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ELEMENTOS DO LETRAMENTO
DIGITAL: REDES, SOFTWARES,
CIBORGUES E SINCRETISMOS
LINGUÍSTICOS
Doutoranda Raquel Salcedo Gomes
Disciplina: Estética das Redes e o Ciberespaço
Docente: Profa. Dra. Maria Cristina Biazus
1 INTRODUÇÃO
investigar os efeitos das interfaces digitais em
diferentes campos empíricos
discussão a respeito de conceitos das novas mídias ao
analisar a estética das redes ou a estética do simulacro,
analisando a perspectiva de sintopia entre arte, ciência
e tecnologia e a produção do sentido numa abordagem
dialógica
Problematização de aspectos da estética das redes e do
ciberespaço como elementos componentes do letramento digital,
pressuposto de uma educação contemporânea que contemple a
informática como parte importante do processo educacional.
Linha de pesquisa
Interfaces digitais em
Educação,Arte, Linguagem
e Cognição
Disciplina
Estética das Redes
e o Ciberespaço
2 SOBRE O CONCEITO DE
LETRAMENTO
Letramento
Educação
Linguística
conjunto de fatores socioculturais que, durante toda a
existência de um indivíduo, lhe possibilitam adquirir,
desenvolver e ampliar o conhecimento de/sobre sua
língua materna, de/sobre outras línguas, sobre a
linguagem de um modo mais geral e sobre todos os
demais sistemas semióticos. (BAGNO; RANGEL, 2005,
p. 63)
Soares (1999, p. 3): “estado ou condição de quem não só
sabe ler e escrever, mas exerce as práticas de leitura e
escrita que circulam na sociedade em que vive,
conjugando-as com as práticas sociais de interação oral”
Tfouni (1995, p. 20): “letramento focaliza os aspectos
sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por
uma sociedade”
3 LETRAMENTO DIGITAL NA
CONTEMPORANEIDADE
Conforme Marcuschi, o letramento digital dedica-se ao
ensino dos usos da internet, isto é, “ao modo como
lidamos socialmente com a escrita digital” (2005, p. 11).
Xavier (2002, p. 2) afirma que ser letrado digital
pressupõe assumir mudanças nos modos de ler e
escrever os códigos e sinais verbais e não-verbais,
como imagens e desenhos, se compararmos às formas
de leitura e escrita feitas no livro, até porque o suporte
sobre o qual estão os textos digitais é a tela, também
digital.
Estado ou condição complexa de quem sabe exercer as
práticas de leitura e escrita que circulam nos espaços
telemáticos e cibernéticos, com destaque para as telas
digitais, conjugando essas práticas a práticas sociais de
interação oral, imagética, de escrita impressa, enfim, dos
demais sistemas semióticos, dispostos hipertextualmente e
em relação aos valores, técnicas, dimensões sociais e
subjetivas, éticas e políticas aí implicados.
LETRAMENTO DIGITAL:
4 ELEMENTOS DO
LETRAMENTO DIGITAL
concepção de linguagem como sistema aberto e imbricado nos suportes, interfaces e práticas
sociais que efetivamente permitem a produção de sentido na contemporaneidade
A tecnocultura é a cultura do humano.
Dialogismo
(BAKHTIN, 1995)
Ética ciborgue
(HARAWAY, 1985)
Hipertextualidade
(NELSON, 1960)
letramento de software
Imagens técnicas
(FLUSSER, 2007)
Homo ludens
(FLUSSER, 2009)
Redes
(PARENTE,
2004)
letramento digital
Painel de controle de nave espacial feito em folha de ofício por aluno
do 6o ano do Ensino Fundamental.
Painel de controle de nave espacial feito em folha de caderno
por aluno do 6o ano.
MESMO SEM
TELAS, ELES
PENSAM E
BRINCAM DE
TELA, NO PAPEL
5 PROPOSIÇÕES DE
FINALIZAÇÃO
Tecnofilia ou tecnofobia?
Paulo Freire (1997):
Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não
pode dar-se alheio à formação moral do educando. Educar é
substantivamente formar. Divinizar ou diabolizar a tecnologia ou a
ciência é uma forma altamente negativa e perigosa de pensar errado.
De testemunhar aos alunos, as vezes com ares de quem possui a
verdade, um rotundo desacerto. (p. 37)
Nunca fui ingênuo apreciador da tecnologia: não a divinizo, de um
lado, nem a diabolizo, de outro. Por isso mesmo sempre estive em paz
para lidar com ela. (p. 98)
A educação, mediante a apropriação da tecnologia que
engendra subjetividades, de educadores, de cientistas ou
de educandos, deve resistir à capitalização mantendo-se
humana, embora ciborgue, enredada nas tramas do
software e capturada pelas imagens técnicas.
Como resistir na assimilação das redes e como
assimilá-las na resistência? Eis um grande
desafio, palavra sempre constante em
educação.
5 PROPOSIÇÕES DE
FINALIZAÇÃO
5 PROPOSIÇÕES DE
FINALIZAÇÃO
As habilidades necessárias ao letramento digital
superam habilidades técnicas. Elas perpassam os
processos de subjetivação das pessoas e, quando
jovens, estão implicadas em seus modos de convívio
cultural, suas oportunidades de acesso a bens materiais
e imateriais, suas relações sociais, seu posicionamento
geográfico, no tipo de relacionamento que estabelecem
com os aparelhos.
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Elementos do letramento digital

  • 1. ELEMENTOS DO LETRAMENTO DIGITAL: REDES, SOFTWARES, CIBORGUES E SINCRETISMOS LINGUÍSTICOS Doutoranda Raquel Salcedo Gomes Disciplina: Estética das Redes e o Ciberespaço Docente: Profa. Dra. Maria Cristina Biazus
  • 2. 1 INTRODUÇÃO investigar os efeitos das interfaces digitais em diferentes campos empíricos discussão a respeito de conceitos das novas mídias ao analisar a estética das redes ou a estética do simulacro, analisando a perspectiva de sintopia entre arte, ciência e tecnologia e a produção do sentido numa abordagem dialógica Problematização de aspectos da estética das redes e do ciberespaço como elementos componentes do letramento digital, pressuposto de uma educação contemporânea que contemple a informática como parte importante do processo educacional. Linha de pesquisa Interfaces digitais em Educação,Arte, Linguagem e Cognição Disciplina Estética das Redes e o Ciberespaço
  • 3. 2 SOBRE O CONCEITO DE LETRAMENTO Letramento Educação Linguística conjunto de fatores socioculturais que, durante toda a existência de um indivíduo, lhe possibilitam adquirir, desenvolver e ampliar o conhecimento de/sobre sua língua materna, de/sobre outras línguas, sobre a linguagem de um modo mais geral e sobre todos os demais sistemas semióticos. (BAGNO; RANGEL, 2005, p. 63) Soares (1999, p. 3): “estado ou condição de quem não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive, conjugando-as com as práticas sociais de interação oral” Tfouni (1995, p. 20): “letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade”
  • 4. 3 LETRAMENTO DIGITAL NA CONTEMPORANEIDADE Conforme Marcuschi, o letramento digital dedica-se ao ensino dos usos da internet, isto é, “ao modo como lidamos socialmente com a escrita digital” (2005, p. 11). Xavier (2002, p. 2) afirma que ser letrado digital pressupõe assumir mudanças nos modos de ler e escrever os códigos e sinais verbais e não-verbais, como imagens e desenhos, se compararmos às formas de leitura e escrita feitas no livro, até porque o suporte sobre o qual estão os textos digitais é a tela, também digital.
  • 5. Estado ou condição complexa de quem sabe exercer as práticas de leitura e escrita que circulam nos espaços telemáticos e cibernéticos, com destaque para as telas digitais, conjugando essas práticas a práticas sociais de interação oral, imagética, de escrita impressa, enfim, dos demais sistemas semióticos, dispostos hipertextualmente e em relação aos valores, técnicas, dimensões sociais e subjetivas, éticas e políticas aí implicados. LETRAMENTO DIGITAL:
  • 6. 4 ELEMENTOS DO LETRAMENTO DIGITAL concepção de linguagem como sistema aberto e imbricado nos suportes, interfaces e práticas sociais que efetivamente permitem a produção de sentido na contemporaneidade A tecnocultura é a cultura do humano. Dialogismo (BAKHTIN, 1995) Ética ciborgue (HARAWAY, 1985) Hipertextualidade (NELSON, 1960) letramento de software Imagens técnicas (FLUSSER, 2007) Homo ludens (FLUSSER, 2009) Redes (PARENTE, 2004) letramento digital
  • 7. Painel de controle de nave espacial feito em folha de ofício por aluno do 6o ano do Ensino Fundamental.
  • 8. Painel de controle de nave espacial feito em folha de caderno por aluno do 6o ano.
  • 9. MESMO SEM TELAS, ELES PENSAM E BRINCAM DE TELA, NO PAPEL
  • 10. 5 PROPOSIÇÕES DE FINALIZAÇÃO Tecnofilia ou tecnofobia? Paulo Freire (1997): Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Educar é substantivamente formar. Divinizar ou diabolizar a tecnologia ou a ciência é uma forma altamente negativa e perigosa de pensar errado. De testemunhar aos alunos, as vezes com ares de quem possui a verdade, um rotundo desacerto. (p. 37) Nunca fui ingênuo apreciador da tecnologia: não a divinizo, de um lado, nem a diabolizo, de outro. Por isso mesmo sempre estive em paz para lidar com ela. (p. 98)
  • 11. A educação, mediante a apropriação da tecnologia que engendra subjetividades, de educadores, de cientistas ou de educandos, deve resistir à capitalização mantendo-se humana, embora ciborgue, enredada nas tramas do software e capturada pelas imagens técnicas. Como resistir na assimilação das redes e como assimilá-las na resistência? Eis um grande desafio, palavra sempre constante em educação. 5 PROPOSIÇÕES DE FINALIZAÇÃO
  • 12. 5 PROPOSIÇÕES DE FINALIZAÇÃO As habilidades necessárias ao letramento digital superam habilidades técnicas. Elas perpassam os processos de subjetivação das pessoas e, quando jovens, estão implicadas em seus modos de convívio cultural, suas oportunidades de acesso a bens materiais e imateriais, suas relações sociais, seu posicionamento geográfico, no tipo de relacionamento que estabelecem com os aparelhos.