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UM BREVE OLHAR SOBRE O PERFIL DO DOCENTE DA ACADEMIA DA FORÇA
AÉREA
Carlino, Eliana Prado
ecarlino@bol.com.br
Hernandez, Josélia Maria Costa
joseliahernandez@gmail.com
Formiga, Leomarcos Alcântara
leomarcos.formiga@terra.com.br
Academia da Força Aérea – Pirassununga - SP - Brasil
Resumo
Com a intenção de investigar a identidade do docente da AFA, o seu processo de
profissionalização assim como as diversas concepções de ensino e de aprendizagem que
permeiam o seu fazer pedagógico, é apresentado neste trabalho uma visão inicial sobre o
perfil desses docentes. Apesar de haver inúmeras pesquisas relativas aos processos de
formação docente, os autores deste trabalho entendem que esta seja uma demanda
necessária, considerando que não há estudos que tratem da especificidade desses
profissionais no âmbito do ensino superior militar. Para se ter uma visão inicial sobre
quem são esses docentes, foi elaborado um questionário, contendo trinta questões, e
respondido por sessenta e um professores (num total de setenta e dois), mostrando
características que vão desde idade, formação inicial e continuada, tempo de atuação na
AFA até hábitos culturais e desportivos. Há muitas teorias que embasam as ações do
professor e se refletem no seu modo de ensinar, de avaliar, na escolha e no tratamento
dos conteúdos, inclusive no seu modo de estabelecer relações com os alunos.
Apresentar esses dados é uma forma de começar adentrar esse universo em toda a sua
dinâmica e complexidade e tentar compreendê-lo, a fim de lançar novas luzes sobre o
exercício cotidiano daqueles que se dedicam à formação do futuro oficial da Força Aérea.
Palavras-chave: ensino superior militar - formação docente - identidade
2
Os dados apresentados neste trabalho permitem traçar um perfil geral dos
docentes que atuam na Divisão de Ensino da Academia da Força Aérea. Consideramos
necessário aprender mais sobre esses sujeitos – sua formação, seu tempo de trabalho na
AFA, tempos de aulas durante o ano, tempos dedicados ao preparo das aulas, sua opção
pela docência, a participação em grupos de estudo ou pesquisa, seus hábitos e
preferências culturais, sua satisfação com a profissão docente.
Mas, além desses aspectos gerais, queremos também saber quais são as
peculiaridades desses professores em relação às suas práticas e concepções educativas;
o que os iguala e o que os diferencia; quais são suas histórias de formação e qual(is)
sua(s) identidade(s), aprimorando o conhecimento a respeito de quem são esses
professores ou, de quem somos, já que os autores desta pesquisa também são docentes
compondo esse quadro. Portanto, realizar esse estudo é também nos indagarmos acerca
dos nossos próprios processos de formação e profissionalização docente, o que não é
um trajeto livre de inquietações.
E é deste lugar que apresentamos os dados preliminares desta pesquisa; do lugar
de quem vê aos outros ao mesmo tempo em que vê a si mesmo. A intenção é
problematizar-nos a nós, docentes, e adentrarmos no campo da identidade, da
profissionalização, e ainda, das concepções e metodologias de ensino, afinal, o
professor, visto como técnico e mero aplicador de teorias e técnicas científicas tem
perdido espaço nas pesquisas relativas aos processos de formação docente.
Estamos entendendo profissionalização como o constante vir-a-ser do docente,
pautado não apenas na sua formação inicial mas também na chamada educação
continuada. Como afirma Perrenoud (1993, p.137)
qualquer formação inicial merece ser periodicamente repensada em
função da evolução das condições de trabalho, das tecnologias ou do
estado dos saberes. Em determinados casos, a renovação das
formações iniciais é parte integrante de uma transformação mais
fundamental da profissão. É o caso da profissão docente, em vias de
profissionalização.
A profissionalização precisa ser pensada quando entendemos a complexidade e a
dificuldade da profissão docente: que dar aulas não é sinônimo de ensinar e nem
garante, necessariamente, a aprendizagem de um conteúdo por parte do aluno e, ainda,
que ensinar não se resume a um fazer puramente técnico, mas consiste em saber
transformar um conhecimento, qualquer que seja ele, em conhecimento aprendido pelo
aluno e não apenas memorizado ou reproduzido. A isso Schulman (1987) denominou de
conhecimento pedagógico do conteúdo. Assim, “a formação básica [...] não é mais
entendida como locus que encerra a aquisição da competência necessária ao ‘ser
3
professor’” (MELLO, 1998, p.19), o que faz com que atuar na docência coloque uma
demanda de contínua formação.
Ainda de acordo com Perrenoud (1993, p.152), a profissionalização, entre outras
coisas, define-se também por
uma identidade, uma forma de representar a profissão, as suas
responsabilidades, a sua formação contínua, a sua relação com outros
profissionais, o funcionamento dos estabelecimentos de ensino [...].
Nada disto se faz espontaneamente, à medida de uma progressão
puramente individual. [...] E que haja lugar para uma reflexão sobre a
organização, as suas finalidades e estruturas. Porque ser um profissional
também significa participar na gestão do conjunto, não se contentar em
fazer o trabalho individualmente.
Desse modo, algumas questões se colocam como necessárias para investigação,
entre elas:
• Quem são os sujeitos que compõem o quadro de docentes da Academia da
Força Aérea?
• Qual a identidade dos docentes da AFA, e como tem sido seu processo de
profissionalização?
• Quais são as especificidades da instituição na qual se desenvolve este
estudo?
• De que modo os docentes da AFA se identificam profissionalmente?
• Quais as concepções de ensino e de aprendizagem que permeiam o fazer
docente?
• Em que consiste esse fazer docente?
E, dentro do amplo universo e das possibilidades que se colocam a partir dessas
questões, nossa intenção de pesquisa é construir inicialmente um perfil do quadro
docente da AFA, para em seguida poder olhar para o(s) seu(s) processo(s) de construção
e de formação bem como as diversas concepções de ensino e de aprendizagem que
permeiam suas práticas didático-pedagógicas.
Ao ingressar numa instituição de ensino ou, mais especificamente, numa sala de
aula, o professor se depara com necessidades de diferentes instâncias como
planejamento de aulas, conteúdos de ensino, procedimentos didático-metodológicos,
avaliação e, ainda, aspectos que implicam as relações intersubjetivas no processo de
elaboração dos conhecimentos trabalhados. Todas elas implicam um constante repensar
e reorganizar do fazer docente.
Pimenta e Anastasiou (2002, p.37) afirmam que
4
na maioria das instituições de ensino superior, incluindo as
universidades, embora seus professores possuam experiência
significativa e mesmo anos de estudos em suas áreas específicas,
predomina um despreparo e até um desconhecimento científico do que
seja o processo de ensino e de aprendizagem, pelo qual passam a ser
responsáveis a partir do instante em que ingressam na sala de aula.
Ser professor na atualidade implica atuar em contextos não lineares, imprevisíveis
e inéditos; não há modelos a serem seguidos com garantias de sucesso.
Conseqüentemente, espaços para o processo de reflexão, seja individual ou coletivo,
impõem-se como necessidade para se pensar princípios e alternativas que norteiem
ações e práticas possíveis.
Muitas são as teorias a embasar as ações do professor. Seu modo de ensinar, de
avaliar, de estabelecer relações com os alunos, de definir os conteúdos de ensino está
permeado por referenciais teóricos. Estes, na maioria das vezes, mesmo sendo
desconhecidos pelos professores, estão implícitos em suas práticas e determinam seu
fazer e seu pensar na educação.
Portanto, pesquisar, conhecer e refletir sobre essas teorias e problematizá-las
pode auxiliar no sentido de transformar as práticas vigentes à luz de novos referenciais.
Dificilmente os professores fazem uma análise reflexiva ou falam a respeito de sua
prática; dificilmente estabelecem relações entre seu fazer e os pressupostos teóricos que
o embasam e determinam as decisões que tomam ao realizar seu trabalho. Mas, ainda
que não o façam, sua prática é política no sentido de que evidencia valores.
São muitos os estudos existentes sobre professores, entretanto, criar espaços de
interlocução e de aproximação do trabalho pedagógico pensado e realizado por
professores numa academia militar, em particular na AFA, coloca-se como um trabalho
único, na medida em que somos um quadro de profissionais da docência numa
organização cujos modos de funcionamento criam um cenário singular, com
especificidades que não se repetem em outras instâncias do ensino superior.
Assim, pensamos que criar espaços de reflexão onde os sujeitos possam olhar
mais detidamente para aquilo que pensam e fazem no seu trabalho educativo pode ser
uma forma de explicitar para os outros e, principalmente, para si mesmos os sentidos e
as relações afetivas construídas com relação ao trabalho desenvolvido cotidianamente e,
conseqüentemente, resignificar o próprio trabalho, construindo novos fazeres, novos
sentidos e novos olhares.
Entendemos que a função docente se faz e se constrói numa trajetória repleta de
questionamentos e indagações nem sempre fáceis de serem equacionadas, até porque
concordamos com Arroyo (2008, p.41) quando afirma que “é mais fácil questionar o
sucesso ou fracasso dos alunos no domínio de conteúdos e técnicas, de competências,
5
do que o próprio mestre questionar a formação e o desenvolvimento humano dele
próprio, porque será sempre uma auto-interrogação”.
PERCURSO METODOLÓGICO
Apesar de não ser nossa intenção precípua obter apenas dados quantitativos
sobre a realidade docente da Divisão de Ensino da Academia da Força Aérea,
consideramos que esses dados poderiam nos ajudar a compor um primeiro perfil neste
estudo.
A fim de obter elementos que nos auxiliassem a responder as questões
levantadas inicialmente - uma possível identidade profissional desses docentes, seu
processo de formação e de profissionalização assim como suas concepções de ensino e
de aprendizagem - optamos por elaborar, num primeiro momento, um questionário que
nos fornecesse dados mais objetivos sobre o quadro docente desta organização militar.
O questionário, contendo trinta questões, foi distribuído para setenta e dois
professores da Divisão de Ensino, a fim de fornecerem dados que permitissem traçar um
perfil geral e abrangente do docente na AFA, no sentido mais quantitativo.
Por meio dele, foram levantadas informações como idade, formação inicial e
continuada, formação em licenciatura, tempo de atuação na AFA, tempos em que se
dedicam às aulas durante o ano, tempos dedicados ao preparo das aulas, sua opção pela
docência, a participação em grupos de estudo ou pesquisa, seus hábitos e preferências
culturais e desportivas, sua satisfação com a profissão de professor, e outros aspectos
que pudessem oferecer uma visão multifacetada do corpo docente.
Dos setenta e dois questionários entregues retornaram sessenta e um, portanto,
85% de respostas obtidas, o que consideramos um índice significativo e que, produzindo
respostas curtas e objetivas, nos possibilitou a visualização dos primeiros resultados e
análises da pesquisa.
SOBRE O CORPO DOCENTE DA AFA – ALGUNS DADOS PRELIMINARES
Do quadro docente pesquisado1
, sessenta e um por cento (61%) são homens e
trinta e nove por cento (39%) são mulheres, sendo que cinqüenta e sete por cento (57%)
deles estão na faixa etária entre 40 e 55 anos. Quarenta e oito por cento (48%) dos
professores atuam como docentes na AFA há, pelo menos, 11 anos e quinze por cento
1
A Divisão de Ensino da Academia da Força Aérea conta, atualmente, com setenta e quatro
professores civis distribuídos em cinco áreas de conhecimento: Ciências Administrativas, Ciências
Humanas, Ciências da Linguagem, Ciências Exatas e Ciências do Esporte.
6
(15%) há mais de 30 anos; sendo assim, mais da metade deles, ou seja, sessenta e três
por cento (63%) têm um tempo considerável de trabalho desenvolvido nessa organização
militar e trinta e sete por cento (37%) ingressaram na AFA há menos de seis anos.
Interessa-nos, no decorrer da pesquisa, investigar como esses diferentes tempos
de contato com o ensino superior militar têm sido apropriados e têm se refletido nos
modos como cada um concebe as questões de ensino e de aprendizagem e desenvolve
seu trabalho em sala de aula.
Sessenta e nove por cento (69%) dos professores têm uma carga horária acima
de duzentos tempos de aula/ano. Somam-se a esses tempos, horários dedicados ao
planejamento dessas aulas. A organização militar pressupõe um rígido modelo de
planejamento - curricular e de ensino - do trabalho a ser desenvolvido na organização.
No âmbito do planejamento de ensino encontram-se os chamados PUDs (Planos
de Unidade Didática), nos quais estão previstos objetivos educacionais – gerais,
específicos e operacionalizados – numa clara vinculação com a taxionomia de Bloom
(1976).
Entretanto, interessa-nos saber como os docentes pensam e utilizam esses
tempos de preparo das aulas, o que trazem em termos de conteúdos, metodologias e
técnicas de ensino e como compreendem e significam seu trabalho com os
alunos/cadetes e o que consideram relevante nesse processo de preparação ou de
produção dessas aulas (o modo de se referir à aula faz diferença e sinaliza para uma
concepção de ensino – dar aulas, fazer a aula, “espalhar ou distribuir conhecimento”, no
dizer de alguns colegas de trabalho).
Antes de ingressar na AFA, sessenta e seis por cento (66%) dos professores
exerceram atividade de docência no ensino superior. Desse total, setenta e seis por cento
(76%) na graduação e vinte e quatro por cento (24%) na graduação e pós-graduação.
Como essa experiência contribuiu para compor seu modo de ser/atuar docente no ensino
superior militar? Como ela foi incorporada e configura os seus modos de ser professor
numa instância diferente do ensino superior? Ressaltamos ainda que dos professores
que tiveram experiência anterior no ensino superior, setenta por cento (70%) deles
atuaram no sistema particular, quinze por cento (15%) no sistema público e nove por
cento (9%) no sistema público e particular de ensino. E mesmo aqueles que não tiveram
experiência no ensino superior a vivenciaram em outros níveis de ensino. O que trazem
dessa vivência anterior?
Do total dos participantes da pesquisa, apenas onze por cento (11%) tiveram
formação no Magistério (ou antigo Normal).
Um dado considerado importante, da perspectiva do nosso referencial teórico, é
que sessenta e quatro por cento (64%) tiveram licenciatura no curso de graduação. Ao
7
pensar a função docente numa perspectiva histórica, é relevante considerar que muitos
dos que se dedicam às atividades de ensino não passaram por processos de
aprendizagem da docência, e muitas vezes o consideram desnecessário, já que existe
uma forte concepção de que para o professor ensinar basta o conhecimento de seu
conteúdo de ensino. O que os docentes do nosso estudo pensam sobre isto?
Setenta e dois por cento (72%) dos professores participam de eventos na área de
educação enquanto dezoito por cento (18%) nunca participaram de eventos nessa área e
dez por cento (10)% não responderam, o que nos sugere também a não participação. Em
contrapartida, oitenta e nove por cento (89%) estão envolvidos em atividades científicas
em sua área específica de atuação enquanto três por cento (3%) nunca tiveram
participação nesses eventos e oito por cento (8%) não responderam.
As respostas a essas questões sugerem, num primeiro momento, que muitos
professores além de se preocuparem com sua área específica de atuação também
buscam o envolvimento em atividades educacionais, procurando aperfeiçoar ou refletir
sobre sua prática docente. Entretanto, esses dados requerem maiores aprofundamentos,
a fim de esclarecer a real motivação para a presença nesses eventos.
Acerca da última questão sobre a satisfação em ser docente da AFA, oitenta e
três por cento (83%) dos professores afirmam estarem satisfeitos; quinze por cento (15%)
não e dois por cento (2%) não responderam a questão. Sobre a satisfação com a
docência na AFA sentimos necessidade de aprofundar as análises em momento
posterior, pois alguns docentes ao responderem negativamente à questão (“Você está
satisfeito com a sua profissão de professor(a) da AFA?”), fizeram algumas observações,
como por exemplo: “Da AFA, não. Mas, pelos cadetes, sim”; “Em parte”;“Já pensei muito
sobre este ponto. Aqui na AFA é difícil civil atuar sobre o ensino. A nossa opinião não é
levada a sério". “Mais ou menos”.
Dessa forma, algumas dessas respostas, numa tentativa de explicar o ‘sim’ ou o
‘não’ apontam para a necessidade de investigar melhor quais os sentidos implícitos para
o professor no ato de ensinar e, dentro desses sentidos produzidos, quais as
possibilidades e perspectivas que se vislumbram.
Também está implícito em nossa iniciativa com este estudo um certo
desassossego relacionado aos sentidos produzidos pelos cadetes sobre o aprender na
AFA. Arriscaríamos dizer que a insatisfação de alguns professores pode estar
relacionada com a perda de sentido vivenciada no espaço de ensino e de aprendizagem,
no âmbito desta Academia.
Sendo assim, a partir desse panorama, a intenção da pesquisa é ir além e poder
saber das emoções – amores, angústias, gostos e desgostos, desejos – que este
trabalho suscita e mobiliza em cada um de nós; o que nos faz avançar e retroceder, o
8
que nos faz, apesar de todas as adversidades, querer estar no processo no qual, ao
mesmo tempo em que se forma, ajuda-se outro a se formar e a se constituir. Quais são
essas identidades em jogo e em processo? Haverá um fio que perpassa cada uma
delas? Quais têm sido os processos formadores e de profissionalização desses
docentes? Quais as imagens e auto-imagens em construção? Quais os sentidos que têm
sido construídos e reconstruídos sobre o fazer docente nesse contexto específico de
trabalho?
A continuidade desta pesquisa prevê a elaboração de entrevistas semi
estruturadas que permitirão, num segundo momento do trabalho, levantar outros
elementos para análise, possibilitando um olhar mais detido sobre a própria história de
formação do professor que, ao falar a respeito de seus processos formativos, pode
melhor compreender os motivos que geram suas ações, bem como suas concepções
sobre as várias instâncias do processo de ensinar e de aprender. Assim, o professor
pode ressignificar suas ações pedagógicas, na medida em que modifica a percepção de
si, do próprio trabalho e do mundo. Afinal
O prazer de dizer-se ou contar-se, e em alguns casos, o fato de dispor
de uma escuta ou leitura atenta já por si contribui para que o indivíduo,
aluno/professor inicie a reflexão sobre sua história e os processos
formadores. O prazer de narrar-se favorece a constituição da memória
pessoal e coletiva inserindo o indivíduo nas histórias e permitindo-lhe, a
partir destas tentativas, compreender e atuar. (CATANI, 1998, p.29)
Por meio das entrevistas, os docentes poderão falar sobre seu trabalho, suas
experiências de formação e atuação profissional, entre outras coisas, possibilitando aos
sujeitos ampliar a perceção e a visibilidade que têm de si.
O critério para a escolha dos colaboradores da pesquisa será de acordo com a
área de atuação e o tempo de serviço na AFA. Assim, teremos dois professores - um
mais antigo e um mais moderno2
- para cada área de conhecimento existente na Divisão
de Ensino da AFA.
Desse modo, será a partir das entrevistas que daremos seguimento a este projeto.
As entrevistas serão gravadas e transcritas para, posteriormente, delas serem
selecionadas as possíveis categorias de análises.
Paira uma certa inquietação por entender melhor o nosso ser/fazer docente,
sempre em constituição, afinal, não nascemos professores, mas vamos nos constituindo
2
Na AFA, é denominado mais moderno aquele professor que ingressou mais recentemente na
instituição, seguindo um paralelo com a denominação utilizada no meio militar.
9
professores num processo que vai entremeando vários momentos, instâncias e
circunstâncias da nossa vida.
Entre o muito que se tem dito e escrito sobre nós (professores) e o muito
que se tem planejado e proposto a nós, têm-se revelado muitas faces de
nossa atividade profissional. Faces nem sempre harmônicas. Faces nem
sempre agradáveis de encarar. Faces em que, muitas vezes, não nos
reconhecemos... (FONTANA, 2000, p.17)
BIBLIOGRAFIA:
ARROYO, Miguel G. Ofício de mestre: imagens e auto-imagens. 10 ed. Petrópolis: RJ:
Vozes, 2008.
BLOOM, Benjamin S. Taxionomia de objetivos educacionais: domínio afetivo. Trad.
Jurema Alsides Cunha: Porto Alegre, Globo, 1976, v. 2.
______. Taxionomia de objetivos educacionais: domínio cognitivo. Trad. Flávia
Maria Sant’ Anna. 5ª Ed. Porto Alegre, Globo, 1976, v. 1.
CATANI, Denice Barbara. Práticas de formação e ofício docente. In: BUENO, Belmira
Oliveira, CATANI, Denice Barbara e SOUZA, Cynthia Pereira de. (orgs.). A vida e o
ofício dos professores: formação contínua, autobiografia e pesquisa em
colaboração. São Paulo: Escrituras, 1998.
CUNHA, Maria Isabel da. Ensino com Pesquisa: A prática do professor universitário.
Caderno de Pesquisa. São Paulo, n.97, p.31-46, maio, 1996.
FONTANA, Roseli A. Cação. Como nos tornamos professoras? Belo Horizonte:
Autêntica, 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
10 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
MELLO, Roseli Rodrigues de. Os saberes docentes e a formação cotidiana nas séries
iniciais do ensino fundamental: um estudo de casos múltiplos de tipo etnográfico.
1998. 413 f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de São Carlos, São
Carlos, 1998.
PERRENOUD, Philippe. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação:
perspectivas sociológicas. Lisboa: Dom Quixote, 1993.
PIMENTA, Selma Garrido e ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência no
ensino superior. São Paulo: Cortez, 2002.
RIOS, Terezinha Azeredo. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor
qualidade. 5.ed. São Paulo: Cortez, 2005.
SCHAFFEL, Sarita Léa. A identidade profissional em questão. In: CANDAU, Vera Maria
(org.). Reinventar a escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
SHULMAN, L. S. Knowledge and teaching: foundations of a new reform. Harvard
Educational Review, v.57, n.1, P.1-22, 1987.
10
ZARAGOZA, José Manuel Esteve. O Mal-estar docente: a sala de aula e a saúde dos
professores. Bauru-SP: EDUSC, 1999, p.15-22.

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Perfil dos docentes da Academia da Força Aérea

  • 1. UM BREVE OLHAR SOBRE O PERFIL DO DOCENTE DA ACADEMIA DA FORÇA AÉREA Carlino, Eliana Prado ecarlino@bol.com.br Hernandez, Josélia Maria Costa joseliahernandez@gmail.com Formiga, Leomarcos Alcântara leomarcos.formiga@terra.com.br Academia da Força Aérea – Pirassununga - SP - Brasil Resumo Com a intenção de investigar a identidade do docente da AFA, o seu processo de profissionalização assim como as diversas concepções de ensino e de aprendizagem que permeiam o seu fazer pedagógico, é apresentado neste trabalho uma visão inicial sobre o perfil desses docentes. Apesar de haver inúmeras pesquisas relativas aos processos de formação docente, os autores deste trabalho entendem que esta seja uma demanda necessária, considerando que não há estudos que tratem da especificidade desses profissionais no âmbito do ensino superior militar. Para se ter uma visão inicial sobre quem são esses docentes, foi elaborado um questionário, contendo trinta questões, e respondido por sessenta e um professores (num total de setenta e dois), mostrando características que vão desde idade, formação inicial e continuada, tempo de atuação na AFA até hábitos culturais e desportivos. Há muitas teorias que embasam as ações do professor e se refletem no seu modo de ensinar, de avaliar, na escolha e no tratamento dos conteúdos, inclusive no seu modo de estabelecer relações com os alunos. Apresentar esses dados é uma forma de começar adentrar esse universo em toda a sua dinâmica e complexidade e tentar compreendê-lo, a fim de lançar novas luzes sobre o exercício cotidiano daqueles que se dedicam à formação do futuro oficial da Força Aérea. Palavras-chave: ensino superior militar - formação docente - identidade
  • 2. 2 Os dados apresentados neste trabalho permitem traçar um perfil geral dos docentes que atuam na Divisão de Ensino da Academia da Força Aérea. Consideramos necessário aprender mais sobre esses sujeitos – sua formação, seu tempo de trabalho na AFA, tempos de aulas durante o ano, tempos dedicados ao preparo das aulas, sua opção pela docência, a participação em grupos de estudo ou pesquisa, seus hábitos e preferências culturais, sua satisfação com a profissão docente. Mas, além desses aspectos gerais, queremos também saber quais são as peculiaridades desses professores em relação às suas práticas e concepções educativas; o que os iguala e o que os diferencia; quais são suas histórias de formação e qual(is) sua(s) identidade(s), aprimorando o conhecimento a respeito de quem são esses professores ou, de quem somos, já que os autores desta pesquisa também são docentes compondo esse quadro. Portanto, realizar esse estudo é também nos indagarmos acerca dos nossos próprios processos de formação e profissionalização docente, o que não é um trajeto livre de inquietações. E é deste lugar que apresentamos os dados preliminares desta pesquisa; do lugar de quem vê aos outros ao mesmo tempo em que vê a si mesmo. A intenção é problematizar-nos a nós, docentes, e adentrarmos no campo da identidade, da profissionalização, e ainda, das concepções e metodologias de ensino, afinal, o professor, visto como técnico e mero aplicador de teorias e técnicas científicas tem perdido espaço nas pesquisas relativas aos processos de formação docente. Estamos entendendo profissionalização como o constante vir-a-ser do docente, pautado não apenas na sua formação inicial mas também na chamada educação continuada. Como afirma Perrenoud (1993, p.137) qualquer formação inicial merece ser periodicamente repensada em função da evolução das condições de trabalho, das tecnologias ou do estado dos saberes. Em determinados casos, a renovação das formações iniciais é parte integrante de uma transformação mais fundamental da profissão. É o caso da profissão docente, em vias de profissionalização. A profissionalização precisa ser pensada quando entendemos a complexidade e a dificuldade da profissão docente: que dar aulas não é sinônimo de ensinar e nem garante, necessariamente, a aprendizagem de um conteúdo por parte do aluno e, ainda, que ensinar não se resume a um fazer puramente técnico, mas consiste em saber transformar um conhecimento, qualquer que seja ele, em conhecimento aprendido pelo aluno e não apenas memorizado ou reproduzido. A isso Schulman (1987) denominou de conhecimento pedagógico do conteúdo. Assim, “a formação básica [...] não é mais entendida como locus que encerra a aquisição da competência necessária ao ‘ser
  • 3. 3 professor’” (MELLO, 1998, p.19), o que faz com que atuar na docência coloque uma demanda de contínua formação. Ainda de acordo com Perrenoud (1993, p.152), a profissionalização, entre outras coisas, define-se também por uma identidade, uma forma de representar a profissão, as suas responsabilidades, a sua formação contínua, a sua relação com outros profissionais, o funcionamento dos estabelecimentos de ensino [...]. Nada disto se faz espontaneamente, à medida de uma progressão puramente individual. [...] E que haja lugar para uma reflexão sobre a organização, as suas finalidades e estruturas. Porque ser um profissional também significa participar na gestão do conjunto, não se contentar em fazer o trabalho individualmente. Desse modo, algumas questões se colocam como necessárias para investigação, entre elas: • Quem são os sujeitos que compõem o quadro de docentes da Academia da Força Aérea? • Qual a identidade dos docentes da AFA, e como tem sido seu processo de profissionalização? • Quais são as especificidades da instituição na qual se desenvolve este estudo? • De que modo os docentes da AFA se identificam profissionalmente? • Quais as concepções de ensino e de aprendizagem que permeiam o fazer docente? • Em que consiste esse fazer docente? E, dentro do amplo universo e das possibilidades que se colocam a partir dessas questões, nossa intenção de pesquisa é construir inicialmente um perfil do quadro docente da AFA, para em seguida poder olhar para o(s) seu(s) processo(s) de construção e de formação bem como as diversas concepções de ensino e de aprendizagem que permeiam suas práticas didático-pedagógicas. Ao ingressar numa instituição de ensino ou, mais especificamente, numa sala de aula, o professor se depara com necessidades de diferentes instâncias como planejamento de aulas, conteúdos de ensino, procedimentos didático-metodológicos, avaliação e, ainda, aspectos que implicam as relações intersubjetivas no processo de elaboração dos conhecimentos trabalhados. Todas elas implicam um constante repensar e reorganizar do fazer docente. Pimenta e Anastasiou (2002, p.37) afirmam que
  • 4. 4 na maioria das instituições de ensino superior, incluindo as universidades, embora seus professores possuam experiência significativa e mesmo anos de estudos em suas áreas específicas, predomina um despreparo e até um desconhecimento científico do que seja o processo de ensino e de aprendizagem, pelo qual passam a ser responsáveis a partir do instante em que ingressam na sala de aula. Ser professor na atualidade implica atuar em contextos não lineares, imprevisíveis e inéditos; não há modelos a serem seguidos com garantias de sucesso. Conseqüentemente, espaços para o processo de reflexão, seja individual ou coletivo, impõem-se como necessidade para se pensar princípios e alternativas que norteiem ações e práticas possíveis. Muitas são as teorias a embasar as ações do professor. Seu modo de ensinar, de avaliar, de estabelecer relações com os alunos, de definir os conteúdos de ensino está permeado por referenciais teóricos. Estes, na maioria das vezes, mesmo sendo desconhecidos pelos professores, estão implícitos em suas práticas e determinam seu fazer e seu pensar na educação. Portanto, pesquisar, conhecer e refletir sobre essas teorias e problematizá-las pode auxiliar no sentido de transformar as práticas vigentes à luz de novos referenciais. Dificilmente os professores fazem uma análise reflexiva ou falam a respeito de sua prática; dificilmente estabelecem relações entre seu fazer e os pressupostos teóricos que o embasam e determinam as decisões que tomam ao realizar seu trabalho. Mas, ainda que não o façam, sua prática é política no sentido de que evidencia valores. São muitos os estudos existentes sobre professores, entretanto, criar espaços de interlocução e de aproximação do trabalho pedagógico pensado e realizado por professores numa academia militar, em particular na AFA, coloca-se como um trabalho único, na medida em que somos um quadro de profissionais da docência numa organização cujos modos de funcionamento criam um cenário singular, com especificidades que não se repetem em outras instâncias do ensino superior. Assim, pensamos que criar espaços de reflexão onde os sujeitos possam olhar mais detidamente para aquilo que pensam e fazem no seu trabalho educativo pode ser uma forma de explicitar para os outros e, principalmente, para si mesmos os sentidos e as relações afetivas construídas com relação ao trabalho desenvolvido cotidianamente e, conseqüentemente, resignificar o próprio trabalho, construindo novos fazeres, novos sentidos e novos olhares. Entendemos que a função docente se faz e se constrói numa trajetória repleta de questionamentos e indagações nem sempre fáceis de serem equacionadas, até porque concordamos com Arroyo (2008, p.41) quando afirma que “é mais fácil questionar o sucesso ou fracasso dos alunos no domínio de conteúdos e técnicas, de competências,
  • 5. 5 do que o próprio mestre questionar a formação e o desenvolvimento humano dele próprio, porque será sempre uma auto-interrogação”. PERCURSO METODOLÓGICO Apesar de não ser nossa intenção precípua obter apenas dados quantitativos sobre a realidade docente da Divisão de Ensino da Academia da Força Aérea, consideramos que esses dados poderiam nos ajudar a compor um primeiro perfil neste estudo. A fim de obter elementos que nos auxiliassem a responder as questões levantadas inicialmente - uma possível identidade profissional desses docentes, seu processo de formação e de profissionalização assim como suas concepções de ensino e de aprendizagem - optamos por elaborar, num primeiro momento, um questionário que nos fornecesse dados mais objetivos sobre o quadro docente desta organização militar. O questionário, contendo trinta questões, foi distribuído para setenta e dois professores da Divisão de Ensino, a fim de fornecerem dados que permitissem traçar um perfil geral e abrangente do docente na AFA, no sentido mais quantitativo. Por meio dele, foram levantadas informações como idade, formação inicial e continuada, formação em licenciatura, tempo de atuação na AFA, tempos em que se dedicam às aulas durante o ano, tempos dedicados ao preparo das aulas, sua opção pela docência, a participação em grupos de estudo ou pesquisa, seus hábitos e preferências culturais e desportivas, sua satisfação com a profissão de professor, e outros aspectos que pudessem oferecer uma visão multifacetada do corpo docente. Dos setenta e dois questionários entregues retornaram sessenta e um, portanto, 85% de respostas obtidas, o que consideramos um índice significativo e que, produzindo respostas curtas e objetivas, nos possibilitou a visualização dos primeiros resultados e análises da pesquisa. SOBRE O CORPO DOCENTE DA AFA – ALGUNS DADOS PRELIMINARES Do quadro docente pesquisado1 , sessenta e um por cento (61%) são homens e trinta e nove por cento (39%) são mulheres, sendo que cinqüenta e sete por cento (57%) deles estão na faixa etária entre 40 e 55 anos. Quarenta e oito por cento (48%) dos professores atuam como docentes na AFA há, pelo menos, 11 anos e quinze por cento 1 A Divisão de Ensino da Academia da Força Aérea conta, atualmente, com setenta e quatro professores civis distribuídos em cinco áreas de conhecimento: Ciências Administrativas, Ciências Humanas, Ciências da Linguagem, Ciências Exatas e Ciências do Esporte.
  • 6. 6 (15%) há mais de 30 anos; sendo assim, mais da metade deles, ou seja, sessenta e três por cento (63%) têm um tempo considerável de trabalho desenvolvido nessa organização militar e trinta e sete por cento (37%) ingressaram na AFA há menos de seis anos. Interessa-nos, no decorrer da pesquisa, investigar como esses diferentes tempos de contato com o ensino superior militar têm sido apropriados e têm se refletido nos modos como cada um concebe as questões de ensino e de aprendizagem e desenvolve seu trabalho em sala de aula. Sessenta e nove por cento (69%) dos professores têm uma carga horária acima de duzentos tempos de aula/ano. Somam-se a esses tempos, horários dedicados ao planejamento dessas aulas. A organização militar pressupõe um rígido modelo de planejamento - curricular e de ensino - do trabalho a ser desenvolvido na organização. No âmbito do planejamento de ensino encontram-se os chamados PUDs (Planos de Unidade Didática), nos quais estão previstos objetivos educacionais – gerais, específicos e operacionalizados – numa clara vinculação com a taxionomia de Bloom (1976). Entretanto, interessa-nos saber como os docentes pensam e utilizam esses tempos de preparo das aulas, o que trazem em termos de conteúdos, metodologias e técnicas de ensino e como compreendem e significam seu trabalho com os alunos/cadetes e o que consideram relevante nesse processo de preparação ou de produção dessas aulas (o modo de se referir à aula faz diferença e sinaliza para uma concepção de ensino – dar aulas, fazer a aula, “espalhar ou distribuir conhecimento”, no dizer de alguns colegas de trabalho). Antes de ingressar na AFA, sessenta e seis por cento (66%) dos professores exerceram atividade de docência no ensino superior. Desse total, setenta e seis por cento (76%) na graduação e vinte e quatro por cento (24%) na graduação e pós-graduação. Como essa experiência contribuiu para compor seu modo de ser/atuar docente no ensino superior militar? Como ela foi incorporada e configura os seus modos de ser professor numa instância diferente do ensino superior? Ressaltamos ainda que dos professores que tiveram experiência anterior no ensino superior, setenta por cento (70%) deles atuaram no sistema particular, quinze por cento (15%) no sistema público e nove por cento (9%) no sistema público e particular de ensino. E mesmo aqueles que não tiveram experiência no ensino superior a vivenciaram em outros níveis de ensino. O que trazem dessa vivência anterior? Do total dos participantes da pesquisa, apenas onze por cento (11%) tiveram formação no Magistério (ou antigo Normal). Um dado considerado importante, da perspectiva do nosso referencial teórico, é que sessenta e quatro por cento (64%) tiveram licenciatura no curso de graduação. Ao
  • 7. 7 pensar a função docente numa perspectiva histórica, é relevante considerar que muitos dos que se dedicam às atividades de ensino não passaram por processos de aprendizagem da docência, e muitas vezes o consideram desnecessário, já que existe uma forte concepção de que para o professor ensinar basta o conhecimento de seu conteúdo de ensino. O que os docentes do nosso estudo pensam sobre isto? Setenta e dois por cento (72%) dos professores participam de eventos na área de educação enquanto dezoito por cento (18%) nunca participaram de eventos nessa área e dez por cento (10)% não responderam, o que nos sugere também a não participação. Em contrapartida, oitenta e nove por cento (89%) estão envolvidos em atividades científicas em sua área específica de atuação enquanto três por cento (3%) nunca tiveram participação nesses eventos e oito por cento (8%) não responderam. As respostas a essas questões sugerem, num primeiro momento, que muitos professores além de se preocuparem com sua área específica de atuação também buscam o envolvimento em atividades educacionais, procurando aperfeiçoar ou refletir sobre sua prática docente. Entretanto, esses dados requerem maiores aprofundamentos, a fim de esclarecer a real motivação para a presença nesses eventos. Acerca da última questão sobre a satisfação em ser docente da AFA, oitenta e três por cento (83%) dos professores afirmam estarem satisfeitos; quinze por cento (15%) não e dois por cento (2%) não responderam a questão. Sobre a satisfação com a docência na AFA sentimos necessidade de aprofundar as análises em momento posterior, pois alguns docentes ao responderem negativamente à questão (“Você está satisfeito com a sua profissão de professor(a) da AFA?”), fizeram algumas observações, como por exemplo: “Da AFA, não. Mas, pelos cadetes, sim”; “Em parte”;“Já pensei muito sobre este ponto. Aqui na AFA é difícil civil atuar sobre o ensino. A nossa opinião não é levada a sério". “Mais ou menos”. Dessa forma, algumas dessas respostas, numa tentativa de explicar o ‘sim’ ou o ‘não’ apontam para a necessidade de investigar melhor quais os sentidos implícitos para o professor no ato de ensinar e, dentro desses sentidos produzidos, quais as possibilidades e perspectivas que se vislumbram. Também está implícito em nossa iniciativa com este estudo um certo desassossego relacionado aos sentidos produzidos pelos cadetes sobre o aprender na AFA. Arriscaríamos dizer que a insatisfação de alguns professores pode estar relacionada com a perda de sentido vivenciada no espaço de ensino e de aprendizagem, no âmbito desta Academia. Sendo assim, a partir desse panorama, a intenção da pesquisa é ir além e poder saber das emoções – amores, angústias, gostos e desgostos, desejos – que este trabalho suscita e mobiliza em cada um de nós; o que nos faz avançar e retroceder, o
  • 8. 8 que nos faz, apesar de todas as adversidades, querer estar no processo no qual, ao mesmo tempo em que se forma, ajuda-se outro a se formar e a se constituir. Quais são essas identidades em jogo e em processo? Haverá um fio que perpassa cada uma delas? Quais têm sido os processos formadores e de profissionalização desses docentes? Quais as imagens e auto-imagens em construção? Quais os sentidos que têm sido construídos e reconstruídos sobre o fazer docente nesse contexto específico de trabalho? A continuidade desta pesquisa prevê a elaboração de entrevistas semi estruturadas que permitirão, num segundo momento do trabalho, levantar outros elementos para análise, possibilitando um olhar mais detido sobre a própria história de formação do professor que, ao falar a respeito de seus processos formativos, pode melhor compreender os motivos que geram suas ações, bem como suas concepções sobre as várias instâncias do processo de ensinar e de aprender. Assim, o professor pode ressignificar suas ações pedagógicas, na medida em que modifica a percepção de si, do próprio trabalho e do mundo. Afinal O prazer de dizer-se ou contar-se, e em alguns casos, o fato de dispor de uma escuta ou leitura atenta já por si contribui para que o indivíduo, aluno/professor inicie a reflexão sobre sua história e os processos formadores. O prazer de narrar-se favorece a constituição da memória pessoal e coletiva inserindo o indivíduo nas histórias e permitindo-lhe, a partir destas tentativas, compreender e atuar. (CATANI, 1998, p.29) Por meio das entrevistas, os docentes poderão falar sobre seu trabalho, suas experiências de formação e atuação profissional, entre outras coisas, possibilitando aos sujeitos ampliar a perceção e a visibilidade que têm de si. O critério para a escolha dos colaboradores da pesquisa será de acordo com a área de atuação e o tempo de serviço na AFA. Assim, teremos dois professores - um mais antigo e um mais moderno2 - para cada área de conhecimento existente na Divisão de Ensino da AFA. Desse modo, será a partir das entrevistas que daremos seguimento a este projeto. As entrevistas serão gravadas e transcritas para, posteriormente, delas serem selecionadas as possíveis categorias de análises. Paira uma certa inquietação por entender melhor o nosso ser/fazer docente, sempre em constituição, afinal, não nascemos professores, mas vamos nos constituindo 2 Na AFA, é denominado mais moderno aquele professor que ingressou mais recentemente na instituição, seguindo um paralelo com a denominação utilizada no meio militar.
  • 9. 9 professores num processo que vai entremeando vários momentos, instâncias e circunstâncias da nossa vida. Entre o muito que se tem dito e escrito sobre nós (professores) e o muito que se tem planejado e proposto a nós, têm-se revelado muitas faces de nossa atividade profissional. Faces nem sempre harmônicas. Faces nem sempre agradáveis de encarar. Faces em que, muitas vezes, não nos reconhecemos... (FONTANA, 2000, p.17) BIBLIOGRAFIA: ARROYO, Miguel G. Ofício de mestre: imagens e auto-imagens. 10 ed. Petrópolis: RJ: Vozes, 2008. BLOOM, Benjamin S. Taxionomia de objetivos educacionais: domínio afetivo. Trad. Jurema Alsides Cunha: Porto Alegre, Globo, 1976, v. 2. ______. Taxionomia de objetivos educacionais: domínio cognitivo. Trad. Flávia Maria Sant’ Anna. 5ª Ed. Porto Alegre, Globo, 1976, v. 1. CATANI, Denice Barbara. Práticas de formação e ofício docente. In: BUENO, Belmira Oliveira, CATANI, Denice Barbara e SOUZA, Cynthia Pereira de. (orgs.). A vida e o ofício dos professores: formação contínua, autobiografia e pesquisa em colaboração. São Paulo: Escrituras, 1998. CUNHA, Maria Isabel da. Ensino com Pesquisa: A prática do professor universitário. Caderno de Pesquisa. São Paulo, n.97, p.31-46, maio, 1996. FONTANA, Roseli A. Cação. Como nos tornamos professoras? Belo Horizonte: Autêntica, 2000. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 10 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999. MELLO, Roseli Rodrigues de. Os saberes docentes e a formação cotidiana nas séries iniciais do ensino fundamental: um estudo de casos múltiplos de tipo etnográfico. 1998. 413 f. Tese (Doutorado em Educação). Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 1998. PERRENOUD, Philippe. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação: perspectivas sociológicas. Lisboa: Dom Quixote, 1993. PIMENTA, Selma Garrido e ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos. Docência no ensino superior. São Paulo: Cortez, 2002. RIOS, Terezinha Azeredo. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor qualidade. 5.ed. São Paulo: Cortez, 2005. SCHAFFEL, Sarita Léa. A identidade profissional em questão. In: CANDAU, Vera Maria (org.). Reinventar a escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. SHULMAN, L. S. Knowledge and teaching: foundations of a new reform. Harvard Educational Review, v.57, n.1, P.1-22, 1987.
  • 10. 10 ZARAGOZA, José Manuel Esteve. O Mal-estar docente: a sala de aula e a saúde dos professores. Bauru-SP: EDUSC, 1999, p.15-22.