SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Esquemas-síntese de
«Reflexões do Poeta.
O menosprezo das Artes
e das Letras» — Canto V,
estâncias 92-100
(pp. 201 e 202)
Após o episódio do Adamastor, Vasco da Gama mostra ao rei de Melinde
como a sua viagem merece ser louvada. O Poeta constata, porém, que
os guerreiros portugueses não têm dons artísticos.
Origem da reflexão:
Vasco da Gama terminou a narração da sua viagem ao rei de Melinde,
e o Poeta faz considerações sobre o papel da memória e do elogio através
da Poesia.
A ação
Estância 92
Os feitos devem ser
celebrados — o papel
da memória
O enaltecimento dos grandes
feitos incentiva os povos
a tentar igualar ou superar
os feitos referidos
Origina
O exemplo
Estância 93 a 96
Exemplos dos heróis da Antiguidade Clássica
que se dedicaram à Poesia ou à Cultura
Apreciava Homero
«Que sempre se lhe sabe à cabeceira» (est. 96, v. 8)
Alexandre Magno
Era admirador de Milcíades
«Os troféus […] / Temístocles despertam só de enveja» (est. 93, vv. 5 e 6)
Temístocles
Foi protetor de Virgílio, o criador da EneidaImperador
Octávio César Augusto
Auxiliava Terêncio na escrita das suas comédiasCipião
Estância 97
Guerreiros da Antiguidade
Clássica: cultos e interessados
no poder da Arte
Guerreiros portugueses:
não dão importância à poesia
ou à cultura
«Enfim, não houve forte
Capitão, / Que não fosse
também douto e ciente»
(est. 97, vv. 1 e 2)
Quem não pratica poesia,
não sabe dar-lhe o valor devido
«É não se ver prezado o verso e rima /
Porque quem não sabe arte, não na estima»
(est. 97, vv. 7 e 8)
Crítica de cariz humanista: o Poeta mostra a sua intenção pedagógica ao enunciar
que as armas e as letras são valores análogos e que devem ser conjugados
Falta de incentivos à Poesia
Estância 98
Causará a perda de memórias das façanhas
Originará uma falha na passagem dos
exemplos virtuosos da História de Portugal
Produzirá uma falta de heróis
nas gerações futuras
Consequências
da falta de cultura
• «tão ásperos», «tão austeros»
• «Tão rudos e de engenho tão remisso, /
Que a muitos se lhe dá pouco ou nada disso»
Repetição do advérbio
intensificador «tão»
Indignação do Poeta
A falta de cultura da família
Gama não lhe devia merecer
sequer a inspiração das Tágides,
quanto mais de Calíope
Estas ninfas inspirarão sempre quem
queira escrever «grandes obras»
Devem agradecer às musas
— e a Calíope, musa da poesia
épica — o facto de existir quem
louve os feitos dos portugueses
A função das Tágides é inspirar
o amor da Pátria através do louvor
Estâncias 99-100
Aviso a Vasco da Gama
e à sua «estirpe» (v. 5)
Apelo aos poetas que desejem
louvar os feitos da Pátria
• Caracterização positiva dos poetas da Pátria
pela sua dedicação ao louvor dos feitos lusitanos
• Censura aos guerreiros (personificados na família de
Vasco da Gama) que não incentivam a cultura e a arte
Conclusão do Poeta

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraAlexandra Madail
 
Estrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação CríticaEstrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação CríticaVanda Sousa
 
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulos
Sermão aos peixes   resumo-esquema por capítulosSermão aos peixes   resumo-esquema por capítulos
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulosClaudiaSacres
 
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do PoetaCanto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do PoetaCatarina Sousa
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesPaula Oliveira Cruz
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lurdes Augusto
 
Resumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoResumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoRaffaella Ergün
 
Cap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralCap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralHelena Coutinho
 
O dia em que eu nasci, morra e pereça
O dia em que eu nasci, morra e pereçaO dia em que eu nasci, morra e pereça
O dia em que eu nasci, morra e pereçaHelena Coutinho
 
Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Dina Baptista
 
Frei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicasFrei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicasMaria Rodrigues
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesAnaGomes40
 
A formosura desta fresca serra
A formosura desta fresca serraA formosura desta fresca serra
A formosura desta fresca serraHelena Coutinho
 
Romantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaRomantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaLurdes Augusto
 
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadoresSermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadoresRenata Antunes
 

Mais procurados (20)

Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António VieiraCapítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
Capítulo V Sermão Santo António aos Peixes Padre António Vieira
 
Estrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação CríticaEstrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação Crítica
 
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulos
Sermão aos peixes   resumo-esquema por capítulosSermão aos peixes   resumo-esquema por capítulos
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulos
 
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do PoetaCanto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do Poeta
 
Sermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos PeixesSermão de Santo António aos Peixes
Sermão de Santo António aos Peixes
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões
 
Resumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoResumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões lírico
 
Cap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geralCap iv repreensões geral
Cap iv repreensões geral
 
Ficha de gramática12º
Ficha de gramática12ºFicha de gramática12º
Ficha de gramática12º
 
O dia em que eu nasci, morra e pereça
O dia em que eu nasci, morra e pereçaO dia em que eu nasci, morra e pereça
O dia em que eu nasci, morra e pereça
 
Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)
 
O resumo de Os Maias
O resumo de Os MaiasO resumo de Os Maias
O resumo de Os Maias
 
O empirismo de david hume
O empirismo de david humeO empirismo de david hume
O empirismo de david hume
 
Frei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicasFrei Luís de Sousa - Características trágicas
Frei Luís de Sousa - Características trágicas
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 
A formosura desta fresca serra
A formosura desta fresca serraA formosura desta fresca serra
A formosura desta fresca serra
 
Romantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de SousaRomantismo, Frei Luís de Sousa
Romantismo, Frei Luís de Sousa
 
Os Maias - personagens
Os Maias - personagensOs Maias - personagens
Os Maias - personagens
 
Ilha dos Amores
Ilha dos AmoresIlha dos Amores
Ilha dos Amores
 
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadoresSermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
Sermão de Santo António aos Peixes - Peixes pegadores
 

Semelhante a Reflexões sobre a falta de incentivo às artes e letras entre guerreiros portugueses

_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt
_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt
_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.pptSandra Ameixinha
 
Os Lusíadas: reflexões do poeta (Mensagens)
Os Lusíadas: reflexões do poeta (Mensagens)Os Lusíadas: reflexões do poeta (Mensagens)
Os Lusíadas: reflexões do poeta (Mensagens)LauraMoreira94
 
Os_Lusíadas_Estrutura(adaptado).pptx
Os_Lusíadas_Estrutura(adaptado).pptxOs_Lusíadas_Estrutura(adaptado).pptx
Os_Lusíadas_Estrutura(adaptado).pptxCatiaLeitao2
 
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaOs Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaDina Baptista
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 126-127
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 126-127Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 126-127
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 126-127luisprista
 
Lusiadas pontosessenciais
Lusiadas pontosessenciaisLusiadas pontosessenciais
Lusiadas pontosessenciaisMariaGuida
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 123
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 123Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 123
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 123luisprista
 
mpag10_ppt_lusiadas.pptx
mpag10_ppt_lusiadas.pptxmpag10_ppt_lusiadas.pptx
mpag10_ppt_lusiadas.pptxSandraPassos25
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 140-141
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 140-141Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 140-141
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 140-141luisprista
 

Semelhante a Reflexões sobre a falta de incentivo às artes e letras entre guerreiros portugueses (20)

OS LUSÍADAS 2.docx
OS LUSÍADAS 2.docxOS LUSÍADAS 2.docx
OS LUSÍADAS 2.docx
 
_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt
_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt
_Os Lusíadas__ reflexões do poeta.ppt
 
Os Lusíadas: reflexões do poeta (Mensagens)
Os Lusíadas: reflexões do poeta (Mensagens)Os Lusíadas: reflexões do poeta (Mensagens)
Os Lusíadas: reflexões do poeta (Mensagens)
 
Os_Lusíadas_Estrutura(adaptado).pptx
Os_Lusíadas_Estrutura(adaptado).pptxOs_Lusíadas_Estrutura(adaptado).pptx
Os_Lusíadas_Estrutura(adaptado).pptx
 
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaOs Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 126-127
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 126-127Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 126-127
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 126-127
 
Lusiadas 10º ano
Lusiadas 10º anoLusiadas 10º ano
Lusiadas 10º ano
 
Lusiadas pontosessenciais
Lusiadas pontosessenciaisLusiadas pontosessenciais
Lusiadas pontosessenciais
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 123
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 123Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 123
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 123
 
mpag10_ppt_lusiadas.pptx
mpag10_ppt_lusiadas.pptxmpag10_ppt_lusiadas.pptx
mpag10_ppt_lusiadas.pptx
 
Os Maias(1)
Os Maias(1)Os Maias(1)
Os Maias(1)
 
Os Maias(1)
Os Maias(1)Os Maias(1)
Os Maias(1)
 
Os Maias de A a Z
Os Maias de A a ZOs Maias de A a Z
Os Maias de A a Z
 
Os-lusiadas - resumo
 Os-lusiadas - resumo Os-lusiadas - resumo
Os-lusiadas - resumo
 
Lusiadas resumo2
Lusiadas resumo2Lusiadas resumo2
Lusiadas resumo2
 
Estrutura d'Os Lusíadas
Estrutura d'Os LusíadasEstrutura d'Os Lusíadas
Estrutura d'Os Lusíadas
 
Gramaticaelusiadas
GramaticaelusiadasGramaticaelusiadas
Gramaticaelusiadas
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 140-141
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 140-141Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 140-141
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 140-141
 
Camões
CamõesCamões
Camões
 

Último

AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 

Último (20)

AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 

Reflexões sobre a falta de incentivo às artes e letras entre guerreiros portugueses

  • 1. Esquemas-síntese de «Reflexões do Poeta. O menosprezo das Artes e das Letras» — Canto V, estâncias 92-100 (pp. 201 e 202)
  • 2. Após o episódio do Adamastor, Vasco da Gama mostra ao rei de Melinde como a sua viagem merece ser louvada. O Poeta constata, porém, que os guerreiros portugueses não têm dons artísticos. Origem da reflexão: Vasco da Gama terminou a narração da sua viagem ao rei de Melinde, e o Poeta faz considerações sobre o papel da memória e do elogio através da Poesia.
  • 3. A ação Estância 92 Os feitos devem ser celebrados — o papel da memória O enaltecimento dos grandes feitos incentiva os povos a tentar igualar ou superar os feitos referidos Origina O exemplo
  • 4. Estância 93 a 96 Exemplos dos heróis da Antiguidade Clássica que se dedicaram à Poesia ou à Cultura Apreciava Homero «Que sempre se lhe sabe à cabeceira» (est. 96, v. 8) Alexandre Magno Era admirador de Milcíades «Os troféus […] / Temístocles despertam só de enveja» (est. 93, vv. 5 e 6) Temístocles Foi protetor de Virgílio, o criador da EneidaImperador Octávio César Augusto Auxiliava Terêncio na escrita das suas comédiasCipião
  • 5. Estância 97 Guerreiros da Antiguidade Clássica: cultos e interessados no poder da Arte Guerreiros portugueses: não dão importância à poesia ou à cultura «Enfim, não houve forte Capitão, / Que não fosse também douto e ciente» (est. 97, vv. 1 e 2) Quem não pratica poesia, não sabe dar-lhe o valor devido «É não se ver prezado o verso e rima / Porque quem não sabe arte, não na estima» (est. 97, vv. 7 e 8) Crítica de cariz humanista: o Poeta mostra a sua intenção pedagógica ao enunciar que as armas e as letras são valores análogos e que devem ser conjugados
  • 6. Falta de incentivos à Poesia Estância 98 Causará a perda de memórias das façanhas Originará uma falha na passagem dos exemplos virtuosos da História de Portugal Produzirá uma falta de heróis nas gerações futuras Consequências da falta de cultura • «tão ásperos», «tão austeros» • «Tão rudos e de engenho tão remisso, / Que a muitos se lhe dá pouco ou nada disso» Repetição do advérbio intensificador «tão»
  • 7. Indignação do Poeta A falta de cultura da família Gama não lhe devia merecer sequer a inspiração das Tágides, quanto mais de Calíope Estas ninfas inspirarão sempre quem queira escrever «grandes obras» Devem agradecer às musas — e a Calíope, musa da poesia épica — o facto de existir quem louve os feitos dos portugueses A função das Tágides é inspirar o amor da Pátria através do louvor Estâncias 99-100 Aviso a Vasco da Gama e à sua «estirpe» (v. 5) Apelo aos poetas que desejem louvar os feitos da Pátria • Caracterização positiva dos poetas da Pátria pela sua dedicação ao louvor dos feitos lusitanos • Censura aos guerreiros (personificados na família de Vasco da Gama) que não incentivam a cultura e a arte Conclusão do Poeta