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Política de Gestão de Riscos
das Empresas Eletrobras
Versão 5.0
dezembro 2010
Política de Gestão de Riscos
das Empresas Eletrobras
Sumário
1.	 Objetivos	
2.	 Conceitos
3.	 Referências
4.	 Princípios
5.	 Diretrizes
6.	 Responsabilidades
7.	 Disposições Gerais
7
7
8
9
11
12
14
7Política de Gestão de Riscos
Objetivos
Estabelecer princípios, diretrizes e responsabilidades da gestão de
riscos das empresas Eletrobras, bem como orientar os processos de
identificação, avaliação, tratamento, monitoramento e comunicação
dos riscos inerentes às atividades, incorporando a visão de riscos à
tomada de decisões estratégicas, em conformidade com as melhores
práticas de mercado.
Conceitos
Gestão Integrada de Riscos•	
Refere-se à arquitetura implantada internamente em uma empresa
para gerenciar os riscos de maneira eficaz, contribuindo para reduzir
a materialização de eventos que impactem negativamente seus
objetivos estratégicos. A gestão integrada de riscos, através de um
enfoque estruturado e da melhor compreensão das interrelações
entre os diversos riscos, alinha estratégia, processos, pessoas e
tecnologia, objetivando a preservação e a criação de valor para a
empresa e seus acionistas.
Risco•	
É o efeito das incertezas nos objetivos de uma empresa.
Incerteza•	
É o estado, mesmo que parcial, da deficiência de informações
relacionadas a um evento, sua compreensão, seu conhecimento, sua
consequência ou sua probabilidade. A incerteza pode se transformar
em ameaça ou em oportunidade para a empresa.
8
Gestor ou Proprietário de Risco (Risk Owner)•	
Éaunidadeorganizacionalquepossuiresponsabilidadeeautoridade
pelo gerenciamento do risco em uma empresa.
Apetite ou Propensão ao Risco•	
É o grau de exposição aos riscos que a empresa está disposta a
aceitar para atingir seus objetivos estratégicos e criar valor para os
acionistas.
Tolerância aos Riscos•	
É a faixa de desvios em relação aos níveis de riscos determinados
como aceitáveis por uma empresa, durante o desempenho de suas
operações.
Riscos Empresariais•	
No âmbito das empresas Eletrobras, são aqueles riscos que, mesmo
não sendo considerados prioritários nas subsidiárias, devem ser
reportados à holding, dada a sua relevância e o interesse corporativo
que envolvem, por razões concernentes às responsabilidades
da mesma frente ao seu Conselho de Administração, acionistas,
investidores e órgãos reguladores/fiscalizadores.
Referências
1. COSO – ERM: Committee of Sponsoring Organizations of the
Treadway Commission – Enterprise Risk Management Framework
2. Norma ABNT NBR ISO 31000:2009 – Gestão de Riscos: Princípios e
Diretrizes
3. Norma ABNT ISO GUIA 73:2009 – Gestão de Riscos: Vocabulário
9Política de Gestão de Riscos
Princípios
Gestão de riscos com geração de valor•	
As empresas Eletrobras reconhecem que a gestão integrada de riscos
corporativosestádiretamenterelacionadaacrescimentosustentável,
rentabilidade e criação de valor para seus acionistas, por permitir a
identificação não só de ameaças, como também de oportunidades
de negócio, além da tomada de decisões baseada em riscos.
Adoção das boas práticas de governança corporativa•	
As empresas Eletrobras adotam as melhores práticas de governança
corporativa, de forma sistemática, estruturada e oportuna, com o
objetivo de alcançar e manter a transparência e a qualidade das suas
informações, buscando melhor reputação perante o mercado e um
diferencial na geração de valor para os seus acionistas.
Definição de uma linguagem comum•	
A adoção de uma linguagem padrão de gestão de riscos para as
empresas Eletrobras é essencial ao processo, possibilitando um
melhor entendimento entre as partes e um processo livre de
interferências.
Utilização de padrões e metodologias•	
Com um modelo baseado em metodologias e padrões formalizados,
reconhecidos pelo mercado e disseminados entre todas as empresas
Eletrobras, a estrutura da gestão integrada de riscos é capaz de
se adequar às estratégias, iniciativas e estrutura organizacional,
além de atender às exigências do setor e dos órgãos reguladores e
fiscalizadores.
10
Estabelecimento de papéis e responsabilidades•	
As empresas Eletrobras devem definir e comunicar os papéis e
responsabilidades de cada um dos colaboradores envolvidos no
processo de gestão de riscos.
Envolvimento dos conselhos de administração e fiscal e•	
comitês de riscos
A atuação dos conselhos de Administração e fiscal e comitês de riscos
das empresas Eletrobras assume papel primordial para o sucesso do
processo de gestão integrada de riscos.
Infraestrutura para gestão integrada de riscos•	
Para gerenciar os riscos de forma integrada e eficiente, as empresas
Eletrobras devem possuir uma infraestrutura adequada e integrada
de tecnologia, processos e pessoas e estabelecer mecanismos de
comunicação claros e objetivos.
Integração nos processos organizacionais•	
A gestão integrada de riscos permeia todas as práticas e processos
organizacionais das empresas Eletrobras, de forma a garantir a
identificação de eventos de riscos inerentes a todas as áreas de
negócio das empresas.
Análise periódica•	
Os comitês de riscos e as gerências de riscos detêm um papel
crítico para as empresas Eletrobras e devem assegurar a eficácia
do gerenciamento de riscos por meio de revisões frequentes,
favorecendo o cumprimento de seus objetivos estratégicos.
11Política de Gestão de Riscos
Diretrizes
As diretrizes apresentadas nesta política definem e caracterizam as
macro-etapas do processo de gestão integrada de riscos.
Identificação dos riscos•	
A identificação de riscos objetiva reconhecer e descrever os riscos
aos quais a empresa está exposta. Nesta etapa são definidos eventos,
fontes, impactos e responsáveis por cada risco. A identificação dos
riscos é realizada com a participação de todos os envolvidos nos
negócios da empresa nos seus diferentes níveis.
Avaliação dos riscos•	
Após a identificação dos riscos, são realizadas análises qualitativas
e quantitativas, visando à definição dos atributos de impacto
e vulnerabilidade, utilizados na priorização dos riscos a serem
tratados. Essa etapa inclui o levantamento e a análise dos controles
já existentes, apurando-se, assim, os riscos residuais.
Tratamento dos riscos•	
Posteriormente à avaliação, é definido o tratamento que será dado
aos riscos e como esses devem ser monitorados e comunicados às
diversas partes envolvidas. Tratar os riscos consiste em decidir
entre evitá-los; mitigá-los, pela definição de planos de ação e
controles internos;compartilhá-los;ou aceitá-los. A decisão depende
principalmente do grau de apetite ao risco da empresa, previamente
homologado pelo seu Conselho de Administração.
12
Monitoramento dos riscos•	
O processo de monitoramento consiste em acompanhar o
desempenho dos indicadores de riscos, supervisionar a implantação
e manutenção dos planos de ação e alcançar as metas estabelecidas,
através de atividades gerenciais contínuas e/ou avaliações
independentes.
Comunicação dos riscos•	
A comunicação durante todas as etapas do processo de gestão
integrada de riscos atinge a todas as partes interessadas, sendo
realizada de maneira clara e objetiva, respeitando as boas práticas
de governança exigidas pelo mercado.
Responsabilidades
Os conselhos de administração devem deliberar sobre as questões
estratégicas concernentes ao processo de gestão de riscos, tais como
o grau de apetite a riscos da empresa, suas faixas de tolerância, o pa-
pel da Diretoria Executiva no gerenciamento dos riscos e a política
que deverá nortear todo o processo.
As diretorias executivas são responsáveis por patrocinar a implan-
tação da gestão de riscos na empresa. Para tanto, devem alocar re-
cursos necessários ao processo e definir a infraestrutura apropriada
às atividades de gerenciamento de riscos. Devem aprovar normas
específicas, aprovar o grau de apetite a riscos da empresa e suas fai-
xas de tolerância.
13Política de Gestão de Riscos
Os comitês de riscos devem acompanhar a gestão integrada de
riscos, validando e revisando periodicamente a matriz de riscos da
empresa, bem como a sua estrutura de controles internos e as ações
tomadas para minimizar a ocorrência de eventos que comprometam
a realização dos objetivos da empresa. Essa instância também é
responsável pela promoção de assuntos estratégicos e operacionais
no processo de gestão integrada de riscos.
O Comitê Operacional de Riscos deve servir como um fórum para
a discussão de sugestões de ajustes em documentos e processos
relacionados à gestão integrada de riscos. Além disso, também é
responsável pelo alinhamento das práticas e dos processos que
envolvem a gestão integrada de riscos entre as empresas Eletrobras.
As gerências de riscos devem coordenar e definir os padrões a
serem seguidos no que tange aos processos de gestão integrada de
riscos, aos seus sistemas de suporte e às formas e à periodicidade de
seus reportes. Além disso, devem apoiar e garantir a identificação
e o monitoramento dos riscos pelas suas áreas proprietárias, de
acordo com as políticas e técnicas aprovadas pelo corpo diretivo
da empresa. Adicionalmente, à Gerência de Riscos da holding cabe
apoiar a identificação e a avaliação dos riscos corporativos das
demais empresas Eletrobras, bem como consolidar a situação dos
riscos empresariais nas mesmas, a partir de informações coletadas
em cada uma das empresas Eletrobras.
As gerências de controles internos são responsáveis por efetivar
as ações necessárias ao estabelecimento do ambiente de controles
para auxílio no tratamento dos riscos identificados pelas suas áreas
proprietárias. Adicionalmente, à Gerência de Controles Internos da
Eletrobras cabe realizar a consolidação do ambiente de controles
internos das empresas Eletrobras, a partir de informações recebidas
de áreas equivalentes em cada empresa.
14
As áreas proprietárias de riscos são responsáveis por gerenciar os
riscos inerentes às suas atividades, identificando-os, avaliando-os
e tratando-os de modo a otimizar suas decisões, com o intuito de
manter e obter vantagens competitivas e garantir a geração de valor
para acionistas e demais partes interessadas.
Disposições Gerais
Esta política deve ser acompanhada pelos conselhos de•	
administraçãoediretoriasexecutivasdasempresasEletrobras,no
que tange à aplicação dos procedimentos de acompanhamento
e ao controle de suas diretrizes.
O presente documento deve ser lido e considerado em conjunto•	
com outros padrões, normas e procedimentos aplicáveis e
relevantes, adotados pelas empresas Eletrobras. Além disso,
considerando as especificidades de cada empresa, esta política
deve ser desdobrada em outros documentos normativos
específicos, sempre alinhados às diretrizes e princípios aqui
estabelecidos.
As exceções, eventuais violações e casos omissos a esta política•	
devem ser submetidos à apreciação do Comitê de Riscos da
Eletrobras e encaminhados para posterior aprovação pelos
órgãos competentes.
Esta política foi aprovada por meio da Resolução RES-1279/2010,•	
de 08/12/2010, e Deliberação DEL-059/2011, de 29/04/2011.
Eletrobras politica de-gestao-de-riscos

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  • 1. Política de Gestão de Riscos das Empresas Eletrobras Versão 5.0 dezembro 2010
  • 2. Política de Gestão de Riscos das Empresas Eletrobras
  • 3. Sumário 1. Objetivos 2. Conceitos 3. Referências 4. Princípios 5. Diretrizes 6. Responsabilidades 7. Disposições Gerais 7 7 8 9 11 12 14
  • 4. 7Política de Gestão de Riscos Objetivos Estabelecer princípios, diretrizes e responsabilidades da gestão de riscos das empresas Eletrobras, bem como orientar os processos de identificação, avaliação, tratamento, monitoramento e comunicação dos riscos inerentes às atividades, incorporando a visão de riscos à tomada de decisões estratégicas, em conformidade com as melhores práticas de mercado. Conceitos Gestão Integrada de Riscos• Refere-se à arquitetura implantada internamente em uma empresa para gerenciar os riscos de maneira eficaz, contribuindo para reduzir a materialização de eventos que impactem negativamente seus objetivos estratégicos. A gestão integrada de riscos, através de um enfoque estruturado e da melhor compreensão das interrelações entre os diversos riscos, alinha estratégia, processos, pessoas e tecnologia, objetivando a preservação e a criação de valor para a empresa e seus acionistas. Risco• É o efeito das incertezas nos objetivos de uma empresa. Incerteza• É o estado, mesmo que parcial, da deficiência de informações relacionadas a um evento, sua compreensão, seu conhecimento, sua consequência ou sua probabilidade. A incerteza pode se transformar em ameaça ou em oportunidade para a empresa.
  • 5. 8 Gestor ou Proprietário de Risco (Risk Owner)• Éaunidadeorganizacionalquepossuiresponsabilidadeeautoridade pelo gerenciamento do risco em uma empresa. Apetite ou Propensão ao Risco• É o grau de exposição aos riscos que a empresa está disposta a aceitar para atingir seus objetivos estratégicos e criar valor para os acionistas. Tolerância aos Riscos• É a faixa de desvios em relação aos níveis de riscos determinados como aceitáveis por uma empresa, durante o desempenho de suas operações. Riscos Empresariais• No âmbito das empresas Eletrobras, são aqueles riscos que, mesmo não sendo considerados prioritários nas subsidiárias, devem ser reportados à holding, dada a sua relevância e o interesse corporativo que envolvem, por razões concernentes às responsabilidades da mesma frente ao seu Conselho de Administração, acionistas, investidores e órgãos reguladores/fiscalizadores. Referências 1. COSO – ERM: Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission – Enterprise Risk Management Framework 2. Norma ABNT NBR ISO 31000:2009 – Gestão de Riscos: Princípios e Diretrizes 3. Norma ABNT ISO GUIA 73:2009 – Gestão de Riscos: Vocabulário
  • 6. 9Política de Gestão de Riscos Princípios Gestão de riscos com geração de valor• As empresas Eletrobras reconhecem que a gestão integrada de riscos corporativosestádiretamenterelacionadaacrescimentosustentável, rentabilidade e criação de valor para seus acionistas, por permitir a identificação não só de ameaças, como também de oportunidades de negócio, além da tomada de decisões baseada em riscos. Adoção das boas práticas de governança corporativa• As empresas Eletrobras adotam as melhores práticas de governança corporativa, de forma sistemática, estruturada e oportuna, com o objetivo de alcançar e manter a transparência e a qualidade das suas informações, buscando melhor reputação perante o mercado e um diferencial na geração de valor para os seus acionistas. Definição de uma linguagem comum• A adoção de uma linguagem padrão de gestão de riscos para as empresas Eletrobras é essencial ao processo, possibilitando um melhor entendimento entre as partes e um processo livre de interferências. Utilização de padrões e metodologias• Com um modelo baseado em metodologias e padrões formalizados, reconhecidos pelo mercado e disseminados entre todas as empresas Eletrobras, a estrutura da gestão integrada de riscos é capaz de se adequar às estratégias, iniciativas e estrutura organizacional, além de atender às exigências do setor e dos órgãos reguladores e fiscalizadores.
  • 7. 10 Estabelecimento de papéis e responsabilidades• As empresas Eletrobras devem definir e comunicar os papéis e responsabilidades de cada um dos colaboradores envolvidos no processo de gestão de riscos. Envolvimento dos conselhos de administração e fiscal e• comitês de riscos A atuação dos conselhos de Administração e fiscal e comitês de riscos das empresas Eletrobras assume papel primordial para o sucesso do processo de gestão integrada de riscos. Infraestrutura para gestão integrada de riscos• Para gerenciar os riscos de forma integrada e eficiente, as empresas Eletrobras devem possuir uma infraestrutura adequada e integrada de tecnologia, processos e pessoas e estabelecer mecanismos de comunicação claros e objetivos. Integração nos processos organizacionais• A gestão integrada de riscos permeia todas as práticas e processos organizacionais das empresas Eletrobras, de forma a garantir a identificação de eventos de riscos inerentes a todas as áreas de negócio das empresas. Análise periódica• Os comitês de riscos e as gerências de riscos detêm um papel crítico para as empresas Eletrobras e devem assegurar a eficácia do gerenciamento de riscos por meio de revisões frequentes, favorecendo o cumprimento de seus objetivos estratégicos.
  • 8. 11Política de Gestão de Riscos Diretrizes As diretrizes apresentadas nesta política definem e caracterizam as macro-etapas do processo de gestão integrada de riscos. Identificação dos riscos• A identificação de riscos objetiva reconhecer e descrever os riscos aos quais a empresa está exposta. Nesta etapa são definidos eventos, fontes, impactos e responsáveis por cada risco. A identificação dos riscos é realizada com a participação de todos os envolvidos nos negócios da empresa nos seus diferentes níveis. Avaliação dos riscos• Após a identificação dos riscos, são realizadas análises qualitativas e quantitativas, visando à definição dos atributos de impacto e vulnerabilidade, utilizados na priorização dos riscos a serem tratados. Essa etapa inclui o levantamento e a análise dos controles já existentes, apurando-se, assim, os riscos residuais. Tratamento dos riscos• Posteriormente à avaliação, é definido o tratamento que será dado aos riscos e como esses devem ser monitorados e comunicados às diversas partes envolvidas. Tratar os riscos consiste em decidir entre evitá-los; mitigá-los, pela definição de planos de ação e controles internos;compartilhá-los;ou aceitá-los. A decisão depende principalmente do grau de apetite ao risco da empresa, previamente homologado pelo seu Conselho de Administração.
  • 9. 12 Monitoramento dos riscos• O processo de monitoramento consiste em acompanhar o desempenho dos indicadores de riscos, supervisionar a implantação e manutenção dos planos de ação e alcançar as metas estabelecidas, através de atividades gerenciais contínuas e/ou avaliações independentes. Comunicação dos riscos• A comunicação durante todas as etapas do processo de gestão integrada de riscos atinge a todas as partes interessadas, sendo realizada de maneira clara e objetiva, respeitando as boas práticas de governança exigidas pelo mercado. Responsabilidades Os conselhos de administração devem deliberar sobre as questões estratégicas concernentes ao processo de gestão de riscos, tais como o grau de apetite a riscos da empresa, suas faixas de tolerância, o pa- pel da Diretoria Executiva no gerenciamento dos riscos e a política que deverá nortear todo o processo. As diretorias executivas são responsáveis por patrocinar a implan- tação da gestão de riscos na empresa. Para tanto, devem alocar re- cursos necessários ao processo e definir a infraestrutura apropriada às atividades de gerenciamento de riscos. Devem aprovar normas específicas, aprovar o grau de apetite a riscos da empresa e suas fai- xas de tolerância.
  • 10. 13Política de Gestão de Riscos Os comitês de riscos devem acompanhar a gestão integrada de riscos, validando e revisando periodicamente a matriz de riscos da empresa, bem como a sua estrutura de controles internos e as ações tomadas para minimizar a ocorrência de eventos que comprometam a realização dos objetivos da empresa. Essa instância também é responsável pela promoção de assuntos estratégicos e operacionais no processo de gestão integrada de riscos. O Comitê Operacional de Riscos deve servir como um fórum para a discussão de sugestões de ajustes em documentos e processos relacionados à gestão integrada de riscos. Além disso, também é responsável pelo alinhamento das práticas e dos processos que envolvem a gestão integrada de riscos entre as empresas Eletrobras. As gerências de riscos devem coordenar e definir os padrões a serem seguidos no que tange aos processos de gestão integrada de riscos, aos seus sistemas de suporte e às formas e à periodicidade de seus reportes. Além disso, devem apoiar e garantir a identificação e o monitoramento dos riscos pelas suas áreas proprietárias, de acordo com as políticas e técnicas aprovadas pelo corpo diretivo da empresa. Adicionalmente, à Gerência de Riscos da holding cabe apoiar a identificação e a avaliação dos riscos corporativos das demais empresas Eletrobras, bem como consolidar a situação dos riscos empresariais nas mesmas, a partir de informações coletadas em cada uma das empresas Eletrobras. As gerências de controles internos são responsáveis por efetivar as ações necessárias ao estabelecimento do ambiente de controles para auxílio no tratamento dos riscos identificados pelas suas áreas proprietárias. Adicionalmente, à Gerência de Controles Internos da Eletrobras cabe realizar a consolidação do ambiente de controles internos das empresas Eletrobras, a partir de informações recebidas de áreas equivalentes em cada empresa.
  • 11. 14 As áreas proprietárias de riscos são responsáveis por gerenciar os riscos inerentes às suas atividades, identificando-os, avaliando-os e tratando-os de modo a otimizar suas decisões, com o intuito de manter e obter vantagens competitivas e garantir a geração de valor para acionistas e demais partes interessadas. Disposições Gerais Esta política deve ser acompanhada pelos conselhos de• administraçãoediretoriasexecutivasdasempresasEletrobras,no que tange à aplicação dos procedimentos de acompanhamento e ao controle de suas diretrizes. O presente documento deve ser lido e considerado em conjunto• com outros padrões, normas e procedimentos aplicáveis e relevantes, adotados pelas empresas Eletrobras. Além disso, considerando as especificidades de cada empresa, esta política deve ser desdobrada em outros documentos normativos específicos, sempre alinhados às diretrizes e princípios aqui estabelecidos. As exceções, eventuais violações e casos omissos a esta política• devem ser submetidos à apreciação do Comitê de Riscos da Eletrobras e encaminhados para posterior aprovação pelos órgãos competentes. Esta política foi aprovada por meio da Resolução RES-1279/2010,• de 08/12/2010, e Deliberação DEL-059/2011, de 29/04/2011.