação de acólitos
Formação de acólitosFormação de acólitos
Formação de acólitos
 
Formação de acólitos
Formação de acólitosFormação de acólitos
Formação de acólitos
 
Guia para a semana santa (ministros)
Guia para a semana santa (ministros)Guia para a semana santa (ministros)
Guia para a semana santa (ministros)
 
Objetos litúrgicos.pptx
Objetos litúrgicos.pptxObjetos litúrgicos.pptx
Objetos litúrgicos.pptx
 
1 edificio-sagrado
1 edificio-sagrado1 edificio-sagrado
1 edificio-sagrado
 
Discurso do Papa Bento XVI em palermo
Discurso do Papa Bento XVI em palermoDiscurso do Papa Bento XVI em palermo
Discurso do Papa Bento XVI em palermo
 
Discurso do papa bento xvi em palermo
Discurso do papa bento xvi em palermoDiscurso do papa bento xvi em palermo
Discurso do papa bento xvi em palermo
 
Ritualacólitos.docx
 Ritualacólitos.docx  Ritualacólitos.docx
Ritualacólitos.docx
 

Mais de SITEclarissasmarilia (20)

Vamos a igreja para participar da santa missa
Vamos a igreja para participar da santa missaVamos a igreja para participar da santa missa
Vamos a igreja para participar da santa missa
 
Ano liturgico-1-advento-natal
Ano liturgico-1-advento-natalAno liturgico-1-advento-natal
Ano liturgico-1-advento-natal
 
Ano liturgico-2-quaresma-pascoa
Ano liturgico-2-quaresma-pascoaAno liturgico-2-quaresma-pascoa
Ano liturgico-2-quaresma-pascoa
 
5 sinais-sensiveis
5 sinais-sensiveis5 sinais-sensiveis
5 sinais-sensiveis
 
3 objetos-liturgicos
3 objetos-liturgicos3 objetos-liturgicos
3 objetos-liturgicos
 
2 linguagem-simbolica
2 linguagem-simbolica2 linguagem-simbolica
2 linguagem-simbolica
 
8 vesperas
8 vesperas8 vesperas
8 vesperas
 
10 orientacoes-gerais
10 orientacoes-gerais10 orientacoes-gerais
10 orientacoes-gerais
 
9 completas
9 completas9 completas
9 completas
 
7 horas-menores
7 horas-menores7 horas-menores
7 horas-menores
 
6 laudes
6 laudes6 laudes
6 laudes
 
5 oficio-das-leituras
5 oficio-das-leituras5 oficio-das-leituras
5 oficio-das-leituras
 
4 silencio
4 silencio4 silencio
4 silencio
 
3 louvor-perene
3 louvor-perene3 louvor-perene
3 louvor-perene
 
2 louvor-perene
2 louvor-perene2 louvor-perene
2 louvor-perene
 
1 louvor-perene
1 louvor-perene1 louvor-perene
1 louvor-perene
 
Liturgia das horas 9
Liturgia das horas   9Liturgia das horas   9
Liturgia das horas 9
 
Liturgia das horas 8
Liturgia das horas   8Liturgia das horas   8
Liturgia das horas 8
 
Liturgia das horas 7
Liturgia das horas   7Liturgia das horas   7
Liturgia das horas 7
 
Liturgia das horas 6
Liturgia das horas   6Liturgia das horas   6
Liturgia das horas 6
 

Último

O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.LucySouza16
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoRicardo Azevedo
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfAgnaldo Fernandes
 
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...MiltonCesarAquino1
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresNilson Almeida
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPIB Penha
 

Último (18)

Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudoSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 132 - Em tudo
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdfTabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
Tabela bíblica Periódica - Livros da Bíblia.pdf
 
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
2 joão (1) 1.pptx As TRÊS CARTAS DO APÓSTOLO JOÃO têm uma mensagem solene e u...
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
Centros de Força do Perispírito (plexos, chacras)
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos PobresOração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
Oração A Bem-Aventurada Irmã Dulce Dos Pobres
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingoPaulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
 

4 paramentos-liturgicos-e-vestes

  • 1.
  • 2. As roupas utilizadas pelos ministros sagrados nas celebrações litúrgicas são derivadas das vestimentas gregas e romanas. Nos primeiros séculos, a forma de vestir das pessoas de uma determinada classe social (os honestiores) foi também adotada para o culto cristão, e esta prática foi mantida na Igreja, mesmo após a paz de Constantino. Como contado por alguns escritores eclesiásticos, os ministros sagrados usavam suas melhores roupas, provavelmente reservadas para a ocasião [1].
  • 3. Enquanto que na antiguidade cristã as vestimentas litúrgicas diferiam das de uso cotidiano não pela forma particular, mas apenas pela qualidade dos tecidos e decoração particular; no curso das invasões bárbaras, os costumes, e com eles também a forma de vestir dos novos povos, foram introduzidos no Ocidente, levando a mudanças na moda profana. A Igreja, ao contrário, manteve essencialmente inalteradas as roupas usadas pelos sacerdotes nos cultos públicos; foi assim que as vestimentas de uso cotidiano acabaram por se diferenciar das de uso litúrgico. Na época carolíngia, finalmente, os paramentos próprios de cada grau do sacramento da ordem foram definitivamente definidos, assumindo a aparência que conhecemos hoje.
  • 4. 1) No início da preparação, o sacerdote lava as mãos, recitando uma oração especial; além da questão de higiene, este ato tem também um significado simbólico profundo, representando a passagem do profano ao sagrado, do mundo do pecado para o puro Santuário do Altíssimo. Lavar as mãos equivale, de certa forma, a retirar as sandálias diante da sarça ardente (Êxodo 3,5). A oração se refere a esta dimensão espiritual: Da, Domine, virtutem manibus meis ad abstergendam omnem maculam; ut sine pollutione mentis et corporis valeam tibi servire. (Dai às minhas mãos, Senhor, o poder de apagar toda mácula: para que eu vos possa servir sem mácula do corpo e da alma) À lavagem das mãos se segue a vestidura propriamente dita.
  • 5.
  • 6. Inicia-se com o amito, um pano retangular de linho dotado de duas fitas, que repousa sobre os ombros junto ao pescoço. O amito destina-se a cobrir, ao redor do pescoço, a vestimenta utilizada diariamente, ainda que se trate do hábito do sacerdote. Nesse sentido, é preciso lembrar que o amito também é usado quando se está vestido com roupas de estilo moderno, que muitas vezes não apresentam uma grande abertura em torno do pescoço.
  • 7.
  • 8. No Rito Romano, o amito é vestido antes da alva (túnica). Ao vesti-lo, o sacerdote recita a seguinte oração: “Colocai, Senhor, na minha cabeça o elmo da salvação para que possa repelir os golpes de Satanás”. Com referência à carta de São Paulo aos Efésios 6,17, o amito é interpretado como "o elmo da salvação”, que deve proteger o portador das tentações do demônio, em especial de pensamentos e desejos malévolos durante a celebração litúrgica. Este simbolismo é ainda mais evidente no costume seguido desde a Idade Média pelos monges beneditinos, franciscanos e dominicanos, entre os quais o amito era posicionado sobre a cabeça e deixado recair sobre a casula ou a dalmática.
  • 10. A alva consiste na veste longa e branca utilizada por todos os ministros sagrados, e que representa a nova veste imaculada que todo cristão recebe mediante o batismo. A alva é portanto um símbolo da graça santificante recebida no primeiro sacramento, e é considerada também um símbolo da pureza de coração necessária para o ingresso na graça eterna da contemplação de Deus no céu (cf. Mateus 5:8). Isso é expresso na oração recitada pelo sacerdote enquanto veste a peça, oração que se refere ao Apocalipse 7,14: “Revesti-me, Senhor, com a túnica de pureza, e limpai o meu coração, para que, banhado no Sangue do Cordeiro, mereça gozar das alegrias eternas”
  • 11. a) Túnica branca, geralmente de linho, que simboliza a pureza de coração com que o sacerdote deve se aproximar do altar. b) Sentido espiritual: candura virginal , incorruptibilidade da doutrina, virtude da perfeição e imagem da boa fé. c) Presa a cintura pelo cíngulo, antecede o amito SOBRE PELIZ Alva reduzida, quando muito chega ao joelhos, com mangas folgadas e largas. Não pode substituir a alva quando se usar a casula ou dalmática .
  • 12.
  • 13. Sobre as vestes, na altura da cintura, é colocado o cíngulo, um cordão de lã ou outro material apropriado, que é usado como cinto. Todos os oficiantes que portam a alva devem também portar o cíngulo (esta prática tradicional é hoje frequentemente ignorada) [5]. Para diáconos, sacerdotes e bispos, o cíngulo pode ser de cores diferentes, de acordo com o tempo litúrgico ou a memória do dia. No simbolismo das vestes litúrgicas, o cíngulo representa a virtude do autocontrole, que São Paulo enumera entre os frutos do Espírito (cf. Gálatas 5:22).
  • 14. Revestido da alva, o sacerdote cinge- se com o cíngulo, um cordão branco ou da cor dos paramentos, derivado do cinto romano. Tem como símbolo as cordas e os açoites com que Jesus Cristo foi atado e flagelado; lembra-nos também da castidade e da luta contra as paixões desregradas. O Cíngulo recorda o conselho de cingir os rins como presteza para o trabalho, estar em alerta e cingir o ministro com os poderes dos conselhos evangélicos. Enquanto o prende à cintura, o ministro de Deus eleva a Ele esta prece: "Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza e extingui meus desejos carnais, para que permaneçam em mim a continência e a castidade".
  • 16. A estola é o elemento distintivo de um ministro ordenado e é sempre usada na celebração dos sacramentos e sacramentais. É uma faixa de tecido, em geral bordado, cuja cor varia de acordo com o tempo litúrgico ou o dia santo. Ao vesti-la, o sacerdote recita a seguinte oração: “Restitui-me, Senhor, a estola da imortalidade, que perdi na prevaricação do primeiro pai, e, ainda que não seja digno de me abeirar dos Vossos sagrados mistérios, fazei que mereça alcançar as alegrias eternas” Dado que a estola é um paramento de suma importância, indicando mais do que qualquer outro a condição de ministro ordenado, não se pode deixar de lamentar o abuso, já largamente difundido, por parte de alguns sacerdotes, que não a usam em conjunto com a casula [6].
  • 17.
  • 18. a) Tem suas raízes no Sagrado (cobrir-se quando estiver em presença do totalmente Outro) . b) É o Talit dos hebreus . c) Bispos e sacerdotes levam-na em torno do pescoço, pendendo diante do peito; o diácono usa a tiracolo sobre o ombro esquerdo, prendendo ao lado direito. d) Simboliza a imortalidade da alma e é sinal do serviço e poder sacerdotal. e) Era carregada ao pescoço com mais de uma volta, associada ao grau da hierarquia Breco - romana. Só após o séc IX recebe o nome de estola (antes era orarium = boca ,para proteger da saliva e do suor as sagradas espécies.)
  • 19. O manípulo é um paramento litúrgico usado nas celebrações da Santa Missa segundo a forma extraordinária do Rito Romano; caiu em desuso nos anos da reforma litúrgica, embora não tenha sido abolido. É semelhante à estola, mas de menor comprimento, inferior a um metro, e é fixado por meio de presilhas ou fitas como as da casula. Durante a Santa Missa em sua forma extraordinária, o celebrante, o diácono e subdiácono o portam sobre o antebraço esquerdo. É possível que este paramento derive de um lenço (mappula) utilizado pelos romanos amarrado ao braço esquerdo.
  • 20. Uma vez que era utilizado para enxugar as lágrimas e o suor da face, escritores eclesiásticos medievais atribuíram ao manípulo um simbolismo associado às fadigas do sacerdócio. Esta leitura também está presente na oração de sua vestidura: “Fazei, Senhor, que mereça trazer o manípulo do pranto e da dor, para que receba com alegria a recompensa do meu trabalho”
  • 21. O jugo do Senhor simbolizado pela casula
  • 22. • Finalmente, veste-se a casula ou planeta, a vestimenta característica daqueles que celebram a Santa Missa. Os livros litúrgicos usavam as duas palavras, em latim casula e planeta, como sinônimos. Enquanto o nome planeta foi usado em particular em Roma e acabou por permanecer na Itália, o nome casula deriva da forma típica da vestimenta, que originalmente circundava todo o corpo do ministro sagrado que a portava. O uso da palavra “casula” também é encontrado em outros idiomas: "Casulla”, em espanhol, “Chasuble” em francês e em Inglês, "Kasel" em alemão. Oração para vestidura da casula remete ao convite de Cl 3,14: “Sobretudo, revesti-vos do amor, que une a todos na perfeição”. E, de fato, a oração com a qual se veste a casula cita as palavras do Senhor contidas em Mateus 11,30: • “Senhor, que dissestes: O meu jugo é suave e o meu peso é leve, fazei que o suporte de maneira a alcançar a Vossa graça. Amém”
  • 23. Ensina-nos, a este propósito, o Santo Padre: "Carregar o jugo do Senhor significa, antes de tudo, aprender d’Ele. Estar sempre dispostos a ir à Sua escola. Dele devemos aprender a mansidão e a humildade, a humildade de Deus que se mostra no Seu ser homem. O Seu jugo é o de amar com Ele. Quanto mais amarmos, e com Ele nos tornarmos pessoas que amam, tanto mais leve se tornará para nós o Seu jugo aparentemente pesado".
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27. a) Vem de Pluviale = capa de chuva. b) Deriva da capa clerical e monástica dos séculos VIII e IX. b) Capa que chega até os pés, aberta na frente, com fecho junto ao pescoço. c) Usada na benção eucarística , procissões, funerais, celebração do matrimônio. O bispo usa quando administra a confirmação. d) Deve ser usado sobre a alva ou a sobrepeliz. e) Não tem um caráter sacro próprio, distinguindo à pessoa e à solenidade.
  • 28.
  • 29. a) Túnica comprida com mangas curtas e largas, posta sobre a alva e a estola. b) É a veste própria do diácono , podendo ser usada também pelo bispo ou abade, debaixo da casula , seguindo a cor litúrgica . c) Veste oriunda da Dalmácia . No séc. II "era o vestido das classes nobres, sendo adotada para o uso litúrgico no séc. IV Os nobres a usavam em cerimônias religiosas indicando a realeza como serviço da divindade na Terra. d) Foi adotada pelos patriarcas de Constantinopla .
  • 30. a) Pano com o qual cobre o ombro do sacerdote enquanto concede a benção eucarística ou translada o Ssmo. Sacramento. b) Possui estreita relação com o ato de cobrir o Sagrado como se faz com a Torá na sinagoga. c) Foi posto em uso a partir do século VIII.
  • 31. a) Chapéu preto com 3 pontas, significando que o sacerdote é graduado nas ciências divinas. b) Significa, também, a Santíssima Trindade. c) Sua utilização vem desde a Idade Média d) e hoje seu uso é opcional, caindo já em desuso.
  • 32.
  • 33. Na linguagem litúrgica, ao mesmo tempo, o véu vela e revela realidades que só são compreendidas à luz da fé : a) Véu do sacrário : Quase desapareceu. É sinal de respeito, que vela e revela o mistério da Eucaristia contido no sacrário . b) Véu do cibório : Não prescrito em rubrica, mas expressão do calor humano diante do frio metal e de mistério. c) Véu do cálice: Previsto pela rubrica, mas após Vaticano II insiste em não se usar.
  • 35. • Para entendermos as vestes do sumo pontífice precisamos, primeiro, ter em mente que se tratam das vestes de um bispo; • assim, as vestes são simplesmente episcopais ou vestes episcopais modificadas, específicas do papa. • São poucas as vestes que fogem totalmente a isso, isto é, que não encontram uma analogia nas vestes dos bispos.
  • 36. • O Santo Padre como qualquer clérigo faz uso do hábito talar. • Ainda que ele não seja obrigado pelo direito (pois está acima dele), faz uso da batina em todos seus momentos, • até mesmo aqueles em que ele não está propriamente tratando de assuntos eclesiásticos. • A batina do Sumo Pontífice é branca. HÁBITO COTIDIANO
  • 38. • como as demais batinas possui três pregas na parte de trás e dos lados, • possui uma fileira de botões na frente com 33 botões e 5 botões em cada um dos punhos. • A batina do papa consta com o tradicional colarinho romano. • A batina é acompanhada ainda por uma pequena capa sobre os ombros, aberta à frente que se chama peregrineta. • Todavia, não é costume que seja usada quando o papa não tem que fazer aparições publicas, assim como a batina preta sem debruns* dos bispos não costuma apresentá-la também. • Talvez por esse motivo o Papa Emérito não fará mais uso da mesma, conforme informou a alguns dias o porta-voz do Vaticano.
  • 39. • Por ser bispo, o papa faz uso ainda de cruz peitoral. • Esta para acompanhar o hábito talar é presa em corrente dourada simples. • Sobre a cabeça o papa porta o solidéu branco; • A corrente com a cruz é presa em um dos primeiros botões na frente da batina.
  • 40. ANEL EPISCOPAL • Todos os Papas eleitos devem usar este anel que representa a sua fidelidade à Igreja Católica e seu múnus de pontíficie. O anel de ouro apresenta um baixo- relevo de Pedro pescando de um barco, . • Através dos séculos, foi demonstração de respeito ao Papa ajoelhar-se e beijar o Anel do Pescador, tradição que continua até a atualidade. • O Anel do Pescador era usado como um sinete até 1842 para selar documentos oficiais assinados pelo Papa.
  • 41. • Após uma morte papal, o anel é cerimoniosamente esmagado na presença de outros cardeais pelo Camerlengo*, a fim de evitar documentos falsos durante a Sé Vacante. • Em caso de renúncia papal, o relevo do anel é raspado. • Um novo anel é fundido com o ouro do último anel para cada Papa. • Ao redor da imagem está escrito em alto relevo o nome do respectivo Papa em Latim. • Durante a cerimônia de Tomada Papal, o Decano do Colégio dos Cardeais coloca o anel no quarto dedo da mão direita do novo Papa.
  • 42. • O primeiro registro do uso do anel do Pescador, foi pelo Papa Clemente IV, que o utilizou como um selo na carta para seu sobrinho Pedro Grossi em 1265, que foi usado para fechar toda a correspondência privada, pressionando o anel no lacre de cera vermelha derretida em um envelope. • Os documentos públicos, pelo contrário, são selados pelo Brasão papal. • Esses documentos foram historicamente chamado bulas papais, carimbadas com chumbo. • A utilização do Anel do Pescador foi alterada durante o século XV, quando foi usada para selar documentos oficiais. • Essa prática foi abolida em 1842, quando a cera para a impressão do anel foi substituída por um carimbo com tinta vermelha.
  • 43.
  • 44. • Ainda assim, as antigas fivelas e qualquer outro enfeite foram abolidas. • Historicamente, a cor vermelha dos múleos papais simboliza o sangue dos mártires e a completa submissão do papa à autoridade de Jesus Cristo; • usá-la no corpo significa estar disposto ao sacrifício. • Desde a Antiguidade, essa cor é restrita à nobreza da Igreja. • O Papa João Paulo II ignorou a tradição durante o seu mandato, numa tentativa de amenizar a hierarquia entre os membros da Igreja. • Ele usava sapatos marrons, como os dos bispos e cardeais. • Bento XVI, no entanto, retomou o uso dos sapatos vermelhos, que são conhecidos como múleos.* SAPATOS PRETOS OU MÚLEOS
  • 45.
  • 47. • A Tiara papal, Tríplice Tiara ou Tiara Tripla (em latim: Triregnum) é a "coroa papal, • uma rica cobertura para a cabeça, ornamentada com pedras preciosas e pérolas, que tem a forma de uma colméia, possui uma pequena cruz no ponto mais alto, e também é equipada com três diademas reais". • Os papas recebiam a tiara na cerimônia de coroação após sua eleição, que inaugurava seu pontificado, • e uma que vez que a "tiara é um ornamento não- litúrgico (...)", a partir daí era usada apenas em "procissões papais, e solenes atos de jurisdição", • sendo que "o papa, como os bispos, veste uma mitra pontifícia nas funções litúrgicas". • O último papa a portar a tiara foi Paulo VI em 1963, desde então, os papas seguintes optaram por não usá- la.
  • 48. • Embora os papas não utilizem mais a tiara, na heráldica* eclesiástica ela continua sendo um símbolo proeminente** do papado, • sendo que os brasões dos papas e do Vaticano combinam uma tiara com as chaves cruzadas de São Pedro, normalmente amarradas com uma corda.
  • 49. • Uma ínfula (infulæ) é uma tira de tecido bordada e decorada. • As ínfulas eram uma característica tradicional da chapelaria da mulher até ao início do século XX, e eram fortemente associadas com a religião. • No catolicismo, na ortodoxia e no anglicanismo a mitra de um bispo também tem duas ínfulas ligadas, posicionadas nas suas costas. • O uso mais famoso das ínfulas ocorre na tiara papal. • Ínfulas na tiara papal • Cada tiara papal desde o início da Idade Média continha duas ínfulas ligadas. • Suas origens são desconhecidas, embora sejam, obviamente uma imitação das ínfulas da mitra dos bispos. • Inicialmente as ínfulas eram de cor preta, • As ínfulas papais das tiaras tradicionalmente eram muito decoradas, com costura em fio de ouro intrincada. * ÍNFULA
  • 50. • A greca é uma peça que cobre toda a batina, • possuindo duas fileiras de botões na parte da frente e manga pouco mais largas que a batina, para que se possa vestir sobre a batina. • A greca papal é inteiramente branca. • Pelo próprio formato da vestes, dispensa-se o uso da peregrineta , quando se faz uso da greca. GRECA
  • 51. • Uma outra veste que é vestida sobre a batina é o mantel. • O mantel é uma capa longa, aberta à frente e munida de uma pequena peregrineta. • Diferentemente da greca, o mantel do sumo pontífice é confeccionado na cor vermelha. • O uso da peregrineta da batina não se mostra inconveniente quando usado junto ao mantel. MANTEL
  • 52. • Para proteger do sol, o santo padre pode fazer uso do capelo. Um chapéu simples, confeccionado na cor vermelha com detalhes dourados, usado sobre o solidéu.
  • 53. • Além do hábito quotidiano, uma outra qualidade de vestes usadas pelos clérigos são as vestes corais. • As vestes corais de maneira geral são vestes usadas para se assistir os ritos litúrgicos • ou ainda para tomar parte em ritos litúrgicos menos solenes como Hora Média ou Ofício das Leituras. • O Papa faz um uso mais constante de tais vestes, para algumas atividades sociais exteriores à liturgia • como para receber chefes de Estado em audiências privadas, • para as bênçãos Urbi et Orbi e também para rezar o Angelus em algumas ocasiões particulares, como na Epifania do Senhor VESTES CORAIS
  • 54. Murça vermelha sem arminho Murça vermelha com arminho
  • 55. • Sobre a murça o papa coloca a cruz peitoral em cordão enfeitado de cor dourada. • Na cabeça o papa usa o solidéu branco. • É possível também fazer uso do capelo sobre o solidéu junto às vestes corais. • Uma substituição, por vezes, realizada é o uso do camauro em vez do solidéu. • O camauro (do latim camelaucum, do grego kamelauchion, significa "chapéu de pele de camelo") é uma espécie de gorro usado tradicionalmente pelo Papa, no período do inverno. • Os camauros são vermelhos com bordas brancas de arminho. • Bastante utilizado durante a Idade Média, caiu em desuso nos tempos modernos, sendo reintroduzido pelo Papa Bento XVI em 2005. • Antes de Bento XVI, o último papa a aparecer em público com o camauro foi o Papa João XXIII
  • 56. • Sobre as vestes corais o papa faz uso, por vezes, da Estola pontifícia. É uma estola cor de vinho bordada em dourado, que simboliza o poder supremo do sacerdote; • A estola é geralmente curta, apresenta um pequeno cordão dourado que liga as duas partes da estola. • Ela é geralmente no formato "boca de sino" com as extremidades um pouco alargadas e franjas nas pontas. • É comum que durante o tempo pascal a estola seja branca. • Quando está com esta roupa, o Papa usa um manto vermelho nos ombros, que é chamado de mozeta, e simboliza a autoridade espiritual.
  • 57. O Sumo Pontífice não faz uso do báculo, mas da férula que é uma haste munida de uma cruz na extremidade. Férula (do latim Férula: cana, haste, varinha) é uma cruz com haste usada pelo papa no lugar do báculo, todas as vezes que a função litúrgica exige. O papa nunca usou o báculo pelo fato de sua voluta* significar limitação de poder, o que, obviamente, não se aplica ao Soberano Pontífice. FÉRULA
  • 58. • A Férula é símbolo de governo e correção. • Primitivamente, os papas recebiam na sua cerimônia de posse solene, costume que subsistiu até o século XVI. • Depois, passaram a usá-la sem ato de recepção. • O Papa Bento XVI não retomou a férula de João XXIII, como afirmam alguns progressistas; mas, sim a de Pio IX. • Em algumas cerimônias, como na abertura da Porta Santa, os papas fazem uso de uma espécie de cruz processional com três braços, a chamada Cruz Papal, que alguns autores chamam de Hierofante.
  • 59. • Os momentos litúrgicos da Missa nos quais o Papa porta, na mão esquerda, a férula são: • Procissão de entrada. • Proclamação do Evangelho. • Homilia. • Eventuais ritos sacramentais. • Procissão de saída
  • 60. • Ainda que a férula usada por Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II fosse acinzentada e munida da figura do crucificado, • o comum é que seja dourada e não possua a imagem do Cristo, • como era a férula de Pio XI e Pio XII que Bento XVI usou durante certo tempo e também aquela confeccionada exclusivamente para ele.
  • 61. A mitra na cabeça, representa a santidade perante Deus. A mitra papal possui a mesma estrutura das episcopais: duas cúspides costuradas munidas de duas ínfulas na parte de trás. Quando a mitra é ornada, em nada se difere do que um bispo poderia usar; a mitra simples, porém, que é completamente branca para os outros mitrados, possui uma borda na cor dourada em ambas as faces da mitra para o sumo pontífice, também as franjas das ínfulas que são vermelhas para os demais clerigos são douradas na mitra simples papal. MITRA PAPAL
  • 62. • O pálio usado pelo papa era idêntico ao usado pelos arcebispos durante o pontificado de João Paulo II. • Bento XVI, porém, modificou levemente o modelo do pálio papal, em vez de cruzes pretas, • o pálio do sumo pontífice passou a apresentar cruzes vermelhas em mesmo numero e posição dos palios dos metropolitas, • isto é, 6, uma de cada lado, duas à frente e duas nas costas. PÁLIO
  • 63. • Atualmente, o Papa concede o pálio somente aos arcebispos metropolitanos cujo pedido deve ser feito ao Papa como estabelecido pelo cânone n. 437 do Código de Direito Canônico . Por isso, denomina-se pálio arcebispal. • Faz sentido que o Papa use pálio distinto daqueles por ele conferidos aos arcebispos, como o fez recentemente Bento XVI: pálio mais comprido, com as seis cruzes em vermelho, e faixas pendentes com pontas de seda preta.
  • 64.
  • 65. • O pálio só pode ser usado nas celebrações litúrgicas. • O Papa pode usá-lo em qualquer parte do globo, em razão do poder de jurisdição universal que ele detém. • O Arcebispo pode usá- lo em todas as igrejas da província eclesiástica por ele presidida, porém não fora do território da província.
  • 66. • O pálio é confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma. • É feito com lã branca de cordeiros, que são ofertados anualmente ao papa pelas jovens romanas, na festa de Santa Inês (21 de janeiro).
  • 67. • Os pálios, em número correspondente aos novos arcebispos metropolitanos, são abençoados pelo Papa nas Primeiras Vésperas da Solenidade de São Pedro e São Paulo • e são conservados em uma urna especial no Altar da Confissão da Basílica Vaticana (onde estão as relíquias do Apóstolo São Pedro). • E, no dia seguinte, na celebração da solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo (29/6), • são impostos (entregues) aos arcebispos pelo Papa.
  • 68.
  • 69. • É o símbolo do poder dos arcebispos metropolitanos dentro da chamada província eclesiástica (agrupamento de dioceses vizinhas) e de comunhão com o Papa. • É pessoal e intransferível. • Se o Arcebispo mudar para outra sede metropolitana, necessitará de novo pálio. • O Papa concede também o pálio ao Patriarca Latino de Jerusalém.
  • 70. • O simbolismo do pálio é significativo. Tecido com lã de cordeiro simboliza a ovelha perdida. • Posto o pálio sobre os ombros simboliza o pastoreio, ação própria do pastor: • carregar a ovelha frágil, doente.
  • 71.
  • 72. FANON
  • 73. Um outro paramento que é usado junto ao pálio é o fanon. O fanon é como que uma pequena capa com listras nas cores vermelha e dourada que representa a autoridade do Romano Pontífice, tanto no ocidente como no oriente. O fanon simboliza o escudo da fé que protege a Igreja Católica, representada pelo Papa. As listras verticais de duas cores, branco e dourado, unidas pela linha vermelha, indicam a unidade e a indissolubilidade das Igrejas Latina e Oriental. O círculo inferior, que fica oculto sobre os paramentos, representa a “Antiga Lei” e o círculo visível, sobre a casula, representa a “Nova Lei” dada por Jesus.*
  • 75. • O Umbraculum (do latim umbra "sombra" no sol, guarda-sol) também chamado ou Conopeu Basilical • - é uma insígnia e peça histórica dos Papas outrora usado diariamente, para fornecer sombra para o papa. • É utilizada na Igreja contemporânea em todas as basílicas de todo o mundo. • Quando o papa eleva uma igreja ao grau de Basílica, o umbraculum é obrigatoriamente usado, como a principal insígnia. • É uma espécie de guarda-sol que alterna listas em ouro e vermelho, as tradicionais cores do pontificado. • Não se trata de peça decorativa, mas de uso nas procissões.
  • 76. • Esta insígnia é usada - sempre semi-fechada ("semichiusa") - junto a outras duas: • o Tintinábulo, que possuí um pequeno sino - antigamente utilizados para anunciar a chegada do Papa a uma Basílica, que muitas vezes era em montaria • e a Virga Rubra, uma espécie de vara vermelha arrematada por ornatos de prata. • O umbraculum faz parte do escudo de armas da Sede Vacante, ou seja, o período entre o falecimento ou renúncia de um Papa e a eleição do seu sucessor. • Foi usado primeiramente dessa forma como um emblema em moedas cunhadas em 1521. • O brasão de armas do Camerlengo é ornamentado com um par de chaves de ouro e prata cobertos por um umbraculum.
  • 77. • Papamóvel é um nome informal atribuído ao veículo especialmente fabricado para a locomoção do papa durante suas aparições públicas. Este veículo, actualmente com vidros blindados, substituiu a tradicional cadeira gestatória. PAPA MÓVEL
  • 79. • A Cadeira Gestatória ou Sédia Gestatória: é um trono portátil usado para se carregar os Papas. Era carregada por doze homens Era carregada por doze homens (sediários ou palafreneiros), que usavam opas e librés de brocados vermelhos. Dois grandes leques (flabelos) feitos com penas de avestruz eram carregados ao lado da sede gestatória, sendo estes leques já mencionados nas Constitutiones Apostolicae (VIII, 12). • Para além do Papa também o Patriarca de Lisboa tem o privilégio da Sedia Gestatória (privilégio único no mundo), a ser usada unicamente como Trono Pontifical. A Sedia Gestatória e os leques de avestruz outrora usados pelos Cardeais-Patriarcas de Lisboa podem ser actualmente observados no Museu do Cabido da Sé Catedral Metropolitana Patriarcal de Lisboa.
  • 80.
  • 81. • O último papa a usá-la foi o Papa João Paulo I, por ocasião do início de seu pontificado, para que a multidão pudesse vê-lo melhor, embora posteriormente tivesse abandonado seu uso, deixando aos seus sucessores o direito de decidir ou não a sua reintrodução (tal como com o uso ou não da Tiara papal). Nos últimos anos de pontificado de João Paulo II e devido ao crescente declínio da sua saúde, foi usada uma plataforma sobre rodas para transportar este Papa. • Muito recentemente, ao ser consultado por membros da Corte Pontifícia sobre uma possível reintrodução da Sedia Gestatória, o Papa Bento XVI revelou não ser sua intenção voltar a usá-la, enquanto tiver saúde para caminhar. • A Sédia Gestatória é atualmente substituída pelo "Papamóvel".

Notas do Editor

  1. Capacete que protegia a cabeça nas armaduras medievais
  2. *Fita, tira de pano que se cose dobrada sobre a orla de um tecido de modo a formar uma guarnição em relevo,
  3. *cardeal que desempenha as funções do papa, interinamente, e governa a Igreja católica entre a morte de um pontífice e a eleição do seu sucessor.
  4. Na Roma antiga, os múleos eram os calçados (scilicet calceus) - tipo borzeguim ou coturno - usados pelos patrícios e pelos senadores que tivessem exercido alguma magistratura curul, ou seja, de primeira ordem. Uso Papal[editar] A cor vermelha dos múleos papais simboliza o sangue dos mártires e a completa submissão do papa à autoridade de Jesus Cristo. Os múleos papais são sempre feitos à mão, com cetim, veludo ou couro vermelhos; os cadarços, quando presentes, são de ouro e as solas feitas do couro. Assim como os nobres, o papa também usava calçados distintos quando em ambiente interno ou externo. No primeiro caso, os calçados eram feitos de veludo ou seda vermelhos, decorados com galões de e uma cruz ouro na pala. Ao ar livre, os papas usavam sapatos vermelhos lisos, feitos com couro do Marrocos, mas, também, com a cruz de ouro na pala, por vezes ornada com rubis. Primitivamente, esta cruz era grande, atingindo as bordas do sapato. No século VIII, suas extremidades foram encurtadas. Quando este calçado era feito com uma sola muito fina, era chamado pantofola levis. Papa Bento XVI usando múleos. O chapéu papal - chamado saturno, o manto - chamado tabarro, a murça ou mozeta, a estola pontifícia, o camauro e os múleos, são os únicos trajes papais vermelhos que restaram. Desde Pio V, os papas têm usado indumentárias quase que exclusivamente brancas. Durante a oitava da Páscoa, no lugar da murça vermelha, os papas se servem de uma mozeta de setim adamascado branco e , antigamente usavam sapatos branco, durante esta semana. Em 1958, o Papa João XXIII acrescentou fivelas de ouro aos seus múleos, ficando então muito parecidos aos sapatos que os cardeais usavam, fora de Roma. O Papa Paulo VI retirou a cruz de ouro dos múleos e aboliu a cerimônia do beija-pés. Giácomo Casanova escreveu sobre sua experiência numa destas cerimônia de beija-pés em sua "Histoire de miliampère vie". Contudo, Paulo VI manteve a fivela em seus sapatos, tal qual pode ser visto em sua histórica visita a Jerusalem, em 1964. Em 1969, Paulo VI aboliu as fivelas de todos os sapatos eclesiásticos, que eram, até então, obrigatórias na corte papal e para todos os prelados. Ele também abandonou o uso dos sapatos de veludo e a murça e os sapatos pascais. Desde então os papas vem usando múleos vermelhos lisos. João Paulo II alternou o uso de múleos de tons vermelho sangue com outros de vermelho mais escurecido, sendo que os seus sapatos eram todos confecionados na Polônia. O Papa Bento XVI sempre usou os múleos vermelhos tradicionais. Já o Papa Francisco optou por não usar os múleos, usando sapatos inteiramente pretos.
  5. *Arte do estudo dos brasões **Que sobressai, que se eleva, que é superior
  6. embaraçado
  7. Ornamento em forma de espiral
  8. O fano ou fanhão (do latim pannus: tecido, e este de fanon, antiga palavra germânica: pano) é uma veste reservada ao papa, para uso na missa pontifical. Índice  [esconder]  1 Forma 2 História 3 Matéria e forma 4 Simbolismo 5 Ligações externas Forma[editar] O fano é uma espécie de pequena capa de ombros, como uma dupla murça (mozeta) ou camalha de seda branca com listras douradas e avivada de vermelho. Ela consiste de dois círculos de tecido, com uma abertura no centro, para dar passagem à cabeça. Os círculos são presos um ao outro, por esta abertura, ficando as bordas livres. No círculo inferior, que é ligeiramente menor, há uma fenda vertical, para permitir a perfeita passagem da cabeça. Na parte anterior, do círculo superior há uma cruz bordada a ouro. O modo de se colocar o fano é o mesmo usado para se por o amicto, na Idade Média, e até hoje. Seu uso é o seguinte: depois do diácono ter revestido o papa com a alva, o cíngulo, o subcintório e a cruz peitoral; ele pega o fano pela abertura, passa o círculo inferior pela cabeça do papa, e o ajusta nos ombros, girando a abertura para trás. O círculo superior é mantido sobre a cabeça. A seguir o papa recebe a estola, a dalmática e a casula e o círculo superior é baixado sobre estes paramentos, cobrindo os ombros do pontífice, como um colar. Por cima do fano, é colocado o pálio. História[editar] O fano é citado no Ordo Romanus mais antigo, já sendo usado no século VIII. Era então chamado anabologium ou anagologium, não sendo neste período, reservado exclusivamente ao papa. não se pode afirmar a data exata. A partir do fm do século XII, o fano passou a ser de uso exclusivo do papa, por determinação expressa de Inocêncio III. Foi então chamado oral, sendo chamado fano, apenas no século seguinte. Mas, desde o século VIII, o papa só usou o fano na missa solene. O uso atual, pelo qual o papa é revestido com amito sob a alva e depois o fano surgiu no fim da Idade Média. O fano, apesar de pouco usado, nunca foi abolido, sendo que o Papa João Paulo II o usou por algumas vezes. O Papa Bento XVI fez uso deste paramento, na cerimônia de canonização do dia 21 de outubro de 2012. Por privilégio único no mundo, era também usado pelos Patriarcas de Lisboa. Matéria e forma[editar] Não há nenhuma informação quanto à forma do fano e do material de que foi feito, em épocas remotas. No fim da idade Média era feito da seda branca, como demonstra o inventário de 1295, do tesouro papal, bem conhecido pelos numerosos trabalhos de arte. A ornamentaçã preferida do fano eram as listras estreitas do ouro e de alguma cor, especialmente vermelho, tecidas na seda. Depois do século XV, o fano passou a ter forma quadrada; a atual forma de colar parece ter surgido no século XVI.
  9. Sede gestatória Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Foto digitalizada do Papa Pio XII usando a sedia gestatoria em 1939, juntamente com a tiara papal e o mantum, os paramentos pontíficios mais proeminentes. A Sedia Gestatória (do latim sedes gestatoria; "cadeira para transporte", "liteira") é um trono portátil usado para se carregar os Papas. Muitas vezes fala-se em italiano: sedia gestatoria. Este trono consiste em uma cadeira de braços, ricamente adornada, coberta de seda vermelha e ornatos de ouro (as cores de Roma), com o brasão do papa reinante, apoiada num supedâneo, com dois anéis dourados de cada lado por onde passam duas varas. Era carregada por doze homens (sediários ou palafreneiros, em italiano: sediari ou palafrenieri), que usavam opas e librés de brocados vermelhos. Dois grandes leques (flabelos) feitos com penas de avestruz eram carregados ao lado da sede gestatória, sendo estes leques já mencionados nas Constitutiones Apostolicae (VIII, 12). Para além do Papa também o Patriarca de Lisboa tem o privilégio da Sedia Gestatória (privilégio único no mundo), a ser usada unicamente como Trono Pontifical. A Sedia Gestatória e os leques de avestruz outrora usados pelos Cardeais-Patriarcas de Lisboa podem ser actualmente observados no Museu do Cabido da Sé Catedral Metropolitana Patriarcal de Lisboa. O último Patriarca a usá-la foi o célebre Cardeal Cerejeira, que pontificou entre 1929 e 1971, em sinal de obrigação hierárquica visto que o Papa não usava a sua. Origem e Evolução[editar] Pintura do Papa Pio VII usando a sedia gestatoria de Horace Vernet. A sedia gestatoria do Papa Pio VII, atualmente em exposição no Palácio de Versailles. O costume de se carregar os vencedores de batalhas sobre seus escudos é imemorial. É muito antiga a tradição de se carregar, triunfalmente, os papas logo que eleitos, e mesmo alguns bispos até a sua igreja; e pode ser comparada ao uso da sede curul (Sedis Curulis), da antiga Roma, onde eram carregados os cônsules recém-eleitos, através da cidade. Enódio, bispo de Pávia, falecido em 521, diz: "Gestatoriam sellam apostolicae confessionis" (Apologia pro Synodo - P.L., LXIII, 206; "Corpus Script. eccl.", VI, Viena, 1882, 328): ), referindo-se à Cátedra de São Pedro, ainda hoje conservada na abside da Basílica Vaticana, uma poltrona de madeira, com braços, móvel, decorada com machetaria de marfim, com dois anéis na parte inferior de cada lado. A sede gestatória foi usada principalmente para carregar os Papas, por aproximadamente um milênio, em cerimônias solenes na Basilica de São João de Latrão e na Basílica de São Pedro no Vaticano. Quando o Papa deveria carregar o Santíssimo Sacramento uma mesa era ajustada e o trono retirado ficando o Papa ajoelhado num genuflexório. Terminação de uso[editar] O último papa a usá-la foi o Papa João Paulo I, por ocasião do início de seu pontificado, para que a multidão pudesse vê-lo melhor, embora posteriormente tivesse abandonado seu uso, deixando aos seus sucessores o direito de decidir ou não a sua reintrodução (tal como com o uso ou não da Tiara papal). Nos últimos anos de reinado de João Paulo II e devido ao crescente declínio da sua saúde, foi usada uma plataforma sobre rodas para transportar este Papa. Muito recentemente, ao ser consultado por membros da Corte Pontifícia sobre uma possível reintrodução da Sedia Gestatória, o Papa Bento XVI revelou não ser sua intenção voltar a usá-la, enquanto tiver saúde para caminhar. A Sédia Gestatória é atualmente substituída pelo "Papamóvel".
  10. *