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• Um último
componente
importante da
celebração litúrgica
em geral e para a
consciente e
frutuosa
participação no
Ofício das Horas
em particular é o
silêncio.
SILÊNCIO
• Na Igreja, já na Antiguidade era feito um
silêncio após cada salmo, para refletir sobre o
seu conteúdo (antes da oração sálmica).
• O Vaticano II fala de um "silêncio sagrado" na
Liturgia.
• Um liturgista como Brault afirma que "nada
mais contrário à entrada num ritmo e na oração
litúrgica que a ausência do silêncio".
• Mas que silêncio? Não um silêncio pobre e vazio. Mas
um silêncio rico e pleno.
• Não uma reflexão racional. Um tempo de
interiorização contemplativa. De ruminação e
degustação da mensagem rezada.
• De apropriação, de personalização das mensagens
expressadas pela Palavra, de cultivo dos sentimentos
por ela despertados, ou de resposta comprometida
aos questionamentos ou apelos por ela feitos.
• A IG215 fala algo semelhante ao
referir-se à função desse
silêncio na reza do Ofício:
• Conforme ela, o silêncio deve
ser feito "para facilitar a plena
ressonância da voz do Espírito
Santo nos corações,
• e para unir mais estreitamente
a oração pessoal com a Palavra
de Deus e com a voz pública da
Igreja".
• Em que momentos podem
ocorrer tais pausas?
• Após cada salmo e sua antífona,
sobretudo se, depois do silêncio,
se acrescentar a oração sálmica.
• Depois da leitura ou da homilia
que se pode fazer após a leitura.
• Antes ou depois do responsório.
• Nas preces, depois de o
dirigente dizer as duas partes da
invocação.
• Convém fazer também breve pausa
respiratória entre um e outro
versículo dos salmos, para quebrar
a rotina, evitar o atropelo e facilitar
a oração meditada.
• Mas os espaços silenciosos devem
ser intercalados com critério, e
devem ser breves, de modo a não
interromper o ritmo da celebração,
a não criar inadmissíveis
fracionamentos em partes que
devem permanecer unidas.
• Introdução
• No Salmo 119, versículo 164, o autor diz:
• "Eu vos louvo sete vezes cada dia, porque justos são
os vossos julgamentos ".
• O sentido autêntico de septies (septies in diem
laudem dixi tibí) não era literalmente "sete", mas
"muitas vezes".
• Os primeiros monges desconheciam isso. Tomando o
sentido literal do texto, passaram a rezar as sete horas
canônicas que vieram a constituir os vários momentos
da reza do Oficio Divino cristão.
AS HORAS
as sete horas
canônicas
vieram a
constituir os
vários
momentos da
reza do
Oficio Divino
cristão.
• Mas como, biblicamente, o número sete tem a
conotação de plenitude, a fixação de sete momentos de
oração litúrgica foi também traduzido, na Igreja, como
uma vontade de estabelecer clara referência a Deus em
cada uma das horas do dia.
• "O hebraico bíblico não tem palavra para designar hora,
e parece que os israelitas não empregavam esse modo
de calcular o tempo.
• Na época do Novo Testamento, entretanto, os judeus
empregavam a divisão grega e romana do período
diurno em 12 horas, que eram calculadas de um modo
aproximativo e variavam em duração de acordo com a
duração variável da luz do dia"
• Assim, por exemplo, a terceira
hora correspondeu às nossas 9
horas; a sexta, às nossas 12
horas; e a nona. às nossas 15
horas.
• Conforme a "Tradição
Apostólica", de Santo Hipólito.
já no século III, se fala de sete
momentos de oração:
• a oração da manhã, da terça,
da sexta, da nona, a oração da
tarde, da meia-noite e do
cantar do galo.
• São Bento estabeleceu como
horas de oração diurna as
Laudes, a Prima, a Terça, a
Sexta, a Nona, as Vésperas e as
Completas.
• As horas propostas hoje aos
cristãos são as das Leituras,
das Laudes, a Hora Menor ou
Média (Terça ou Sexta, ou
Nona), as Vésperas e as
Completas.
• Dentre elas, há uma
matização. A proeminência é
atribuída às Laudes e Vésperas.
• Aliás, já na voltado século II para o III, Tertuliano
considerava essas duas horas como legitimas,
• isto é, mandadas por lei, enquanto via particularmente
as Horas Menores como "comuns", quer dizer, não
obrigatórias.
• Na mesma linha, há autores, hoje, para quem seria
desejável que as Horas Menores fossem consideradas
não como oração litúrgica oficial, mas como oração
particular ou de devoção.
• A noite é tempo privilegiado para a oração.
• Bernal, falando particularmente da meia-noite
nas culturas rurais, diz que este "é o momento
em que a criação repousa e dorme.
• É como se toda a vida, que ferve pujante e
vigorosa ao longo do dia nas aldeias e nos
campos, se mostrasse agora dormente num sono
de paz e de espera.
• É então, no silêncio da noite, que os justos se
apressam em louvar ao Senhor e dar-lhe graças".
ORAÇÃO NOTURNA
• Na Escritura do Antigo Testamento há
referências à oração noturna.
• Jó fala de Iahweh como do "Deus que inspira
cantos de louvor durante a noite ".
• E o salmista proclama: "Alta noite, eu me
levanto e vos dou graças pelas vossas decisões
leais e justas ".
• E o caso dele não era isolado. A oração da
meia-noite era conhecida e praticada por
outros integrantes do povo hebreu.
• Mas não como hora oficial de oração.
• Tratava-se, antes, de uma prática particular, e de
uma prática realizada só por algumas pessoas de
profunda vida espiritual, e isso ainda de maneira
não habitual.
• Parece que a oração noturna era também
praticada em Qumrã.
• Os Evangelhos5 dão conta de Jesus passando "a
noite inteira em oração a Deus ".
• E, conforme o testemunho dos Atos 6, Paulo e
Silas cantavam os louvores de Deus a meia-noite.
• São Cipriano, falando "sobre a oração do Senhor",
lançava um convite:
• "Realizemos aqui o que somos destinados a ser.
• Já que no Reino nós gozaremos de um dia
permanente, sem interrupção da noite, vigiemos
aqui, à noite, como se fosse dia".
• Tertuliano recomenda a um jovem cristão não
casar com uma moça pagã. E qual o motivo que
alega? "O que vai ela dizer quando você levantar à
meia-noite para orar?“
• E São João Crisóstomo censurava as mães cristãs
por não despertarem os filhos para a oração da
meia-noite.
• O que, para o comum dos
cristãos, distinguia esta
oração das outras Horas,
era que estas,
particularmente a da
manhã e o do fim do dia,
eram, na Antiguidade,
comunitárias, enquanto que
a feita durante a noite era
privada, rezada
pessoalmente ou em
família.
• Os monges, juntamente
com as virgens, foram os
que contribuíram
decisivamente para
instaurar e manter esta
oração também como
oração oficial e comunitária.
• Para rezar regularmente de três em três horas,
dividiram a oração noturna em três etapas:
21,24 e 03 horas.
• E a estas ainda acrescentaram as Completas
antes de dormir, e a Hora Prima antes de iniciar
o trabalho do dia, hora depois desaparecida,
por passar a coincidir praticamente com as
Laudes.
• Essa reza do Ofício Noturno foi sempre uma das
"tarefas mais específicas" dos monges "na
história da Igreja".
• " Até hoje, "enquanto o mundo e a
criação inteira repousam e
dormem,
• esses grupos de homens e
mulheres expressam, no silêncio
da noite, a atividade vigilante da
Igreja, Esposa de Cristo, que
espera ansiosa e acordada, com as
lâmpadas acesas, a volta do seu
Senhor”.
• Ao longo da história, esta oração
recebeu vários nomes: Ofício da
meia-noite, Oficio da noite,
Noturnos, Vigílias, Oficio depois do
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As sete horas canônicas vieram a constituir os vários momentos da reza do Ofício Divino cristão

  • 1. • Um último componente importante da celebração litúrgica em geral e para a consciente e frutuosa participação no Ofício das Horas em particular é o silêncio. SILÊNCIO
  • 2. • Na Igreja, já na Antiguidade era feito um silêncio após cada salmo, para refletir sobre o seu conteúdo (antes da oração sálmica). • O Vaticano II fala de um "silêncio sagrado" na Liturgia. • Um liturgista como Brault afirma que "nada mais contrário à entrada num ritmo e na oração litúrgica que a ausência do silêncio".
  • 3. • Mas que silêncio? Não um silêncio pobre e vazio. Mas um silêncio rico e pleno. • Não uma reflexão racional. Um tempo de interiorização contemplativa. De ruminação e degustação da mensagem rezada. • De apropriação, de personalização das mensagens expressadas pela Palavra, de cultivo dos sentimentos por ela despertados, ou de resposta comprometida aos questionamentos ou apelos por ela feitos.
  • 4.
  • 5. • A IG215 fala algo semelhante ao referir-se à função desse silêncio na reza do Ofício: • Conforme ela, o silêncio deve ser feito "para facilitar a plena ressonância da voz do Espírito Santo nos corações, • e para unir mais estreitamente a oração pessoal com a Palavra de Deus e com a voz pública da Igreja".
  • 6. • Em que momentos podem ocorrer tais pausas? • Após cada salmo e sua antífona, sobretudo se, depois do silêncio, se acrescentar a oração sálmica. • Depois da leitura ou da homilia que se pode fazer após a leitura. • Antes ou depois do responsório. • Nas preces, depois de o dirigente dizer as duas partes da invocação.
  • 7. • Convém fazer também breve pausa respiratória entre um e outro versículo dos salmos, para quebrar a rotina, evitar o atropelo e facilitar a oração meditada. • Mas os espaços silenciosos devem ser intercalados com critério, e devem ser breves, de modo a não interromper o ritmo da celebração, a não criar inadmissíveis fracionamentos em partes que devem permanecer unidas.
  • 8. • Introdução • No Salmo 119, versículo 164, o autor diz: • "Eu vos louvo sete vezes cada dia, porque justos são os vossos julgamentos ". • O sentido autêntico de septies (septies in diem laudem dixi tibí) não era literalmente "sete", mas "muitas vezes". • Os primeiros monges desconheciam isso. Tomando o sentido literal do texto, passaram a rezar as sete horas canônicas que vieram a constituir os vários momentos da reza do Oficio Divino cristão. AS HORAS
  • 9. as sete horas canônicas vieram a constituir os vários momentos da reza do Oficio Divino cristão.
  • 10. • Mas como, biblicamente, o número sete tem a conotação de plenitude, a fixação de sete momentos de oração litúrgica foi também traduzido, na Igreja, como uma vontade de estabelecer clara referência a Deus em cada uma das horas do dia. • "O hebraico bíblico não tem palavra para designar hora, e parece que os israelitas não empregavam esse modo de calcular o tempo. • Na época do Novo Testamento, entretanto, os judeus empregavam a divisão grega e romana do período diurno em 12 horas, que eram calculadas de um modo aproximativo e variavam em duração de acordo com a duração variável da luz do dia"
  • 11. • Assim, por exemplo, a terceira hora correspondeu às nossas 9 horas; a sexta, às nossas 12 horas; e a nona. às nossas 15 horas. • Conforme a "Tradição Apostólica", de Santo Hipólito. já no século III, se fala de sete momentos de oração: • a oração da manhã, da terça, da sexta, da nona, a oração da tarde, da meia-noite e do cantar do galo.
  • 12. • São Bento estabeleceu como horas de oração diurna as Laudes, a Prima, a Terça, a Sexta, a Nona, as Vésperas e as Completas. • As horas propostas hoje aos cristãos são as das Leituras, das Laudes, a Hora Menor ou Média (Terça ou Sexta, ou Nona), as Vésperas e as Completas. • Dentre elas, há uma matização. A proeminência é atribuída às Laudes e Vésperas.
  • 13. • Aliás, já na voltado século II para o III, Tertuliano considerava essas duas horas como legitimas, • isto é, mandadas por lei, enquanto via particularmente as Horas Menores como "comuns", quer dizer, não obrigatórias. • Na mesma linha, há autores, hoje, para quem seria desejável que as Horas Menores fossem consideradas não como oração litúrgica oficial, mas como oração particular ou de devoção.
  • 14. • A noite é tempo privilegiado para a oração. • Bernal, falando particularmente da meia-noite nas culturas rurais, diz que este "é o momento em que a criação repousa e dorme. • É como se toda a vida, que ferve pujante e vigorosa ao longo do dia nas aldeias e nos campos, se mostrasse agora dormente num sono de paz e de espera. • É então, no silêncio da noite, que os justos se apressam em louvar ao Senhor e dar-lhe graças". ORAÇÃO NOTURNA
  • 15. • Na Escritura do Antigo Testamento há referências à oração noturna. • Jó fala de Iahweh como do "Deus que inspira cantos de louvor durante a noite ". • E o salmista proclama: "Alta noite, eu me levanto e vos dou graças pelas vossas decisões leais e justas ". • E o caso dele não era isolado. A oração da meia-noite era conhecida e praticada por outros integrantes do povo hebreu.
  • 16. • Mas não como hora oficial de oração. • Tratava-se, antes, de uma prática particular, e de uma prática realizada só por algumas pessoas de profunda vida espiritual, e isso ainda de maneira não habitual. • Parece que a oração noturna era também praticada em Qumrã. • Os Evangelhos5 dão conta de Jesus passando "a noite inteira em oração a Deus ". • E, conforme o testemunho dos Atos 6, Paulo e Silas cantavam os louvores de Deus a meia-noite.
  • 17. • São Cipriano, falando "sobre a oração do Senhor", lançava um convite: • "Realizemos aqui o que somos destinados a ser. • Já que no Reino nós gozaremos de um dia permanente, sem interrupção da noite, vigiemos aqui, à noite, como se fosse dia". • Tertuliano recomenda a um jovem cristão não casar com uma moça pagã. E qual o motivo que alega? "O que vai ela dizer quando você levantar à meia-noite para orar?“ • E São João Crisóstomo censurava as mães cristãs por não despertarem os filhos para a oração da meia-noite.
  • 18. • O que, para o comum dos cristãos, distinguia esta oração das outras Horas, era que estas, particularmente a da manhã e o do fim do dia, eram, na Antiguidade, comunitárias, enquanto que a feita durante a noite era privada, rezada pessoalmente ou em família. • Os monges, juntamente com as virgens, foram os que contribuíram decisivamente para instaurar e manter esta oração também como oração oficial e comunitária.
  • 19. • Para rezar regularmente de três em três horas, dividiram a oração noturna em três etapas: 21,24 e 03 horas. • E a estas ainda acrescentaram as Completas antes de dormir, e a Hora Prima antes de iniciar o trabalho do dia, hora depois desaparecida, por passar a coincidir praticamente com as Laudes. • Essa reza do Ofício Noturno foi sempre uma das "tarefas mais específicas" dos monges "na história da Igreja".
  • 20. • " Até hoje, "enquanto o mundo e a criação inteira repousam e dormem, • esses grupos de homens e mulheres expressam, no silêncio da noite, a atividade vigilante da Igreja, Esposa de Cristo, que espera ansiosa e acordada, com as lâmpadas acesas, a volta do seu Senhor”. • Ao longo da história, esta oração recebeu vários nomes: Ofício da meia-noite, Oficio da noite, Noturnos, Vigílias, Oficio depois do sono, Ofício do canto do galo, Matinas.