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Problemas de professores principiantes
INFORME DE INVESTIGAÇÃO DE EXPERIÊNCIA
PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA
NA CARREIRA
Joseane Amancio Pinto
Ana Maria Gimenes Corrêa Calil
joseane.amancio@hotmail.com
ana.calil@unitau.com.br
UNITAU – Universidade de Taubaté – Taubaté – SP - Brazil
Palavras-chave: Professores iniciantes - Aprendizagem da docência – Formação de
professores.
O início da carreira docente
O início da carreira docente configura-se como um período complexo e de
intensas aprendizagens e descobertas, em que o profissional docente adentra em uma
nova cultura e contextos escolares. Marcelo Garcia (1999, p.113) caracteriza esse
período como "o período que abarca os primeiros anos, nos quais os professores fazem a
transição de estudantes para professores", e acrescenta que é nesse período que os
professores vivenciarão grandes desafios, tensões, insegurança, medo e aprendizagens
necessários ao exercício da docência ao longo de sua carreira.
Segundo o autor, o período inicial da carreira normalmente ocorre num ambiente
desconhecido e destaca a insegurança e a falta de confiança em si mesmo como uma
característica deste período, por não sentirem-se preparados para enfrentarem a
realidade e superar os desafios da carreira, considerando que viam esse momento como
um sonho, com tudo ocorrendo na mais perfeita ordem. Entretanto, ao adentrarem a sala
de aula sentem-se como estrangeiros num país desconhecido, pois são diversas coisas
que necessitam gerir, tais como: manter a disciplina da sala; dominar os conteúdos a ser
ensinados; ensinar; se relacionar com os alunos e suas famílias; zelar pela parte
burocrática, entre outros, assim, sentem-se perdidos sem saber o que fazer,
desempenhando vários e novos papéis e agindo na imprevisibilidade, na urgência e na
emergência (Perrenoud, 2001).
Papi e Martins (2010, p.44), apontam ainda que é “no período de iniciação
profissional que o professor se defrontará com a realidade que está posta e com as
contradições que nem sempre estará apto a superar”, este é um momento bastante
peculiar para os docentes e muitas vezes de decepção, pois muito do que idealizou não
condiz com a realidade vivida no contexto escolar em que leciona e apresenta dificuldade
em exercer o ofício docente, em ensinar seus alunos, assim, vê o seu sonho se
transformar em frustração.
Segundo Marcelo; Vaillant (2009) aprender a ensinar não é tarefa fácil e alertam
que algumas competências são aprendidas somente na prática. Por isso é necessário ter
um cuidado especial no processo de inserção dos professores iniciantes, pois se a forma
como ocorre a inserção não for plausível às suas dificuldades, este momento poderá
causar sofrimento e desconforto e, consequentemente, ocasionar o desejo de abandonar
a profissão.
Daí a necessidade de dar voz aos professores iniciantes, para conhecer o que
sentem e percebem como necessário para ajudá-los a aprenderem a docência e
permanecerem na carreira. Mas vale ressaltar que a aprendizagem da docência ocorre
ao longo de toda a vida, e que são as vivências dessa fase inicial da carreira que irão
constituir o profissional docente que ele será ao longo da sua carreira.
A fim de investigar os sentimentos, as perspectivas e como se dá a aprendizagem
da docência com os professores iniciantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental
efetivados entre os anos de 2012 a 2014, foi realizada uma pesquisa qualitativa em uma
Rede Municipal de Ensino do Vale do Paraíba Paulista, por meio de grupo focal com 5
professores e questionário aplicado a 68, cujos resultados serão apresentados a seguir.
A aprendizagem da docência
Em meio às respostas dadas aos questionários e as discussões do grupo focal, as
participantes desta pesquisa revelaram que a formação inicial não deu a elas o aporte
necessário para ingressarem preparadas na carreira docente, por isso elas precisaram
suprir essa defasagem e buscar conhecimentos de outras formas, para enfrentarem os
desafios que surgem no cotidiano escolar. Em meio a tantas dificuldades que
enfrentaram por conta da defasagem que tiveram na formação inicial, hoje elas sugerem
ações que acreditam que possam auxiliar o ingresso do professor na carreira e ajudá-lo
na construção da aprendizagem da docência.
As sugestões apontadas por elas são ações simples e possíveis, mas que as
auxiliariam na construção da aprendizagem da docência. Dentre as sugestões que
surgiram, as que mais se despontaram foram: troca de experiência entre os pares,
formação continuada, apresentação das regras da escola, apoio da equipe de liderança e
formação específica para os professores iniciantes.
A maioria sugere que seja assegurado um espaço para trocas de experiências
entre os pares como uma forma de aprender a docência e aprimorar a prática pedagógica
e também que seja oportunizada uma formação continuada de qualidade que as auxilie
na prática em sala de aula. Nono (2011), afirma que os professores veem na troca de
experiências uma fonte de aprendizagem profissional, e por isso, reivindicam a criação do
espaço coletivo na escola para trocas de experiências como reconhecimento do valor do
saber construído na prática, conforme nos revelam os excertos a seguir:
Mais integração com os outros professores mais experientes. (P
10)
Proporcionar momentos de experiências acolhendo os novos e
oferecer parceria. (P 11)
Mais tempo e espaço para socialização da prática, uns 40 minutos
antes da aula. (P13)
Ter um horário para troca de experiências e poder contar com
maior apoio técnico. (P 67)
As sugestões dadas mostram do que sentiram falta ao começarem a carreira,
além de confirmarem o quanto valorizam e validam as trocas de experiências com os
pares como uma fonte de aprendizagem da docência, como um saber prático. Neste
sentido, André (2015, p. 36), aponta que "as tarefas de melhoria da escola têm de ser
realizadas pelo coletivo, em um processo de interação, trocas e colaboração", quando a
escola trabalha no coletivo, oportunizando trocas, ocorrem melhorias em vários
contextos, como: no processo de ensino e aprendizagem, na prática pedagógica, na
profissão docente, clima organizacional, relacionamento interpessoal, entre outros.
Neste sentido, a literatura pedagógica vem defendendo o saber da experiência do
docente (Tardif, 2002; Nóvoa, 2009) como uma fonte de aprendizagem, as pesquisas
realizadas por André (2015), apontam que tem sido cada vez mais recorrente a
solicitação dos professores para que temas relacionados à prática e ao como ensinar
sejam oportunizados na formação continuada, isto é, nos momentos de formação em
serviço, para que possam aprimorar sua prática.
As participantes desta pesquisa acreditam que o espaço para trocas de
experiências e a formação continuada as ajudaria no início da carreira, para se
aprimorarem e também tentar suprir o que lhes faltou na formação inicial. Diante da
análise realizada, infere-se que acreditam que o espaço para as trocas de experiências
deveria ocorrer nos momentos de formação continuada, elas reivindicam o que Nóvoa
(2006, p.14) denomina como formação centrada na prática, e aponta que, "há um déficit
de práticas, de refletir sobre as práticas, de trabalhar sobre as práticas, de saber como
fazer", e acrescenta que, embora os professores conheçam as teorias, não sabem como
ela se transforma na prática, daí a importância de se oferecer uma formação continuada
centrada na prática e na análise da prática. Segundo Nóvoa (2006, p. 16), "não é a
prática que é formadora, mas a reflexão sobre a prática" são os momentos de reflexão da
prática, discussões dos conteúdos e estratégias didáticas, as trocas de experiências
oportunizadas na formação continuada e o acompanhamento da prática que ajudam o
professor a constituir-se profissionalmente e a construir a sua identidade profissional.
Outra sugestão dada por elas foi para que as regras da escola sejam mais claras
e apresentadas desde o início, visando melhorar a comunicação na escola e o preparo do
professor para assumir uma sala de aula. As respostas a seguir evidenciam tais
sugestões:
Treinamento e esclarecimento a respeito da função, deveres e
direitos antes de entrar em sala. (P 25)
Que a equipe escolar esteja sempre disposta a informar,
esclarecer e ajudar sempre que for necessário. (P 28)
Acredito que a orientação, informação e apoio são fundamentais.
(P 34)
Que independente da data de entrada que recebam um
treinamento sobre o sistema de ensino no início. (P 47)
Acolhida, apoio e esclarecimentos. (P 60)
Formação e orientação sobre os documentos que serão exigidos
no decorrer do ano letivo e orientação focal ao professor com
aluno incluso. (P 61)
Analisando estas sugestões, é possível observar o quanto as orientações sobre o
funcionamento e as regras da escola são importantes no início da carreira do profissional
docente, e fazem parte da aprendizagem da docência, Marcelo Garcia (1999), ressalta
que é nessa fase que os docentes precisam adquirir conhecimentos profissionais, assim,
torna-se evidente que as regras, informações sobre o sistema de ensino e orientações
sobre direitos e deveres sugeridos nos excertos acima, fazem parte do rol de
conhecimentos profissionais que o autor se refere.
Foi sugerido também, que se faça o acolhimento aos professores iniciantes, e o
apoio da equipe de liderança, orientando, auxiliando e acompanhando o trabalho do
professor nesta etapa da carreira, conforme apresentam as respostas a seguir:
Uma boa acolhida pela equipe de direção e orientações pontuais
sobre o funcionamento da escola. (P 6)
Mais acompanhamento das orientadoras e mais espaços de
trocas e ajuda entre os professores. (P 22)
Apoio dos gestores e formações direcionadas aos iniciantes. (P
36)
Neste contexto, o apoio da equipe de liderança, surge como uma ação importante
de acolhimento aos professores no início da carreira, Nono (2011, p. 166), aponta que "o
ambiente organizacional influencia a carreira por meio de estilos de gestão encontrados",
assim, deduz-se que, a forma como a equipe de liderança conduz a gestão da escola e o
ambiente organizacional quando o professor está na fase inicial da carreira, influenciará
na sua evolução e aquisição dos conhecimentos profissionais necessários ao exercício
da profissão, como regimentos da escola, estatuto, projeto educativo, e até mesmo as
regras básicas de funcionamento da instituição escolar. Neste sentido Mizukami et al.
(2010), corroboram e alertam sobre a importância e a necessidade que o professor tem
de poder contar com o apoio e assessoria de um diretor que compreenda suas
necessidades.
Muitas professoras participantes sugeriram a criação de uma formação específica
aos professores iniciantes, que atenda às suas necessidades, que as apoie, que as
informem e esclareçam sobre o funcionamento da rede municipal de ensino e ainda que
esta formação seja continuada, as ações sugeridas se justificam nas respostas abaixo:
Apoio dos gestores e formações direcionadas aos iniciantes. (P
36)
Integração onde seja apresentado o sistema de educação e os
principais projetos da rede. (P 53)
Momentos específicos para orientações iniciais. (P 54)
A primeira integração deveria acontecer antes de iniciar com os
alunos e ter uma formação específica para os novos professores.
(P 65)
Apoio mais direcionado e específico das OP (Orientadoras
Pedagógicas), formação continuada específica para os iniciantes
e recursos humanos. (P 68)
As respostas acima tornam evidente a sede por conhecimento e aprendizagem da
docência que possuem, que este é um período desafiador na carreira docente, em que o
professor está repleto de dúvidas, conflitos e tensões, no entanto, sugerem um apoio
específico aos iniciantes. Marcelo Garcia (1999, p.114) aponta que "é característico
desse período a insegurança e falta de confiança em si mesmo", por isso solicitam tanto
o apoio da equipe liderança.
Nessa etapa, o profissional sente-se despreparado, pois está aprendendo a
docência, segundo Gatti e André (2011), nesse período ocorrem as maiores taxas de
evasões dos docentes, que ao se depararem com diversas situações nunca vividas, se
veem sozinhos e desamparados. Tais necessidades implicam propiciar aos professores
iniciantes acompanhamento, apoio, preparo, assistência pedagógica, isto é, de se pensar
em uma política de formação voltada especificamente ao início da carreira docente, no
intuito de ajudá-los a passar por essa difícil fase de inserção e constituírem-se
profissionais docentes. Ao sentirem-se seguros e capacitados a lecionar, poderão
melhorar a qualidade do ensino e reduzir a taxa de abandono na carreira neste período
de indução.
Gatti, et al. (2011, p. 213), ressaltam a necessidade de se criar “programas de
iniciação que incluam estratégias de apoio, acompanhamento e capacitação ao professor
iniciante, no intuito de deixar o peso dessas tarefas mais leves", pois terão com quem
compartilhar suas dúvidas, anseios e necessidades, serão acolhido e receberão
formação de acordo com as suas necessidades.
Alguns estudos como Papi e Martins (2011), Marcelo Garcia (1999), André (2015),
Nóvoa (2006), apontam a necessidade de oferecer tratamento e apoio diferenciados aos
professores iniciantes, que atendam e supram as necessidades características desta
etapa, que os cuide e os acolha. Embora as pesquisas desses autores apontem essa
necessidade de apoio, por meio dos dados infere-se que na rede municipal pesquisada
os professores não o recebem, pois na discussão do grupo focal, demonstraram
insatisfação, insegurança, angústia, medo, ausência de apoio e até mesmo de preparo
para assumirem uma sala de aula. Assim, foram convidadas a sugerirem ações que
auxiliariam o professor no início da carreira, e com certa euforia disseram:
[...] deveria haver um tempo, um horário. Quando você é novo
com a OP, meia hora da sua sexta-feira você vai e leva todas as
suas dificuldades de sala de aula para ela te orientar. Nós não
temos um horário para isso. Então eu acho assim, o professor é
novo? Toda última meia hora do seu dia, coloque um estagiário
para fazer sua saída para você ter esse momento com a
orientadora pedagógica [...] ela tem todas as experiências que a
gente precisa. (P. 1)
[...] apostila com as portarias, com as coisas que regem a
educação [...] a parte pedagógica a gente aprende no dia a dia,
acredito que uma interação da parte pedagógica também seria
útil. (P. 2)
[...] o HTC poderia ser usado para tirar nossas dúvidas, fazer
estudos de casos, [...] pode ser melhor usado o momento do HTC.
(P. 3)
As sugestões dadas evidenciam o quanto o início da carreira tem sido difícil para
elas, e do quanto se sentiram sozinhas e corroboram a afirmação de Marcelo Garcia
(1999), de que este é um período tenso e de intensas aprendizagens num ambiente
desconhecido, o qual o professor se vê e se sente despreparado, órfão, sozinho.
Segundo Marcelo; Vaillant (2009, p. 30) “los maestros y professores se enfrentam
generalmente em solitário a la tarea de enseñar”, as falas destas professoras revelam
que em sua maioria, parecem pedir ajuda, e explicitam o sentimento de abandono e
solidão ao sugerirem maior apoio da orientadora pedagógica, sobretudo nos HTC.
Nóvoa (1997) e Canário (1997) afirmam que a escola deve ser um espaço de
formação do professor, sobretudo ao considerar que as experiências vividas no contexto
escolar são de suma importância para a construção do seu saber e de sua identidade,
pois a escola é um ambiente rico de experiências da prática docente. Sendo assim, então
porque não oportunizar esse momento ao professor para que ele possa refletir sobre a
sua prática, para que a partir disso possa construir o saber-fazer da sua prática e a sua
profissionalidade docente? Sobre essa questão, Canário (1997) ressalta que o professor
também aprende na escola, e que este é um espaço privilegiado para o docente aprender
o “como ensinar”, que é o que faltou a maioria das professoras participantes. Nesse caso,
seria muito válido que a escola oportunizasse esse momento a elas, que além de
aprenderem a docência iriam também construir uma identidade profissional de forma
mais sólida, pautada na reflexão da prática. Isso posto, tornou-se evidente que as
professoras pesquisadas não têm apoio por parte da escola que trabalham, e por fim
revelaram que também não recebem apoio algum da SME ao se ingressarem na Rede
Municipal de Ensino.
A falta de cuidado e apoio que a rede municipal de ensino tem com o professor
iniciante na carreira docente, nos leva a inferir o quanto a SME desconsidera suas
inexperiências, expectativas, anseios, desafios e conflitos encontrados na prática da sala
de aula. Sobretudo, ao considerar que não recebem nem mesmo as informações básicas
necessárias ao exercício da docência, e por isso suplicam por ao menos uma apostila
que as oriente em seu trabalho conforme reivindica a P. (1) “deveriam montar uma
apostila com as portarias da recuperação paralela e intensiva para nós, já iria resolver
bem.”, isto é, com a sensação do não saber, a professora pede o mínimo, que no caso
seria a emissão de uma apostila, um guia do professor iniciante.
Embora se sintam largadas à própria sorte, também têm consciência sobre a
quem cabe o papel de lhes oferecer o apoio necessário no início da carreira docente que,
de acordo aos relatos delas, é a Secretaria Municipal de Educação que deve ser a
responsável em oportunizar esse suporte aos professores iniciantes, e que essa
formação precisa ocorrer antes mesmo do professor assumir sua sala de aula, isto nos
sugere que, sentiram e sentem falta dessa formação, desse preparo antes de assumirem
sua turma, assim como também sentem falta de uma formação continuada e
acompanhamento nos primeiros anos de docência, elas sabem também que talvez esse
apoio e formação não vão resolver todos os problemas, mas poderão amenizá-los, e
tornar o início da carreira mais leve.
Segundo Nóvoa (2006, p. 14), os professores iniciantes são cuidados da pior
forma possível, pois,
Eles vão para as piores escolas, têm os piores horários, vão para
as piores turmas, não há qualquer tipo de apoio. Eles são
“lançados às feras” totalmente desprotegidos. E nós fazemos de
conta que o problema não é conosco.
O que acontece nesta rede de ensino corrobora com Nóvoa (2006), pois essas
professoras participantes do grupo focal lecionam numa escola considerada difícil, talvez
elas trabalhem nesta escola por falta de oportunidade, por não terem a chance de
escolher outra unidade escolar. De fato parece que estas professoras realmente foram
“lançadas as feras” e enfrentam todos esses desafios sozinhas, sem qualquer tipo de
apoio. Estas professoras precisam de apoio, de cuidados, e por que não são
enxergadas? Neste sentido, Nóvoa (2006), vê o cuidado com os professores iniciantes
como um dos maiores desafios da profissão docente, sendo assim, é necessário propiciar
e cultivar um ambiente formativo e colaborativo de integracação, de trocas de
conhecimento e experiências e apoio ao longo dos primeiros anos da carreira docente.
A permanência na carreira docente
As dificuldades e os desafios vivenciados no início da carreira, são determinantes
em sua permanência ou não na profissão. Neste sentido, em seus estudos, André (2012,
p. 115) ressalta que "as políticas para professores devem assegurar que os docentes
trabalhem em um ambiente que favoreça seu sucesso", ou seja, é preciso criar condições
para que os professores permaneçam na carreira, os relatórios apresentados pela autora
revelam que a taxa de abandono da carreira ocorrem nos primeiros anos, por isso André
(2012), aponta a necessidade de se criar políticas específícas aos professores que estão
em início de carreira, programas que incluam estratégias de apoio, acompanhamento e
capacitação, visando reduzir o "choque de realidade" do início da carreira, e a superação
dos diversos desafios.
Lima (2006), faz uso das palavras de uma das professoras que participou da sua
pesquisa para expressar o que sentem as que superam as suas dificuldades, as que
sobrevivem a esse momento:
O início da aprendizagem profissional da docência é avassalador.
A professora é colocada de frente com tudo que a escola não está
preparada para lidar, e o mecanismo sutil parece ser este: a
professora é deixada sozinha, sem apoio. Assim, ou ela desiste
ou, para ser aceita, incorpora o discurso da cultura escolar da
exclusão, que diz: "não adianta fazer nada", pois sempre foi
assim. (Lima, 2006, p. 95).
É no início da carreira que o docente se depara com diversas situações
inusitadas, se deparam com uma turma que não é a estudada na formação inicial, que
não é a que idealizou, em alguns casos faltam recursos e materiais para trabalhar, é
nesse momento que percebe que está sozinho e que tem pouco ou nenhum apoio, neste
sentido, essa fase é determinante a sua permanência ou desistência na carreira docente.
Mariano (2006), ressalta que para sobreviver a essas dificuldades é preciso muito estudo,
ensaio e atuação, mas, esse movimento precisa ser constatante, e acrescenta que são
essas situações e a forma como o iniciante lida com elas que ajudarão a formar a sua
identidade profissional.
Em meio a tudo isso, por que não desistiram? O que as faz permanecer na rede
municipal de ensino? O que descobriram ao exercer a docência? O que torna essa
carreira tão atraente a elas?
Ao serem indagadas sobre o que as estimulam a permanecer na rede municipal
de educação, entre as diversas respostas três elementos se destacaram, o amor à
profissão com um estímulo de permanência na rede, o fator da estabilidade e a formação,
os fatores apresentados por elas, representam a descoberta, Huberman (1995). Baseada
nas pesquisas dos estudiosos da área, Lima (2006, p. 96), aponta que conseguimos
"romper esse tumulto inicial por causa de um certo sentimento de "descoberta"', isto é, o
reconhecimento, o prazer de atuar, a satisfação de fazer parte de um grupo, a realização
de um sonho, além de ter a própria turma e ser amada por eles.
O amor pela profissão, o gostar do que faz, o carinho dos alunos se revelam nas
respostas dadas pelas professoras, conforme apresentam os excertos abaixo:
Os alunos, pois adoro passar meus conhecimentos. (P 3)
Poder contribuir para a formação dos alunos. (P 19)
A identificação com o trabalho realizado na rede, a
estabilidade de trabalho e a possibilidade de progressão na
carreira. (P 28)
A identificação com a carreira, possibilidade de projetar-me
(P 61) profissionalmente em outras áreas de trabalho (OP,
OE, direção...)
Gostar do que faço, amor a profissão e ser concursada. (P
66)
Embora, os professores tenham que amar sua profissão, Lima (2006, p. 98)
adverte que este "afeto é sinônimo de comprometimento social, ou que talvez pudesse
chamar de amor qualificado", isto é, comprometer-se com a aprendizagem dos alunos,
qualificar-se para aprimorar sua prática. Mariano (2006, p. 22), acrescenta que, o amor
compromissado é o:
amor que enxerga tanto as limitações da atuação quanto a
frustração da plateia e acredita, sempre, que, a próxima atração
pode e deve ser melhor. O amor que provoca a necessidade de
melhorar sempre, estudar mais, ensaiar mais, olhar mais a plateia
e prestar mais atenção à reação desta.
O amor compromissado faz o professor acreditar que sempre poderá melhorar a
sua atuação, a sua prática pedagógica provoca a necessidade da busca constante pelo
conhecimento, a fala dessas professoras, retrata o amor compromissado, citado por Lima
(2006) e Mariano (2006), ao dizer que o que a faz permanecer na rede municipal de
ensino é a possibilidade de contribuir com a formação dos alunos, a reflexão sobre a sua
prática, para melhorá-la. O gostar da profissão não basta, o professor precisa estar
qualificado para exercer com competência a profissão docente. Outras professoras
também atribuíram a sua permanência a formação continuada oferecida pela rede
municipal, tais afirmações tornam-se evidentes nas respostas abaixo:
Acreditar na minha potencialidade. (P 6)
Vejo que a prefeitura municipal de São José dos Campos
tem uma boa estrutura e investimento a nível de
qualificação. (P 38)
A boa formação e inovação tecnológica. (P 58)
A organização, incentivo a formação continuada. Ainda que
com falhas está sempre buscando melhorias para o
crescimento na qualidade do ensino. (P 23)
Para essas professoras que responderam ao questionário, a qualidade da
formação continuada oportunizada, foi determinante na sua permanência na rede
municipal e na carreira docente, Davis et al. (2012, p. 12) baseadas nos estudos de
Hargreaves (1995), apontam que
a formação continuada deve permitir que se viva, na profissão,
uma experiência prazerosa, valorizada por permitir tanto
desvendar novas formas de ser, pensar e sentir como a
construção de projetos coletivos éticos para o mundo em que se
vive.
Neste contexto, a formação continuada, deve propiciar momentos prazerosos de
aprendizagem da docência, que valorize e valide os saberes trazidos pelos professores,
que os estimule a buscar sempre, o que de acordo com as respostas dadas por estas
professoras que responderam o questionário, já acontece onde exercem a docência.
Outro fator de permanência citado pelas participantes é a estabilidade profissional,
pois todas foram aprovadas em concurso público e efetivadas, embora estejam em
período de estágio probatório, tornaram-se servidoras públicas estatutárias, o que as dá
estabilidade, conforme apresentam as respostas a seguir:
Estabilidade de emprego. (P 12)
Ser concursada e as condições de trabalho. (P 36)
Estabilidade, principalmente. (P 41)
A qualidade do ensino municipal e a estabilidade. (P 51)
A estabilidade e o sistema de ensino. (P 53)
A estabilidade profissional apresenta-se como uma fonte de descoberta,
Huberman (1995), pois retrata a realização de um sonho, a conquista profissional, o
pertencimento a um grupo, a conquista e a responsabilidade de assumir a própria turma e
saber que terá este emprego ao longo de toda a carreira profissional. Apesar de todos os
desafios enfrentados no período inicial da carreira, no caso deste grupo de professoras,
são esses sentimentos vividos por elas que as influenciaram fortemente a permanecerem
na rede municipal de ensino e na carreira docente.
Alegaram também que permaneceram na carreira por acreditarem que estão
contribuindo com a sociedade por meio do seu trabalho, conforme apontam as respostas
a seguir :
Me realizo fazendo diferença na vida de algumas crianças. (P 31)
Acredito na educação. (P 54)
O amor pela profissão e acreditando em uma educação melhor. (P
55)
Gosto da minha profissão e tem alunos que precisam da minha
dedicação. (P 60)
O amor à profissão, o carinho dos alunos com a professora e a diferença que
acreditam fazer na vida dos alunos, são fontes do sentimento da descoberta, apesar dos
desafios enfrentados por elas no início da carreira, contribuem para a sua sobrevivência e
permanência na carreira docente, o fato de acreditarem que são úteis a sociedade.
Acredito que posso contribuir com a sociedade pela educação. (P
1)
Quando os alunos demonstram ter aprendido algo comigo, me
sinto plenamente capaz e orgulhoso de ter "servido", sido útil, para
alguém. (P 22)
Abrir as portas do conhecimento, ajudar em novas descobertas,
ampliar visões, construir novas e boas atitudes com os meus
alunos, isso me realiza e supera as frustrações. (P 30)
Ao ver o aluno aprender, sentir que está contribuindo com a formação do indivíduo
e com a sociedade por meio do seu trabalho, o professor sente-se entusiasmado,
satisfeito, são estas situações que causam o bem estar no profissional, são esses
sentimentos percebidos por estas professoras iniciantes que as fazem permanecer na
carreira docente.
Conclusão
As análises realizadas sobre as descobertas e o bem estar vividos pelas
professoras participantes desta pesquisa, nos levam a perceber as razões que as
motivaram a permanecer na carreira docente. Mariano (2006, p. 25), nos alerta que, "não
podemos parar na primeira leitura de texto, no primeiro tropeção, na primeira gagueira",
para permanecer no exercício da docência, é preciso ser persistente, estudar sempre,
isto é, viver em constante formação, estar numa busca constante, buscar ajuda dos mais
experientes e não desistir na primeira barreira que surgir, pois a formação do professor é
um processo contínuo, que se dá ao longo de toda a carreira docente, ou seja, seu
desenvolvimento profissional.
Enfim, a permanência na carreira está ligada à satisfação e à realização
profissional do indivíduo, sendo assim, as condições de trabalho, o amor a profissão e as
condições salariais estão intimamente ligadas. Esses condicionantes influenciam
diretamente em suas vidas e ideais almejados enquanto profissionais.
Embora essas condições sejam diferentes, ambas caminham juntas.
Considerando que o professor iniciante vive em busca de um sentido para desenvolver-
se como profissional e a continuar na carreira com satisfação, essas condições deveriam
atender a expectativa deles que almejam melhores condições de trabalho e salários.
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_________. (2006). Formação de professores e profissão docente. In NÓVOA. A. Os
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PAPI, S. e MARTINS, P. As pesquisas sobre professores iniciantes: algumas
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PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRA

  • 1. Problemas de professores principiantes INFORME DE INVESTIGAÇÃO DE EXPERIÊNCIA PROFESSORES INICIANTES: APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA E PERMANÊNCIA NA CARREIRA Joseane Amancio Pinto Ana Maria Gimenes Corrêa Calil joseane.amancio@hotmail.com ana.calil@unitau.com.br UNITAU – Universidade de Taubaté – Taubaté – SP - Brazil Palavras-chave: Professores iniciantes - Aprendizagem da docência – Formação de professores. O início da carreira docente O início da carreira docente configura-se como um período complexo e de intensas aprendizagens e descobertas, em que o profissional docente adentra em uma nova cultura e contextos escolares. Marcelo Garcia (1999, p.113) caracteriza esse período como "o período que abarca os primeiros anos, nos quais os professores fazem a transição de estudantes para professores", e acrescenta que é nesse período que os professores vivenciarão grandes desafios, tensões, insegurança, medo e aprendizagens necessários ao exercício da docência ao longo de sua carreira. Segundo o autor, o período inicial da carreira normalmente ocorre num ambiente desconhecido e destaca a insegurança e a falta de confiança em si mesmo como uma característica deste período, por não sentirem-se preparados para enfrentarem a realidade e superar os desafios da carreira, considerando que viam esse momento como um sonho, com tudo ocorrendo na mais perfeita ordem. Entretanto, ao adentrarem a sala de aula sentem-se como estrangeiros num país desconhecido, pois são diversas coisas que necessitam gerir, tais como: manter a disciplina da sala; dominar os conteúdos a ser ensinados; ensinar; se relacionar com os alunos e suas famílias; zelar pela parte burocrática, entre outros, assim, sentem-se perdidos sem saber o que fazer, desempenhando vários e novos papéis e agindo na imprevisibilidade, na urgência e na emergência (Perrenoud, 2001). Papi e Martins (2010, p.44), apontam ainda que é “no período de iniciação profissional que o professor se defrontará com a realidade que está posta e com as contradições que nem sempre estará apto a superar”, este é um momento bastante peculiar para os docentes e muitas vezes de decepção, pois muito do que idealizou não condiz com a realidade vivida no contexto escolar em que leciona e apresenta dificuldade em exercer o ofício docente, em ensinar seus alunos, assim, vê o seu sonho se transformar em frustração. Segundo Marcelo; Vaillant (2009) aprender a ensinar não é tarefa fácil e alertam que algumas competências são aprendidas somente na prática. Por isso é necessário ter um cuidado especial no processo de inserção dos professores iniciantes, pois se a forma como ocorre a inserção não for plausível às suas dificuldades, este momento poderá causar sofrimento e desconforto e, consequentemente, ocasionar o desejo de abandonar a profissão. Daí a necessidade de dar voz aos professores iniciantes, para conhecer o que sentem e percebem como necessário para ajudá-los a aprenderem a docência e
  • 2. permanecerem na carreira. Mas vale ressaltar que a aprendizagem da docência ocorre ao longo de toda a vida, e que são as vivências dessa fase inicial da carreira que irão constituir o profissional docente que ele será ao longo da sua carreira. A fim de investigar os sentimentos, as perspectivas e como se dá a aprendizagem da docência com os professores iniciantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental efetivados entre os anos de 2012 a 2014, foi realizada uma pesquisa qualitativa em uma Rede Municipal de Ensino do Vale do Paraíba Paulista, por meio de grupo focal com 5 professores e questionário aplicado a 68, cujos resultados serão apresentados a seguir. A aprendizagem da docência Em meio às respostas dadas aos questionários e as discussões do grupo focal, as participantes desta pesquisa revelaram que a formação inicial não deu a elas o aporte necessário para ingressarem preparadas na carreira docente, por isso elas precisaram suprir essa defasagem e buscar conhecimentos de outras formas, para enfrentarem os desafios que surgem no cotidiano escolar. Em meio a tantas dificuldades que enfrentaram por conta da defasagem que tiveram na formação inicial, hoje elas sugerem ações que acreditam que possam auxiliar o ingresso do professor na carreira e ajudá-lo na construção da aprendizagem da docência. As sugestões apontadas por elas são ações simples e possíveis, mas que as auxiliariam na construção da aprendizagem da docência. Dentre as sugestões que surgiram, as que mais se despontaram foram: troca de experiência entre os pares, formação continuada, apresentação das regras da escola, apoio da equipe de liderança e formação específica para os professores iniciantes. A maioria sugere que seja assegurado um espaço para trocas de experiências entre os pares como uma forma de aprender a docência e aprimorar a prática pedagógica e também que seja oportunizada uma formação continuada de qualidade que as auxilie na prática em sala de aula. Nono (2011), afirma que os professores veem na troca de experiências uma fonte de aprendizagem profissional, e por isso, reivindicam a criação do espaço coletivo na escola para trocas de experiências como reconhecimento do valor do saber construído na prática, conforme nos revelam os excertos a seguir: Mais integração com os outros professores mais experientes. (P 10) Proporcionar momentos de experiências acolhendo os novos e oferecer parceria. (P 11) Mais tempo e espaço para socialização da prática, uns 40 minutos antes da aula. (P13) Ter um horário para troca de experiências e poder contar com maior apoio técnico. (P 67) As sugestões dadas mostram do que sentiram falta ao começarem a carreira, além de confirmarem o quanto valorizam e validam as trocas de experiências com os pares como uma fonte de aprendizagem da docência, como um saber prático. Neste sentido, André (2015, p. 36), aponta que "as tarefas de melhoria da escola têm de ser realizadas pelo coletivo, em um processo de interação, trocas e colaboração", quando a escola trabalha no coletivo, oportunizando trocas, ocorrem melhorias em vários contextos, como: no processo de ensino e aprendizagem, na prática pedagógica, na profissão docente, clima organizacional, relacionamento interpessoal, entre outros.
  • 3. Neste sentido, a literatura pedagógica vem defendendo o saber da experiência do docente (Tardif, 2002; Nóvoa, 2009) como uma fonte de aprendizagem, as pesquisas realizadas por André (2015), apontam que tem sido cada vez mais recorrente a solicitação dos professores para que temas relacionados à prática e ao como ensinar sejam oportunizados na formação continuada, isto é, nos momentos de formação em serviço, para que possam aprimorar sua prática. As participantes desta pesquisa acreditam que o espaço para trocas de experiências e a formação continuada as ajudaria no início da carreira, para se aprimorarem e também tentar suprir o que lhes faltou na formação inicial. Diante da análise realizada, infere-se que acreditam que o espaço para as trocas de experiências deveria ocorrer nos momentos de formação continuada, elas reivindicam o que Nóvoa (2006, p.14) denomina como formação centrada na prática, e aponta que, "há um déficit de práticas, de refletir sobre as práticas, de trabalhar sobre as práticas, de saber como fazer", e acrescenta que, embora os professores conheçam as teorias, não sabem como ela se transforma na prática, daí a importância de se oferecer uma formação continuada centrada na prática e na análise da prática. Segundo Nóvoa (2006, p. 16), "não é a prática que é formadora, mas a reflexão sobre a prática" são os momentos de reflexão da prática, discussões dos conteúdos e estratégias didáticas, as trocas de experiências oportunizadas na formação continuada e o acompanhamento da prática que ajudam o professor a constituir-se profissionalmente e a construir a sua identidade profissional. Outra sugestão dada por elas foi para que as regras da escola sejam mais claras e apresentadas desde o início, visando melhorar a comunicação na escola e o preparo do professor para assumir uma sala de aula. As respostas a seguir evidenciam tais sugestões: Treinamento e esclarecimento a respeito da função, deveres e direitos antes de entrar em sala. (P 25) Que a equipe escolar esteja sempre disposta a informar, esclarecer e ajudar sempre que for necessário. (P 28) Acredito que a orientação, informação e apoio são fundamentais. (P 34) Que independente da data de entrada que recebam um treinamento sobre o sistema de ensino no início. (P 47) Acolhida, apoio e esclarecimentos. (P 60) Formação e orientação sobre os documentos que serão exigidos no decorrer do ano letivo e orientação focal ao professor com aluno incluso. (P 61) Analisando estas sugestões, é possível observar o quanto as orientações sobre o funcionamento e as regras da escola são importantes no início da carreira do profissional docente, e fazem parte da aprendizagem da docência, Marcelo Garcia (1999), ressalta que é nessa fase que os docentes precisam adquirir conhecimentos profissionais, assim, torna-se evidente que as regras, informações sobre o sistema de ensino e orientações sobre direitos e deveres sugeridos nos excertos acima, fazem parte do rol de conhecimentos profissionais que o autor se refere. Foi sugerido também, que se faça o acolhimento aos professores iniciantes, e o apoio da equipe de liderança, orientando, auxiliando e acompanhando o trabalho do professor nesta etapa da carreira, conforme apresentam as respostas a seguir: Uma boa acolhida pela equipe de direção e orientações pontuais sobre o funcionamento da escola. (P 6) Mais acompanhamento das orientadoras e mais espaços de trocas e ajuda entre os professores. (P 22)
  • 4. Apoio dos gestores e formações direcionadas aos iniciantes. (P 36) Neste contexto, o apoio da equipe de liderança, surge como uma ação importante de acolhimento aos professores no início da carreira, Nono (2011, p. 166), aponta que "o ambiente organizacional influencia a carreira por meio de estilos de gestão encontrados", assim, deduz-se que, a forma como a equipe de liderança conduz a gestão da escola e o ambiente organizacional quando o professor está na fase inicial da carreira, influenciará na sua evolução e aquisição dos conhecimentos profissionais necessários ao exercício da profissão, como regimentos da escola, estatuto, projeto educativo, e até mesmo as regras básicas de funcionamento da instituição escolar. Neste sentido Mizukami et al. (2010), corroboram e alertam sobre a importância e a necessidade que o professor tem de poder contar com o apoio e assessoria de um diretor que compreenda suas necessidades. Muitas professoras participantes sugeriram a criação de uma formação específica aos professores iniciantes, que atenda às suas necessidades, que as apoie, que as informem e esclareçam sobre o funcionamento da rede municipal de ensino e ainda que esta formação seja continuada, as ações sugeridas se justificam nas respostas abaixo: Apoio dos gestores e formações direcionadas aos iniciantes. (P 36) Integração onde seja apresentado o sistema de educação e os principais projetos da rede. (P 53) Momentos específicos para orientações iniciais. (P 54) A primeira integração deveria acontecer antes de iniciar com os alunos e ter uma formação específica para os novos professores. (P 65) Apoio mais direcionado e específico das OP (Orientadoras Pedagógicas), formação continuada específica para os iniciantes e recursos humanos. (P 68) As respostas acima tornam evidente a sede por conhecimento e aprendizagem da docência que possuem, que este é um período desafiador na carreira docente, em que o professor está repleto de dúvidas, conflitos e tensões, no entanto, sugerem um apoio específico aos iniciantes. Marcelo Garcia (1999, p.114) aponta que "é característico desse período a insegurança e falta de confiança em si mesmo", por isso solicitam tanto o apoio da equipe liderança. Nessa etapa, o profissional sente-se despreparado, pois está aprendendo a docência, segundo Gatti e André (2011), nesse período ocorrem as maiores taxas de evasões dos docentes, que ao se depararem com diversas situações nunca vividas, se veem sozinhos e desamparados. Tais necessidades implicam propiciar aos professores iniciantes acompanhamento, apoio, preparo, assistência pedagógica, isto é, de se pensar em uma política de formação voltada especificamente ao início da carreira docente, no intuito de ajudá-los a passar por essa difícil fase de inserção e constituírem-se profissionais docentes. Ao sentirem-se seguros e capacitados a lecionar, poderão melhorar a qualidade do ensino e reduzir a taxa de abandono na carreira neste período de indução. Gatti, et al. (2011, p. 213), ressaltam a necessidade de se criar “programas de iniciação que incluam estratégias de apoio, acompanhamento e capacitação ao professor iniciante, no intuito de deixar o peso dessas tarefas mais leves", pois terão com quem compartilhar suas dúvidas, anseios e necessidades, serão acolhido e receberão formação de acordo com as suas necessidades.
  • 5. Alguns estudos como Papi e Martins (2011), Marcelo Garcia (1999), André (2015), Nóvoa (2006), apontam a necessidade de oferecer tratamento e apoio diferenciados aos professores iniciantes, que atendam e supram as necessidades características desta etapa, que os cuide e os acolha. Embora as pesquisas desses autores apontem essa necessidade de apoio, por meio dos dados infere-se que na rede municipal pesquisada os professores não o recebem, pois na discussão do grupo focal, demonstraram insatisfação, insegurança, angústia, medo, ausência de apoio e até mesmo de preparo para assumirem uma sala de aula. Assim, foram convidadas a sugerirem ações que auxiliariam o professor no início da carreira, e com certa euforia disseram: [...] deveria haver um tempo, um horário. Quando você é novo com a OP, meia hora da sua sexta-feira você vai e leva todas as suas dificuldades de sala de aula para ela te orientar. Nós não temos um horário para isso. Então eu acho assim, o professor é novo? Toda última meia hora do seu dia, coloque um estagiário para fazer sua saída para você ter esse momento com a orientadora pedagógica [...] ela tem todas as experiências que a gente precisa. (P. 1) [...] apostila com as portarias, com as coisas que regem a educação [...] a parte pedagógica a gente aprende no dia a dia, acredito que uma interação da parte pedagógica também seria útil. (P. 2) [...] o HTC poderia ser usado para tirar nossas dúvidas, fazer estudos de casos, [...] pode ser melhor usado o momento do HTC. (P. 3) As sugestões dadas evidenciam o quanto o início da carreira tem sido difícil para elas, e do quanto se sentiram sozinhas e corroboram a afirmação de Marcelo Garcia (1999), de que este é um período tenso e de intensas aprendizagens num ambiente desconhecido, o qual o professor se vê e se sente despreparado, órfão, sozinho. Segundo Marcelo; Vaillant (2009, p. 30) “los maestros y professores se enfrentam generalmente em solitário a la tarea de enseñar”, as falas destas professoras revelam que em sua maioria, parecem pedir ajuda, e explicitam o sentimento de abandono e solidão ao sugerirem maior apoio da orientadora pedagógica, sobretudo nos HTC. Nóvoa (1997) e Canário (1997) afirmam que a escola deve ser um espaço de formação do professor, sobretudo ao considerar que as experiências vividas no contexto escolar são de suma importância para a construção do seu saber e de sua identidade, pois a escola é um ambiente rico de experiências da prática docente. Sendo assim, então porque não oportunizar esse momento ao professor para que ele possa refletir sobre a sua prática, para que a partir disso possa construir o saber-fazer da sua prática e a sua profissionalidade docente? Sobre essa questão, Canário (1997) ressalta que o professor também aprende na escola, e que este é um espaço privilegiado para o docente aprender o “como ensinar”, que é o que faltou a maioria das professoras participantes. Nesse caso, seria muito válido que a escola oportunizasse esse momento a elas, que além de aprenderem a docência iriam também construir uma identidade profissional de forma mais sólida, pautada na reflexão da prática. Isso posto, tornou-se evidente que as professoras pesquisadas não têm apoio por parte da escola que trabalham, e por fim revelaram que também não recebem apoio algum da SME ao se ingressarem na Rede Municipal de Ensino. A falta de cuidado e apoio que a rede municipal de ensino tem com o professor iniciante na carreira docente, nos leva a inferir o quanto a SME desconsidera suas
  • 6. inexperiências, expectativas, anseios, desafios e conflitos encontrados na prática da sala de aula. Sobretudo, ao considerar que não recebem nem mesmo as informações básicas necessárias ao exercício da docência, e por isso suplicam por ao menos uma apostila que as oriente em seu trabalho conforme reivindica a P. (1) “deveriam montar uma apostila com as portarias da recuperação paralela e intensiva para nós, já iria resolver bem.”, isto é, com a sensação do não saber, a professora pede o mínimo, que no caso seria a emissão de uma apostila, um guia do professor iniciante. Embora se sintam largadas à própria sorte, também têm consciência sobre a quem cabe o papel de lhes oferecer o apoio necessário no início da carreira docente que, de acordo aos relatos delas, é a Secretaria Municipal de Educação que deve ser a responsável em oportunizar esse suporte aos professores iniciantes, e que essa formação precisa ocorrer antes mesmo do professor assumir sua sala de aula, isto nos sugere que, sentiram e sentem falta dessa formação, desse preparo antes de assumirem sua turma, assim como também sentem falta de uma formação continuada e acompanhamento nos primeiros anos de docência, elas sabem também que talvez esse apoio e formação não vão resolver todos os problemas, mas poderão amenizá-los, e tornar o início da carreira mais leve. Segundo Nóvoa (2006, p. 14), os professores iniciantes são cuidados da pior forma possível, pois, Eles vão para as piores escolas, têm os piores horários, vão para as piores turmas, não há qualquer tipo de apoio. Eles são “lançados às feras” totalmente desprotegidos. E nós fazemos de conta que o problema não é conosco. O que acontece nesta rede de ensino corrobora com Nóvoa (2006), pois essas professoras participantes do grupo focal lecionam numa escola considerada difícil, talvez elas trabalhem nesta escola por falta de oportunidade, por não terem a chance de escolher outra unidade escolar. De fato parece que estas professoras realmente foram “lançadas as feras” e enfrentam todos esses desafios sozinhas, sem qualquer tipo de apoio. Estas professoras precisam de apoio, de cuidados, e por que não são enxergadas? Neste sentido, Nóvoa (2006), vê o cuidado com os professores iniciantes como um dos maiores desafios da profissão docente, sendo assim, é necessário propiciar e cultivar um ambiente formativo e colaborativo de integracação, de trocas de conhecimento e experiências e apoio ao longo dos primeiros anos da carreira docente. A permanência na carreira docente As dificuldades e os desafios vivenciados no início da carreira, são determinantes em sua permanência ou não na profissão. Neste sentido, em seus estudos, André (2012, p. 115) ressalta que "as políticas para professores devem assegurar que os docentes trabalhem em um ambiente que favoreça seu sucesso", ou seja, é preciso criar condições para que os professores permaneçam na carreira, os relatórios apresentados pela autora revelam que a taxa de abandono da carreira ocorrem nos primeiros anos, por isso André (2012), aponta a necessidade de se criar políticas específícas aos professores que estão em início de carreira, programas que incluam estratégias de apoio, acompanhamento e capacitação, visando reduzir o "choque de realidade" do início da carreira, e a superação dos diversos desafios. Lima (2006), faz uso das palavras de uma das professoras que participou da sua pesquisa para expressar o que sentem as que superam as suas dificuldades, as que sobrevivem a esse momento: O início da aprendizagem profissional da docência é avassalador. A professora é colocada de frente com tudo que a escola não está preparada para lidar, e o mecanismo sutil parece ser este: a
  • 7. professora é deixada sozinha, sem apoio. Assim, ou ela desiste ou, para ser aceita, incorpora o discurso da cultura escolar da exclusão, que diz: "não adianta fazer nada", pois sempre foi assim. (Lima, 2006, p. 95). É no início da carreira que o docente se depara com diversas situações inusitadas, se deparam com uma turma que não é a estudada na formação inicial, que não é a que idealizou, em alguns casos faltam recursos e materiais para trabalhar, é nesse momento que percebe que está sozinho e que tem pouco ou nenhum apoio, neste sentido, essa fase é determinante a sua permanência ou desistência na carreira docente. Mariano (2006), ressalta que para sobreviver a essas dificuldades é preciso muito estudo, ensaio e atuação, mas, esse movimento precisa ser constatante, e acrescenta que são essas situações e a forma como o iniciante lida com elas que ajudarão a formar a sua identidade profissional. Em meio a tudo isso, por que não desistiram? O que as faz permanecer na rede municipal de ensino? O que descobriram ao exercer a docência? O que torna essa carreira tão atraente a elas? Ao serem indagadas sobre o que as estimulam a permanecer na rede municipal de educação, entre as diversas respostas três elementos se destacaram, o amor à profissão com um estímulo de permanência na rede, o fator da estabilidade e a formação, os fatores apresentados por elas, representam a descoberta, Huberman (1995). Baseada nas pesquisas dos estudiosos da área, Lima (2006, p. 96), aponta que conseguimos "romper esse tumulto inicial por causa de um certo sentimento de "descoberta"', isto é, o reconhecimento, o prazer de atuar, a satisfação de fazer parte de um grupo, a realização de um sonho, além de ter a própria turma e ser amada por eles. O amor pela profissão, o gostar do que faz, o carinho dos alunos se revelam nas respostas dadas pelas professoras, conforme apresentam os excertos abaixo: Os alunos, pois adoro passar meus conhecimentos. (P 3) Poder contribuir para a formação dos alunos. (P 19) A identificação com o trabalho realizado na rede, a estabilidade de trabalho e a possibilidade de progressão na carreira. (P 28) A identificação com a carreira, possibilidade de projetar-me (P 61) profissionalmente em outras áreas de trabalho (OP, OE, direção...) Gostar do que faço, amor a profissão e ser concursada. (P 66) Embora, os professores tenham que amar sua profissão, Lima (2006, p. 98) adverte que este "afeto é sinônimo de comprometimento social, ou que talvez pudesse chamar de amor qualificado", isto é, comprometer-se com a aprendizagem dos alunos, qualificar-se para aprimorar sua prática. Mariano (2006, p. 22), acrescenta que, o amor compromissado é o: amor que enxerga tanto as limitações da atuação quanto a frustração da plateia e acredita, sempre, que, a próxima atração pode e deve ser melhor. O amor que provoca a necessidade de melhorar sempre, estudar mais, ensaiar mais, olhar mais a plateia e prestar mais atenção à reação desta. O amor compromissado faz o professor acreditar que sempre poderá melhorar a sua atuação, a sua prática pedagógica provoca a necessidade da busca constante pelo
  • 8. conhecimento, a fala dessas professoras, retrata o amor compromissado, citado por Lima (2006) e Mariano (2006), ao dizer que o que a faz permanecer na rede municipal de ensino é a possibilidade de contribuir com a formação dos alunos, a reflexão sobre a sua prática, para melhorá-la. O gostar da profissão não basta, o professor precisa estar qualificado para exercer com competência a profissão docente. Outras professoras também atribuíram a sua permanência a formação continuada oferecida pela rede municipal, tais afirmações tornam-se evidentes nas respostas abaixo: Acreditar na minha potencialidade. (P 6) Vejo que a prefeitura municipal de São José dos Campos tem uma boa estrutura e investimento a nível de qualificação. (P 38) A boa formação e inovação tecnológica. (P 58) A organização, incentivo a formação continuada. Ainda que com falhas está sempre buscando melhorias para o crescimento na qualidade do ensino. (P 23) Para essas professoras que responderam ao questionário, a qualidade da formação continuada oportunizada, foi determinante na sua permanência na rede municipal e na carreira docente, Davis et al. (2012, p. 12) baseadas nos estudos de Hargreaves (1995), apontam que a formação continuada deve permitir que se viva, na profissão, uma experiência prazerosa, valorizada por permitir tanto desvendar novas formas de ser, pensar e sentir como a construção de projetos coletivos éticos para o mundo em que se vive. Neste contexto, a formação continuada, deve propiciar momentos prazerosos de aprendizagem da docência, que valorize e valide os saberes trazidos pelos professores, que os estimule a buscar sempre, o que de acordo com as respostas dadas por estas professoras que responderam o questionário, já acontece onde exercem a docência. Outro fator de permanência citado pelas participantes é a estabilidade profissional, pois todas foram aprovadas em concurso público e efetivadas, embora estejam em período de estágio probatório, tornaram-se servidoras públicas estatutárias, o que as dá estabilidade, conforme apresentam as respostas a seguir: Estabilidade de emprego. (P 12) Ser concursada e as condições de trabalho. (P 36) Estabilidade, principalmente. (P 41) A qualidade do ensino municipal e a estabilidade. (P 51) A estabilidade e o sistema de ensino. (P 53) A estabilidade profissional apresenta-se como uma fonte de descoberta, Huberman (1995), pois retrata a realização de um sonho, a conquista profissional, o pertencimento a um grupo, a conquista e a responsabilidade de assumir a própria turma e saber que terá este emprego ao longo de toda a carreira profissional. Apesar de todos os desafios enfrentados no período inicial da carreira, no caso deste grupo de professoras, são esses sentimentos vividos por elas que as influenciaram fortemente a permanecerem na rede municipal de ensino e na carreira docente.
  • 9. Alegaram também que permaneceram na carreira por acreditarem que estão contribuindo com a sociedade por meio do seu trabalho, conforme apontam as respostas a seguir : Me realizo fazendo diferença na vida de algumas crianças. (P 31) Acredito na educação. (P 54) O amor pela profissão e acreditando em uma educação melhor. (P 55) Gosto da minha profissão e tem alunos que precisam da minha dedicação. (P 60) O amor à profissão, o carinho dos alunos com a professora e a diferença que acreditam fazer na vida dos alunos, são fontes do sentimento da descoberta, apesar dos desafios enfrentados por elas no início da carreira, contribuem para a sua sobrevivência e permanência na carreira docente, o fato de acreditarem que são úteis a sociedade. Acredito que posso contribuir com a sociedade pela educação. (P 1) Quando os alunos demonstram ter aprendido algo comigo, me sinto plenamente capaz e orgulhoso de ter "servido", sido útil, para alguém. (P 22) Abrir as portas do conhecimento, ajudar em novas descobertas, ampliar visões, construir novas e boas atitudes com os meus alunos, isso me realiza e supera as frustrações. (P 30) Ao ver o aluno aprender, sentir que está contribuindo com a formação do indivíduo e com a sociedade por meio do seu trabalho, o professor sente-se entusiasmado, satisfeito, são estas situações que causam o bem estar no profissional, são esses sentimentos percebidos por estas professoras iniciantes que as fazem permanecer na carreira docente. Conclusão As análises realizadas sobre as descobertas e o bem estar vividos pelas professoras participantes desta pesquisa, nos levam a perceber as razões que as motivaram a permanecer na carreira docente. Mariano (2006, p. 25), nos alerta que, "não podemos parar na primeira leitura de texto, no primeiro tropeção, na primeira gagueira", para permanecer no exercício da docência, é preciso ser persistente, estudar sempre, isto é, viver em constante formação, estar numa busca constante, buscar ajuda dos mais experientes e não desistir na primeira barreira que surgir, pois a formação do professor é um processo contínuo, que se dá ao longo de toda a carreira docente, ou seja, seu desenvolvimento profissional. Enfim, a permanência na carreira está ligada à satisfação e à realização profissional do indivíduo, sendo assim, as condições de trabalho, o amor a profissão e as condições salariais estão intimamente ligadas. Esses condicionantes influenciam diretamente em suas vidas e ideais almejados enquanto profissionais. Embora essas condições sejam diferentes, ambas caminham juntas. Considerando que o professor iniciante vive em busca de um sentido para desenvolver- se como profissional e a continuar na carreira com satisfação, essas condições deveriam atender a expectativa deles que almejam melhores condições de trabalho e salários.
  • 10. REFERÊNCIAS ANDRÈ, Marli. (2015). Políticas de formação continuada e de inserção à docência no Brasil. Educação Unisinos. Vol 19, N 1, jan-abr. _____________. (2012). Políticas e programas de apoio aos professores iniciantes no Brasil. Cadernos de pesquisa. Fundação Carlos Chagas. São Paulo. Vol. 42, N.145, Jan- abr. CANÁRIO, R. (1997). A escola: o lugar onde os professores aprendem. Revista de Psicologia, São Paulo: Revista do programa e estudos de pós-graduados PUC/SP, 1997, 6, 1º semestre, p.9-27. DAVIS, C. L. F. et. al. (2012).Formação continuada de professores: uma análise das modalidades e das práticas em estudos e municípios brasileiros. São Paulo: FCC/DPE. GATTI, B.A.; BARRETTO, E. S. de S.; ANDRÉ, M. E. D. A. (2011). Políticas docentes no Brasil: um estado da arte. Brasília, DF: UNESCO, 2011. HUBERMAN, M. (1995). O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA. A. (org.) Vidas de professores. Portugal. Porto Editora. 1995. p. 31-61. LIMA, E, F. (2006). Sobrevivência no início docência. Brasília: Líber Livro Editora, 2006. MARCELO GARCIA, C. (2009). Desenvolvimento Profissional: passado e futuro. Sísifo: Revista das Ciências da Educação, n. 08, p.7-22, jan./abr. ____________________. (2009). Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora, 1999. MARCELO GARCIA, C.; VAILLANT, D. (2009). Desarollo Profesional Docente? Como se aprende a enseñar? Madrid: Narcea, 2009. MARIANO, A. L. S. In: LIMA, E. F. (2006). O início da docência e o espetáculo da vida na escola: abrem-se as cortinas. Sobrevivência no início docência. Brasília: Líber Livro Editora, 2006. p. 17-26. MIZUKAMI, M.G.N., et al. (2010). Escola e aprendizagem da docência: Processos de investigação e formação. São Carlos. Edufscar. NONO, M. A. (2011). Professores iniciantes: O papel da escola em sua formação. Porto Alegre, Mediação, 2011. NÓVOA, A. (2006). Desafios do trabalho do professor no mundo contemporâneo - Nada substitui o trabalho do professor. Palestra feita no Sinpro, SP. Disponível em:http://www.sinprosp.org.br/arquivos/novoa/livreto_novoa.pdf. Acesso em 27/05/2015. _________. (2006). Formação de professores e profissão docente. In NÓVOA. A. Os professores e a sua formação. Lisboa: Nova Enciclopédia, 1997. _________. (2009). Professores imagens do futuro presente. Lisboa: Educa, 2009. PAPI, S. e MARTINS, P. As pesquisas sobre professores iniciantes: algumas aproximações. Educação em Revista. Belo Horizonte, v.26, n. 03, p. 39-56, dez/2010.
  • 11. PERRENOUD, P. Ensinar na urgência, decidir na incerteza. Saberes e competências em uma profissão complexa. Porto Alegre (Brasil), Artmed Editora, 2001. TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.