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[Copaíba 009]
Óleo essencial: Copaifera spp.
Composto: β-cariofileno e trans-nerolidol
Título: The impact of sesquiterpenes β-caryophyllene oxide and trans-nerolidol on
xenobiotic-metabolizing enzymes in mice in vivo
"O impacto dos sesquiterpenos de β-cariofileno óxido e trans-nerolidol nas enzimas
metabolizadoras de xenobióticos em camundongos in vivo".
Autor: Lněničková K, Svobodová H, Skálová L, Ambrož M, Novák F, Matoušková P.
Journal: Xenobiotica
Vol (Issue): 48 (11)
Ano: 2018
DOI: 10.1080/00498254.2017.1398359
TAGs: Enzima metabolizadora de fármacos; citocromo; fígado; indução enzimática;
terpenos; xenobiótico; β-cariofileno; sesquiterpeno; atividade enzimática; copaíba; in
vivo; Copaifera spp.; intestino; atividades quimioterápicas; sesquiterpeno; óxido de
β-cariofileno; trans-nerolidol; antioxidante; metabolismo de drogas sintéticas;
eliminação dos fármacos; composição química.
Sobre o artigo
A descoberta de medicamentos de fontes naturais por meio da observação dos efeitos
da medicina popular na promoção da saúde é uma das abordagens adotadas
recentemente. E uma fonte importante de potenciais agentes naturais são os óleos
essenciais, compostos derivados de plantas aromáticas.
Entre os vários constituintes dos óleos essenciais, os sesquiterpenos (compostos de 15
carbonos formados a partir de 3 unidades isoprenóides) têm atraído considerável
interesse por sua ampla gama de atividades biológicas.
As estratégias anticâncer dos sesquiterpenos incluem apoptose, parada do ciclo
celular, modulação dos mecanismos de reparo do DNA e inibição da angiogênese,
metástase e proliferação.
Eles também são capazes de reverter a resistência aos medicamentos, prevenir os
efeitos colaterais do tratamento do câncer e potencializar a terapia medicamentosa
convencional.
Além dessas atividades quimioterápicas, os sesquiterpenos também podem
desempenhar um papel importante na quimioprevenção (ou seja, proteção contra a
interação de carcinógenos com sistemas biológicos) por meio da modulação de
enzimas desintoxicantes de carcinógenos e enzimas antioxidantes.
As características quimioterápicas e quimiopreventivas dos sesquiterpenos, juntamente
com uma ampla gama de outras atividades biológicas, como efeitos antimicrobianos,
antivirais, antifúngicos, antiparasitários, anti-inflamatórios, analgésicos, antioxidantes,
anti-úlcera e hepatoprotetores, deu origem ao esforço das pessoas para consumir
sesquiterpenos e contribuiu para a popularidade de suplementos nutricionais que os
contenham.
Como mencionado acima, a ingestão de sesquiterpenos pode proteger nossa saúde
pela modulação de enzimas metabolizadoras de xenobióticos que previnem a
carcinogênese química ou danos. No entanto, essas mudanças podem afetar
drasticamente a farmacocinética de medicamentos administrados concomitantemente.
Por esse motivo, os pesquisadores conduziram esse estudo para ampliar o
conhecimento do impacto dos sesquiterpenos nas enzimas metabolizadoras de
xenobióticos in vivo, pois esse fenômeno ainda não foi pesquisado em profundidade.
Para monitorar o efeito imediato de sesquiterpenos selecionados, as atividades
enzimáticas e os níveis de mRNA das enzimas que catalisam a fase I ou a fase II do
metabolismo dos xenobióticos foram estudados no fígado e no intestino delgado de
camundongos que foram administrados por dose única dos sesquiterpenos óxido de
β-cariofileno (OBC) ou trans-nerolidol (NER), por via oral.
Resultados:
Para ampliar o conhecimento sobre o impacto imediato dos sesquiterpenos no
metabolismo dos xenobióticos, os pesquisadores focaram em várias enzimas de fase I
e II.
Portanto, foi observado que o OBC e o NER aumentaram acentuadamente a atividade
dos citocromos P450 (CYP2B, 3A, 2C) e os níveis de RNAm nos dois tecidos após 6
horas de administração.
O ácido ribonucleico mensageiro (RNAm) é responsável pela transferência de
informações do DNA até o citoplasma, e o citocromo P450 (CYPs) é uma família de
proteínas envolvidas na síntese ou no metabolismo de drogas sintéticas, toxinas e
componentes celulares normais. É envolvida para facilitar a excreção ou
ativação/desativação de substâncias no organismo, além da síntese de hormônios
esteróides e ácidos graxos.
No intestino delgado, todos os citocromos detectados foram ativados por ambos os
sesquiterpenos em grau muito maior. Assim, parece que o intestino delgado está mais
sujeito à modulação da atividade de CYP pelos sesquiterpenos testados do que o
fígado, provavelmente devido à concentração intestinal de sesquiterpenos muito mais
elevada do que a hepática após administração.
O fígado também mostrou atividade elevada de isoenzimas implicadas na regulação de
receptores de esteróides e canais de íons dependentes ligados à membrana; como
também a atividade aumentada da carbonil redutase (NADPH) após o tratamento –
uma enzima responsável por catalisar uma reação química específica e relacionada ao
NADH, uma coenzima na qual sua principal função é a produção de energia celular
para o organismo, quanto mais NADH uma célula possui, mais energia ela poderá
produzir.
Contudo, no intestino delgado aconteceu o contrário, os sesquiterpenos diminuíram a
atividade da carbonil redutase (NADPH), também responsável pela oxidação da NAD e
transporte na cadeia de elétrons.
Entre as enzimas de conjugação, aquelas facilitadoras da eliminação dos fármacos e a
inativação dos metabólitos potencialmente tóxicos produzidos pela oxidação, apenas a
atividade da sulfotransferase hepática foi aumentada pelos sesquiterpenos (a mais
importante para o metabolismo de xenobióticos).
Os resultados demonstram que, apesar das crenças populares acreditarem que os
compostos naturais são seguros, esses produtos são biologicamente ativos e possuem
risco potencial.
A indução comprovada de CYPs pelos sesquiterpenos testados pode diminuir a
biodisponibilidade e a eficácia de medicamentos tomados simultaneamente ou
posteriormente.
Quando os medicamentos são consumidos acompanhados de suplementos
alimentares que contêm altas concentrações de sesquiterpenos, seria possível esperar
sérias interações entre os medicamentos e ervas.
Na prática:
Nossa! Esse foi bastante complexo! Mas posso simplificar para você: Interação
medicamentosa não é brincadeira! Pode ser perigoso!
Os resultados encontrados indicaram que doses únicas de sesquiterpenos foram
suficientes para modular as atividades e a expressão de várias enzimas
metabolizadoras de xenobióticos – substâncias químicas, às vezes fármacos, que vão
passar pelo fígado e intestino para degradação e metabolização.
Portanto, atenção! Você como aromaterapeuta deve atentar na composição química do
óleo essencial que está indicando, assim como saber orientar a dosagem e a via de
administração correta de acordo com a necessidade do paciente.
Dessa forma você está evitando o uso indevido de substâncias que podem ser tóxicas
se não utilizadas corretamente. Confie no poder natural das plantas!

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  • 1. [Copaíba 009] Óleo essencial: Copaifera spp. Composto: β-cariofileno e trans-nerolidol Título: The impact of sesquiterpenes β-caryophyllene oxide and trans-nerolidol on xenobiotic-metabolizing enzymes in mice in vivo "O impacto dos sesquiterpenos de β-cariofileno óxido e trans-nerolidol nas enzimas metabolizadoras de xenobióticos em camundongos in vivo". Autor: Lněničková K, Svobodová H, Skálová L, Ambrož M, Novák F, Matoušková P. Journal: Xenobiotica Vol (Issue): 48 (11) Ano: 2018 DOI: 10.1080/00498254.2017.1398359 TAGs: Enzima metabolizadora de fármacos; citocromo; fígado; indução enzimática; terpenos; xenobiótico; β-cariofileno; sesquiterpeno; atividade enzimática; copaíba; in vivo; Copaifera spp.; intestino; atividades quimioterápicas; sesquiterpeno; óxido de β-cariofileno; trans-nerolidol; antioxidante; metabolismo de drogas sintéticas; eliminação dos fármacos; composição química. Sobre o artigo A descoberta de medicamentos de fontes naturais por meio da observação dos efeitos da medicina popular na promoção da saúde é uma das abordagens adotadas recentemente. E uma fonte importante de potenciais agentes naturais são os óleos essenciais, compostos derivados de plantas aromáticas. Entre os vários constituintes dos óleos essenciais, os sesquiterpenos (compostos de 15 carbonos formados a partir de 3 unidades isoprenóides) têm atraído considerável interesse por sua ampla gama de atividades biológicas.
  • 2. As estratégias anticâncer dos sesquiterpenos incluem apoptose, parada do ciclo celular, modulação dos mecanismos de reparo do DNA e inibição da angiogênese, metástase e proliferação. Eles também são capazes de reverter a resistência aos medicamentos, prevenir os efeitos colaterais do tratamento do câncer e potencializar a terapia medicamentosa convencional. Além dessas atividades quimioterápicas, os sesquiterpenos também podem desempenhar um papel importante na quimioprevenção (ou seja, proteção contra a interação de carcinógenos com sistemas biológicos) por meio da modulação de enzimas desintoxicantes de carcinógenos e enzimas antioxidantes. As características quimioterápicas e quimiopreventivas dos sesquiterpenos, juntamente com uma ampla gama de outras atividades biológicas, como efeitos antimicrobianos, antivirais, antifúngicos, antiparasitários, anti-inflamatórios, analgésicos, antioxidantes, anti-úlcera e hepatoprotetores, deu origem ao esforço das pessoas para consumir sesquiterpenos e contribuiu para a popularidade de suplementos nutricionais que os contenham. Como mencionado acima, a ingestão de sesquiterpenos pode proteger nossa saúde pela modulação de enzimas metabolizadoras de xenobióticos que previnem a carcinogênese química ou danos. No entanto, essas mudanças podem afetar drasticamente a farmacocinética de medicamentos administrados concomitantemente. Por esse motivo, os pesquisadores conduziram esse estudo para ampliar o conhecimento do impacto dos sesquiterpenos nas enzimas metabolizadoras de xenobióticos in vivo, pois esse fenômeno ainda não foi pesquisado em profundidade. Para monitorar o efeito imediato de sesquiterpenos selecionados, as atividades enzimáticas e os níveis de mRNA das enzimas que catalisam a fase I ou a fase II do metabolismo dos xenobióticos foram estudados no fígado e no intestino delgado de camundongos que foram administrados por dose única dos sesquiterpenos óxido de β-cariofileno (OBC) ou trans-nerolidol (NER), por via oral.
  • 3. Resultados: Para ampliar o conhecimento sobre o impacto imediato dos sesquiterpenos no metabolismo dos xenobióticos, os pesquisadores focaram em várias enzimas de fase I e II. Portanto, foi observado que o OBC e o NER aumentaram acentuadamente a atividade dos citocromos P450 (CYP2B, 3A, 2C) e os níveis de RNAm nos dois tecidos após 6 horas de administração. O ácido ribonucleico mensageiro (RNAm) é responsável pela transferência de informações do DNA até o citoplasma, e o citocromo P450 (CYPs) é uma família de proteínas envolvidas na síntese ou no metabolismo de drogas sintéticas, toxinas e componentes celulares normais. É envolvida para facilitar a excreção ou ativação/desativação de substâncias no organismo, além da síntese de hormônios esteróides e ácidos graxos. No intestino delgado, todos os citocromos detectados foram ativados por ambos os sesquiterpenos em grau muito maior. Assim, parece que o intestino delgado está mais sujeito à modulação da atividade de CYP pelos sesquiterpenos testados do que o fígado, provavelmente devido à concentração intestinal de sesquiterpenos muito mais elevada do que a hepática após administração. O fígado também mostrou atividade elevada de isoenzimas implicadas na regulação de receptores de esteróides e canais de íons dependentes ligados à membrana; como também a atividade aumentada da carbonil redutase (NADPH) após o tratamento – uma enzima responsável por catalisar uma reação química específica e relacionada ao NADH, uma coenzima na qual sua principal função é a produção de energia celular para o organismo, quanto mais NADH uma célula possui, mais energia ela poderá produzir. Contudo, no intestino delgado aconteceu o contrário, os sesquiterpenos diminuíram a atividade da carbonil redutase (NADPH), também responsável pela oxidação da NAD e transporte na cadeia de elétrons.
  • 4. Entre as enzimas de conjugação, aquelas facilitadoras da eliminação dos fármacos e a inativação dos metabólitos potencialmente tóxicos produzidos pela oxidação, apenas a atividade da sulfotransferase hepática foi aumentada pelos sesquiterpenos (a mais importante para o metabolismo de xenobióticos). Os resultados demonstram que, apesar das crenças populares acreditarem que os compostos naturais são seguros, esses produtos são biologicamente ativos e possuem risco potencial. A indução comprovada de CYPs pelos sesquiterpenos testados pode diminuir a biodisponibilidade e a eficácia de medicamentos tomados simultaneamente ou posteriormente. Quando os medicamentos são consumidos acompanhados de suplementos alimentares que contêm altas concentrações de sesquiterpenos, seria possível esperar sérias interações entre os medicamentos e ervas. Na prática: Nossa! Esse foi bastante complexo! Mas posso simplificar para você: Interação medicamentosa não é brincadeira! Pode ser perigoso! Os resultados encontrados indicaram que doses únicas de sesquiterpenos foram suficientes para modular as atividades e a expressão de várias enzimas metabolizadoras de xenobióticos – substâncias químicas, às vezes fármacos, que vão passar pelo fígado e intestino para degradação e metabolização. Portanto, atenção! Você como aromaterapeuta deve atentar na composição química do óleo essencial que está indicando, assim como saber orientar a dosagem e a via de administração correta de acordo com a necessidade do paciente. Dessa forma você está evitando o uso indevido de substâncias que podem ser tóxicas se não utilizadas corretamente. Confie no poder natural das plantas!