2. Cultura-valor é a mais antiga das três. Ela expressa a ideia de que é
possível ter ou não ter determinada cultura. É o caso, por exemplo,
dos brasileiros que dominam a língua francesa, latina ou alemã,
sendo, por isso, considerados cultos.
Cultura-alma coletiva é sinônimo de pertencimento a um local, a um
povo em específico. Nesse caso, estamos diante da noção de que
todas as pessoas, grupos e povos têm cultura e identidade cultural. É
nesse sentido, portanto, que falamos de cultura negra, chinesa ou
ocidental, sempre fazendo referência aos traços culturais que
possibilitam a identificação e a caracterização dos indivíduos que
constituem esses povos.
Cultura-mercadoria corresponde, à chamada “cultura de massa”. A
noção de cultura-mercadoria está ligada a bens, equipamentos e
conteúdos teóricos e ideológicos de produtos que estão à disposição
das pessoas que querem e podem comprá-los.
3. A dificuldade de aceitação da diversidade cultural em
uma sociedade ou entre sociedades diferentes ocorre
devido ao fato dos seres humanos tomarem seu
grupo ou sociedade como medida para avaliar os
demais. Em outras palavras, cada grupo ou
sociedade considera-se superior e olha com
desprezo e desdém os outros, tidos como estranhos
ou estrangeiros.
4. O objetivo dele era provar que a estrutura dos
mitos era idêntica em qualquer canto da Terra,
confirmando assim que a estrutura mental da
humanidade é a mesma, independentemente da
raça, clima ou religião adotada ou praticada.
Isso se aplica aos mitos, poderoso instrumento
simbólico para reger o sistema de parentesco,
regulando os matrimônios com a intenção de
preservar o tabu do incesto e regular a
sociedade.
5. Boas propôs o princípio do particularismo histórico. Como
sustentava que cada cultura continha e sua própria história
única. Ele via valor intrínseco na pluralidade das práticas
culturais no mundo e era profundamente cético com relação
a qualquer tentativa, política ou acadêmica, de interferir
nessa diversidade. Trata-se assim de compreender como se
formou a síntese original que representa cada cultura e que
faz a sua coerência. Cada cultura é dotada de um 'estilo'
particular que se exprime através da língua, das crenças, dos
costumes, também da arte, mas não apenas desta maneira.
6. Apolnínico, tanto homens como mulheres
eram de temperamento pacífico e nem os
homens nem as mulheres faziam a guerra.
Dionisíaco, a realidade era precisamente
o contrário: tanto homens como mulheres
eram de temperamento bélico.
7. Canclini explica que a arte, a comunicação, a
história, dentre outros setores de conhecimento,
fundem-se no contexto atual em sintonia com as
tecnologias comunicacionais. Tal fusão ainda é
presente em diversos outros aspectos da cultura
atual como a mistura entre o erudito e o popular,
fazendo uma nova concepção de seus conceitos.
Segundo ele, a cultura não tem mais local fixo,
origem específica, mas se espalha por diversas
regiões do planeta ao mesmo tempo.
8. Paideia significava o conjunto de conhecimentos que se
devia transmitir, que é a maneira de levar a criança ao
conhecimento.
Obras culturais - produtos físicos (livros, cds, quadros, etc)
Bens culturais - manifestações imateriais (peça de teatro)
Cultura erudita - marcada pela especialização técnica da
obra e assimilada pelas elites.
Cultura popular - surge de forma espontânea no seio do
povo e ligado as camadas mais simples da sociedade.
9. A ideologia possui o sentido de uma concepção
ilusória, necessária à dominação de classe, a qual
inverte/abstrai o conhecimento de uma realidade
tal como se oferece à nossa experiência, o que
impede que o ser se indague como essa
realidade foi concretamente produzida, tornando
esse alienado de suas possibilidades sociais.
10. A concepção particular da ideologia realiza suas análises de ideias em um
nível puramente particular, pois representa apenas ideias isoladas de
alguns grupos da sociedade.
A concepção total de ideologia consiste em atribuirmos ás formações
intelectuais como construções de um conhecimento que é o reflexo de um
estado social, historicamente fundamentado, que possui o objetivo de
justificar a ordem social vigente.
Utopias são as novas ideias frutos dos grupos sociais que sugerem
comportamentos ou ideias que visam romper com as ideologias vigentes.
11. Hegemonia significa direção suprema. É a supremacia intelectual
das elites sobre os grupos subalternos. A superioridade que esse
grupo tem sobre os demais, tornando-se assim um grupo
soberano na sociedade. Essa dominação se dá através da
coerção (violência) ou persuasão (ideias) no sentido de impor sua
visão de mundo a ser aceita pelas outras classes.
Contra hegemonia é a organização de uma visão de mundo feita
pelos grupos subalternos no sentido de resistir a dominação
burguesa. Ela é liderada pelo intelectual orgânico, que pode ser
uma pessoa física ou instituição, o qual tenha a capacidade de
organizar esse processo social.
12. A dominação também acontece na formação de
imagens e símbolos.
Pode acontecer entre diversos setores da
sociedade e não apenas entre classes sociais
(homens sobre mulheres, heteros sobre
homoafetivos e etc).
13. Em todos os ramos da indústria cultural existem produtos adaptados ao consumo
das massas, sendo por elas que as indústrias se orientam, tendo no consumidor
não um sujeito, mas um objeto. Este termo define as produções artísticas e
culturais organizadas no contexto das relações capitalistas de produção, uma vez
lançadas no mercado, é por estes consumidas.
A indústria cultural, segundo Adorno e Horkheimer consiste em “moldar” toda a
produção artística e cultural, de modo que elas assumam os padrões comerciais e
que possam ser facilmente reproduzidas. Dessa forma, as manifestações de arte
não são vistas somente como únicas, mas principalmente como “mercadorias”,
que incentivam uma reificação (ou transformação em coisa), e a alienação da arte
feita para poucos e carentes de uma visão crítica a respeito.
14. Com a era televisiva, o pensamento, que tem as suas
bases na palavra e na possibilidade de abstração (pré-
requisito para o homem político que tem de lidar o
tempo todo com conteúdos abstratos), se vê
substituído por uma forma de raciocínio que se dá pela
imagem. Para Sartori, os meios de comunicação usado
de forma massiva atrapalha o desenvolvimento
cognitivo das crianças.
15. Concorda com a dominação imposta pela
indústria cultural, mas relativiza-a.
Apesar da dominação ela trouxe a
democratização da arte nos últimos séculos.
Mesmo com a padronização da arte, em
alguns momentos surgem obras e artistas
que rompam com essa dominação
produzindo um senso artístico mais
reflexivo.