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β-oxidação de lipídios
Ciclo de Lynen
POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS
GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS
Acetil-CoA (2)
Oxaloacetato (4) Citrato (6)
Isocitrato (6)
Cetoglutarato (5)
Succinato (4)
Fumarato (4)
Malato (4)
Gly
Ala
Ser
Cys
Leu
Ile
Lys
Phe
Glu
Asp
Piruvato (3)
CO2
CO2
CO2
CO2
α
Fosfoenolpiruvato (3)
CO2
Lactato
Alta solubilidade em solventes orgânicos
Praticamente insolúveis em água
Anfipáticos (anfifílicos)
porção polar hidrofílica e
porção apolar hidrofóbica
Características dos lipídeos
Funções biológicas
Componentes de membranas
Isolante
térmico
Reserva de energia
Vitaminas
Hormônios
Constituintes da
cadeia respiratória
Propriedades físicas
Dependem das insaturações e
do comprimento da cadeia de
hidrocarboneto
Saturado Insaturado
Temperatura de fusão: diminui com o número de insaturações
e aumenta com o comprimento da cadeia.
Temperatura ambiente ácidos graxos saturados com mais de
14 carbonos são sólidos, possuíndo pelo menos uma dupla
ligação são líquidos.
Categorias principais de lipídios:
Triacilgliceróis
Glicerofosfolípídios
Esfingolipídios
Esteróides
Os ácidos graxos são estocados
na forma de triacilgliceróis
Tecido adiposo
7
Triacilglicerois
Origem animal saturados (sólidos)
Origem vegetal insaturados (líquidos)
– hidrogenação (margarina)
reduz parte das duplas ligações
Ligação éster
Bayardo, 4 ed
Reserva de lipídio equivale a cerca de 20% do peso
70kg=15kg de reserva de lipídeo.
Oxidação de carboidrato produz 2.5X menos
energia que a oxidação de lipídios.
Para se ter a mesma quantidade de energia
15kg de triacilglicerol = 37,5kg de carboidrato.
Carboidratos fazem pontes de H com água 1g de
glicogênio adsorve 3g de água 37,5kg de
carboidrato + 112,5kg de água = 150kg = 15kg
de lipídeo
Porque armazenamos lipídios ?
9
Vesícula
biliar
Gordura da dieta
1. Sais bilares
emusificam
gorduras
formando micelas
2. Lipases
degradam
triacilgliceróis
3. Ácidos graxos são
absorvidos
pela mucosa intestinal e
convertido em triacilglicerois
4. Triacilglicerois, colesterol e
apolipoproteínas
São incorporados em quilomicrons
quilomicron
6. Lipoproteína lipase no
capilar libera
ácidos graxos e glicerol
5. Quilomicrons são
transportados
pelos sistemas linfáticos e
sanguíneo
Ácido graxo entra na
célula
7. Ácido graxo é utilizado
como
combustível ou re-
esterificado
triacilgliceróis para
armazenagem
Miócito ou
adipócito
Digestão, absorção e transporte
Ciclo de Krebs Corpos Cetônicos
Lipases
Triacilglicerol
Ácido Graxo
Acetoacetato
Ácido cítrico
Acetil-CoA
Glicerol
Gliceraldeído 3 P
Glicólise Gliconeogênese
Degradação de Triacilgliceróis
Glicerol
Metabolismo dos Ácidos Graxos (degradação)
Tecido adiposo
Adipócitos
Ácidos graxos são mobilizados dos adipócitos por estímulo do glucagon e
epinefrina. Estes hormônios ativam a lipase hormônio-sensível
Epinefrina
(adrenalina) ou
Lehninger 6th ed
Lipase hormônio-sensível
Glucagon
Glicose
AMPc
PKA PKA
Lipase hormônio sensível
Stryer 7ed
A degradação e a síntese de ácidos graxos
ocorrem em diferentes compartimentos
celulares de lipídios
A síntese ocorre no
citosol
degradação (β-oxidação)
nas mitocôndrias
Os ácidos graxos (de cadeia longa) são ativados para
formar Acil-CoA (membrana mitocondrial externa)
Ativação dos ácidos graxos para Acil-CoA
R-CH2-CH2-COO- + ATP + H-SCoA  R-CH2-CH2-CO- SCoA+ AMP + PPi
O
R-CH2-CH2-COO- + ATP + H-SCoA  R-CH2-CH2-CO- SCoA+ AMP + PPi
O
Degradação: transporte para a mitocôndria através do
sistema de transporte carnitina
• O acil-CoA pode ser então utilizado no citoplasma para síntese de lipídios de membrana ou
transportado para dentro da mitocôndria para geração de energia
• Ácidos graxos que vão à mitocôndria são transitoriamente ligados à carnitina pela enzima acil-
transferase I (que está na membrana externa)
• A entrada de acil-CoA na mitocôndria é através da transportador acil-carnitina/carnitina
• Já na matriz mitocôndria, o grupo acil é transferido para a CoA pela ação da acil-transferase II
(que está na membrana interna)
A carnitina aciltransferase I é inibida pelo malonil-CoA.
O malonil-CoA é um intermediário da biossíntese de ácidos
graxos.
A concentração de malonil-CoA é alta quando a biossíntese de
ácidos graxos está acontecendo no citossol.
A biossíntese de ácidos graxos só ocorre quando houver excesso
de glicídeos, de energia e escassez de ácidos graxos.
Assim, quando a síntese de ácidos graxos estiver ocorrendo, a
degradação é inibida.
Regulação da carnitina aciltransferase I
A carnitina é utilizada
como um
“emagrecedor”
Será que funciona
Carnitina é um derivado da Lisina.
Encontrada na carne vermelha.
Pessoas com baixos níveis de carnitina muitas vezes têm depósito
de gordura nos músculos.
Degradação de ácidos
graxos na mitocôndria:
β-oxidação
• Na mitocôndria, o ácido graxo é oxidado
em múltiplos ciclos à Acetil-CoA
• A cada remoção de 2 carbonos, há
redução de FAD e NAD+ à FADH2 e
NADH
• O Acetil-CoA é oxidado no ciclo de
Krebs a CO2, gerando NADH e FADH2
• NADH e do FADH2 doam elétrons na
cadeia respiratória para gerar um
gradiente de prótons que é convertido em
ATP pela ATP sintase.
Oxidação de Ácidos Graxos – Matriz Mitocondrial
Processo conhecido como β-oxidação ou
Ciclo de Lynen
Na β-oxidação, os ácidos graxos originam acetil-CoA.
O processo envolve 4 etapas:
• Desidrogenação
• Hidratação
• Oxidação
• Tiólise
Encurtamento do acil-CoA em 2 carbonos liberados sob a
forma de Acetil-CoA. Com a produção de FADH2 e NADH
β-oxidação de ácidos graxos ou Ciclo de Lynen
1. Desidrogenação
2. Hidratação da dupla ligação
3. Oxidação do grupo hidroxila e
carbonila, resultando em β-cetoacetil-CoA
4. Cisão (tiõlise) da β-cetoacetil-CoA
pela reação com uma CoA.
Formação de Acetil CoA e uma
Acil CoA com 2 carbonos a menos
Cadeia de transporte de eletrons
Cadeia de transporte de eletrons
• Tiólise
•Desidrogenação
•Hidratação
•Oxidação
Beta-oxidação
FADH2
NADH + H
POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS
GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS
Acetil-CoA (2)
Oxaloacetato (4) Citrato (6)
Isocitrato (6)
Cetoglutarato (5)
Succinato (4)
Fumarato (4)
Malato (4)
Gly
Ala
Ser
Cys
Leu
Ile
Lys
Phe
Glu
Asp
Piruvato (3)
CO2
CO2
CO2
CO2
α
Fosfoenolpiruvato (3)
CO2
Lactato
}
Ciclo de Linen
Ciclo de Krebs
Exemplo de oxidação completa do ácido palmítico (16C)
Ciclo de Lynen
1FADH2 + 1NADH + 1 Acetil-CoA + 1 Acil-CoA(n-2)
Quantas voltas do ciclo de Lynen são necessárias
para a conversão totaldo ácido palmítico em acetyl-CoA?
Qual é o saldo de Acetil-CoA, NADH e FADH2
Ciclo de Krebs
Cada volta do ciclo de Krebs origina 3NADH,1 FADH2 e 1NTP(GTP)
Quantas NAD e FADH2 resultam no ciclo de Krebs da
oxidação do ácido palmítico (16C)?
Fosforilação oxidativa
Cada NADH forma 3 ATP e cada FADH2 forma 2 ATP
Produção de ATP na oxidação do ácido palmítico (16C)
β-oxidação Ciclo de Krebs ATP
8 Acetil-CoA
7 NADH
7 FADH2
24 NADH
8 GTP
8 FADH2
Soma
31 NADH
15 FADH2
8 GTP
93 ATP
30 ATP
8 ATP
131 ATP
R-CH2-CH2-COO- + ATP + H-SCoA  R-CH2-CH2-CO- SCoA+ AMP + Pi
O
Ativação do ácido graxo
ATP  AMP Equivale a 2 ATP
Saldo 129 ATP
β-oxidação de ácidos graxos de número de átomos de C ímpar
Última volta do ciclo de Lynen com uma acil CoA de 5 carbonos
produzindo um acetil CoA e um propionil CoA (produto de degradação de
alguns aminoácidos).
Degradação de Ácidos Graxos
Ciclo de Krebs Corpos
Glicólise Gliconeogênese
Corpos Cetônicos
Lipases
Triacilglicerol
Ácido Graxo
Acetoacetato
Ácido cítrico
Acetil-CoA
Glicerol
Gliceraldeído 3 P
Lipases
Triacilglicerol
Triacilglicerol
Ácido Graxo
Ácido Graxo
Acetoacetato
Ácido cítrico Acetoacetato
Acetoacetato
Ácido cítrico
Acetil-CoA
Acetil-CoA
Glicerol
Glicerol
Gliceraldeído 3 P
Gliceraldeído 3 P
Glicólise Gliconeogênese
Glicólise Gliconeogênese
CICLO DE KREBS
O acetil-CoA formado pela Beta-oxidação dos ácidos
graxos só entra para o Ciclo de Krebs se a degradação de
lípides e carboidratos estiver equilibrada.
A entrada do acetil-CoA no ciclo de Krebs depende da
disponibilidade de oxalacetato.
POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS
GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS
Acetil-CoA (2)
Oxaloacetato (4) Citrato (6)
Isocitrato (6)
Cetoglutarato (5)
Succinato (4)
Fumarato (4)
Malato (4)
Gly
Ala
Ser
Cys
Leu
Ile
Lys
Phe
Glu
Asp
Piruvato (3)
CO2
CO2
CO2
CO2
α
Fosfoenolpiruvato (3)
CO2
Lactato
No jejum prologando e no diabetes, o oxalacetato entra para a
gliconeogênese e não estará disponível para condensar com o acetil-CoA.
Nestas condições, o acetil-CoA é desviado para a
formação de corpos cetônicos.
POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS
GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS
Acetil-CoA (2)
Oxaloacetato (4) Citrato (6)
Isocitrato (6)
Cetoglutarato (5)
Succinato (4)
Fumarato (4)
Malato (4)
Gly
Ala
Ser
Cys
Leu
Ile
Lys
Phe
Glu
Asp
Piruvato (3)
CO2
CO2
CO2
CO2
α
Fosfoenolpiruvato (3)
CO2
Lactato
formação de corpos cetônicos
O que são Corpos Cetônicos?
Corpos Cetônicos são derivados do Acetil-CoA
O fígado é o principal local de síntese de corpos cetônicos.
A produção de corpos cetônicos é um mecanismo importante de
sobrevivência.
A córtex adrenal e o músculo cardíaco utilizam corpos cetônicos
(acetoacetato) preferencialmente como combustíveis celulares.
No jejum prolongado e no diabetes, o cérebro se adapta à utilização
de corpos cetônicos como combustível celular.
Acetona não é utilizada pelo organismo e é expelida pelos pulmões
Uma indicação que uma pessoa está produzindo corpos cetônicos é
a presença de acetona em sua respiração.
Pulmões
Acetoacetato e beta-hidroxibutirato podem ser
convertidos novamente a acetil-CoA.
Corpos Cetônicos são produzidos em pequenas quantidades
por pessoas sadias.
Em algumas condições como jejum ou diabetes, corpos
cetônicos atingem altos níveis, acarretando cetonemia e
cetonúria. O quadro geral é denominado cetose.
O ácido acetoacético e hidroxi-butírico são ácidos
moderadamente fortes e precisam ser neutralizados.
A excreção urinária desses ácidos provoca acidez da urina.
Os rins produzem amônia para neutralizar essa acidez,
resultando em diminuição da reserva alcalina e um quadro
denominado “cetoacidose”.
Formação de corpos cetônicos
Acúmulo de corpos cetônicos na diabete cetótica
Concentração urinária
(mg/24hs)
Concentração sangüínea
(mg/100ml)
Normal
Cetose extrema (diabete não
tratada)
5000
< 3
90
< 125
Ciclo de Krebs Corpos Cetônicos
Lipases
Triacilglicerol
Ácido Graxo
Acetoacetato
Ácido cítrico
Acetil-CoA
Glicerol
Gliceraldeído 3 P
Glicólise Gliconeogênese
Degradação de Triacilgliceróis (Gorduras)
A degradação e a síntese de ácidos graxos
ocorrem em diferentes compartimentos
celulares de lipídios
A síntese ocorre no
citosol
degradação (β-oxidação)
nas mitocôndrias
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β-oxidação de lipídios e ciclo de Krebs

  • 2. POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS Acetil-CoA (2) Oxaloacetato (4) Citrato (6) Isocitrato (6) Cetoglutarato (5) Succinato (4) Fumarato (4) Malato (4) Gly Ala Ser Cys Leu Ile Lys Phe Glu Asp Piruvato (3) CO2 CO2 CO2 CO2 α Fosfoenolpiruvato (3) CO2 Lactato
  • 3. Alta solubilidade em solventes orgânicos Praticamente insolúveis em água Anfipáticos (anfifílicos) porção polar hidrofílica e porção apolar hidrofóbica Características dos lipídeos
  • 4. Funções biológicas Componentes de membranas Isolante térmico Reserva de energia Vitaminas Hormônios Constituintes da cadeia respiratória
  • 5. Propriedades físicas Dependem das insaturações e do comprimento da cadeia de hidrocarboneto Saturado Insaturado Temperatura de fusão: diminui com o número de insaturações e aumenta com o comprimento da cadeia. Temperatura ambiente ácidos graxos saturados com mais de 14 carbonos são sólidos, possuíndo pelo menos uma dupla ligação são líquidos.
  • 6. Categorias principais de lipídios: Triacilgliceróis Glicerofosfolípídios Esfingolipídios Esteróides
  • 7. Os ácidos graxos são estocados na forma de triacilgliceróis Tecido adiposo 7
  • 8. Triacilglicerois Origem animal saturados (sólidos) Origem vegetal insaturados (líquidos) – hidrogenação (margarina) reduz parte das duplas ligações Ligação éster
  • 9. Bayardo, 4 ed Reserva de lipídio equivale a cerca de 20% do peso 70kg=15kg de reserva de lipídeo. Oxidação de carboidrato produz 2.5X menos energia que a oxidação de lipídios. Para se ter a mesma quantidade de energia 15kg de triacilglicerol = 37,5kg de carboidrato. Carboidratos fazem pontes de H com água 1g de glicogênio adsorve 3g de água 37,5kg de carboidrato + 112,5kg de água = 150kg = 15kg de lipídeo Porque armazenamos lipídios ? 9
  • 10. Vesícula biliar Gordura da dieta 1. Sais bilares emusificam gorduras formando micelas 2. Lipases degradam triacilgliceróis 3. Ácidos graxos são absorvidos pela mucosa intestinal e convertido em triacilglicerois 4. Triacilglicerois, colesterol e apolipoproteínas São incorporados em quilomicrons quilomicron 6. Lipoproteína lipase no capilar libera ácidos graxos e glicerol 5. Quilomicrons são transportados pelos sistemas linfáticos e sanguíneo Ácido graxo entra na célula 7. Ácido graxo é utilizado como combustível ou re- esterificado triacilgliceróis para armazenagem Miócito ou adipócito Digestão, absorção e transporte
  • 11.
  • 12. Ciclo de Krebs Corpos Cetônicos Lipases Triacilglicerol Ácido Graxo Acetoacetato Ácido cítrico Acetil-CoA Glicerol Gliceraldeído 3 P Glicólise Gliconeogênese Degradação de Triacilgliceróis
  • 14. Metabolismo dos Ácidos Graxos (degradação)
  • 15. Tecido adiposo Adipócitos Ácidos graxos são mobilizados dos adipócitos por estímulo do glucagon e epinefrina. Estes hormônios ativam a lipase hormônio-sensível Epinefrina (adrenalina) ou Lehninger 6th ed
  • 18. A degradação e a síntese de ácidos graxos ocorrem em diferentes compartimentos celulares de lipídios A síntese ocorre no citosol degradação (β-oxidação) nas mitocôndrias
  • 19. Os ácidos graxos (de cadeia longa) são ativados para formar Acil-CoA (membrana mitocondrial externa) Ativação dos ácidos graxos para Acil-CoA R-CH2-CH2-COO- + ATP + H-SCoA  R-CH2-CH2-CO- SCoA+ AMP + PPi O R-CH2-CH2-COO- + ATP + H-SCoA  R-CH2-CH2-CO- SCoA+ AMP + PPi O
  • 20. Degradação: transporte para a mitocôndria através do sistema de transporte carnitina • O acil-CoA pode ser então utilizado no citoplasma para síntese de lipídios de membrana ou transportado para dentro da mitocôndria para geração de energia • Ácidos graxos que vão à mitocôndria são transitoriamente ligados à carnitina pela enzima acil- transferase I (que está na membrana externa) • A entrada de acil-CoA na mitocôndria é através da transportador acil-carnitina/carnitina • Já na matriz mitocôndria, o grupo acil é transferido para a CoA pela ação da acil-transferase II (que está na membrana interna)
  • 21. A carnitina aciltransferase I é inibida pelo malonil-CoA. O malonil-CoA é um intermediário da biossíntese de ácidos graxos. A concentração de malonil-CoA é alta quando a biossíntese de ácidos graxos está acontecendo no citossol. A biossíntese de ácidos graxos só ocorre quando houver excesso de glicídeos, de energia e escassez de ácidos graxos. Assim, quando a síntese de ácidos graxos estiver ocorrendo, a degradação é inibida. Regulação da carnitina aciltransferase I
  • 22. A carnitina é utilizada como um “emagrecedor” Será que funciona Carnitina é um derivado da Lisina. Encontrada na carne vermelha. Pessoas com baixos níveis de carnitina muitas vezes têm depósito de gordura nos músculos.
  • 23. Degradação de ácidos graxos na mitocôndria: β-oxidação • Na mitocôndria, o ácido graxo é oxidado em múltiplos ciclos à Acetil-CoA • A cada remoção de 2 carbonos, há redução de FAD e NAD+ à FADH2 e NADH • O Acetil-CoA é oxidado no ciclo de Krebs a CO2, gerando NADH e FADH2 • NADH e do FADH2 doam elétrons na cadeia respiratória para gerar um gradiente de prótons que é convertido em ATP pela ATP sintase.
  • 24. Oxidação de Ácidos Graxos – Matriz Mitocondrial Processo conhecido como β-oxidação ou Ciclo de Lynen Na β-oxidação, os ácidos graxos originam acetil-CoA. O processo envolve 4 etapas: • Desidrogenação • Hidratação • Oxidação • Tiólise Encurtamento do acil-CoA em 2 carbonos liberados sob a forma de Acetil-CoA. Com a produção de FADH2 e NADH
  • 25. β-oxidação de ácidos graxos ou Ciclo de Lynen 1. Desidrogenação 2. Hidratação da dupla ligação 3. Oxidação do grupo hidroxila e carbonila, resultando em β-cetoacetil-CoA 4. Cisão (tiõlise) da β-cetoacetil-CoA pela reação com uma CoA. Formação de Acetil CoA e uma Acil CoA com 2 carbonos a menos Cadeia de transporte de eletrons Cadeia de transporte de eletrons
  • 27. POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS Acetil-CoA (2) Oxaloacetato (4) Citrato (6) Isocitrato (6) Cetoglutarato (5) Succinato (4) Fumarato (4) Malato (4) Gly Ala Ser Cys Leu Ile Lys Phe Glu Asp Piruvato (3) CO2 CO2 CO2 CO2 α Fosfoenolpiruvato (3) CO2 Lactato } Ciclo de Linen Ciclo de Krebs
  • 28. Exemplo de oxidação completa do ácido palmítico (16C) Ciclo de Lynen 1FADH2 + 1NADH + 1 Acetil-CoA + 1 Acil-CoA(n-2) Quantas voltas do ciclo de Lynen são necessárias para a conversão totaldo ácido palmítico em acetyl-CoA? Qual é o saldo de Acetil-CoA, NADH e FADH2
  • 29. Ciclo de Krebs Cada volta do ciclo de Krebs origina 3NADH,1 FADH2 e 1NTP(GTP) Quantas NAD e FADH2 resultam no ciclo de Krebs da oxidação do ácido palmítico (16C)?
  • 30. Fosforilação oxidativa Cada NADH forma 3 ATP e cada FADH2 forma 2 ATP
  • 31. Produção de ATP na oxidação do ácido palmítico (16C) β-oxidação Ciclo de Krebs ATP 8 Acetil-CoA 7 NADH 7 FADH2 24 NADH 8 GTP 8 FADH2 Soma 31 NADH 15 FADH2 8 GTP 93 ATP 30 ATP 8 ATP 131 ATP
  • 32. R-CH2-CH2-COO- + ATP + H-SCoA  R-CH2-CH2-CO- SCoA+ AMP + Pi O Ativação do ácido graxo ATP  AMP Equivale a 2 ATP Saldo 129 ATP
  • 33. β-oxidação de ácidos graxos de número de átomos de C ímpar Última volta do ciclo de Lynen com uma acil CoA de 5 carbonos produzindo um acetil CoA e um propionil CoA (produto de degradação de alguns aminoácidos).
  • 34. Degradação de Ácidos Graxos Ciclo de Krebs Corpos Glicólise Gliconeogênese Corpos Cetônicos Lipases Triacilglicerol Ácido Graxo Acetoacetato Ácido cítrico Acetil-CoA Glicerol Gliceraldeído 3 P Lipases Triacilglicerol Triacilglicerol Ácido Graxo Ácido Graxo Acetoacetato Ácido cítrico Acetoacetato Acetoacetato Ácido cítrico Acetil-CoA Acetil-CoA Glicerol Glicerol Gliceraldeído 3 P Gliceraldeído 3 P Glicólise Gliconeogênese Glicólise Gliconeogênese CICLO DE KREBS
  • 35. O acetil-CoA formado pela Beta-oxidação dos ácidos graxos só entra para o Ciclo de Krebs se a degradação de lípides e carboidratos estiver equilibrada. A entrada do acetil-CoA no ciclo de Krebs depende da disponibilidade de oxalacetato. POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS Acetil-CoA (2) Oxaloacetato (4) Citrato (6) Isocitrato (6) Cetoglutarato (5) Succinato (4) Fumarato (4) Malato (4) Gly Ala Ser Cys Leu Ile Lys Phe Glu Asp Piruvato (3) CO2 CO2 CO2 CO2 α Fosfoenolpiruvato (3) CO2 Lactato
  • 36. No jejum prologando e no diabetes, o oxalacetato entra para a gliconeogênese e não estará disponível para condensar com o acetil-CoA. Nestas condições, o acetil-CoA é desviado para a formação de corpos cetônicos. POLISSACARÍDIOS PROTEÍNAS LIPÍDIOS GLICOSE AMINOÁCIDOS ÁCIDOS GRAXOS Acetil-CoA (2) Oxaloacetato (4) Citrato (6) Isocitrato (6) Cetoglutarato (5) Succinato (4) Fumarato (4) Malato (4) Gly Ala Ser Cys Leu Ile Lys Phe Glu Asp Piruvato (3) CO2 CO2 CO2 CO2 α Fosfoenolpiruvato (3) CO2 Lactato formação de corpos cetônicos
  • 37. O que são Corpos Cetônicos? Corpos Cetônicos são derivados do Acetil-CoA O fígado é o principal local de síntese de corpos cetônicos. A produção de corpos cetônicos é um mecanismo importante de sobrevivência. A córtex adrenal e o músculo cardíaco utilizam corpos cetônicos (acetoacetato) preferencialmente como combustíveis celulares. No jejum prolongado e no diabetes, o cérebro se adapta à utilização de corpos cetônicos como combustível celular.
  • 38. Acetona não é utilizada pelo organismo e é expelida pelos pulmões Uma indicação que uma pessoa está produzindo corpos cetônicos é a presença de acetona em sua respiração. Pulmões Acetoacetato e beta-hidroxibutirato podem ser convertidos novamente a acetil-CoA.
  • 39. Corpos Cetônicos são produzidos em pequenas quantidades por pessoas sadias. Em algumas condições como jejum ou diabetes, corpos cetônicos atingem altos níveis, acarretando cetonemia e cetonúria. O quadro geral é denominado cetose. O ácido acetoacético e hidroxi-butírico são ácidos moderadamente fortes e precisam ser neutralizados. A excreção urinária desses ácidos provoca acidez da urina. Os rins produzem amônia para neutralizar essa acidez, resultando em diminuição da reserva alcalina e um quadro denominado “cetoacidose”.
  • 40. Formação de corpos cetônicos
  • 41. Acúmulo de corpos cetônicos na diabete cetótica Concentração urinária (mg/24hs) Concentração sangüínea (mg/100ml) Normal Cetose extrema (diabete não tratada) 5000 < 3 90 < 125
  • 42. Ciclo de Krebs Corpos Cetônicos Lipases Triacilglicerol Ácido Graxo Acetoacetato Ácido cítrico Acetil-CoA Glicerol Gliceraldeído 3 P Glicólise Gliconeogênese Degradação de Triacilgliceróis (Gorduras)
  • 43. A degradação e a síntese de ácidos graxos ocorrem em diferentes compartimentos celulares de lipídios A síntese ocorre no citosol degradação (β-oxidação) nas mitocôndrias