O documento discute o processo de enfermagem de implementação e avaliação. Ele descreve as etapas de implementação como colocar em prática o plano de enfermagem e envolver a equipe, e discute intervenções de enfermagem independentes, interdependentes e dependentes. Também aborda prescrição de enfermagem, classificações internacionais e a importância da avaliação.
2. Implementação
• É o momento dos profissionais de enfermagem colocarem em prática as
ações listadas na fase do planejamento.
• Execução do plano terapêutico proposto pela enfermagem, que será
realizada também com o apoio de uma equipe multidisciplinar, quando a
decisão envolver outras áreas de atuação.
• Dessa forma, os enfermeiros devem prezar pela implementação das
atividades já planejadas, encaminhar a outros profissionais após a
finalização de sua etapa ou reavaliar as atividades conforme a evolução
clínica do paciente.
• Exemplos: administrar medicamentos, realizar higiene do paciente, aferir
sinais vitais, alterar decúbito, entre outras medidas.
3. Implementação das Intervenções
“Intervenção é qualquer tratamento, baseado no julgamento clínico e no
conhecimento, realizado por uma enfermeira para aumentar os resultados
obtidos pelo paciente/cliente” (McCloskey e Buleckek, 2004).
Pode ser: Cuidado direto; Cuidado indireto; Intervenção comunitária; Tratamento
iniciado pelo enfermeiro; Tratamento iniciado pelo médico.
4. Implementação das Intervenções
• Intervenções Independentes: não exigem orientações ou prescrições de outros
profissionais, são ações autônomas, com base científica. Estão relacionadas às
atividades da vida diária, educação e promoção da saúde.
• Intervenções Interdependentes: são aquelas que envolvem a participação de
outros profissionais, como o fisioterapeuta, psicólogo, assistente social,
nutricionista, dentre outros.
• Intervenções Dependentes: são aquelas que requerem a prescrição médica,
visando tratar ou controlar as alterações fisiopatológicas. O enfermeiro executa
essas ações de forma colaborativa, tendo por base as prescrições médicas, como
por exemplo, a administração de medicamentos.
• Deve-se esclarecer os resultados esperados, com base nas prioridades e
determinar as intervenções/prescrições de enfermagem.
5. Prescrição de Enfermagem
• As prescrições de enfermagem têm como objetivo monitorar o estado
de saúde do paciente, a fim de minimizar riscos, resolver ou controlar
um problema (diagnóstico de enfermagem), auxiliar nas atividades da
vida diária e promover a saúde;
• Prescrição SEMPRE será baseada em evidências;
• ATENÇÃO: Enfermeiros não prescrevem e nem tratam as condições
clínicas, e sim prescrevem CUIDADOS para as reações das condições
clínicas que correspondem as condições fisiológicas detectadas no
paciente.
6. Prescrição de Enfermagem
• A Lei do Exercício Profissional de Enfermagem (Lei nº 7.498, de 1986)
determina que a prescrição de enfermagem é atividade privativa do
enfermeiro.
• Porém, os demais membros da equipe devem participar dos cuidados
a serem instituídos a fim de promover uma assistência de qualidade.
9. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem – CIPE.
Classificação das Intervenções de Enfermagem – NIC
(Nursing Interventions Classification)
10. • Podem ser utilizadas em conjunto, embora não haja obrigatoriedade.
11. CIPE
DIRETRIZES PARA CONSTRUÇÃO DE INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM:
• Incluir, “obrigatoriamente”, um termo do eixo Ação;
• Incluir termos adicionais, conforme a necessidade;
Intervenção: Ação + Termos adicionais (foco, recurso, tempo)
Relacionado ao Diagnóstico
Não incluir na intervenção: Eixo Julgamento - opinião clínica.
12. CIPE
DIRETRIZES PARA CONSTRUÇÃO DE INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM:
Intervenção: Ação + Termos adicionais (foco, recurso, tempo)
Relacionado ao Diagnóstico
13.
14. Para cada diagnóstico de enfermagem deve haver um
resultado esperado;
Para alcançar cada resultado, o enfermeiro deverá prescrever
cuidados de enfermagem.
15. Avaliação
• Processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa,
família ou coletividade humana em um dado momento do processo de saúde e doença, para
determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado, e de
verificação da necessidade de mudanças ou adaptações.
• O processo final serve para analisar todas as variáveis que culminaram no desfecho final. Isso
significa que algumas rotinas serão revistas a partir desse panorama e outras serão otimizadas na
assistência.
• Nessa hora, é muito importante o feedback da equipe, como técnicos e auxiliares de
enfermagem. Dessa maneira, o enfermeiro consegue saber se a prescrição está sendo efetiva ou
se é preciso pensar em outros cuidados.
17. Avaliação
• Os processos de enfermagem devem ser compreendidos em sua plenitude,
implantados adequadamente e constantemente avaliados com o intuito de
modificá-los ou aprimorá-los para atender aos pacientes.
• Além disso, é fundamental manter uma linguagem clara, objetiva e
compreensível, para não incorrer em intervenções incompletas ou inapropriadas
quando se envolvem cuidados com a saúde do doente.
18. Exemplo
Sumário de Situação
22/04/2021 - Visita domiciliar na casa de C.R, sexo, feminino, 60 anos,
parda, viúva, tem 2 filhos, religião católica, moradora de Juara, possui
casa própria de alvenaria, com água encanada e energia elétrica e está
sob aos cuidados da sua filha, ensino fundamental incompleto, hábito
alimentar inadequado por consumo de alimentos industrializados em
excesso, refere que não pratica atividade física, realiza atividades
cuidando das plantas, refere ter bom relacionamento familiar com os
filhos...
19. Plano de Cuidados
Diagnóstico de
Enfermagem
Intervenções de Enfermagem Resultados Esperados
Condição nutricional
prejudicada
Orientar sobre hábitos
alimentares saudáveis
Encaminhar o paciente ao
nutricionista
Condição nutricional
melhorada
Adesão ao Regime de
Exercício Físico Ausente
Orientar sobre comportamento
de busca de saúde e benefícios
do exercício físico
Encaminhar para serviço
especializado (educador físico)
Adesão ao Regime de
Exercício Físico
Presente
21. Evolução de Enfermagem
30/03/23 - 08h30min. Puérpera no POM de cesareana, com diagnóstico de pré-eclâmpsia, G2P2A0. Com dificuldade
de amamentar, mas com bom vínculo com o companheiro e bebê. Queixa-se de tontura, padrão de sono prejudicado,
dor leve na região abdominal e na região mamilo areolar bilateral. Relata cãibras e dormência nos membros
inferiores, o que a impossibilita de deambular sozinha, além de dificuldade de controle dos esfíncteres, devido a
dormência na parte inferior do corpo, faz uso de fralda, eliminações vesicais e intestinais presentes. Ao exame físico:
comunicativa, pele hidratada e normocorada, mucosas conjutivais hidratadas e normocoradas. Mamas túrgidas com
pele hidratada e descorada, presença de colostro a expressão bilateral. Abdome globoso, distendido, sem dor a
palpação profunda, RHA+ à ausculta. Útero contraído, involuindo adequadamente. FO suprapúbica em cicatrização,
limpa e sem sinais flogísticos. Extremidades aquecidas e perfundidas. MMII edemaciados, apresentando cacifo de 3
cm bilateralmente, com dificuldade de movimentação em ambos os membros e presença de dormência. Portando
AVP em MSD. SSVV: PA: 110x70 mmHg. FC: 91 bpm. FR: 14 ipm. PR: 90 bpm.