ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
Camila de Oliveira Barbosa
1. Universidade Presbiteriana Mackenzie
Curso de letras
Metodologia de Ensino de Língua Inglesa
Nomes: Camila de Oliveira Barbosa
Abril 2015
Resenha do livro
HANNA, Vera L. Harabagi. Línguas estrangeiras: o ensino em um contexto
cultural. São Paulo: Editora Mackenzie. 2012.
(Coleção Conexão Inicial; v.2)
2. Introdução
Hoje não se fala mais no ensino de língua estrangeira sem
pensar em cultura, em um mundo globalizado e com a
chegada da internet, cada vez é mais fácil criar situações
onde o discente de inglês consiga contato com um nativo
da língua o que torna o aprendizado ainda mais efetivo
por trazer com a língua o contexto de uso. Nos capítulos a
seguir, teremos uma amostra do tipo de abordagem que
vem sendo adotada ultimamente no processo de ensino
aprendizagem.
4. A melhor maneira de se aprender a
interagir é por meio da própria interação
Interação e criação consistem em uma troca colaborativa
que resulta em um efeito recíproco e se constituem por atos
complementares num espaço de ensino-aprendizagem
comunicativo. O desenvolvimento das quatro habilidades
básicas no aprendizado de língua estrangeira - ouvir, falar,
ler e escrever – torna-se mais expressivo à proporção que
houver oportunidade de se produzir linguagem verdadeira
por meio de trabalhos em pares ou em grupos com temas
inseridos em contextos do mundo real para que os discentes
escrevam para audiências reais .
5. Nesse contexto, o papel do professor é o de iniciador da
interação, além de intermediário do processo de
aprendizagem.
Para que aconteçam atos de comunicação bem sucedidos,
é preciso que todos os elementos que os constituem –
gramatical, discursivo, sociolinguístico, pragmático e
estratégico – estejam envolvidos, pois direta e
conjuntamente levam ao diálogo.
6. Texto autêntico, material autêntico,
autenticidade
A inclusão da concepção de competência comunicativa em
abordagens de ensino de línguas estrangeiras mudou o
paradigma da exclusividade do conhecimento de
estruturas linguísticas, de modo que a comunicação
contextualizada passou a ter prioridade.
Nesse caso, as terminologias texto autêntico, material
autêntico e autenticidade entram em uso.
7. Texto autêntico:
Refere-se a todo texto que foi criado para preencher
algum propósito cultural na língua da comunidade em que
foi produzido, trata-se de um texto flexível, concebido
para transmitir uma mensagem real.
Oferecem aos alunos a chance de interpretar as mais
diversas situações sociais num ambiente cultural díspar.
São geralmente textos que não foram criados para fins
pedagógicos mas que devem ser levados a sala de aula já
que neles a língua é usada em comunicação natural.
8. Os textos autênticos e a
contextualização sociocultural
Uma das maneiras de o professor ter oportunidade de
trabalhar a contextualização sociocultural é fazendo uso de textos
autênticos porém, verifica-se que isso pode originar certa
resistência por parte dos docentes pelos desafios a serem
enfrentados como:
Pesquisa constante;
Seleção do material;
escolha dos tópicos a serem tratados.
9. A crescente necessidade de desenvolver não somente a
competência comunicativa, como também a competência
cultural no ensino de línguas traz sérias dificuldades a
docentes e discentes, debates sobre a noção de
autenticidade e utilização de textos autênticos vêm
mudando de rumo nas últimas décadas e nesse contexto, é
inquestionável o fato de a mídia eletrônica ser apontada
como uma das causas da mudança paradigmática no ensino
de língua.
Noções de interação encontram maior ressonância
quando o foco do ensino de línguas dirige-se à aplicação de
material autêntico integrado às tecnologias de informação e
comunicação, mais conhecidas telo acrônimo TIC.
10. Linguagem autêntica e fontes autênticas :
Devem ser empregadas em aulas de língua estrangeira
desde o início do aprendizado, sempre que possível, em
conjunto com material criado e indicado para o propósito
pedagógico.
É preciso ressaltar que o professor promove uma prática
cooperativa e centrada no aluno o que conduz a
autonomia no aprendizado.
11. Projetos de trabalho
Corroborando os princípios já mencionados deve-se
acrescentar ainda, a importância da inclusão do aprendizado
de línguas baseado em projetos de trabalho onde:
Os alunos têm maior responsabilidade em seu próprio
aprendizado;
O aprendizado possui uma abordagem de ensino em que
são apresentados problemas que os alunos terão de
decidir como solucionar por meio de situações que exigem
uso autêntico da língua.
12. Abordagem comunicativa: construção
social do método
Conforme se observou até aqui, a comunicação real como
centro das atividades na Abordagem Comunicativa,
acompanhada do caráter pragmático que apresenta, levou-a
a ocupar o lugar de metodologia mais aceita desde a de
Gramática e Tradução; Há concordância entre os linguistas
que, pelo fato de ocorrer interação entre aprendizes e
professores , por sua vez, destes com o material, indicam tal
processo não como um método ou abordagem, mas sim como
uma construção social do método.
13. A era pós-método
A noção do termo condição pós-método reconhece,
definitivamente, o potencial do professor, distingue-o como
um agente autônomo dentro das restrições acadêmicas e
administrativas impostas pela instituição e pelos livros-
texto. Mais importante que seguir e obedecer a uma
abordagem, é o fato de o professor impetrar sua própria
abordagem de ensino, relacionando como tendências inatas
ao professor a autonomia, o pragmatismo, a reflexibilidade,
a plausibilidade, no sentido de trazer a língua para um
contexto real.
14. A formulação de pós-método torna-se mais clara ao se
observar a classificação oferecida por Kumaravadivelu
(2006), que o encarava como um sistema tridimensional que
consiste nos seguintes parâmetros pedagógicos:
Particularidade - refere-se a um grupo particular de
professores ensinando a um grupo particular de alunos
com determinado fim, dentro de um contexto
institucional particular em um ambiente sociocultural
particular.
Praticabilidade - acontece quando existe união entre ação
e pensamento, ou melhor, quando há ação no pensamento
e pensamento na ação. Nesse sentido, o parâmetro da
praticabilidade se transforma no parâmetro da
possibilidade.
15. Possibilidade - origina-se da filosofia do educador
brasileiro Paulo Freire, como indica o autor, que enfatiza
a importância do conhecimento da identidade individual
dos alunos e do professor.
Com entendimento, professores autônomos destacarão,
em ambientes de ensino comunicacionais, conteúdos que
deverão refletir a cultura local e a(s) culturas(s) da língua-
alvo; o local e o global se fazem presentes em situação
dialógica.
*Na era pós-método, não seria necessário lembrar que a
língua e cultura são inseparáveis.
17. Para início de conversa ...
A necessidade de aprender línguas num mundo
globalizado é também reconhecer que o principal papel da
tecnologia é o de gerar novos fluxos comunicacionais em
processos globais informatizados. Sob esse aspecto, olhar
para o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras num
enfoque comunicacional-cultural, conforme se tem feito,
torna-se ainda mais decisivo.
18. Com isso surge um novo idioma, o Globish ou inglês como
língua franca ou dialeto do milênio.
De forma radical podemos dizer que desconhecer línguas,
hoje, sobretudo a inglesa, significa ser analfabeto na
modernidade-mundo, o que sugeriria uma nova fronteira
de exclusão.
19. Globalização, cultural e línguas:
Glocalização, o global e o local
O neologismo glocal – glocalização, glocalismos,
glocalidade – refere-se à dimensão local em termos de
produção de uma cultura global. Debates sobre se tal
processo levaria ao apagamento ou à diminuição da
diversidade cultural em favor da difusão de uma cultura
global levaram a se pensar sobre glocalismos.
Glocalização - surge com a ideia de ajudar a eliminar o
medo do aniquilamento das diferenças que a globalização
provocaria.
20. Numa conjuntura de célere crescimento
intercomunicacional via rede mundial de computadores,
exige-se que os interlocutores compreendam que aqueles
que participam ativamente desse processo poderão ser
reconhecidos como falantes interculturais ou falantes
transnacionais, mediadores entre culturas, etnógrafos da
comunicação. Reconhece-se, em primeiro lugar, uma real
possibilidade de que outras línguas venham a associar-se à
língua inglesa para então sinalizar que ela atravessa um
processo de mudança.
21. Tal processo é mais facilmente entendido quando
Crystal avalia o número de falantes do inglês no mundo,
todos que a usam tem direito e são responsáveis por seu
futuro.
É oportuno destacar que localismos estão presentes nos
“novos ingleses” que são línguas locais sobrepostas ao inglês
assim como Spanglish em grande realce – revelação
linguística de forte influência da língua espanhola, além
disso, é o único com algum registro escrito em dicionário,
contos publicados e cadeira em várias universidades
americanas.
22. O ciberespaço e o ensino de línguas
Para que se compreenda o contexto do ensino de línguas
estrangeiras neste cenário revolucionário, é importante que
se promova a comunicação na língua-alvo desde o início do
aprendizado. A exigência do conhecimento das nuances
culturais da língua obriga os interlocutores a interpretá-las e
acomodá-las às variações situacionais.
23. O ensino de línguas assistido por
computador:
É referir-se a um campo específico de pesquisa que
evoluiu rapidamente e tem sido alvo de interesse de
linguistas aplicados no mundo todo.
As tecnologias que apoiam as abordagens cognitivas
permitem ao aprendiz o máximo de oportunidade de
exposição à língua em contextos significativos e que o
leva a construir seu próprio conhecimento.
24. Em contraste com esta, as abordagens sociocognitivas
enfatizam o aspecto social da aquisição da linguagem, ou
seja, os alunos devem estar expostos não somente à
linguística, mas a uma interação social autêntica, aquela
que terão “ fora de sala de aula”.
Vale assinalar que o Ensino de Línguas Assistido por
Computador atravessou 3 fases distintas:
Primeira: o computador funcionava como um tutor.
Segunda: o computador além de tutor, passa a exercer um
papel de estimulador das atividades. O computador não
disputaria espaço com outros materiais, mais relevante
que isso, incitaria, de várias formas, o aprendiz a usar e
entender a língua.
25. Terceira: a Comunicação Mediada por Computador (CMC) é
percebida como potencial de prática num contexto
motivador.
A CMC permitiria, pela primeira vez, que estudantes de
línguas estrangeiras se comunicassem direta e inteiramente
com falantes nativos. Assim sendo, os professores de língua
estrangeira passaram a estar atentos sobre a necessidade de
ampliar o alcance das atividades. Um dos pontos mais
importantes a destacar é que a web proporciona o exercício
da mundialização oferecendo oportunidade para o
desenvolvimento de um aprendizado autônomo.
Sendo assim, o binômio língua – cultura jamais esteve tão
intrincado e em evidência na educação linguística.
27. Podemos concluir que é necessário trabalhar na abordagem
do idioma no processo de ensino aprendizagem trazendo
mais do que livros pedagógicos, trazendo aos alunos a
oportunidade de aprender em um contexto real, ver a língua
além de palavras. Não se é possível hoje falar de ensino de
língua estrangeira sem pensar em cultura, para tanto, têm
se incorporado em sala de aula textos autênticos, ou seja,
textos e situações que se aproximem do uso natural da
língua.
Em um mundo globalizado, quem não fala língua estrangeira
pode ser visto hoje em dia como analfabeto.