O documento discute os principais movimentos literários do século XIX e início do século XX no Brasil e na Europa, incluindo Realismo, Naturalismo, Impressionismo, Parnasianismo e Simbolismo. Apresenta as características e obras marcantes de cada movimento tanto no contexto europeu quanto brasileiro.
3. MOVIMENTOS LITERÁRIOS
PROFESSORA PAULA MEYER
CARACTERÍSTICAS NO BRASIL
CONTEXTO
HISTÓRICO
· Segunda revolução industrial;
· Abolição da escravatura (1888);
· Proclamação da República brasileira (1889).
REALISMO
Os Quebradores De Pedra, de
Gustave Courbet
SÉCULO XIX (1860 – INÍCIO SÉCULO XX)
· Encontra-se nas artes plásticas francesas;
· Defende a objetividade;
· Racionalismo (moderação do sentimentalismo);
· Visão científica, opondo-se ao Romantismo;
· Análise psicológica das personagens;
· Críticas e tentativas de mudança social.
MARCO: Madame Bovary, Gustave Flaubert.
SÉCULO XIX (1881 – INÍCIO SÉCULO XX)
· Machado de Assis;
· Defende a objetividade, a moderação do sentimentalismo e a visão
científica, opondo-se ao Romantismo;
MARCO: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis.
NATURALISMO
O vagão de terceira classe, de
Honoré Daumier
· Radicalização do realismo;
· Se pauta na ciência (posicionamento cientificista);
· Romance experimental;
· Determinismo (homem fruto do meio, da raça e do momento);
· Instinto (sexo);
· Homossexualidade feminina;
· Aspectos negativos da sociedade;
· Personagens transformados em animais.
MARCO: Thérèse Raquin,, Émile Zola (1867).
· Aluísio de Azevedo
MARCO: O Mulato / O Cortiço (1890)
IMPRESSIONISMO
· Reflexos subjetivos (reflexos);
· Memória;
· Vingança;
· Sátira;
· Homossexualidade masculina;
MARCO: O Ateneu, Raul Pompeia (1888)
PARNASIANISMO
O Parnasio, de Sanzio,
· Defende a objetividade;
· Preocupa-se com a forma;
· Descritivismo;
· Impessoalidade;
· Culto à forma;
· Preciosismo vocabular;
· Buscam valores clássicos (figuras greco-romano);
· Sensualismo;
· Arte pela arte.
MARCO: Théophile Gautier / Leconte de Lisle / Théodore de Banville
· Olavo Bilac
· Alberto de Oliveira
· Raimundo Correia
MARCO: Fanfarras, Teófilo Dias (1882)
SIMBOLISMO
Vampiro de Edvard Munch.
· Subjetividade; / Fala do inconsciente;
· Espiritualidade;
· Conhecido como “os malditos”;
· Musicalidade / Sinestesia;
MARCO: As Flores do Mal, Charles Baudelaire (1856)
1893
Cruz e Sousa
Alphonsus de Guimaraens
4. CONTEXTO HISTÓRICO
SÉCULO XIX (1860 – INÍCIO SÉCULO XX)
SEGUNDA
REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
1888: ABOLIÇÃO
DA
ESCRAVATURA
PROCLAMAÇÃO
DA
REPÚBLICA(1889
6. SÉCULO XIX (1860 – INÍCIO SÉCULO XX)
Encontra-se nas artes plásticas francesas;
Defende a objetividade;
Racionalismo (moderação do sentimentalismo);
Visão científica, opondo-se ao Romantismo;
Análise psicológica das personagens;
Críticas e tentativas de mudança social.
MARCO: Madame Bovary, Gustave Flaubert.
REALISMO NA LITERATURA
7. SÉCULO XIX (1881 – INÍCIO SÉCULO XX)
Machado de Assis;
Defende a objetividade, a moderação do
sentimentalismo e a visão científica, opondo-se
ao Romantismo;
MARCO: Memórias Póstumas de Brás Cubas,
Machado de Assis.
REALISMO NA LITERATURA
BRASILEIRA
9. Radicalização do realismo;
Se pauta na ciência (posicionamento cientificista);
Romance experimental;
Determinismo (homem fruto do meio, da raça e do
momento);
Instinto (sexo);
Homossexualidade feminina;
Aspectos negativos da sociedade;
Personagens transformados em animais.
NATURALISMO NA LITERATURA
10. Aluísio de Azevedo (1857-1913)
Foi romancista, contista, cronista, diplomata,
caricaturista e jornalista;
TEMAS: Anticlericalismo / racismo / adultério / vícios
MARCO: O Mulato / O Cortiço (1890)
NATURALISMO NA LITERATURA
BRASILEIRA
15. Defende a objetividade;
Preocupa-se com a forma;
Descritivismo;
Impessoalidade;
Culto à forma;
Preciosismo vocabular;
Buscam valores clássicos (figuras greco-romano);
Sensualismo;
Arte pela arte.
MARCO: Théophile Gautier / Leconte de Lisle / Théodore de
PARNASIANISMO NA LITERATURA
16. Olavo Bilac
Alberto de Oliveira
Raimundo Correia
MARCO: Fanfarras, Teófilo Dias (1882)
PARNASIANISMO NA LITERATURA
BRASILEIRA
19. Subjetividade; / Fala do inconsciente;
Espiritualidade;
Conhecido como “os malditos”;
Musicalidade / Sinestesia.
MARCO: As Flores do Mal, Charles Baudelaire
(1856)
SIMBOLISMO NA LITERATURA
20. 1893
Cruz e Sousa (1861 – 1898)
Alphonsus de Guimaraens (1870 – 1921)
SIMBOLISMO NA LITERATURA
BRASILEIRA
21. AGORA É SUA VEZ!!!!!
“Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as
ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a
direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado
luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já
recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se fosse
afundando num prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e
nunca se encontra fundo. Rita […] tinha o mágico segredo daqueles
movimentos de cobra amaldiçoada; aqueles requebros que não podiam
ser sem o cheiro que a mulata soltava de si e sem aquela voz doce,
quebrada, harmoniosa, arrogante, meiga e suplicante.”
“E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e
lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma
coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo,
daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.”
23. AGORA É SUA VEZ!!!!!
DORMES
Dormes… Mas que sussurro a
umedecida
Terra desperta? Que rumor enleva
As estrelas, que no alto a Noite leva
Presas, luzindo, à túnica estendida?
São meus versos! Palpita a minha vida
Neles, falenas que a saudade eleva
De meu seio, e que vão, rompendo a
treva,
Encher teus sonhos, pomba
adormecida!
Dormes, com os seios nus, no
travesseiro
Solto o cabelo negro… e ei-los,
correndo,
Doudejantes, sutis, teu corpo inteiro
24. ACERTOU??
DORMES
Dormes… Mas que sussurro a
umedecida
Terra desperta? Que rumor enleva
As estrelas, que no alto a Noite leva
Presas, luzindo, à túnica estendida?
São meus versos! Palpita a minha vida
Neles, falenas que a saudade eleva
De meu seio, e que vão, rompendo a
treva,
Encher teus sonhos, pomba
adormecida!
Dormes, com os seios nus, no
travesseiro
Solto o cabelo negro… e ei-los,
correndo,
Doudejantes, sutis, teu corpo inteiro
25. AGORA É SUA VEZ!!!!!
Fiados nesta seleção apuradora, que é comum o erro sensato de julgar
melhores famílias as mais ricas, sucedia que muitas, indiferentes
mesmo e sorrindo do estardalhaço da fama, lá mandavam os filhos.
Assim entrei eu.
As simpatias verdadeiras eram raras. No âmago de cada sorriso,
morava-lhe um segredo de frieza que se percebia bem.
Quando meu pai entrou comigo, havia no semblante de Aristarco uma
pontinha de aborrecimento. Decepção talvez de estatística: o número
dos estudantes novos não compensando o número dos perdidos, as
novas entradas não contrabalançando as despesas do fim do ano. Mas
a sombra do despeito apagou-se logo e foi com uma explosão de
contentamento que o diretor nos acolheu.
27. AGORA É SUA VEZ!!!!! SONHO BRANCO
De linho e rosas brancas vais vestido,
Sonho virgem que cantas no meu peito!
És do luar o claro deus eleito,
Das estrelas puríssimas nascido.
Por caminho aromal, enflorescido,
Alvo, sereno, límpido, direito,
Segues radiante, no esplendor perfeito,
No perfeito esplendor indefinido...
As aves sonorizam-te o caminho…
E as vestes frescas, do mais puro linho
E as rosas brancas dão-te um ar nevado…
No entanto, ó Sonho branco de
quermesse!
Nessa alegria em que tu vais, parece
28. ACERTOU?? SONHO BRANCO
De linho e rosas brancas vais vestido,
Sonho virgem que cantas no meu
peito!.
És do luar o claro deus eleito,
Das estrelas puríssimas nascido.
Por caminho aromal, enflorescido,
Alvo, sereno, límpido, direito,
Segues radiante, no esplendor perfeito,
No perfeito esplendor indefinido...
As aves sonorizam-te o caminho…
E as vestes frescas, do mais puro linho
E as rosas brancas dão-te um ar
nevado…
No entanto, ó Sonho branco de
29. AGORA É SUA VEZ!!!!!
Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a
minha mediocridade; advirta que a franqueza é a primeira virtude de um
defunto. Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta
das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os
rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que
faz à consciência; e o melhor da obrigação é quando, a força de
embaçar os outros, embaça-se um homem a si mesmo, porque em tal
caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa e a hipocrisia,
que é um vício hediondo. Mas, na morte, que diferença! que desabafo!
que liberdade! Como a gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso
as lentejoulas, despregar-se, despintar-se, desafeitar-se, confessar
lisamente o que foi e o que deixou de ser! Porque, em suma, já não há
vizinhos, nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos;
não há platéia. O olhar da opinião, esse olhar agudo e judicial, perde a
virtude, logo que pisamos o território da morte; não digo que ele se não
estenda para cá, e nos não examine e julgue; mas a nós é que não se