2. O que é arte?
Paulo Bruscky,
1978
Do latim ars, que significa
literalmente “técnica”, “habilidade
natural ou adquirida” ou
“capacidade de fazer alguma
coisa”.
A arte é utilizada pelo ser humano para
expressar seus sentimentos e suas
convicções a respeito dos
acontecimentos de sua época.
3. O que é arteterapia?
É uma prática que nos
permite explorar as emoções
mais profundas, desfrutar da
liberdade de expressão e
comunicar-se através de
atividades artísticas sob a
supervisão e orientação de
um arteterapeuta
profissional.
MDM Ltda.
4. O que é arte-reabilitação?
É uma terapia que pode ajudar o
paciente a organizar e reorganizar os
vestígios da vivência antiga,
desenvolver a cognição, as
habilidades motoras de vida diária, a
sociabilidade, a percepção, a emoção
e o comportamento.
6. Arteterapia
Arteterapia
O homem utiliza a arte
desde o tempo das
cavernas, mas, como
base para uma terapia,
vem sendo pesquisada e
aplicada desde o século
XIX.
7. Linha do tempo
Pesquisas do psiquiatra
Max Simon, que
classificou as doenças
mentais segundo as
produções artísticas de
seus pacientes.
César Lombroso, também
classificou doenças,
analisando os desenhos,
acreditando que poderia
descobrir as doenças
mentais por meio da
expressão artística.
Mohr, comparou esses
trabalhos artísticos com
as das pessoas normais e
com artistas
consagrados, levantando
a possibilidade de se
aplicarem desenhos
como teste de
personalidade.
Sigmund Freud, publicou
vários trabalhos sobre
artistas e sua arte
chamando atenção para
o fato do inconsciente
manifestar-se por
intermédio de imagens
facilitando o acesso dos
conteúdos secretos de
ser.
1876 1906 1910
1888
8. Década de 20
Linha do tempo
Jung passa usar a arte
como forma de
tratamento nas sessões
de psicoterapia. Fez
relações do inconsciente
individual e coletivo,
acrescentando uma
contribuição valiosa para
o estudo do ser e de suas
manifestações artísticas.
A Arteterapia foi
tomando os hospitais
europeus, assim como
comitês e conferências.
Rudolf Steiner deu ênfase
a arte na educação, assim
como a educadora Maria
Montessori.
Osório César, psicanalista
e psiquiatra, estuda as
artes dos pacientes
internos do hospital de
juqueri , e, 1925 funda a
Escola Livre de Artes
Plásticas do Juqueri.
Publica vários trabalhos
sobre o tema, sendo
premiado em 1949 pelo
trabalho Misticismo e
Loucura.
1923
9. Dra Nise da Silveira cria
no Centro Psiquiátrico D.
Pedro II a Seção de
Terapia Ocupacional. Em
1952 funda o Museu do
Inconsciente.
Em Zurique, encontra-se
com Jung, que a estimula
estudar os mitos para
melhor compreensão da
arte realizada pelos
doentes. Tem um papel
relevante na valorização
da arte como terapia,
através da psicologia
junguiana e no
desenvolvimento da
função criadora nas
pessoas.
Escreve o livro Imagens
do Inconsciente ,
mostrando sua
experiencia.
1946 1981
1956
10. Margareth Naumburg,
nos EUA, sistematizou a
Arteterapia, voltada para
as expressões corporais,
procurando atender a
população marcada na
guerra.
Foi fundada a AATA –
American Art Therapy
Association, nos EUA, no
ano seguinte, veio um
professor para dar o
primeiro curso de
Arteterapia na PUC, no
Rio de Janeiro.
Foi criada a Clínica
Pomar/ RJ, especializada
em Arteterapia, e, em
1996 o curso de Pós -
Graduação na PUC. Em
1999, surge a Associação
de Arteterapia do Rio de
Janeiro.
Em São Paulo, o primeiro
curso de Arteterapia foi
na Sedes Sapientae e no
ano 2000, foi fundada a
Associação Brasileira de
Arteterapia e a
Associação Baiana de
Arteterapia
Década de 40 1980 1982
1969
11. Surge a União Brasileira
das Associações de
Arteterapia – UBAAT
Durante o X Forum de
Arteterapia em Canelas/ RS, foi
redigido a Carta de Canela/RS,
as decisões da UBAAT até a
presente data 15/11/2008, os
feitos durante encontros, fóruns
e congressos, como Arteterapia
escrito sem o hífen, formatação
do currículo mínimo para as pós-
graduação em Arteterapia,
elaboração do Código de Ética,
Estatuto da UBAAT e outros.
Insere-se no sistema único de Saúde
através da Port. nº 849 de
25/03/17, em adendo à Portaria nº 145, de 13
de janeiro de 2017, sob a rubrica
Procedimento 01.01.05.006-2, modalidade
ambulatorial de atenção básica, integrando
o
quadro de Práticas
Integrativas/Complementar do Grupo 01 –
Ações Coletivas/Individuais em Saúde.
RENASES: 007 – Práticas Integrativas e
Complementares, 008 – Ações
Comunitárias, 010 – Atividades Educativas,
Terapêuticas e de Orientação à População.
Surge a primeira pós-
graduação de Arteterapia
no Piauí
2003 2013 2017
2008
13. Arteterapia
Canaliza o trabalho para a
reestruturação e a reorganização
mental do indivíduo, direcionando
seu foco para os processos
individuais, as emoções, as
questões e as dificuldades de
cada pessoa.
14. Arte-Educação
Tem como objetivo a aprendizagem, e,
nesse processo, o arte-educador, que
conduz esse trabalho, deve trabalhar a
arte tendo em vista o desenvolvimento
mental, emocional e cognitivo do
indivíduo, além de inter-relacionar a
arte com outras áreas do
conhecimento.
15. Terapias Expressivas
Assemelha-se ao processo da
Arteterapia, contudo, utilizam outros
recursos expressivos, entre eles, teatro,
movimento, dança, som, escrita e
materiais plásticos.
16. Arte em Psicoterapia
Realizada por profissionais
específicos da área da Psicologia, que
tem por finalidade de facilitar a
resolução de conflitos interiores,
afetivos e comportamentais, por
algum meio de expressão artística.
17. Terapia Ocupacional
Preocupa-se em dirigir o nível
consciente e o desempenho dos
usuários em grupo. Depende de um
treinamento prévio nas artes e no
artesanato, tendo como caracterítica
encorajar a cópia e a feitura de
produtos padronizados.
18. Arteterapia
Ao contrário da Terapia Ocupacional,
fundamenta seus metodos na
liberação entre cliente-terapeuta e
no encorajamento da associação
livre, com orientação analítica,
enfatizando a liberação dos conflitos
inconscientes dos indivíduos.
19. Os são multidisciplinares, multiculturais e
transdisciplinares. Sua base estrutural origina-
se nas áreas do conhecimento da Psicologia,
Arte, Criatividade, Educação, Filosofia,
Antropologia e Sociologia, inserindo-se
portanto, na área das Ciências Humanas.
(UBAAT,2017)
Fundamentos Teóricos e Práticos da Arteterapia
20. Fundamentada
nas áreas
nas Artes,
Psicologia e
Medicina
Regida
por um
código
de
ética.
Reconhecida
pela
Classificação
Brasileira de
Ocupações-CBO
nº 2263-10.
Faz parte dos
procedimentos
oferecidos
pelo SUS.
Arteterapia
Profissão
1 3
2
4
23. Favorecer a
expressão e a
expansão das
atividades criativas
de cada cliente, por
intermédio do
convívio
terapêutico,
amenizando inclusive
bloqueios que
prejudiquem seu
processo criativo;
Facilitar o
processo, com
materiais
expressivos
diversos, visando
estimular a
produção artística
do individuo;
Facilitar caminhos
expressivos e
singulares para
cada cliente,
proporcionando-lhe
novas
possibilidades de
construção,
comunicação
expressão;
Assegurar ao
indivíduo preparo
adequado,
confiável e
sobretudo, ético
do processo
terapeutico.
Funções do
Arteterapeuta
1 3
2
4
24. Desenvolvimento do processo
arteterapêutico
A melhora do usuário só depende da sua vontade
de querer mudar, porque arteterapeutas não
transformam e não devem ensinar ninguém a viver
conforme os parâmetros;
25. Desenvolvimento do processo
arteterapêutico
A formação do arteterapeuta é imprescindível:
equilíbrio na fundamentação teórica; prática
expressiva e variada; estágio supervisionado e
a própria vivência como sujeito de um
processo terapêutico;
26. Desenvolvimento do processo
arteterapêutico
O arteterapeuta deve ter intimidade com a arte e suas
manifestações , convívio terapêutico diário com o
processo criativo, experiência como sujeito de um
processo terapêutico, bem como desenvolver sua
própria linguagem expressiva e deixar claro que há
proposito, intenção e ideologias contidos na imagens.
Identificar o símbolo entra e por que entra na produção
artística, e , sobretudo aprender a criar mecanismos de
livre expressão.
27. Desenvolvimento do processo
arteterapêutico
O arteterapeuta deve ter o domínio das atividades
plásticas, para desenvolver estratégias e compreender as
necessidades terapêuticas da pessoa; da Psicologia
(representação e expressão), para obter elementos
teóricos que favoreçam a observação dos
comportamentos de cada sujeito, do ponto de vista
funcional e evolutivo, assim como deve ter também noção
das teorias psicológicas que levam em conta o processo
de formação das imagens e da construção das
representações ; e, da arte (significação e história), para
conhecer seus códigos e valores por meio da história e
suas variações.
28. Desenvolvimento do processo
arteterapêutico
Não há necessidade de ênfase nas leis da estética e
da harmonia promovidas pelo intelecto humano,
dando espaço a liberdade de expressão e de
criatividade do usuário.
A atividade artística envolvem os níveis sensório-
motor, emocional, cognitivo e intuitivo do
funcionamento humano, que favorecem o contato
com características mais amplas do ser humano.
29. Desenvolvimento do processo
arteterapêutico
Não lidamos somente com prazeres. Sucessivas vezes
aparecem lacunas, áreas sombrias, decepções,
projetos desfeitos, desconfortos frente a construções
de precário equilíbrio, tristezas após várias tentativas
truncadas de criação e de estabelecimentos de
afetos, de comunicação, de situações que levam a
temores e rupturas de elos.
Assim, buscamos atingir os objetivos arteterapêuticos
propostos capazes de propociar à pessoa expressar,
identificar, configurar e materializar seus
pensamentos, aparecem, outrossim, conflitos e
frustações.
30. Desenvolvimento do processo
arteterapêutico
Trabalhamos atingindo uma ampla população, pessoas
de diferentes faixas etárias, atendimento grupo e
individual, etc.
A Arteterapia encontra campo em espaços como a
educação, saúde, instituições médicas e sociais,
centro de recuperação e reabilitação, programas
comunitários, etc.
32. Ação 1 Ação 2
Ação 3
1
2
Individual 40 minutos
Grupo 80 minutos
Atendimentos Individual
Grupo
Infantil
Grupo
Adulto
33. Desenvolvimento do processo
arteterapêutico
Conhecer o estágio de desenvolvimento e o
comportamento;
Aplicar avaliação inicial: Autorretrato e desenho da
família e dependendo do caso o mini-mental;
Entrevista, ficha de anamnese e avaliação:
34. 2
Protocolo de
avaliação baseado
nos desenhos de
auto-imagem e
desenho da
família;
3
Análise formal e
simbólica do
desenho da
criança;
1
Realizada com a
criança e o seu
responsável;
4
Levantamento dos
itens do relatório
de avaliação com
respostas do
responsável e a
cada três meses é
repetido o
procedimento;
5
Enquadramento: A partir
de 3 anos que assumam a
postura sentada (com ou
sem auxílio de
equipamentos,com
liberação de pelo menos
um dos MMSS ou MMII.
Avaliação
Infantil
35. Imagem Corporal
Não se deve confundir a imagem
corporal com o esquema
corporal. O esquema corporal
específica o indivíduo enquanto
representante da espécie: ele
é, em princípio, o mesmo para
todos. A imagem do corpo é
específica de cada um: ela está
ligada ao sujeito e a sua
história (Dolto, 1992).
36. 2
Protocolo de
avaliação baseado
nos desenhos de
auto-imagem e
desenho da
família;
3
Análise formal e
simbólico do
desenho do
paciente;
1
Realizada com o
paciente e o
acompanhante;
4
Levantamento dos
itens do relatório
de avaliação com
respostas do
paciente e/ou
acompanhante. A
cada dois meses são
realizados
relatórios de
evolução.
5
Enquadramento: Acima
de 18 anos que assumam
a postura sentada (com
ou sem auxílio de
equipamentos,com
liberação de pelo
menos um dos MMSS ou
MMII.
Avaliação
Adulto
37. Imagem Corporal
AVC
Merleau-Ponty considera o corpo como
sendo o ponto de vista do indivíduo em
relação ao universo, é o acesso ao
universo e apresenta o olhar do
indivíduo sobre o universo "corpo
sujeito". O corpo proporciona o acesso
ao mundo; e a percepção, que é um tipo
de consciência, é o nosso aceso à
experiência no mundo, antes da
reflexão.
Dono da ideia
Este espaço é a
nova casa da sua
ideia maravilhosa.
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substituindo este
texto pelo seu.
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38. Imagem Corporal
AVC Dono da ideia
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Merleau-Ponty considera o corpo como
sendo o ponto de vista do indivíduo em
relação ao universo, é o acesso ao
universo e apresenta o olhar do
indivíduo sobre o universo "corpo
sujeito". O corpo proporciona o acesso
ao mundo; e a percepção, que é um tipo
de consciência, é o nosso aceso à
experiência no mundo, antes da
reflexão.
39. Desenvolvimento do processo
arteterapêutico
Ser um espaço reservado que ofereça segurança e
receptividade;
Ser um local claro e iluminado, móveis apropiados para
acolher os usuários e guardar sua produções;
Não permitir que solicitações, atribuições e atribulações
externas interfiram no processo criativo;
Possuir diversos materiais que facilitem às pessoas descobrir
o seu mundo inconsciente e singular de cada uma delas;
Dispor de uma bancada com pia para higiene dos materiais e
das mãos da pessoa;
Ser limpo e organizado.
Atelier Terapêutico
40. Desenvolvimento do processo
arteterapêutico
Reconhecimento ou diagnóstica: abordagem de
estratégias que geram espotaneidade, relaxamento e
favorecem o processo criativo;
Desdobramento: compreensão das possibilidades de
desempenho, isto é dos procedimentos de
amplificação e transposição de linguagens;
Alternância entre amplificação e facilitação;
Globalização: tentativa de organização de símbolos.
Atendimentos
41. Perceptual/
Afetivo
Dono da ideia Cinestésico/
Sensorial
Criativo
Cognitivo/Simbólico
"Os exercícios sensoriais, de
percepção e cognição facilitam o
desenvolvimento da criatividade."
(Lusebrink, 1990)
ETC- Continuum de
Terapias Expressivas
Este modelo permite reconhecer
quais materiais e sistemas de
abordagem são mais apropriados no
processo da Arteterapia.
42. Dono da ideia
Sensório/ Motor
(S/M)
ETC- Continuum de
Terapias Expressivas
Liberação de energia por meio da
ação e movimento. Ajuda a pessoa
a descarregar as tensões, a
acalmar e a focalizar sua
atenção.
43. Dono da ideia
Perceptual/Afetivo
(P/A)
ETC- Continuum de
Terapias Expressivas
Trabalha o distanciamento
reflexivo, para poder sentir e
perceber sua produção imagética.O
usuário consegue ter uma
perspectiva mais ampla da sua
obra, porque traz um novo olhar
que re-significa ou elabora sua
obra.
44. Dono da ideia
Cognitivo/Simbólico
(C/S)
ETC- Continuum de
Terapias Expressivas
Representa o nível de pensamento
abstrato, lógico e analítico.
Torna-se possível a experiência
na dimensão conceitual.
Caracterizado pelo uso da
linguagem associada ao simbólico,
evidenciando a intuição, o
crescimento e o insight.
45. Dono da ideia
Criativo (CR)
ETC- Continuum de
Terapias Expressivas
Tem potencial de síntese, é
determinante da integração,
transformação e expressão da
expressão da esperiência vivida
em novas possibilidades e está em
diferentes níveis.
47. O que é releitura?
É uma nova interpretação de uma obra de
arte, pintura,escultura, peça teatral,
conto,etc feita com estilo próprio, mas sem
fugir ao tema original da obra.
53. Referências Add your
idea here
Add your
idea here
Add your
idea here
Add your
idea here
CONTRIBUIÇÃO da Arteterapia para a Atenção Integral do SUS: Desde 2006 no SUS: Prática Integrativa e complementar de Saúde.. São Paulo, 1 jan.
2017. Disponível em: https://aatergs.com.br/wp-content/uploads/2019/07/Cartilha-de-orienta%C3%A7%C3%A3o-para-inser%C3%A7%C3%A3o-da-
arteterapia-nas-praticas-complementares-do-SUS..pdf. Acesso em: 25 dez. 2023.
FRANCISQUETTI, Ana Alice. Análise de um protocolo de arte-reabilitação. In: CAMINHOS e Conquistas na Paralisia Cerebral: Uma Ação Interdisciplinar
pela Vida. Salvador: Núcleo de Atendimento da Criança com Paralisia Cerebral, 2005. cap. 8, p. 317-351.
MACIEL, Carla; CARNEIRO, Celeste. Breve Histórico da Arteterapia no Brasil. In: MACIEL, Carla. Diálogos Criativos entre a Arteterapia e a Psicologia
Junguiana. Rio de Janeiro: Wak, 2012. p. 37-39.
VALLADARES, Ana Claudia Afonso. A Arteterapia humanizado os espaços de saúde. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008. 253 p.