2. GERENCIAMENTO DOS RISCOS EMPRESARIAIS
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, intensificou-se o foco e a preocupação
das empresas estarem em compliance as leis,
regulamentos e sua reputação de mercado.
Com estas preocupações as empresas têm
implementado a atividade de gerenciamento de riscos,
tornando cada vez mais clara a necessidade de
identificar, avaliar e administrar riscos em função de
incertezas, aspectos concorrenciais e ambientes mais
complexos, minimizando fatores que podem inviabilizar e
impactar de forma significativa a continuidade dos
negócios e as atividades empresariais.
Na identificação e avaliação destes riscos empresariais,
sejam eles: de negócios, operacionais ou financeiros, a
administração deve avaliar a implementação de controles
internos e atividades de monitoramento eficazes para que
possa reagir e administrar estes conflitos e minimizar a
probabilidade e consequências de eventos adversos.
Além de auxiliar no conhecimento dos riscos
empresariais e no seu gerenciamento, os
administradores podem extrair informações relevantes
para operacionalizar e atribuir metas que terão efeitos
positivos, melhoria na atividade de comunicação e
assegurar um ambiente empresarial com diretrizes
únicas e dirigidas e cumprindo ao plano empresarial.
GERENCIAMENTO DOS RISCOS EMPRESARIAIS
O gerenciamento dos riscos empresarias não possui
apenas o objetivo de apoiar a Administração na
identificação de fragilidades, deficiências, possíveis
riscos e na implementação da estrutura de controles
internos utilizados para suportar as operações comerciais
e financeiras, vai além, proporcionando benefícios
importantes, tais como:
Elevação do nível de governança corporativa
A Governança Corporativa é o sistema pelo qual
as empresas e demais organizações são
dirigidas, monitoradas e incentivadas,
envolvendo o relacionamento entre sócios,
conselho de administração, diretoria, órgãos de
fiscalização e controle e demais partes
interessadas.
(fonte: Instituto Brasileiro de Governança
Corporativa (IBGC) – www.ibgc.org.br)
Aumento e eficiência das operações
O controle por meio de indicadores confiáveis é
fundamental para o aumento deste
conhecimento e para o apoio à tomada de
decisões.
Com base nesses pressupostos, o objetivo da
administração é encontrar o caminho da
eficiência, primeiramente mensurando os ciclos,
em seguida, identificando pontos falhos e, por
fim, propondo ações que visem o crescimento.
O mapeamento e aplicação dos controles
internos possibilitam identificar pontos de riscos
e contribuir no processo de remodelagem, por
consequência alavancar a eficiência.
Definição de responsabilidades
Com a implementação dos controles internos de
forma efetiva as pessoas da organização sabem
quais são suas responsabilidades, seus limites
de autoridade e sua competência.
AVALIAÇÃO DE ESTRATÉGIAS E OBJETIVOS
3. GERENCIAMENTO DOS RISCOS EMPRESARIAIS
EMPRESARIAIS
A administração tempestivamente deve avaliar sua
estratégia e objetivos empresarias para alcançar o
equilíbrio ideal entre as metas de crescimento, de retorno
de investimento e os riscos a elas associados.
Desta forma, a organização deve efetuar o exercício de
gerenciamento de riscos empresarias com a finalidade de
explorar os seus recursos com eficácia e eficiência na
busca dos objetivos.
Para tanto, é importante:
Alinhar o apetite a risco com a estratégia
adotada:
os administradores avaliam o apetite a risco da
organização ao analisar as estratégias, definindo
os objetivos a elas relacionados e desenvolvendo
mecanismos para gerenciar esses riscos.
Fortalecer as decisões em resposta aos
riscos:
o gerenciamento de riscos corporativos
possibilita o rigor na identificação e na seleção de
alternativas de respostas aos riscos – como
evitar, reduzir, compartilhar e aceitar os riscos.
Reduzir as surpresas e prejuízos
operacionais:
as organizações adquirem melhor capacidade
para identificar eventos em potencial e
estabelecer respostas a estes, reduzindo
surpresas e custos ou prejuízos associados.
Identificar e administrar riscos múltiplos e
entre empreendimentos:
toda organização enfrenta uma gama de riscos
que podem afetar diferentes áreas da
organização. A gestão de riscos corporativos
possibilita uma resposta eficaz a impactos inter-
relacionados e, também, respostas integradas
aos diversos riscos.
Aproveitar oportunidades:
pelo fato de considerar todos os eventos em
potencial, a organização posiciona-se para
identificar e aproveitar as oportunidades de forma
proativa.
Otimizar o capital:
a obtenção de informações adequadas a respeito
de riscos possibilita à administração conduzir
uma avaliação eficaz das necessidades de
capital como um todo e aprimorar a alocação
desse capital.
FATORES IMPORTANTES NA TOMADA DE DECISÃO
DO PROCESSO DO GERENCIAMENTO DE RISCOS
No processo de gerenciamento dos riscos existem alguns
fatores e eventos que devem ser considerados que em
alguns casos a Administração não possui controle sobre
tais. Em decorrência destas incertezas e ausência de
controle, a Administração deve avaliar quais medidas
devem ser tomadas de modo a reduzir os riscos de
incerteza de suas ocorrências.
Listamos a seguir alguns exemplos de categoria de
eventos que devem ser observados no momento de
avaliação, implementação do gerenciamento de riscos:
Fatores externos
Econômicos:
Disponibilidade de capital
Liquidez
Mercados Financeiros
Concorrência
Meio Ambiente
Emissões e dejetos
Energia
Desastres naturais
Desenvolvimento
sustentável
Políticos
Mudança de governo
Política pública
Leis e regulamentos
4. GERENCIAMENTO DOS RISCOS EMPRESARIAIS
Conforme pesquisa realizada pela multinacional AON
em 2017, os 10 principais riscos empresariais definidos
pelos líderes e empresas pesquisadas, foram:
1. Destruição de reputação / imagem / marca
2. Crise econômica ou recuperação econômica
lenta
3. Aumento de competitividade
4. Mudanças regulatórias e de legislação
5. Crime cibernético, vírus, hackers, códigos
maliciosos
6. Falha na inovação e assertividade dos produtos
de anseio aos consumidores
7. Falha em reter ou atrair talentos
8. Não continuidade dos negócios
9. Risco e incerteza política
10. Passivos com terceiros
Fonte: Global Risk Management Survey 2017
http://www.aon.com/2017-global-risk-management-survey/pdfs/2017-Aon-Global-
Risk-Management-Survey-Executive-Summary-062617.pdf
IMPLEMENTAÇÃO DE CONTROLES INTERNOS PARA
ATINGIR OS OBJETIVOS EMPRESARIAS
Após a administração identificar e avaliar os principais
riscos empresarias, deve ser avaliado a implementação
de controles internos para mitigar de forma preventiva os
desvios não desejados pela organização e para o
cumprimento do objetivo empresarial de forma eficaz.
O desenho dos controles internos são para fornecer
segurança razoável quanto à consecução dos objetivos
empresarias nas seguintes categorias, não exaustivas: i-
confiabilidade de informações financeiras, ii - obediência
às leis e iii - regulamentos aplicáveis e também iv-
promover a eficácia e eficiência de operações da
entidade.
Sempre na implementação de controles internos existem
alguns fatores que serão observados para o
funcionamento adequado:
delimitação exata da responsabilidade;
segregação de atividades e funções;
comprovação das operações realizadas;
zelo de elemento humano no desempenho das
funções;
pessoal com responsabilidade qualificado e com
treinamento adequado;
manuais e normas de procedimentos para as
atividades;
sistemas de revisão e avaliação das operações;
Não obstante aos procedimentos supra descritos, é
importante destacar que existem limitações no processo
dos controles internos, pois um sistema pode ser passível
de falhas e erros provocados pela não compreensão
plena dos procedimentos ou por fraudes com intuito de
causar prejuízos à entidade.
MONITORAMENTO DOS RISCOS
A implementação de controles por si só não possui
benefícios satisfatório, sem que exista o monitoramento.
A atividade de monitoramento dos controles internos visa
garantir que as execuções das atividades ocorram em
conformidade com os padrões estabelecidos de forma
que os processos coorporativos implantados estejam de
acordo com o planejado e apresentem os resultados
esperados. O monitoramento deve ser realizado por meio
de atividades gerenciais contínuas, avaliações
independentes ou uma combinação, no mínimo, desses
dois procedimentos.
Para o sucesso do monitoramento deve existir a
integridade do processo e as modificações necessárias
nesta atividade devem ser realizadas. Desse modo, a
organização poderá reagir ativamente e mudar segundo
as circunstâncias.
5. GERENCIAMENTO DOS RISCOS EMPRESARIAIS
Com o monitoramento a administração pode identificar os
desvios de atividades planejadas, frequência, ocorrência,
de forma macro e micro em determinadas atividades e
funções, podendo gerar padrões aceitáveis para essas
exceções.
Citamos algumas atividades de monitoramento e riscos
empresariais associados:
Risco empresarial Exemplos de monitoramento
Dificuldade e/ou Não
recebimento do
contas a receber
Relatório de avaliação da
qualidade da concessão de
créditos a clientes / Validação
da política de crédito
Despesas indevidas
e/ou não planejadas
Emissão de relatório de
pagamentos de multa e juros
por pagamentos fora do
vencimento.
Perdas financeiras
por obsolescência do
estoque ou de baixo
giro
Relatório específico de
monitoramento de prazo de
validade e giro dos estoques
Riscos de liquidez /
Risco na obtenção
de créditos por
empréstimos e
financiamentos
Monitoramento dos índices
financeiros básicos com base
nas demonstrações
financeiras.
CULTURA EMPRESARIAL PARA O GERENCIAMENTO
DE RISCOS
A cultura empresarial para o gerenciamento de risco, o
primeiro passo é na divulgação do processo estimulando
a comunicação, do procedimentos e processos de forma
positiva e proativa por parte dos diretores, gestores e
colaboradores.
A implementação da cultura de gerenciamento de riscos,
envolve muitos componentes interdependentes, como:
• Ambiente Interno
• Informações e Comunicação
• Monitoramento
O gerenciamento dos riscos empresarial é um processo
que deve ser conduzido em uma organização pelo
conselho de administração e diretoria. Esta condução
tem de ser planejada e coordenada, seguindo etapas
importantes e de forma sobreposta, ou seja, que não
exista antecipação de etapas.
Citamos abaixo alguns dos componentes do
planejamento para implementação cultural do
gerenciamento de risco:
• Fixação de Objetivos
• Identificação de eventos
• Avaliação dos riscos
• Respostas aos riscos
• Atividades de controles
Todos os envolvidos na organização devem saber seu
posicionamento, importância e responsabilidade perante
os riscos, agregando assim a cada colaborador o
sentimento de importância para o crescimento do
negócio, reforçando uma cultura empresarial de
proatividade e produtividade.
Sempre alinhado todos estes componentes aos objetivos
e planejamento estratégico da organização.
6. GERENCIAMENTO DOS RISCOS EMPRESARIAIS
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atualização das lideranças.
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7. GERENCIAMENTO DOS RISCOS EMPRESARIAIS
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