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Práticas de ensino na formação inicial do professorado
INFORMES DE INVESTIGAÇÃO
OS SABERES DOCENTES NA EDUCAÇÃO FÍSICA: A COMPREENSÃO DOS
ESTUDANTES E PROFESSORES DE ESCOLA
CARVALHO, Taynara Franco
E-mail: taynara_carvalho07@yahoo.com.br
Instituição: Univ. Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro.
Agência de Fomento: FAPESP
SOUZA NETO, Samuel.
E-mail: samuelsn@rc.unesp.br
Instituição: Univ. Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro.
Agência de Fomento: CNPQ, CAPES.
Palavras-chave: Educação Física - Formação de Professores - Saberes Docentes -
Estágio Supervisionado.
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como foco de estudo a formação inicial, compreendendo-a como um
momento muito importante para os professores, ainda que alguns não reconheçam o seu
significado (CUNHA, 2010). Tal fato, segundo a autora, deve-se, principalmente, a dois
fatores: primeiro, uma visão linear de transferência de tudo que aprenderam em seus
cursos para a prática profissional, por parte dos egressos e, segundo, por uma visão
crítica dos currículos de formação inicial repetir práticas questionáveis, valorizando-se as
velhas dicotomias entre teoria e prática, ensino e pesquisa, conhecimento e experiência.
Devido a estes fatores, entre outros, a escola não tem sido reconhecida de forma efetiva
como um lugar de formação e de produção de saberes. Entretanto, Tardif (2010) assinala
que não deveria ser desta maneira, pois a prática profissional trás subjacente a ela uma
epistemologia, a “epistemologia da prática profissional” (p. 246), um conjunto de saberes
utilizados pelos profissionais em seu espaço de trabalho para desempenhar todas as
suas tarefas.
No âmbito dessa compreensão parte-se do pressuposto de que os professores em
formação e os professores das escolas sabem, pensam, concebem, significam e
ressignificam o ensino e os próprios saberes, podendo auxiliar nas discussões relativas à
profissionalização do ensino e à formação docente. Portanto, considera-se a escola como
um importante espaço de formação e se atribui a experiência um lugar central na
formação do professor.
Como objetivo essa pesquisa busca compreender como os estudantes da disciplina de
Estágio Supervisionado na escola e os professores da escola
constroem/constituem/apontam os saberes que são mobilizados na prática de ensino.
Opta-se metodologicamente pela pesquisa qualitativa, estudo descritiva, utilizando-se a
entrevista semi-estruturada com 10 estudantes universitários(estagiários) do curso de
Licenciatura em Educação Física (E1 a E10) e sete professores da Rede Municipal
Estadual de uma cidade do interior do Estado de São Paulo (P1 a P7) e a análise de
conteúdo para a organização dos resultados.
No geral esse trabalho falará sobre a formação dos professores e a prática docente na
perspectiva dos saberes docentes, tendo como lugar de investigação o Estágio
Supervisionado. Considera-se também esse momento da formação como a primeira
etapa da inserção docente na escola, bem como um espaço de mediação entre a
universidade e a escola e inicio da aderência ao universo escolar do estagiário como
“professor principiante”.
2. O CONTEXTO DA PESQUISA
O momento atual tem sido marcado por diversas transformações que consequentemente
levam a mudanças na sociedade (VELLOSO,1994). Este contexto afeta a educação,
apresentando diversos problemas e desafios que precisam ser enfrentados e superados.
Neste sentido, a escola não é em vários aspectos igual à escola de antigamente e,
consequentemente, os papeis dos professores são outros. De acordo com Cunha (2010)
se antes “o papel do professor era repartir informações segundo o critério lógico do
conhecimento, independente de sua contextualização, hoje se requer uma construção
ativa, com conexões complexas e situadas temporalmente”. Tal contexto exige
adequações no processo de formação de professores.
Para tratar da temática formação de professores torna-se necessário compreender
também o que é esse processo de formação. Nóvoa (2001)1
assinala que..
É um ciclo que abrange a experiência do docente como aluno (educação
de base), como aluno-mestre (graduação), como estagiário (práticas de
supervisão), como iniciante (primeiros anos de profissão) e como titular
(formação continuada) (p.2).
Em meio a discussão identificamos que a formação de professores é um processo que
abarca diferentes momentos da vida do profissional.
Na esfera da Formação de Professores, ou especificadamente, no curso de Licenciatura
em Educação Física, falar em estágio significava tratar da Prática de Ensino, uma prática
intencional que trás subjacente a ela, necessariamente, a reflexão teórica. Dessa
maneira, a Prática de Ensino/ Estágio Curricular Supervisionado tem como finalidade,
segundo Pimenta e Gonçalves (1990 apud PIMENTA, 2005)...
aproximar o aluno da realidade na qual irá atuar, podendo ser vista
também como um lugar de reflexão sobre a construção e fortalecimento
da identidade docente [...]. Defendem uma nova postura, uma re-
definição do estágio que deve caminhar para a reflexão, a partir da
realidade”(p.13).
1
Entrevista do António Nóvoa concedida à Revista Nova Escola. Professor se forma na escola. Edição 142,
maio/2001
Esta concepção de estágio como um momento de reflexão, infelizmente ainda não é uma
unanimidade no âmbito dos estágios, pois Pimenta (2005) também aponta outras
perspectivas adotadas, dentre elas, a visão da prática como imitação de modelos e a
prática como instrumentalização técnica.
Tais concepções evidenciam uma dissociação entre teoria e prática. Entretanto, contrária
a esta separação, Pimenta (2005) considera que, “o estágio é teoria e prática” (p.11),
defendendo duas perspectivas que buscam superar essa dicotomia entre prática e teoria.
A primeira, na possibilidade do estágio ser visto como uma aproximação da realidade e
atividade teórica. Nesta visão o estágio não é visto como uma atividade prática, mas
atividade teórica, que instrumentaliza a práxis docente, pois afinal é no contexto da sala
de aula, da escola, do sistema de ensino e da sociedade que a práxis se dá. A segunda
possibilidade trata o estágio como pesquisa e a pesquisa no estágio. A pesquisa no
estágio, diz respeito às pesquisas que permitem ampliação e analise dos contextos onde
ocorrem os estágios (PIMENTA, 2005). O estágio como pesquisa se apresenta como
uma alternativa para a formação de um “professor reflexivo” (SCHÖN, 1992, apud
PIMENTA, 2005, p.15), pois a partir da experiência, da vivencia do estágio e da reflexão
o futuro professor pode construir com base na realidade seus conhecimentos
profissionais.
Na visão de Pimenta (2005, p. 20), nesta última possibilidade emerge a ideia de que a
escola seja o “ponto de partida dos cursos de formação, uma vez que se trata de
possibilitar aos futuros professores as condições e os saberes necessários para sua
atuação profissional”.
Diante do exposto, concordamos com a ideia de que o estágio é um momento onde o
estagiário, na condição de futuro professor, entra em contato com a realidade da sala de
aula, mas também com a dimensão de ser professor. Além disto, neste momento ocorre
a manifestação dos saberes necessários a profissão docente. Em meio aos
apontamentos a questão que fica é: quais são os saberes mobilizados durante a prática
pedagógica? Que saberes são estes?
Nos últimos anos diversos pesquisadores e estudiosos têm investigado a formação de
professores, principalmente sobre as questões dos saberes docentes, tentando
compreender quais saberes estão presentes na prática pedagógica (TARDIF, 2010;
PIMENTA, 2002, SCHULMAN, 1987; GAUTHIER, 1998).
Na literatura encontramos uma variedade de tipologias e classificações dos saberes
docentes. Porém, Borges (2001) assinala que...
A diversidade e o ecletismo nada mais são que o reflexo da expansão do
campo, no qual os pesquisadores buscam lançar luzes sobre as
diferentes facetas, aspectos, características, dimensões etc. que
envolvem o ensino e os saberes dos professores (p.60).
Assim, quando nos referimos aos saberes envolvidos no trabalho docente, entramos em
um “[...]campo que exige conhecimentos, habilidades, disposições e competências
especificas para o exercício de uma atividade profissional: a docência” (ANDRÉ et.al,
2011 p.15924). Esses conhecimentos são tratados na literatura como saberes docentes
(TARDIF, 2010; GAUTHIER, 1998; PIMENTA, 1999) ou como conhecimento de base
(SHULMAN, 1987). Na presente pesquisa discutiremos os saberes docentes na
perspectiva de Tardif (2010).
O autor define o saber docente “[...] como um saber plural, formado pelo amálgama, mais
ou menos coerente, de saberes oriundos da formação profissional e de saberes
disciplinares, curriculares e experienciais” (p. 36). Nessa perspectiva, os saberes dos
professores são provenientes de diversas fontes e provavelmente de natureza diferente.
Em meio a este contexto o autor, baseando-se na origem social dos saberes e na sua
integração no magistério, assinala também que a experiência cotidiana tem papel
primordial na mobilização dos saberes, organizando-os em:
-Da Formação Profissional: conjunto de saberes transmitidos pelas instituições de
formação de professores (escolas normais ou faculdades de ciências da educação)
(p.36).
-Disciplinares: referente aos diversos campos de conhecimentos e são integrados à
prática docente através da formação (inicial e contínua) dos professores nas diversas
disciplinas oferecidas pela universidade (p.38).
-Curriculares: correspondem a organização e seleção dos conteúdos, determinando
então os objetivos e métodos dos programas escolares e, por sua vez, os professores
devem saber aplicar (p.38).
-Experienciais: brotam da experiência e são por ela validados, sendo assim são
incorporados individualmente e refletindo nas habilidades dos professores para realizar o
trabalho docente (p.39).
Diante do quadro exposto foi possível compreender alguns aspectos da formação inicial,
abordando, principalmente, o momento do Estágio Supervisionado, local de investigação
desse estudo. Além disto, evidenciamos a concepção dos saberes docente, bem como
sua relação com o objeto de estudo.
3. O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO UM ESPAÇO DE PRODUÇÃO E
RESSIGNIFICAÇÃO DOS SABERES
Entre os resultados encontrados emergiram dois eixos, o primeiro eixo tratando “O
Estágio Supervisionado como momento de mobilização de diferentes saberes” e o
segundo, tratando “Os saberes docentes na perspectiva dos estagiários e professores”.
3.1 O Estágio Supervisionado como momento de mobilização de diferentes saberes
Neste eixo, analisamos os conhecimentos mobilizados pelos estagiários durante o
Estágio Supervisionado. Os estagiários foram questionados sobre as fontes de
conhecimento que se basearam tanto para elaboração do Projeto de Ensino do estágio,
como na Prática de Ensino como um todo.
A respeito das fontes de informação utilizadas para a elaboração do Projeto de Ensino,
os estagiários apontaram diversas fontes. Entre elas a que apareceu no discurso de
todos foi a utilização de informações provenientes das disciplinas cursadas na
graduação.
“Eu acho que o conhecimento veio mais das disciplinas voltadas da licenciatura mesmo.
Eu lembro bem do nosso primeiro projeto de educação física no infantil, a disciplina de
Educação Física Escolar I foi muito importante (...) a gente viu algumas definições.
Alguns autores na Prática de Ensino que também foram muito importantes, eu acho que
essas disciplinas mais voltadas para a licenciatura que foram mais importantes para
escrever o projeto (...) ai lógico as outras disciplinas também foram importante do
primeiro e do segundo ano, crescimento e desenvolvimento, é muito importante para
você ter o conhecimento, mas as disciplinas principais eu acho que foi aquelas voltadas
para a licenciatura” (E4, grifo nosso).
A partir da fala do estagiário compreendemos que a período de graduação se constitui
como um importante momento para a aquisição de saberes. Baseando-se em Marcelo
Garcia (1995), os autores Amorim e Ramos (2010) indicam que “o período acadêmico
corresponde ao inicio da formação sistematizada. Nessa fase, o futuro professor adquire
grande parte dos conhecimentos específicos [...]” (p.226).
Dentre as outras fontes de informações utilizadas, os estagiários apontaram consulta a
documentos como o PPP (Projeto Político Pedagógico) das escolas, Proposta Curricular
do Estado de São Paulo e leis. Encontramos isto no discurso do E3 “Para o projeto da
escola, nós utilizamos os dados da própria escola. Utilizamos também os documentos da
área de educação, artigos, livros disponíveis na internet” (E3, grifo nosso).
Assim como na elaboração do Projeto de Ensino, diferentes fontes de informação foram
apontadas como importantes para ensinar durante a Prática de Ensino. Novamente as
disciplinas cursadas na Universidade foi o mais citado.
“Eu acho que pra ensinar a gente utiliza tanto o conhecimento que a gente viveu como
aluno na escola, como o conhecimento que a gente aprendeu em todas as disciplinas da
graduação. Utiliza tanto o conhecimento mais literário, dos textos que a gente discute. Na
escola até com o dialogo assim eu acho que a gente sempre esta conhecendo,
descobrindo coisas novas para colocar em prática durante a aula” (E1, grifo nosso).
Em meio aos discursos arrolados identificamos que a Prática de Ensino, além de ser um
momento de contato com a realidade, como já citado, se configura como...
um contexto que eles (estagiários) confrontam os saberes advindos da
formação inicial com a realidade prática. Além disso, é neste ambiente
que eles acabam por identificar, mobilizar e/ou adquirir um conjunto de
competências, habilidades e conhecimentos que se tornam necessários
à sua prática educativa (MARTINY & SILVA, 20011, p. 569).
No bojo dessa questão E7 apresentou a sua opinião da seguinte maneira:
“Você tira assim das suas concepções de mundo, como professor se vai querer passar
alguma coisa, ai não sei, vai da criatividade, dos diálogos com os demais, não dá pra
falar ‘a eu tirei de tal livro’, tem coisa que você vai tirar do livro e vai ‘nossa, mas dá pra
acrescentar isso e dar outra abordagem no negocio pra tentar passar essa outra
informação para os moleques’. Eu acho que é difícil falar, eu posso sei lá ter tido uma
aula quando eu jogava futebol no colegial e falar ‘nossa, mas dá pra trocar o assunto
partindo disso aqui’. Como eu posso ter tido uma aula aqui na faculdade falar nossa essa
aula serve, dá direitinho pra colocar na escola”.
A partir do discurso do E7 notamos a dificuldade de se identificar os saberes que são
mobilizados durante a prática pedagógica. Uma justificativa para tal acontecimento pode
ser o fato desses saberes acabarem formando uma amálgama que envolve todos num
único saber, daí a dificuldade de apontá-los separadamente. Embora haja essa
dificuldade de identificar os saberes devido a sua complexidade porque eles não são
dados na forma como os identificamos na literatura, eles estão presentes nas
experiências dos estudantes e professores como conteúdos do processo de
escolarização e disciplinas veiculadas na formação universitária.
3.2 Os saberes docentes na perspectiva dos estagiários e professores
Dos relatos obtidos pela entrevista dos estagiários e professores foi possível identificar a
presença de saberes (TARDIF, 2010). Os estagiários com uma ênfase particular no
conhecimento sobre os alunos e os professores no aspecto gostar, ter vontade. Isto pode
ser encontrado na fala do E1 e P4, respectivamente:
“Eu acho que primeiro o professor precisa conhecer os alunos e saber qual conhecimento
que vai ser mais interessante para eles. Por que eu acho que a partir do momento que o
professor ensina o que interessa à eles, eles vão conseguir entender” (E1, grifo nosso).
“Olha, eu acho que tem que ter muita vontade mesmo de ensinar, gostar muito do que ta
fazendo (...) eu acho que tem que ter muita vontade, se você for trabalhar com escola,
com educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, tem que gostar do que você
está fazendo, senão não vai sair nada” (P4, grifo nosso).
Este conhecer os alunos, apontado pelos futuros professores pode ser visto pela ótica de
um saber profissional (TARDIF, 2010). Tal associação deve-se ao fato de que as ciências
da educação compreendem conhecimentos principalmente da área sociológica e
psicológica, que auxiliam na compreensão de como é o aluno da escola.
É possível também estabelecer uma relação com os saberes experienciais (TARDIF,
2010). Nesta direção a prática auxilia o professor a conhecer o seu aluno, a conhecer a
sua realidade.
Os apontamentos realizados pelos professores apontam para o ensino como vocação.
Este ponto vocacional podemos associar a questão da escolha profissional, podendo
trazer associado a esta escolha um saber profissional (TARDIF, 2010), no sentido de
desenvolvimento profissional atribuído por Nóvoa (2007), que implica numa produção da
vida de professor, ou seja, da constituição de sua identidade, bem como da produção da
profissão docente, vinculada tanto à associação profissional como a ideia do que implica
ser uma profissão. Neste contexto a prática profissional, prática pedagógica, se torna
portadora de saberes mobilizados na ação docente, dando origem ao que Tardif chama
de epistemologia da prática profissional, uma epistemologia estruturada com base na
epistemologia do senso comum e na epistemologia do cotidiano.
Apesar da ênfase nesses saberes, os estagiários e professores apontaram outros
saberes que são importantes para ensinar. Um deles está ligado ao saber disciplinar
(TARDIF, 2010), que resumidamente está ligado ao conteúdo especifico que o professor
vai desenvolver com os seus alunos. Este fato pode ser encontrado nos relatos do E2: “É
relevante que o professor conheça o conteúdo que ele vai ensinar”; P8: “O professor
precisa ter um conhecimento prévio frente ao que ele vai ensinar”; e P3: “O professor deve
ter o domínio daquilo que vai ensinar, você tem que saber o que vai passar”.
O saber curricular (TARDIF, 2010), ligado principalmente as estratégias de ensino,
também esteve presente nas falas dos estagiários e professores. O E3 afirma:
“Bom, o professor tem que saber muita coisa. Ele tem que saber porque que ele está
ensinando, eu acho assim, ele deve ter claro o objetivo dele de estar ensinar; como ele
vai transmitir isso, que estratégias ele vai usar para transmitir isso” (grifo nosso).
Dando continuidade a discussão o P3 vai colocar que o professor em seu cotidiano
pedagógico tem que...
“[...] perceber se todos estão entendendo o que você está falando e perceber a classe
heterogênea, tem classe que é muito homogênea, tem classe que é heterogênea, então a sua
estratégia tem que ser diferente, você tem que ter uma percepção do que você esta trabalhando.
Se você esta trabalhando com a classe A é um jeito, com a classe B é outro jeito, você pode até
fazer uma avaliação parecida ou igual, mas a forma pedagógica de você abordar um assunto tem
que ser diferente, entendeu?
O P1 dá a sua opinião também sobre o assunto e afirma que...
“[...] tem que ter um plano senão eu me perco, por mais que a pessoa tenha certa
trajetória, uma experiência, é sempre importante planejar, rever o plano ver o que deu
certo pro plano seguinte, as vezes uma turma tem um potencial maior pra um
determinado assunto, outra tem um potencial, a gente também deixar que isso flua”.
No âmbito das declarações foi possível identificar que não houve domínio de um único
saber entre os professores e estagiários. Apontando que o saber docente é plural, é
proveniente de diversas fontes, como das instituições de formação, da formação
profissional, dos currículos e da prática cotidiana, sendo assim este saber pode ser tido
como heterogêneo (TARDIF, 2010).
Tendo a identificação dos principais saberes importantes para a prática pedagógica,
buscamos compreender como se dá a construção desses saberes. Estagiários e
professores assinalaram que não possuem todos os saberes e que eles estão sempre em
construção. Este aspecto fica bem claro no relato do E3, que afirma que não possui todos
os saberes.
“Não todos, eu acho que eu vou conseguir ir construindo, eu acho que está em processo
mesmo, porque as vezes quando eu olho assim eu penso que algumas coisas são mais
fortes do que outras, ou talvez outras nem existiam, esses conhecimentos não existam
ainda, mas eu acho que é coisa de tempo assim, de formação de identidade mesmo de
professor”.
Podemos citar outros exemplos, como o relato do P1 “Olha eu acho que esses saberes
estão sempre em construção de acordo com o que acontece”. Na mesma direção P3
afirma que não tem todos os saberes “[...] tem saberes que eu ainda tenho que
aprender”.
A ideia dos saberes estarem sempre em construção indica também que a “formação
docente é, pois, contínua, o que quer dizer que, enquanto o professor estiver em
atividade, novos saberes vão se constituindo. Assim, ele se renova e se (trans)forma a
todo momento, mediante o seu convívio social” (AMORIM & RAMOS, 2010, p.227).
Partindo desta ideia de que o professor esta sempre em construção, os futuros
professores apontaram que, principalmente é a pratica pedagógica que auxilia nesta
construção. Já para os professores, principalmente, são os cursos, leituras e reciclagens,
que os auxiliam a estarem sempre se atualizando, adquirindo saberes.
Vale destacar que o processo de escolarização, na perspectiva dos participantes do
estudo também traz grande influência para a prática pedagógica. Apontamos como
exemplo a fala do E4.
“Com certeza, porque a gente lembra muito de ‘ah como foi na minha época, como eu me
sentia sendo aluna’; e ai a gente consegue prever mais ou menos como que os alunos
estão se sentindo, ou como a gente deveria trabalhar, acho que isso influencia bastante”.
Analisando as perspectivas dos estagiários e professores, separamos em dois grupos.
No primeiro, a contribuição do processo de escolarização esta mais associada ao papel
dos seus professores de Educação Física, os sujeitos apontaram que se basearam na
prática de seus professores. O segundo se atentou mais aos sentimentos e experiências
enquanto alunos na escola.
Com base nos discursos podemos inferir que o processo de escolarização se apresenta
como um momento muito importante para a formação do professor, podendo assim
futuramente auxiliá-lo na sua prática pedagógica. Segundo Cyrino (2009)...
o processo de Formação Inicial de Professores não acontece
primeiramente em situação acadêmica, mas sim, enquanto ainda se é
aluno da escola básica. O professor é um dos únicos profissionais que já
está inserido em seu ambiente de trabalho a pelo menos 10 anos, nos
bancos escolares (p. 145).
Deste modo, quando os alunos ingressam no curso acadêmico de formação de
professores, eles já vêm com certa compreensão do que é ser professor (AMORIM &
RAMOS, 2010). Portanto, podemos deduzir que as crenças, saberes, concepções são
principalmente adquiridas no período escolar. Diante do exposto, cabe aos cursos de
formação auxiliar os futuros professores na re-significação dessas crenças, para que elas
possam ser reconstruídas individualmente, pois se o futuro professor não confrontar as
suas crenças, ele corre o risco de apenas repetir o que vivenciou.
4. ALGUMAS REFLEXÕES
Nossa grande preocupação era compreender como os estudantes da disciplina de
estágio supervisionado na escola e os professores da escola
constroem/constituem/apontam os saberes que são mobilizados na prática de ensino.
À vista dos resultados constatamos que os professores da escola e os estudantes
universitários identificam diversos saberes mobilizados durante a prática pedagógica: o
saber disciplinar, o da experiência, o profissional e o curricular. Tal acontecimento
aponta que o saber docente é plural, é proveniente de diversas fontes, como das
instituições de formação, da formação profissional, dos currículos e da prática cotidiana,
sendo assim este saber pode ser tido como heterogêneo. Entretanto, cabe ressaltar, que
apesar dos estagiários citarem diferentes saberes, teve-se uma valorização das
disciplinas, dos conteúdos vistos na Universidade, isso deve-se provavelmente ao fato
deles estarem inseridos neste contexto a maior parte do tempo, ficando assim
restringidos a isto.
No que tange a constituição dos saberes foi possível identificar que a sua construção é
contínua e tem influencia de diversos momentos, como o processo de escolarização, a
formação inicial, a atuação profissional e a formação continuada. Contudo, para os
professores, os cursos, as leituras se constituem como formas significativas de aquisição
de saberes; enquanto que os estagiários apontaram a prática como o local de maior
desenvolvimento dos saberes. Neste sentido, concluímos que há necessidade de a
instituição universitária buscar uma maior aproximação com o contexto escolar,
concedendo assim aos professores mais experientes um papel central na formação dos
mais jovens. Nesta perspectiva busca-se formar o individuo dentro de uma cultura
profissional, ou seja, formar-se partindo dos aspectos que regem a profissão, não de
aspectos externo a mesma.
REFERÊNCIAS
AMORIM, M. L. Filho, & RAMOS, G. N. S. (2010) Trajetória de vida e construção dos
saberes de professoras de Educação Física. Revista Brasileira de Educação Física
e Esporte, São Paulo, v. 24, n. 2, p.223-238, abr/jun.
ANDRÉ, M., HOBOLD, M. S., & PASSO, L. F. (2011) Os saberes do trabalho docente nas
representações de estudantes de licenciatura. In: X CONGRESSO NACIONAL DE
EDUCAÇÃO- EDUCERE I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, SUBJETIVIDADE E EDUCAÇÃO- SIRSSE, 2011,
Curitiba. Os saberes do trabalho docente nas representações de estudantes de
licenciatura. Curitiba: p. 1 - 13.
BORGES, C. (2001) Saberes Docentes: Diferentes Tipologias e Classificações de um
campo de pesquisa. Educação e Sociedade, Campinas, n. 74, p.59-76, abr.
CUNHA, M. I. (2010) Lugares de formação: tensões entre a academia e o trabalho
docente. In: DALBEN, A. I. L. F. Convergências e tensões no campo da formação e
do trabalho docente. Belo Horizonte: Autêntica, p. 129-149.
CYRINO, M.(2009) Professores em Formação: O momento da Prática de Ensino e a
relação entre estagiários e professores-colaboradores. 2009. 100 f. Dissertação
(Mestrado) - Universidade Est. Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro.
GAUTHIER, C. et al. (1998) Apresentação - Ensinar: Oficio Estável, Identidade
Profissional Vacilante. In:______. Por uma teoria da pedagogia: Pesquisas
Contemporâneas sobre o saber docente. Rio Grande do Sul: Unijuí, p. 19-37.
MARTINY, L. E., & SILVA, P. N. G. (2011) "O que eu transformaria? muita coisa!": Os
saberes e os não saberes docentes presentes no estágio supervisionado em
Educação Física. Revista da Educação Física, Maringá, v. 22, n. 4, p.569-581.
Disponível em:
<http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/11277/8656>.
Acesso em: 11 set. 2013.
NÓVOA, A. (2007) O regresso dos professores. 2. ed. Lisboa: Educa, 83 p.
PIMENTA, S. G. (2002) A formação de professores: saberes da docência e identidade.
Nuances, Presidente Prudente, v.3, p.5-14, 1997._____.(Org.). Saberes
pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez.
PIMENTA, S. G., & LIMA, M. S. L. (2005/2006) Estágio e docência: diferentes
concepções. Revista Poíesis, Santa Catarina, v. 3, n. 3 e 4, p.5-24.
SHULMAN, L. (1987) “Knowledge and teaching: foundations of the new reform”. Havard
Educational Review, n.57, v.1, p.4-14.
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Educational, v.15, n.2, p.4-14. Disponível em:
<http://www.fisica.uniud.it/URDF/masterDidSciUD/materiali/pdf/Shulman_1986.pdf>.
Acesso em 29 out. 2012.
TARDIF, M. (2010) Saberes Docentes e Formação Profissional. 10. ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 323 p.
TARDIF, M, LESSARD, C, & LAHAYE, L. (1991) Os professores diante do saber: esboço
de umaproblemática do saber docente. Teoria e Educação, Porto Alegre, v.1, n.4, p.
31-55.
VELLOSO, M. A. F. (2012) Olhando para o século XXI: Uma visão do mundo
globalizado. Disponível em:
<http://www.interpsic.com.br/saladeleitura/textos/seculoXXI-main.html#_edn2>.
Acesso em: 16 jul. 2012.

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OS SABERES DOCENTES NA EDUCAÇÃO FÍSICA: A COMPREENSÃO DOS ESTUDANTES E PROFESSORES DE ESCOLA

  • 1. Práticas de ensino na formação inicial do professorado INFORMES DE INVESTIGAÇÃO OS SABERES DOCENTES NA EDUCAÇÃO FÍSICA: A COMPREENSÃO DOS ESTUDANTES E PROFESSORES DE ESCOLA CARVALHO, Taynara Franco E-mail: taynara_carvalho07@yahoo.com.br Instituição: Univ. Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro. Agência de Fomento: FAPESP SOUZA NETO, Samuel. E-mail: samuelsn@rc.unesp.br Instituição: Univ. Estadual Paulista – UNESP/Rio Claro. Agência de Fomento: CNPQ, CAPES. Palavras-chave: Educação Física - Formação de Professores - Saberes Docentes - Estágio Supervisionado. 1. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como foco de estudo a formação inicial, compreendendo-a como um momento muito importante para os professores, ainda que alguns não reconheçam o seu significado (CUNHA, 2010). Tal fato, segundo a autora, deve-se, principalmente, a dois fatores: primeiro, uma visão linear de transferência de tudo que aprenderam em seus cursos para a prática profissional, por parte dos egressos e, segundo, por uma visão crítica dos currículos de formação inicial repetir práticas questionáveis, valorizando-se as velhas dicotomias entre teoria e prática, ensino e pesquisa, conhecimento e experiência. Devido a estes fatores, entre outros, a escola não tem sido reconhecida de forma efetiva como um lugar de formação e de produção de saberes. Entretanto, Tardif (2010) assinala que não deveria ser desta maneira, pois a prática profissional trás subjacente a ela uma epistemologia, a “epistemologia da prática profissional” (p. 246), um conjunto de saberes utilizados pelos profissionais em seu espaço de trabalho para desempenhar todas as suas tarefas. No âmbito dessa compreensão parte-se do pressuposto de que os professores em formação e os professores das escolas sabem, pensam, concebem, significam e ressignificam o ensino e os próprios saberes, podendo auxiliar nas discussões relativas à profissionalização do ensino e à formação docente. Portanto, considera-se a escola como um importante espaço de formação e se atribui a experiência um lugar central na formação do professor. Como objetivo essa pesquisa busca compreender como os estudantes da disciplina de Estágio Supervisionado na escola e os professores da escola constroem/constituem/apontam os saberes que são mobilizados na prática de ensino. Opta-se metodologicamente pela pesquisa qualitativa, estudo descritiva, utilizando-se a
  • 2. entrevista semi-estruturada com 10 estudantes universitários(estagiários) do curso de Licenciatura em Educação Física (E1 a E10) e sete professores da Rede Municipal Estadual de uma cidade do interior do Estado de São Paulo (P1 a P7) e a análise de conteúdo para a organização dos resultados. No geral esse trabalho falará sobre a formação dos professores e a prática docente na perspectiva dos saberes docentes, tendo como lugar de investigação o Estágio Supervisionado. Considera-se também esse momento da formação como a primeira etapa da inserção docente na escola, bem como um espaço de mediação entre a universidade e a escola e inicio da aderência ao universo escolar do estagiário como “professor principiante”. 2. O CONTEXTO DA PESQUISA O momento atual tem sido marcado por diversas transformações que consequentemente levam a mudanças na sociedade (VELLOSO,1994). Este contexto afeta a educação, apresentando diversos problemas e desafios que precisam ser enfrentados e superados. Neste sentido, a escola não é em vários aspectos igual à escola de antigamente e, consequentemente, os papeis dos professores são outros. De acordo com Cunha (2010) se antes “o papel do professor era repartir informações segundo o critério lógico do conhecimento, independente de sua contextualização, hoje se requer uma construção ativa, com conexões complexas e situadas temporalmente”. Tal contexto exige adequações no processo de formação de professores. Para tratar da temática formação de professores torna-se necessário compreender também o que é esse processo de formação. Nóvoa (2001)1 assinala que.. É um ciclo que abrange a experiência do docente como aluno (educação de base), como aluno-mestre (graduação), como estagiário (práticas de supervisão), como iniciante (primeiros anos de profissão) e como titular (formação continuada) (p.2). Em meio a discussão identificamos que a formação de professores é um processo que abarca diferentes momentos da vida do profissional. Na esfera da Formação de Professores, ou especificadamente, no curso de Licenciatura em Educação Física, falar em estágio significava tratar da Prática de Ensino, uma prática intencional que trás subjacente a ela, necessariamente, a reflexão teórica. Dessa maneira, a Prática de Ensino/ Estágio Curricular Supervisionado tem como finalidade, segundo Pimenta e Gonçalves (1990 apud PIMENTA, 2005)... aproximar o aluno da realidade na qual irá atuar, podendo ser vista também como um lugar de reflexão sobre a construção e fortalecimento da identidade docente [...]. Defendem uma nova postura, uma re- definição do estágio que deve caminhar para a reflexão, a partir da realidade”(p.13). 1 Entrevista do António Nóvoa concedida à Revista Nova Escola. Professor se forma na escola. Edição 142, maio/2001
  • 3. Esta concepção de estágio como um momento de reflexão, infelizmente ainda não é uma unanimidade no âmbito dos estágios, pois Pimenta (2005) também aponta outras perspectivas adotadas, dentre elas, a visão da prática como imitação de modelos e a prática como instrumentalização técnica. Tais concepções evidenciam uma dissociação entre teoria e prática. Entretanto, contrária a esta separação, Pimenta (2005) considera que, “o estágio é teoria e prática” (p.11), defendendo duas perspectivas que buscam superar essa dicotomia entre prática e teoria. A primeira, na possibilidade do estágio ser visto como uma aproximação da realidade e atividade teórica. Nesta visão o estágio não é visto como uma atividade prática, mas atividade teórica, que instrumentaliza a práxis docente, pois afinal é no contexto da sala de aula, da escola, do sistema de ensino e da sociedade que a práxis se dá. A segunda possibilidade trata o estágio como pesquisa e a pesquisa no estágio. A pesquisa no estágio, diz respeito às pesquisas que permitem ampliação e analise dos contextos onde ocorrem os estágios (PIMENTA, 2005). O estágio como pesquisa se apresenta como uma alternativa para a formação de um “professor reflexivo” (SCHÖN, 1992, apud PIMENTA, 2005, p.15), pois a partir da experiência, da vivencia do estágio e da reflexão o futuro professor pode construir com base na realidade seus conhecimentos profissionais. Na visão de Pimenta (2005, p. 20), nesta última possibilidade emerge a ideia de que a escola seja o “ponto de partida dos cursos de formação, uma vez que se trata de possibilitar aos futuros professores as condições e os saberes necessários para sua atuação profissional”. Diante do exposto, concordamos com a ideia de que o estágio é um momento onde o estagiário, na condição de futuro professor, entra em contato com a realidade da sala de aula, mas também com a dimensão de ser professor. Além disto, neste momento ocorre a manifestação dos saberes necessários a profissão docente. Em meio aos apontamentos a questão que fica é: quais são os saberes mobilizados durante a prática pedagógica? Que saberes são estes? Nos últimos anos diversos pesquisadores e estudiosos têm investigado a formação de professores, principalmente sobre as questões dos saberes docentes, tentando compreender quais saberes estão presentes na prática pedagógica (TARDIF, 2010; PIMENTA, 2002, SCHULMAN, 1987; GAUTHIER, 1998). Na literatura encontramos uma variedade de tipologias e classificações dos saberes docentes. Porém, Borges (2001) assinala que... A diversidade e o ecletismo nada mais são que o reflexo da expansão do campo, no qual os pesquisadores buscam lançar luzes sobre as diferentes facetas, aspectos, características, dimensões etc. que envolvem o ensino e os saberes dos professores (p.60). Assim, quando nos referimos aos saberes envolvidos no trabalho docente, entramos em um “[...]campo que exige conhecimentos, habilidades, disposições e competências especificas para o exercício de uma atividade profissional: a docência” (ANDRÉ et.al, 2011 p.15924). Esses conhecimentos são tratados na literatura como saberes docentes (TARDIF, 2010; GAUTHIER, 1998; PIMENTA, 1999) ou como conhecimento de base
  • 4. (SHULMAN, 1987). Na presente pesquisa discutiremos os saberes docentes na perspectiva de Tardif (2010). O autor define o saber docente “[...] como um saber plural, formado pelo amálgama, mais ou menos coerente, de saberes oriundos da formação profissional e de saberes disciplinares, curriculares e experienciais” (p. 36). Nessa perspectiva, os saberes dos professores são provenientes de diversas fontes e provavelmente de natureza diferente. Em meio a este contexto o autor, baseando-se na origem social dos saberes e na sua integração no magistério, assinala também que a experiência cotidiana tem papel primordial na mobilização dos saberes, organizando-os em: -Da Formação Profissional: conjunto de saberes transmitidos pelas instituições de formação de professores (escolas normais ou faculdades de ciências da educação) (p.36). -Disciplinares: referente aos diversos campos de conhecimentos e são integrados à prática docente através da formação (inicial e contínua) dos professores nas diversas disciplinas oferecidas pela universidade (p.38). -Curriculares: correspondem a organização e seleção dos conteúdos, determinando então os objetivos e métodos dos programas escolares e, por sua vez, os professores devem saber aplicar (p.38). -Experienciais: brotam da experiência e são por ela validados, sendo assim são incorporados individualmente e refletindo nas habilidades dos professores para realizar o trabalho docente (p.39). Diante do quadro exposto foi possível compreender alguns aspectos da formação inicial, abordando, principalmente, o momento do Estágio Supervisionado, local de investigação desse estudo. Além disto, evidenciamos a concepção dos saberes docente, bem como sua relação com o objeto de estudo. 3. O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO UM ESPAÇO DE PRODUÇÃO E RESSIGNIFICAÇÃO DOS SABERES Entre os resultados encontrados emergiram dois eixos, o primeiro eixo tratando “O Estágio Supervisionado como momento de mobilização de diferentes saberes” e o segundo, tratando “Os saberes docentes na perspectiva dos estagiários e professores”. 3.1 O Estágio Supervisionado como momento de mobilização de diferentes saberes Neste eixo, analisamos os conhecimentos mobilizados pelos estagiários durante o Estágio Supervisionado. Os estagiários foram questionados sobre as fontes de conhecimento que se basearam tanto para elaboração do Projeto de Ensino do estágio, como na Prática de Ensino como um todo. A respeito das fontes de informação utilizadas para a elaboração do Projeto de Ensino, os estagiários apontaram diversas fontes. Entre elas a que apareceu no discurso de todos foi a utilização de informações provenientes das disciplinas cursadas na graduação.
  • 5. “Eu acho que o conhecimento veio mais das disciplinas voltadas da licenciatura mesmo. Eu lembro bem do nosso primeiro projeto de educação física no infantil, a disciplina de Educação Física Escolar I foi muito importante (...) a gente viu algumas definições. Alguns autores na Prática de Ensino que também foram muito importantes, eu acho que essas disciplinas mais voltadas para a licenciatura que foram mais importantes para escrever o projeto (...) ai lógico as outras disciplinas também foram importante do primeiro e do segundo ano, crescimento e desenvolvimento, é muito importante para você ter o conhecimento, mas as disciplinas principais eu acho que foi aquelas voltadas para a licenciatura” (E4, grifo nosso). A partir da fala do estagiário compreendemos que a período de graduação se constitui como um importante momento para a aquisição de saberes. Baseando-se em Marcelo Garcia (1995), os autores Amorim e Ramos (2010) indicam que “o período acadêmico corresponde ao inicio da formação sistematizada. Nessa fase, o futuro professor adquire grande parte dos conhecimentos específicos [...]” (p.226). Dentre as outras fontes de informações utilizadas, os estagiários apontaram consulta a documentos como o PPP (Projeto Político Pedagógico) das escolas, Proposta Curricular do Estado de São Paulo e leis. Encontramos isto no discurso do E3 “Para o projeto da escola, nós utilizamos os dados da própria escola. Utilizamos também os documentos da área de educação, artigos, livros disponíveis na internet” (E3, grifo nosso). Assim como na elaboração do Projeto de Ensino, diferentes fontes de informação foram apontadas como importantes para ensinar durante a Prática de Ensino. Novamente as disciplinas cursadas na Universidade foi o mais citado. “Eu acho que pra ensinar a gente utiliza tanto o conhecimento que a gente viveu como aluno na escola, como o conhecimento que a gente aprendeu em todas as disciplinas da graduação. Utiliza tanto o conhecimento mais literário, dos textos que a gente discute. Na escola até com o dialogo assim eu acho que a gente sempre esta conhecendo, descobrindo coisas novas para colocar em prática durante a aula” (E1, grifo nosso). Em meio aos discursos arrolados identificamos que a Prática de Ensino, além de ser um momento de contato com a realidade, como já citado, se configura como... um contexto que eles (estagiários) confrontam os saberes advindos da formação inicial com a realidade prática. Além disso, é neste ambiente que eles acabam por identificar, mobilizar e/ou adquirir um conjunto de competências, habilidades e conhecimentos que se tornam necessários à sua prática educativa (MARTINY & SILVA, 20011, p. 569). No bojo dessa questão E7 apresentou a sua opinião da seguinte maneira: “Você tira assim das suas concepções de mundo, como professor se vai querer passar alguma coisa, ai não sei, vai da criatividade, dos diálogos com os demais, não dá pra falar ‘a eu tirei de tal livro’, tem coisa que você vai tirar do livro e vai ‘nossa, mas dá pra acrescentar isso e dar outra abordagem no negocio pra tentar passar essa outra informação para os moleques’. Eu acho que é difícil falar, eu posso sei lá ter tido uma
  • 6. aula quando eu jogava futebol no colegial e falar ‘nossa, mas dá pra trocar o assunto partindo disso aqui’. Como eu posso ter tido uma aula aqui na faculdade falar nossa essa aula serve, dá direitinho pra colocar na escola”. A partir do discurso do E7 notamos a dificuldade de se identificar os saberes que são mobilizados durante a prática pedagógica. Uma justificativa para tal acontecimento pode ser o fato desses saberes acabarem formando uma amálgama que envolve todos num único saber, daí a dificuldade de apontá-los separadamente. Embora haja essa dificuldade de identificar os saberes devido a sua complexidade porque eles não são dados na forma como os identificamos na literatura, eles estão presentes nas experiências dos estudantes e professores como conteúdos do processo de escolarização e disciplinas veiculadas na formação universitária. 3.2 Os saberes docentes na perspectiva dos estagiários e professores Dos relatos obtidos pela entrevista dos estagiários e professores foi possível identificar a presença de saberes (TARDIF, 2010). Os estagiários com uma ênfase particular no conhecimento sobre os alunos e os professores no aspecto gostar, ter vontade. Isto pode ser encontrado na fala do E1 e P4, respectivamente: “Eu acho que primeiro o professor precisa conhecer os alunos e saber qual conhecimento que vai ser mais interessante para eles. Por que eu acho que a partir do momento que o professor ensina o que interessa à eles, eles vão conseguir entender” (E1, grifo nosso). “Olha, eu acho que tem que ter muita vontade mesmo de ensinar, gostar muito do que ta fazendo (...) eu acho que tem que ter muita vontade, se você for trabalhar com escola, com educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, tem que gostar do que você está fazendo, senão não vai sair nada” (P4, grifo nosso). Este conhecer os alunos, apontado pelos futuros professores pode ser visto pela ótica de um saber profissional (TARDIF, 2010). Tal associação deve-se ao fato de que as ciências da educação compreendem conhecimentos principalmente da área sociológica e psicológica, que auxiliam na compreensão de como é o aluno da escola. É possível também estabelecer uma relação com os saberes experienciais (TARDIF, 2010). Nesta direção a prática auxilia o professor a conhecer o seu aluno, a conhecer a sua realidade. Os apontamentos realizados pelos professores apontam para o ensino como vocação. Este ponto vocacional podemos associar a questão da escolha profissional, podendo trazer associado a esta escolha um saber profissional (TARDIF, 2010), no sentido de desenvolvimento profissional atribuído por Nóvoa (2007), que implica numa produção da vida de professor, ou seja, da constituição de sua identidade, bem como da produção da profissão docente, vinculada tanto à associação profissional como a ideia do que implica ser uma profissão. Neste contexto a prática profissional, prática pedagógica, se torna portadora de saberes mobilizados na ação docente, dando origem ao que Tardif chama de epistemologia da prática profissional, uma epistemologia estruturada com base na epistemologia do senso comum e na epistemologia do cotidiano.
  • 7. Apesar da ênfase nesses saberes, os estagiários e professores apontaram outros saberes que são importantes para ensinar. Um deles está ligado ao saber disciplinar (TARDIF, 2010), que resumidamente está ligado ao conteúdo especifico que o professor vai desenvolver com os seus alunos. Este fato pode ser encontrado nos relatos do E2: “É relevante que o professor conheça o conteúdo que ele vai ensinar”; P8: “O professor precisa ter um conhecimento prévio frente ao que ele vai ensinar”; e P3: “O professor deve ter o domínio daquilo que vai ensinar, você tem que saber o que vai passar”. O saber curricular (TARDIF, 2010), ligado principalmente as estratégias de ensino, também esteve presente nas falas dos estagiários e professores. O E3 afirma: “Bom, o professor tem que saber muita coisa. Ele tem que saber porque que ele está ensinando, eu acho assim, ele deve ter claro o objetivo dele de estar ensinar; como ele vai transmitir isso, que estratégias ele vai usar para transmitir isso” (grifo nosso). Dando continuidade a discussão o P3 vai colocar que o professor em seu cotidiano pedagógico tem que... “[...] perceber se todos estão entendendo o que você está falando e perceber a classe heterogênea, tem classe que é muito homogênea, tem classe que é heterogênea, então a sua estratégia tem que ser diferente, você tem que ter uma percepção do que você esta trabalhando. Se você esta trabalhando com a classe A é um jeito, com a classe B é outro jeito, você pode até fazer uma avaliação parecida ou igual, mas a forma pedagógica de você abordar um assunto tem que ser diferente, entendeu? O P1 dá a sua opinião também sobre o assunto e afirma que... “[...] tem que ter um plano senão eu me perco, por mais que a pessoa tenha certa trajetória, uma experiência, é sempre importante planejar, rever o plano ver o que deu certo pro plano seguinte, as vezes uma turma tem um potencial maior pra um determinado assunto, outra tem um potencial, a gente também deixar que isso flua”. No âmbito das declarações foi possível identificar que não houve domínio de um único saber entre os professores e estagiários. Apontando que o saber docente é plural, é proveniente de diversas fontes, como das instituições de formação, da formação profissional, dos currículos e da prática cotidiana, sendo assim este saber pode ser tido como heterogêneo (TARDIF, 2010). Tendo a identificação dos principais saberes importantes para a prática pedagógica, buscamos compreender como se dá a construção desses saberes. Estagiários e professores assinalaram que não possuem todos os saberes e que eles estão sempre em construção. Este aspecto fica bem claro no relato do E3, que afirma que não possui todos os saberes. “Não todos, eu acho que eu vou conseguir ir construindo, eu acho que está em processo mesmo, porque as vezes quando eu olho assim eu penso que algumas coisas são mais fortes do que outras, ou talvez outras nem existiam, esses conhecimentos não existam ainda, mas eu acho que é coisa de tempo assim, de formação de identidade mesmo de professor”.
  • 8. Podemos citar outros exemplos, como o relato do P1 “Olha eu acho que esses saberes estão sempre em construção de acordo com o que acontece”. Na mesma direção P3 afirma que não tem todos os saberes “[...] tem saberes que eu ainda tenho que aprender”. A ideia dos saberes estarem sempre em construção indica também que a “formação docente é, pois, contínua, o que quer dizer que, enquanto o professor estiver em atividade, novos saberes vão se constituindo. Assim, ele se renova e se (trans)forma a todo momento, mediante o seu convívio social” (AMORIM & RAMOS, 2010, p.227). Partindo desta ideia de que o professor esta sempre em construção, os futuros professores apontaram que, principalmente é a pratica pedagógica que auxilia nesta construção. Já para os professores, principalmente, são os cursos, leituras e reciclagens, que os auxiliam a estarem sempre se atualizando, adquirindo saberes. Vale destacar que o processo de escolarização, na perspectiva dos participantes do estudo também traz grande influência para a prática pedagógica. Apontamos como exemplo a fala do E4. “Com certeza, porque a gente lembra muito de ‘ah como foi na minha época, como eu me sentia sendo aluna’; e ai a gente consegue prever mais ou menos como que os alunos estão se sentindo, ou como a gente deveria trabalhar, acho que isso influencia bastante”. Analisando as perspectivas dos estagiários e professores, separamos em dois grupos. No primeiro, a contribuição do processo de escolarização esta mais associada ao papel dos seus professores de Educação Física, os sujeitos apontaram que se basearam na prática de seus professores. O segundo se atentou mais aos sentimentos e experiências enquanto alunos na escola. Com base nos discursos podemos inferir que o processo de escolarização se apresenta como um momento muito importante para a formação do professor, podendo assim futuramente auxiliá-lo na sua prática pedagógica. Segundo Cyrino (2009)... o processo de Formação Inicial de Professores não acontece primeiramente em situação acadêmica, mas sim, enquanto ainda se é aluno da escola básica. O professor é um dos únicos profissionais que já está inserido em seu ambiente de trabalho a pelo menos 10 anos, nos bancos escolares (p. 145). Deste modo, quando os alunos ingressam no curso acadêmico de formação de professores, eles já vêm com certa compreensão do que é ser professor (AMORIM & RAMOS, 2010). Portanto, podemos deduzir que as crenças, saberes, concepções são principalmente adquiridas no período escolar. Diante do exposto, cabe aos cursos de formação auxiliar os futuros professores na re-significação dessas crenças, para que elas possam ser reconstruídas individualmente, pois se o futuro professor não confrontar as suas crenças, ele corre o risco de apenas repetir o que vivenciou. 4. ALGUMAS REFLEXÕES Nossa grande preocupação era compreender como os estudantes da disciplina de estágio supervisionado na escola e os professores da escola constroem/constituem/apontam os saberes que são mobilizados na prática de ensino.
  • 9. À vista dos resultados constatamos que os professores da escola e os estudantes universitários identificam diversos saberes mobilizados durante a prática pedagógica: o saber disciplinar, o da experiência, o profissional e o curricular. Tal acontecimento aponta que o saber docente é plural, é proveniente de diversas fontes, como das instituições de formação, da formação profissional, dos currículos e da prática cotidiana, sendo assim este saber pode ser tido como heterogêneo. Entretanto, cabe ressaltar, que apesar dos estagiários citarem diferentes saberes, teve-se uma valorização das disciplinas, dos conteúdos vistos na Universidade, isso deve-se provavelmente ao fato deles estarem inseridos neste contexto a maior parte do tempo, ficando assim restringidos a isto. No que tange a constituição dos saberes foi possível identificar que a sua construção é contínua e tem influencia de diversos momentos, como o processo de escolarização, a formação inicial, a atuação profissional e a formação continuada. Contudo, para os professores, os cursos, as leituras se constituem como formas significativas de aquisição de saberes; enquanto que os estagiários apontaram a prática como o local de maior desenvolvimento dos saberes. Neste sentido, concluímos que há necessidade de a instituição universitária buscar uma maior aproximação com o contexto escolar, concedendo assim aos professores mais experientes um papel central na formação dos mais jovens. Nesta perspectiva busca-se formar o individuo dentro de uma cultura profissional, ou seja, formar-se partindo dos aspectos que regem a profissão, não de aspectos externo a mesma. REFERÊNCIAS AMORIM, M. L. Filho, & RAMOS, G. N. S. (2010) Trajetória de vida e construção dos saberes de professoras de Educação Física. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 24, n. 2, p.223-238, abr/jun. ANDRÉ, M., HOBOLD, M. S., & PASSO, L. F. (2011) Os saberes do trabalho docente nas representações de estudantes de licenciatura. In: X CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO- EDUCERE I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, SUBJETIVIDADE E EDUCAÇÃO- SIRSSE, 2011, Curitiba. Os saberes do trabalho docente nas representações de estudantes de licenciatura. Curitiba: p. 1 - 13. BORGES, C. (2001) Saberes Docentes: Diferentes Tipologias e Classificações de um campo de pesquisa. Educação e Sociedade, Campinas, n. 74, p.59-76, abr. CUNHA, M. I. (2010) Lugares de formação: tensões entre a academia e o trabalho docente. In: DALBEN, A. I. L. F. Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente. Belo Horizonte: Autêntica, p. 129-149. CYRINO, M.(2009) Professores em Formação: O momento da Prática de Ensino e a relação entre estagiários e professores-colaboradores. 2009. 100 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Est. Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro.
  • 10. GAUTHIER, C. et al. (1998) Apresentação - Ensinar: Oficio Estável, Identidade Profissional Vacilante. In:______. Por uma teoria da pedagogia: Pesquisas Contemporâneas sobre o saber docente. Rio Grande do Sul: Unijuí, p. 19-37. MARTINY, L. E., & SILVA, P. N. G. (2011) "O que eu transformaria? muita coisa!": Os saberes e os não saberes docentes presentes no estágio supervisionado em Educação Física. Revista da Educação Física, Maringá, v. 22, n. 4, p.569-581. Disponível em: <http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/11277/8656>. Acesso em: 11 set. 2013. NÓVOA, A. (2007) O regresso dos professores. 2. ed. Lisboa: Educa, 83 p. PIMENTA, S. G. (2002) A formação de professores: saberes da docência e identidade. Nuances, Presidente Prudente, v.3, p.5-14, 1997._____.(Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez. PIMENTA, S. G., & LIMA, M. S. L. (2005/2006) Estágio e docência: diferentes concepções. Revista Poíesis, Santa Catarina, v. 3, n. 3 e 4, p.5-24. SHULMAN, L. (1987) “Knowledge and teaching: foundations of the new reform”. Havard Educational Review, n.57, v.1, p.4-14. SHULMAN, L. S. (1986) Those who understand: knowledge growth in teaching. Educational, v.15, n.2, p.4-14. Disponível em: <http://www.fisica.uniud.it/URDF/masterDidSciUD/materiali/pdf/Shulman_1986.pdf>. Acesso em 29 out. 2012. TARDIF, M. (2010) Saberes Docentes e Formação Profissional. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 323 p. TARDIF, M, LESSARD, C, & LAHAYE, L. (1991) Os professores diante do saber: esboço de umaproblemática do saber docente. Teoria e Educação, Porto Alegre, v.1, n.4, p. 31-55. VELLOSO, M. A. F. (2012) Olhando para o século XXI: Uma visão do mundo globalizado. Disponível em: <http://www.interpsic.com.br/saladeleitura/textos/seculoXXI-main.html#_edn2>. Acesso em: 16 jul. 2012.