1) O documento discute o posicionamento correto do paciente na mesa cirúrgica, identificando diferentes posições, riscos envolvidos e cuidados necessários.
2) São descritas posições como supina, trendelenburg, litotômica e prona, discutindo suas indicações, vantagens, desvantagens e cuidados específicos para cada uma.
3) Superfícies e equipamentos de proteção como colchões, coxins e faixas são apresentados para redistribuir a pressão e prevenir lesões durante o pos
2. AO FINAL DESTA AULA VOCÊ SABERÁ:
• Distinguir as diferentes posições cirúrgicas;
causados pelo mau
paciente na mesa
• Identificar os danos
posicionamento do
operatória;
3. • Traçar um plano de cuidados individualizado
para assistência durante o posicionamento
cirúrgico;
• Reconhecer recursos de proteção e segurança
para utilização durante o posicionamento
cirúrgico.
4. Realizar o posicionamento correto para uma
intervenção cirúrgica é uma arte, uma
ciência.
Anatomia Patologias
Fisiologia
POSICIONAMENTO DO PACIENTE CIRÚRGICO
Cirurgia Recursos de proteção e segurança
5. CONCEITO
A posição cirúrgica é aquela na qual o paciente é
colocado, depois de anestesiado, para que possa ser
submetido ao procedimento cirúrgico.
7. METAS
Exposição e acesso
ótimos ao sítio
cirúrgico
Acesso para
anestesia e
monitoramento
Visibilidade e
permeabilidade de
dispositivos e
equipamentos
Manter dignidade e
privacidade
Manter alinhamento
corporal sem
comprometer os
sistemas
8. ASSISTÊNCIA DURANTE O POSICIONAMENTO
Assistência Individualizada
Visita pré-
operatória
Identificação
dos riscos
Previsão de
dispositivos/superfí
cies de suporte
Avaliação
contínua
REGISTRAR!
9. IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
INTRÍNSECOS
Peso/Altura
Condição da pele
Estado nutricional
Doenças preexistentes
Limitações físicas
Órteses/próteses
EXTRÍNSECOS
Tipo de anestesia
Tempo cirúrgico
Posição requerida
Suportes necessários
10. ESCOLHA DA POSIÇÃO CIRÚRGICA
Quem é o responsável
pela escolha da posição
cirúrgica?
13. TIPOS DE POSIÇÃO CIRÚRGICA
Decúbito dorsal/
supina
Trendelenburg
Trendelenburg
reversa/Proclive
Fowler/Sentada
Litototômica/
Ginecológica
Prona/Decúbito ventral
Canivete/Kraske/
Depage/Jackknife
Decúbito lateral
14. Decúbito dorsal/Supina
O dorso do paciente e a coluna
vertebral estão repousando na
superfície do colchão da mesa
operatória;
MMSSII estendidos ao longo da
mesa.
16. Decúbito dorsal/Supina
Vantagens
Permite a abordagem das
grandes cavidades do corpo,
extremidades e períneo
Posição mais natural do
corpo em repouso
Desvantagens
Alopécia
LPP
Dor/Lombalgia
Lesão de nervos radial e ulnar
Função cardíaca e respiratória
comprometidas
Hipotensão postural
23. Posição de Trendelenburg
Desvantagens
Lesão do plexo braquial
Compressão costoclavicular
Elevação da PA
Desequilíbrio ventilação/perfusão
Sobrecarga da bomba cardíaca
Elevação da PIC
Vantagens
Acesso ao abdome inferior e
órgãos pélvicos
Promove melhora da
hipotensão
24. Cuidados na Posição Trendelenburg
Utilizar
redutores de
pressão
Utilizar ombreira
Utilizar faixas de
segurança
25. Cuidados na Posição Trendelenburg
Manter pés
flutuantes
Usar apoio para
os pés
Voltar à posição
normal devagar
29. Melhor acesso à
cabeça e pescoço
Expansibilidade
pulmonar
Hipotensão
postural
Trendelenburg Reversa/Proclive
30. Utilização de
meias elásticas
Faixas de
contenção em
região perineal e
em MMII
Apoio para os
pés
Superfície de
suporte sob
joelhos
Trendelenburg Reversa/Proclive
34. Suporte de cabeça
Faixas largas não
compressivas em
membros e tronco
Superfícies de
suporte em dorso,
braços e nádegas
Alívio para os
calcâneos e suporte
para os pés
Fowler/Sentada
37. Litotômica/Ginecológica
Favorece o acesso à região
perineal
Lesões por pressão em regiões lombar e
sacral
Lesão de nervos nas regiões do joelho, pelve
e pernas
Síndrome compartimental
40. Prona/Decúbito Ventral
• Abdome em contato com a mesa cirúrgica
sobre uma superfície de apoio, com braços
apoiados sobre braçadeiras ou localizados
sobre o corpo.
41.
42. Prona/Decúbito
Ventral
• Cirurgias na coluna
vertebral
• Neurocirurgias em
fossa posterior
• Cirurgias de cisto
pilonidal
• Cirurgias de
calcâneos
• Cirurgias vasculares
• Cirurgias plásticas
43. Prona/Decúbito Ventral
Vantagens
• Acesso ao dorso
Desvantagens
• Dor severa em mandíbula
• Lesão de córnea ou até cegueira
• Comprometimento da ventilação
• Lesão de nervos cervical, radial e ulnar
• Lesão das mamas, rupturas de próteses mamárias
• Edema em genitália externa dos homens
44. Prona/Decúbito Ventral
Suporte para a face
Lubrificação e proteção
dos olhos
Suportes para regiões de
linha axilar e tórax,
mamas, MMII e pés
48. Kraske/Canivete/Jackknife/Depage
Vantagens
• Acesso à região anal
Desvantagens
• Dor severa em mandíbula
• Lesão de córnea ou até cegueira
• Comprometimento da ventilação
• Lesão de nervos cervical, radial e ulnar
• Lesão das mamas, rupturas de próteses mamárias
• Edema em genitália externa dos homens
• LP em crista ilíaca
51. Posição Lateral
• Um dos lados do corpo é posicionado em
contato com a mesa enquanto o outro fica
voltado para o teto.
• Lateral renal – inclinação da mesa
• Posição de Sims – decúbito lateral
esquerdo
52. Posição Lateral
• O braço do lado que está em contato
com a mesa é apoiado numa braçadeira
e o outro fica paralelo a este.
• As pernas ficam separadas por coxins ou
travesseiros.
54. Posição Lateral
Vantagens
• Acesso às áreas retroperitoneal
e renal
Desvantagens
• Comprometimento do pulmão inferior
• Paresia, dor, parestesia de MMSS
• Lesão de nervo fibular
• Diminuição da perfusão periférica
• Síndrome compartimental
55. Suporte para a cabeça
Atenção para dobra do
lóbulo da orelha
Suporte para regiões abaixo
da axila e lateral do quadril
Posição Lateral
56. Perna em contato com a mesa
flexionada e perna superior em
extensão
Posicionamento dos pés em
posição anatômica
Fixação da região do quadril e
coxa com faixas largas
Posição Lateral
57. SUPERFÍCIES ESPECIAIS NO MANEJO
DA PRESSÃO (SEMP)
“Superfície ou dispositivo especializado, cuja configuração
física e/ou estrutural permite a redistribuição da pressão(...)”
(Rodrigues et al, 2011)
58. Recomendações baseadas em evidências
• Utilizar colchões que redistribuem a pressão na mesa de
operações em pacientes com risco de desenvolver UPP
(evidência B).
• Aplicar as recomendações para calcanhares (evidência C).
(GNEAUPP, 2011)
59. SEMPs e Materiais de Apoio da Sala Operatória(SO)
Colchão de espuma
viscoelástica
• Fixação nos tampos das mesas
cirúrgicas
• Fácil desinfecção
• Impermeável
Fonte: Google imagens
60. SEMPs e Materiais de Apoio da Sala Operatória(SO)
Fonte: Google imagens
61. SEMPs e Materiais de Apoio da Sala Operatória(SO)
Faixas ou Cintos de Contenção
• Fixação nos tampos das mesas cirúrgicas.
• Impermeável e de Fácil desinfecção.
Fonte: Google imagens
62. SEMPs e Materiais de Apoio da Sala Operatória(SO)
Coxins de espuma
viscoelástica ou Gel
• Adaptável a regiões
específicas;
• Fácil desinfecção;
• Impermeável.
63. SEMPs e Materiais de Apoio da Sala Operatória(SO)
Coxins de espuma viscoelástica ou Gel para cabeça (prona)
• Fácil desinfecção;
• Impermeável.
Fonte: Google imagens
64. SEMPs e Materiais de Apoio da Sala Operatória(SO)
Posicionador de membros e pés em viscoelástico ou gel
• Fácil desinfecção
• Impermeável.
65. SEMPs e Materiais de Apoio da Sala Operatória(SO)
Travesseiros e rolinhos em viscoelástico ou gel
• Fácil desinfecção
• Impermeável.
66. SEMPs e Materiais de Apoio da Sala Operatória(SO)
Colchão específico para cirurgia plástica viscoelástico ou gel
• Fácil desinfecção
• Impermeável.
67. SEMPs e Materiais de Apoio da Sala Operatória(SO)
Perneiras, Braçadeiras e Estribos
• Fácil desinfecção
• Impermeável.
• Componentes da mesa cirúrgica.
Fonte: Google imagens
69. SEMPs e Materiais de Apoio da Sala Operatória(SO)
Colchão células de ar Híbrido
• Fácil desinfecção
• Impermeável.
• Acompanha o paciente no Pós
Operatório.
70. Fonte: Comissão de Cuidados com a pele Hospital Universitário de Sergipe, 2019.
73. CONSIDERAÇÕES PARA USO DA ESCALA
ELPO
• Utilizar antes de posicionar o paciente na mesa operatória;
• Seu uso isolado não previne os danos;
• Necessita de programas educativos para implantação;
74. CONSIDERAÇÕES PARA USO DA ESCALA
ELPO
• Se o paciente for reposicionado recalcular a ELPO;
• Caso apresente mais de uma opção, considerar e de maior escore
(risco);
• Foi pensada para pacientes adultos;
75. VAMOS PRATICAR?
“ Paciente 72 anos, apresentou queda da própria altura após sofrer um AVC e
será submetido à cirurgia ortopédica conservadora para redução de fratura
fechada de colo do fêmur direito com inserção de prótese.”
Dados complementares:
O paciente era ativo antes da queda, agora encontra-se acamado;
PA descompensada (HAS III), TVP prévio, sobrepeso
Anestesia : geral
Tempo médio de cirurgia ortopédica 4h
O hospital dispõe das SEMP.
78. VAMOS PRATICAR?
“ Paciente 72 anos, apresentou queda da própria altura após sofrer um AVC e
será submetido à cirurgia ortopédica conservadora para redução de fratura
fechada de colo do fêmur direito com inserção de prótese.”
Dados complementares:
O paciente era ativo antes da queda, agora encontra-se acamado;
PA descompensada (HAS III), TVP prévio, sobrepeso
Anestesia : geral
Tempo médio de cirurgia ortopédica 4h
O hospital dispõe das SEMP.
79. CONSIDERAÇÕES PARA POSICIONAMENTO SEGURO
• Colocar o
anestesiado;
paciente na posição cirúrgica após devidamente
• Proceder às manobras de posicionamento sempre em equipe;
• Realizar as mudanças de posição, visando à segurança do paciente e à
ergonomia da equipe,
80. CONSIDERAÇÕES PARA POSICIONAMENTO SEGURO
• Manipular, cuidadosamente, o paciente durante todo o
posicionamento;
• Aplicar movimentos firmes, porém delicados e seguros;
• Manter o alinhamento do corpo do paciente;
• Evitar contato de partes do corpo do paciente
metálicas da mesa;
com superfícies
81. CONSIDERAÇÕES PARA POSICIONAMENTO SEGURO
• Evitar compressão da pele, com o intuito de prevenir lesões locais;
• Cuidar para que os membros superiores e inferiores não fiquem
pendentes;
• Proteger proeminências ósseas;
• Adequar a pressão das cintas de segurança ou faixas de contenção.
82. CONSIDERAÇÕES PARA POSICIONAMENTO SEGURO
• Cuidar para que objetos não permaneçam sobre o paciente;
• Manter constante monitoração e acompanhamento do
durante todo o procedimento;
paciente
• Registrar as ações realizadas e as possíveis intercorrências.
87. REFERÊNCIAS
• MEEKER, M.H; ROTHROCK, J.C. Alexander - Cuidados de enfermagem ao
paciente cirúrgico. Elsevier, 13.ed., 2008. 1280p.
• GRAMONT, K. Enfermagem Cirúrgica. NT Editora, Brasília, 2016. 182p.
• RODRIGUEZ, P. M; LÓPEZ-CASANOVA, P; GARCÍA-MOLINA, P; IBARS-MONCASÍ,P.
Superfícies especiales para el manejo de la presión en prevención y tratamiento
de las úlceras por presión. Serie Docuemntos Técnicos GNEAUPP nº XIII. Grupo
Naconal para elEstudio y Asesoramiento en Úlceras por Presión y Heridas
Crónicas. Logroño. 2011.
• TAKEITI, M. H.; MORIYA, G. A. A. Diretrizes de Prática em Enfermagem Cirúrgica e
Processamento de Produtos para a Saúde. SOBECC, 7.ed., 2017.