3. Narração do reinado de D. João I,
desde a sua aclamação (depois da
morte do Conde Andeiro) até ao
estabelecimento da paz com Castela.
Crónica de D. João I
Atores individuais e coletivos
Afirmação da consciência coletiva
4. Afirmação da consciência coletiva
▪ Manifestação de sentimentos de pertença a um grupo
– a nação –, assente no reconhecimento da autonomia
política
▪ Ação popular coesa na defesa da independência
nacional face a Castela e no apoio ao Mestre de Avis
▪ Valorização da «terra», da identidade nacional e da
vontade popular em detrimento da sucessão dinástica
▪ Demonstração de coragem, abnegação e patriotismo
durante a guerra civil com Castela e o cerco de Lisboa
5. Crónica de D. João I – 1.ª parte
Capítulos-chave na afirmação da consciência coletiva
115
11 O alvoroço na cidade de Lisboa depois da
morte do conde Andeiro e a aclamação do
Mestre de Avis.
O cerco castelhano à capital portuguesa e
suas consequências.
148 A fome em Lisboa durante o cerco castelhano.
7. Afirmação da consciência coletiva
Momentos em que se evidencia a afirmação da consciência
coletiva:
- quando circula a notícia de que o Mestre de Avis corre perigo
de vida, no Capítulo 11, e a multidão se movimenta em
direção ao Paço, em grande agitação, para proteger aquele
que pode garantir a independência de Portugal;
‒ quando, no Capítulo 11 , o povo de Lisboa planeia assaltar o
Paço da Rainha, insurgindo-se contra a regente, Dona Leonor e
acusando-a de ser traidora/«aleivosa», por defender os
interesses castelhanos;
8. ‒ aquando do cerco de
Lisboa, descrito nos
Capítulos 115 e 148, todos
se unem para guarnecer as
muralhas e assegurar o
transporte de mantimentos
para dentro da cidade,
permitindo a resistência ao
invasor castelhano.
Afirmação da consciência coletiva
Adaptado de Critérios Gerais de Classificação – Exame Final Nacional de Português, 2021, 1.ª fase, IAVE
9. Afirmação da consciência coletiva
Evidencia-se na obra, como exemplificam os
capítulos 11, 115 e 148 da primeira parte, a afirmação
da consciência coletiva nacional, na medida em que
Fernão Lopes descreve a atuação coesa e determinada
das massas populares, animadas por «uma só
vontade» e expressando-se a uma só voz, na defesa da
«terra» e da independência.
10. Afirmação da consciência coletiva
Descreve, igualmente, as constantes demonstrações
de coragem, de abnegação e de patriotismo que a
resistência ao inimigo castelhano exigiram, em
particular no decorrer do cerco a Lisboa, durante o
qual as «gentes» da cidade se mostraram
perseverantes e intrépidas, apesar das «tribulações»
vividas, em particular a fome.
11. Atores individuais e coletivos
Personagens que, no decorrer da
Crónica de D. João I, se destacam pela sua
atuação enquanto entidades singulares ou
coletivas, assumindo relevância particular
nos eventos narrados.
12. Atores individuais e coletivos
«Do alvoroço que foi na cidade
cuidando que matavom o mestre,
e como aló foi Alvaro Paaez e
muitas gentes com ele» Atores
individuais
Atores
coletivos
Exemplo – Capítulo 11
13. Atores individuais
Destacam-se algumas figuras históricas do
período representado, em particular:
▪ o Mestre de Avis/D. João I;
▪ alguns membros da nobreza envolvidos na
crise dinástica de 1383:
- D. Leonor Teles;
- o Conde Andeiro;
- o rei de Castela;
- nobres lisboetas.
14. Atores coletivos
O ator coletivo cujo relevo é evidente na Crónica de
D. João I é o povo, em particular o de Lisboa.
Os seus membros agem como um ser único,
partilhando sentimentos, emoções e vontades e
conjugando esforços para garantir a independência
nacional, em sucessivas manifestações de afirmação
da consciência coletiva.