3. CONTEXTO HISTÓRICO–
• Consolidação do mundo burguês. A ascensão
econômica da burguesia se dá a partir da Revolução
Industrial, promovida pela Inglaterra na segunda
metade do século XVIII.
• Ascensão política, que teve como principal marco a
Revolução Francesa, ocorrida em 1789.
Romantismo
5. CARACTERÍSTICAS FORMAIS
IMPORTANTES
Individualismo
Sentimentalismo.
A liberdade formal e a imaginação criativa
ocupam o lugar das regras de composição
clássicas.
Euforia e medo diante da liberdade, da
democratização da arte.
TEMAS: Fantasia, sonho, idealização,
sonoridade, subjetivismo, idealização da
mulher, cor local, fuga da realidade, bem X
6. INÍCIO NO BRASIL - O ano de 1836 é
considerado o marco do Romantismo no país, com
a publicação do livro Suspiros Poéticos e
Saudades, de Gonçalves de Magalhães (1811 –
1882)
Romantismo no Brasil
8. Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias
9. 2ª Geração
Ultra-romântica ou byronista, é a geração do Mal-do-
século (desejo de morte).
Egocentrismo
Sentimentalismo
Escapismo (expresso na idealização, na busca da
solidão, da noite e da morte), no tédio e no pessimismo
exagerado.
Álvares de Azevedo
Casimiro de Abreu
Junqueira Freire
Fagundes Varela
11. Meus oito anos
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Casimiro de Abreu
Se eu morresse amanhã!
Se eu morresse amanhã,viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Álvares de Azevedo
12. 3ª Geração
É conhecida como condoreira (inspirada no voo
do condor, altos voos), e é caracterizada pela
poesia social e libertária, refletindo as lutas
internas das três gerações na poesia.
Castro Alves
13. VOZES D'ÁFRICA
Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?...
O cavalo estafado do Beduíno
Sob a vergasta tomba ressupino
E morre no areal.
Minha garupa sangra, a dor poreja,
Quando o chicote do simoun dardeja
O teu braço eternal.
Castro Alves
14. Romantismo Romântico (Prosa)
Autores:
Joaquim Manuel de Macedo (Urbano)
Manuel Antônio de Almeida* (Urbano)
Bernardo Guimarães (Regional)
Visconde de Taunay (Regional)
José de Alencar
16. José Martiniano de Alencar nasce no Ceará, em
1829, e cursa Direito em São Paulo e Olinda (PE).
Advogado, político e jornalista, lança em capítulos
seus primeiros romances – Cinco Minutos (1856) e A
Viuvinha (1857). Torna-se famoso com a publicação
de O Guarani, que expõe a miscigenação do
português com o indígena. Seus cerca de 20
romances são classificados em indianistas, como
Iracema (1865), históricos, como As Minas de Prata
(1871), urbanos, como Senhora (1875), e
regionalistas, como O Sertanejo (1875). Morre de
tuberculose no Rio de Janeiro, em 1877.
JOSÉ DE ALENCAR
17. Romances Urbanos: Senhora (o amor puro entre dois
jovens; separação motivada pelo dinheiro; o caça-
dotes; o casamento por vingança; a redenção: o amor
acima de tudo), Lucíola (a jovem prostituta que se
julga indigna de um verdadeiro amor), A pata da
gazela, Cinco Minutos, Sonhos d’ouro, Encarnação, A
viuvinha.
Romances Regionalistas: O gaúcho (a região sulina,
com seu pampa e suas coxilhas), O sertanejo
(procurando realçar o intimo relacionamento entre o
homem e o meio físico, neste caso, o Nordeste), O
Tronco do Ipê (a fazenda Nossa Senhora do
Boqueirão, banhada pelo rio Paraíba, no norte do Rio
de Janeiro; a vida rural fluminense), Til (trata das
18. Romances Históricos: As minas de prata (retratando o
início da procura de metais), A guerra das mascates
(que reconstitui a briga entre Olinda e o Recife),
Alfarrábios, O Garatuja.
Romances Indianistas: O guarani (o mito do bom
índio; Peri aparece civilizado em contato com os
brancos; Alencar até batiza Peri para que o índio
possa salvar Cecília; sem a condição de cristão, o
índio não seria confiável), Iracema (baseado numa
lenda do período de formação do Ceará, retrata o
nativo brasileiro idealizado – no caso, a índia – em
seu primeiro contato com o branco colonizador; da
relação entre Iracema e o português Martim nasce
Moacir, “o filho do sofrimento”, o primeiro cearense),
Ubirajara (apresenta o índio em seu estado mais
puro).
20. TEATRO ROMÂNTICO
O teatro no Brasil, até então, era proveniente da Europa e
tinha como principal objetivo agradar às elites brasileiras,
que transformavam as apresentações em verdadeiros
eventos sociais, principalmente nas grandes cidades.
Embora alguns escritores já houvessem se arriscado na
dramaturgia brasileira, como Castro Alves e José de
Alencar, cujas obras eram baseadas nas europeias, ainda
não havia uma discussão sobre o perfil do teatro
brasileiro. Foi apenas com Martins Pena que o teatro
passou a refletir as cenas e as problemáticas da realidade
brasileira.
21. Paródia Romantismo (Gostava tanto de você)
Racionalismo já se foi
A liberdade irei sentir
E de amor eu vou morrer
E o exagero vai reinar
Corte real, tipografia
escreveu, vendeu
Folhetim é história
Não quero saber do futuro
Só da emoção
Qui ‘m minha porta bate
E o ‘eu’!
Na poesia vai aparecer
O Romantismo vai fazer
22. A natureza me dá sombra
O índio, o heroi, amo o passado
Nacionalistas são o marco
Esse já é o novo retrato
Prosa também já está no ar
Lembrar do mestre Alencar
Depois virá o byronista
Que o sentimento vai descrever
E o ‘eu’!
Na poesia vai aparecer
O Romantismo vai fazer
Porque a infância já se foi
Muita saudade vai sentir
E na tristeza vai viver
E a mulher idealizar
23. Ele quer o amor da vida
Amou, morreu
Que linda história
E a relação não tem futuro
a depressão
Na porta dele bate...
E o ‘eu’!
Na poesia vai aparecer
O Romantismo vai fazer
Se a escravidão ainda assombra
Tem que ser coisa do passado
É hora de mudar o quadro
E o condoreiro mostra o fato
A escravidão tem que acabar
Poesia social para lutar
Castro Alves, grande artista
Navio negreiro vai escrever Josi Motta