Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Imperialismo e Primeira Grande Guerra Mundial
1. 3
Imperialismo
A Grande Guerra
Esse conflito tem suas origens nas disputas imperialistas entre os países
europeus em território africano e asiático. Os contemporâneos a chamaram de a
grande guerra, pois nunca tinham visto um conflito em escala global, envolvendo
70 milhões de soldados, com cerca de 10 milhões de mortos ao fim de 4 anos de
batalhas.
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Primeiro Tanque
1ª Guerra Mundial
1914 a 1918
2. Excedente de capital
Imperialismo
Em meados do século XIX, os países industrializados da Europa viviam um
período de crescimento acelerado com superávits sucessivos. A ascensão
econômica gerou um excedente de capital que na lógica capitalista deveria ser
investido, por isso numa política imperialista esse países decidiram lucrar
explorando outros territórios.
Imperialismo
Missão civilizatória
Os europeus inventaram que “o
fardo do homem branco” era ter
que levar a civilização para
africanos e asiáticos que ainda
viviam em condições precárias.
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fardo do homem branco
Estados Unidos
O imperialismo Norte-americano foi
exercido nas Américas Central e do
Sul.
3. Neocolonialismo
Novo colonialismo
Por volta de 1870, teve início uma disputa acirrada por territórios na África e na
Ásia, mas diferente da colonização do século XV em que portugueses e
espanhóis conquistavam e administravam grandes territórios, no neocolonialismo
essa dominação é financeira e não necessita de grandes deslocamentos
imigratórios ou de um grande aparelho colonial.
Protetorado
No neocolonialismo o governo seguia o regime
de protetorado, que mantinha na colônia um
governante local alinhado com os interesses
econômicos do país imperialista europeu, e em
caso de desobediência o governante era deposto
e outro era colocado no lugar.
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Partilha da Ásia
Imperialismo
4. 4
Conferência de Berlim 1884 e 1885
As potências imperialistas se reuniram em Berlim para tratar um conjunto de
acordos para a exploração comercial e a posse de territórios que resultaram na
partilha da África.
Questão do outro
Quando os países europeus
dividiram a África não levaram em
consideração a diversidade
étnica, linguística e cultural de
quem vivia em cada território. Na
partilha, povos foram divididos e
rivais foram colocados lado a
lado, por isso no processo de
descolonização a maioria desses
povos entraram em guerras civis.
Imperialismo
6. Paz armadas
Antecedentes da guerra
As disputas por território na África fizeram os países europeus iniciarem uma
corrida armamentista, mas como não existia nenhum conflito iminente para
acontecer na Europa, se convencionou chamar esse período de paz armada.
Primeira Guerra Mundial
Alianças
Veja no próximo slide que mesmo em um
período de paz a tríplice aliança já tinha
se comprometido em 1882, e que França
e Inglaterra, inimigos históricos, se uniram
contra eles em 1904.
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Entente Cordiale
Entente cordiale: significa aliança cordial.
8. Começou a guerra
Primeira Guerra Mundial
Em visita à Sarajevo capital da Bósnia o
herdeiro do Império Austro-húngaro,
Francisco Ferdinando foi assassinado
por um jovem que lutava em nome da
organização terrorista Mão Negra, que
defendia uma Grande Sérvia
Independente. A morte do Arquiduque foi a
motivação que faltava para o início da
guerra.
Estopim da guerra
Francisco Ferdinando Gravura do assassinato
Visita a Sérvia
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9. Guerra de movimento
Agosto a novembro de 1914
No início do conflito os alemães invadiram
a Bélgica e avançaram rumo a França. Os
franceses viram que Paris estava
ameaçada, e por isso transferiram capital
para Bordeaux, mas em setembro de 1914,
o exército francês promoveu uma forte
ofensiva que obrigou o recuo dos alemães.
Os aviões foram adaptados para a guerra,
mas a sua utilização em larga escala só
aconteceu na segunda guerra mundial.
Primeira Guerra Mundial
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Fases do conflito
Primeira fase
Avanço alemão
Avião adaptado
10. Primeira Guerra Mundial
Guerra de trincheiras
Novembro 1914 a março 1918
Também conhecida como a guerra de posições. Foi caracterizado pela construção
de valas com centenas de quilômetros, os dois lados estabeleceram suas
trincheiras e travaram as batalhas mais sangrentas da história militar.
Fases do conflito
Segunda fase
Vida nas trincheiras
Nas trincheiras os soldados sofriam com as intempéries, comiam, dormiam,
combatiam, morriam e muitas vezes eram enterrados ali mesmo. São inúmeros os
relatos deixados por soldados contando os horrores da vida nessas valas.
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11. 11
Primeira Guerra Mundial
Estados Unidos decidem
Abril 1917 a novembro 1918
Os Estados Unidos eram um país emergente antes da grande guerra, com os
lucros obtidos com a venda de diversos produtos para os países envolvidos no
conflito eles se tornaram uma nova potência mundial.
Fases do conflito
Terceira fase
Motivos para entrada
Antes os Estados Unidos buscavam a neutralidade e pensavam em lucrar ainda
mais, mediando acordos no fim do conflito, mas alguns fatos mudaram seu
posicionamento. São eles:
- A Rússia saiu do conflito em 1917, por causa da Revolução Russa.
- A saída da Rússia enfraqueceu a Entende parceira comercial dos EUA.
- Navios mercantes Norte-americanos foram alvejados por submarinos alemães.
Decidiu a guerra
Quando os Norte-americanos entraram na guerra o conflito estava empatado e
ambos os lados estavam com seus territórios e economias arrasados. A entrada
de um país com seu território intacto desequilibrou o conflito e determinou a vitória
da Entende.
12. 12
Primeira Guerra Mundial
Apoio sem luta
Brasil na 1ª guerra
Navio Rio Branco
O Brasil ainda estava neutro no conflito quando cedeu o navio mercante Rio
Branco para servir a Entente na guerra, em 1916 os alemães afundaram o navio
causando grande comoção popular.
Prejuízos com a guerra
A guerra prejudicou as exportações de café e a falta de produtos industrializados
europeus no mercado brasileiro causaram a inflação dos preços.
Falta de diplomacia
Durante a guerra navios mercantes brasileiros foram atacados por alemães e por
isso o Brasil aprisionou navios da tríplice aliança em portos brasileiros.
1917 Brasil entra na guerra
O Brasil declarou guerra aos países da tríplice aliança, elaborou um plano
chamado Galógeras, mas antes que fosse colocado em prática a guerra acabou.
13. Primeira Guerra Mundial
1918 Armitício de Compiègne
Tratado assinado entre aliados e a Alemanha com o objetivo de encerrar a guerra.
Fim da guerra
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1919 Liga das Nações
O presidente Norte-americano Woodrow Wilson foi um dos idealizadores dessa
organização criada em abril de 1919, com o objetivo de manter a paz mundial.
1919 Tratado de Versalhes
O tratado foi assinado em junho de 1919 no palácio de Versalhes na França e a
Alemanha foi declarada a grande culpada, sendo obrigada a:
-Devolver os territórios da Alsácia-Lorena à França
-Devolver territórios à Bélgica, Dinamarca e Polônia
-Reconhecer a independência da Áustria
-Reduzir o seu exército e a frota marítima.
-Não fabricar tanques e armamentos pesados
-Pagar uma indenização de 269 bilhões de marcos aos países vencedores.
PS. Os EUA não assinaram o tratado, prevendo que a indenização imposta à
Alemanha seria impossível de ser paga.
14. Sionismo
Depois da Guerra
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No fim do século XIX cresceu entre os judeus que viviam na Europa um
movimento chamado sionista - em alusão ao monte Sião localizado em
Jerusalém. Essa manifestação político e cultural defendia a volta do povo judeu a
Israel.
1897 Acontece o primeiro Congresso Sionista
Primeira Guerra Mundial
Fim do Império Turco-otomano
Dois grandes impérios foram divididos após a primeira guerra, o Império Austro
Húngaro e o Império Turco-Otomano (veja página 7), a região da Palestina fazia
parte do território Turco Otomano e após a guerra ficou sob o domínio inglês.
1917 Declaração de Balfour- apoio inglês ao movimento sionista.
1919 Itensificaram as imigrações de judeus para a Palestina.
1922 A Liga das Nações entregou a Palestina para a Inglaterra.
1947 Após a 2ª guerra mundial a ONU aprovou a criação do Estado de Israel.
15. 15
Primeira Guerra Mundial
1. UERJ 2ªProva2011q56
A palavra “imperialismo”, no sentido moderno, desenvolveu-se primordialmente
na língua inglesa, sobretudo depois de 1870. Seu significado sempre foi objeto de
discussão, à medida que se propunham diferentes justificativas para formas de
comércio e de governo organizados. Havia, por exemplo, uma campanha política
sistemática para equiparar imperialismo e “missão civilizatória”.
Adaptado de WILLIAMS, Raymond. Um vocabulário de cultura e sociedade.
São Paulo: Boitempo, 2007.
No final do século XIX, os europeus defendiam seus interesses imperialistas nas
regiões africanas e asiáticas, justificando-os como missão civilizatória.
Uma das ações empreendidas pelos europeus como missão civilizatória nessas
regiões foi:
a) aplicação do livre comércio
b) qualificação da mão de obra
c) padronização da estrutura produtiva
d) modernização dos sistemas de circulação
16. 16
Primeira Guerra Mundial
2. UERJ 1997q39
Em 1895, Jules Ferry, na Câmara dos Deputados de Versalhes (França), defendia
em um discurso a manutenção da política colonial francesa:
"Será que alguém pode negar que há mais justiça, mais ordem material e moral,
mais eqüidade, mais virtudes sociais na África do Norte depois que a França
realizou sua conquista?"
O texto acima fornece uma justificativa para o Imperialismo, indicada na seguinte
alternativa:
a) nova concepção de colonização como sinônimo da igualdade racial
b) desenvolvimento do ideal liberal nas colônias como marco civilizatório
c) missão do homem branco como portador da civilização para as colônias afro-
asiáticas
d) exploração européia das riquezas coloniais como base do desenvolvimento
afro-asiático
17. 3. UERJ 2000q38
O Império é o comércio.
Com esta frase, Joseph Chamberlain, estadista inglês, definia o imperialismo no
final do século XIX.
Um dos fatores que contribui para a compreensão do imperialismo é:
a) constituição de impérios coloniais em bases autônomas
b) busca de mercados consumidores para as matérias-primas européias
c) procura de terras férteis nas colônias pelos grandes produtores europeus
d) necessidade de exportação de capitais excedentes para regiões extra-européias
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18. FIM
O layout dos slides e os textos foram
produzidos por José Mauricio Brandão,
professor de História do Pré-vestibular Castro
Amorim e da Secretaria de Educação do
Estado do Rio de Janeiro.
Créditos e gabarito
Gabarito 1.d 2.c 3.d