O documento discute os princípios básicos da ventilação mecânica, incluindo a fisiologia da respiração, as trocas gasosas nos alvéolos, os objetivos e modalidades da ventilação mecânica invasiva, a história dos ventiladores, os parâmetros e modos ventilatórios, e a importância de oferecer um suporte ventilatório protetor e retirar o paciente da ventilação mecânica assim que possível.
3. Hematose são as trocas gasosas nos alvéolos
A hemoglobina, presente nas hemácias, tem a
função de transportar oxigênio (oxiemoglobina)
e retirar o gás carbônico (carboemoglobina).
Nos alvéolos, acontece a difusão do oxigênio do
ar para o sangue e a difusão do gás carbônico
presente no sangue para os alvéolos.
5. Ventilação Mecânica
OBJETIVOS
• Reverter a hipoxemia
• Reverter a acidose respiratória aguda - PCO2
• Diminuir o desconforto respiratório
• Prevenir ou reverter a atelectasia (colapso completo ou parcial pulmão)
• Reverter a fadiga dos músculos respiratórios
• Permitir a sedação e/ou o bloqueio neuromuscular
7. Um pulmão de aço ou ventilador de pressão negativa
é um tipo de ventilador que permite a uma pessoa respirar em
caso de paralisia dos músculos da respiração ou quando o
esforço necessário para a respiração excede a capacidade dessa
pessoa.
Iron lung “portátil”
Pulmão de ferro (iron lung) década de 1950, (criado 1928)
8. Criador do Iron Lung, Dr. Philip Drinker
1894 – 1972, Pensilvania (inv. 5.000 U$)
9. Bird, Mark 7. 1960
Forrest Bird, aos 94 anos, medalha honra
13. Terminologias & Conceitos
• IPAP (Inspiratory positive airway pressure): pressão
entregue pelo ventilador quando o paciente inspira.
• EPAP (Expiratory positive airway pressure): pressão
entregue pelo ventilador ao paciente na expiração, auxilia
na manutenção da via aérea não oclusa durante o sono e
ajuda a recrutar/manter volume pulmonar, melhorando a
oxigenação nos doentes obstrutivos ajuda a reduzir o
esforço respiratório.
• PEEP (Inspiratory positive airway pressure): é a pressão
nos pulmões (pressão alveolar) no final de cada
respiração (expiração). Nos pacientes em ventilação
mecânica, a PEEP trabalha contra o esvaziamento passivo
do pulmão e o colapso (colabar) dos alvéolos.
• Rise time (Tempo de subida): é o tempo até alcançar IPAP
após início da fase inspiratória.
• Fall time (tempo de descida): é o tempo para alcançar
PEEP.
14. Terminologias & Conceitos
• IRA: insuficiência respiratória aguda.
• VT (volume corrente) : volume de ar
mobilizado durante um ciclo
respiratório.
• VR (volume residual): volume de ar
que permanece nos pulmões após
uma expiração forçada.
• SARA: síndrome da angústia
respiratória aguda.
Métodos mais comuns de suporte
IPPV- (Intermittent positive-pressure ventilation)
PVC (Ventilação Controlada por Pressão)
SIMV (Synchronized intermittent mandatory
ventilation
IMV Intermittent mandatory ventilation
PSVP ressure support ventilation
CPAP Continuous Positive Airway Pressure
Associações: SIMV+PSV, PSV+CPAP, SIMV+CPAP
15. Terminologias & Conceitos
• (FIO2): concentração de oxigênio no ar inspirado
• Frequência respiratória: número de ciclos (completos I+E) por minuto [mrm]
movimento respiratório/minuto.
• Volume corrente: volume que entra e sai dos pulmões a cada ciclo.
• Fluxo inspiratório: velocidade na qual o volume corrente é ofertado (vazão) [l/m]
• Ondas de fluxo: quadrada (ou constante), sinusoidal, acelerada, desacelerada.
• (I:E) Relação Inspiração/Expiração: durante respiração espontânea normal, é de 1:1,5
a 1:2 com tempo inspiratório de 0,8 a 1,2 s
16. Métodos de ciclagem
Ciclados a pressão
A inspiração cessa quando é alcançada a
pressão máxima predeterminada.
PSV – Pressure support ventilation
PCV – Pressure-controlled ventilation
Ciclados a fluxo
Neste caso, uma pressão
predeterminada em via aérea é aplicada
ao paciente, o ventilador cicla assim que
o fluxo inspiratório diminui e alcança
um percentual predeterminado de seu
valor de pico (normalmente 25%).
17. Métodos de ciclagem pressão positiva
Ciclados a volume
A inspiração termina após se completar um volume corrente
predeterminado.
• Ventilação controlada: Nenhum esforço respiratório do paciente irá contribuir.
Entre suas indicações estão, o traumatismo raquimedular, depressão do SNC por
drogas, bloqueio neuromuscular).
• Ventilação assisto-controlada: o ventilador “percebe” o esforço inspiratório do
paciente e “responde” oferecendo-Ihe um volume corrente predeterminado.
• Ventilação mandatória intermitente:
19. Referências bibliográficas
• 1. Bonassa J. Princípios Básicos dos Ventiladores Artificiais. In: Carvalho CRR. Ventilação Mecânica. São Paulo: Editora Atheneu; 2000.
• 2. Machado FD, Eder GL, Dullius CR, Baldisserotto S. Ventilação mecânica: como iniciar. Acta méd; Porto Alegre 2014; 35(8): 1-8.
• 3. Tarantino AB. Doenças pulmonares. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008.
• 4. Raff H, Levitzky M. Fisiologia Médica: Uma abordagem integrada. Porto Alegre: Artmed; 2012.
• 5. Hall JE, Guyton AC. Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier; 2017.
• 6. Carvalho RRC, Toufen Júnior C, Franca AS. III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica; J Bras Pneumol 2007; 33(2): 54-70.
• 7. Araújo DA, Cunha de Leão BC, Ferreira RS. Volume x Pressão. Qual escolher? Rev Med Minas Gerais 2014; 24(8): 49-55.
• 8. Campbell RS. Pressure-controlled versus Volume-controlled ventilation: does in matter? Respir Care 2002; 47(4): 416-24.
• 9. Pádua AI, Martinez JAB. Modos de assistência ventilatória. Medicina, Ribeirão Preto 2001;34: 133-42.
• Reconhecer rapidamente aqueles
• pacientes que poderão necessitar de
• um suporte ventilatório.
• Saber o funcionamento básico dos
• ventiladores mecânicos, além dos ajustes
• dos parâmetros ventilatórios.
• Estudar para compreender a
• fisiologia da mecânica respiratória
• Entender e utilizar as diferentes
• modalidades ventilatórias, bem como
• ajustá las a cada tipo de paciente.
• anter o paciente ajustado ao ventilador,
• ofertando lhe o melhor conforto possível
• enquanto trata a sua doença de base.
• Ao oferecer um suporte
• ventilatório, realizar sempre uma
• VM protetora ao seu paciente.
• VENTILAÇÃO MECÂNICA
• Retirar o mais breve possível da VM os
• pacientes em que este su porte não lhe é
• mais útil.
• Reconhecer
• cada quadro clínico e saber a
• melhor hora de iniciar o desmame
• ventilatório.
• Entender os volumes, capacidades
• pulmonares, frequência respiratória e
• outros parâmetros dos pacientes.
• Saber de forma precisa as indicações da VM
• e como proceder até conseguir oferecer este
• suporte ventilatório.