SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
INTRODUÇÃO A QUÍMICA FARMACÊUTICA
JULIANA AZEVEDO DA PAIXÃO
Doutoranda em Química de Produtos Naturais- UFBA
MSc em Recursos Genéticos Vegetais- UEFS
Especialista em Farmacologia Clínica- AVM
Farmacêutica-UFBA
SALVADOR
2020
INTRODUÇÃO A QUÍMICA FARMACÊUTICA:
Conceitos básicos
• Química farmacêutica
• Fármaco x droga x veneno
• Classificação de fármacos
• Alteração nos fármacos
• Alvos terapêuticos
• Mecanismo de ação
• Descoberta e Planejamento de moléculas bioativas
• Testes de atividade in vitro x in vivo
• Fármacos
É a ciência que procura descobrir e desenvolver novos químicos que
possam ser úteis como medicamentos.
Envolve:
SÍNTESE;
RELAÇÃO ESTRUTURA ATIVIDADE (REA);
FARMACÓFORO;
ATIVIDADES BIOLÓGICAS;
ETC...
QUÍMICA FARMACÊUTICA:
QUÍMICA FARMACÊUTICA
BIOQUÍMICA FARMACOLOGIA
GENÉTICA
COMPUTAÇÃO
BIOLOGIA
MOLECULAR
QUÍMICA
BIOLOGIA
FÍSICA
MATEMÁTICA
ESTATÍSTICA
QUÍMICA FARMACÊUTICA:
Adaptado: Barreiro e Fraga, 2008
QUÍMICA FARMACÊUTICA:
Química farmacêutica x Química medicinal
• Planejamento e desenvolvimento de novos fármacos (NCE)
• Estudo de REA dos fármacos existentes
Ligação de H entre as OH do oseltamivir e um
resíduo de aminoácido
FÁRMACO OU VENENO?
• Venenos podem atuar como fármaco? (Paracelso 1493-1541)
– Penicilina atua como veneno para as bactérias, etc.
– Morfina em ↓doses é analgésico, em ↑doses veneno.
FÁRMACO X DROGA X VENENO
http://www.bbc.com/mundo/noticias/2013/10/131021_ciencia_medicamentos_hechos_de_veneno_botox_ch
DOSE
CLASSIFICAÇÃO DE FÁRMACOS
• Por efeito farmacológico: Ex: analgésicos; anti-psicóticos; anti-hipertensivos;
antiasmáticos; antibióticos, etc.
• Por estrutura química: têm em comum a mesma estrutura; ex: penicilinas, barbitúricos,
opiáceos, esteróides, catecolaminas, etc.
• Por sitio alvo: são compostos que atingem o mesmo sistema no corpo, usualmente
envolvem um mensageiro químico; ex: anti-histaminico, colinergico, etc.
• Por sitio de ação: são agrupados de acordo com enzima ou receptor com o qual
interagem.
http://cadernomedicina.blogspot.com.br/2015_04_01_archive.html
ALTERAÇÕES NOS FÁRMACOS
• Modificações das propriedades físico químicas;
• Melhoramento da biodisponibilidade;
• Redução da toxicidade.
Pequenas mudanças...
Grandes diferenças.
Digoxina R=OH
Digitoxina R=H
ALTERAÇÕES NOS FÁRMACOS: Propriedades físico-
químicas:
• HIDROSSOLUBILIDADE • LIPOFILICIDADE
MORFINA INSOLÚVEL EM ÁGUA
COMERCIALIZADA COMO SAL PASSAGEM ATRAVÉS DA MEMBRANA
montillo.dominiotemporario.com
ALVOS TERAPÊUTICOS
• Proteínas (enzimas, receptores, canais iônicos)
• Carboidratos
• Lipídeos
• Ácido nucléico
INIBIDORES DE PLASMEPSINA II
MODELO DE INTERAÇÃO NO ALVO
• Chave fechadura ou Encaixe Induzido
http://docentes.esalq.usp.br/luagallo/enzimas.html
ENCAIXE INDUZIDO:
Mudança conformacional,
sinalização, catálise e resposta
biológica
MECANISMO DE AÇÃO
• Mecanismo geral:
Ação inespecífica: Não ocorre em um receptor específico
(ex.:ANTIÁCIDOS);
Ação específica: Ocorre através de uma interação com receptor
específico.
www.ierfh.org
MECANISMO DE AÇÃO
• Agonista provoca o mesmo efeito da molécula endógena (substrato)
• Antagonista bloqueia o efeito da molécula endógena (inibidor)
http://www.blogdemedicina.com/neurologia/diferencia-entre-agonista-y-antagonista.htm
DESCOBERTA DE MOLÉCULAS BIOATIVAS
• Recursos naturais;
• Metabólitos secundários;
• Úteis na saúde, alimentos, cosméticos etc.;
• A biodiversidade do Brasil é fonte inestimável de produtos naturais;
• Estudos fitoquímicos / ensaios biológicos.
CRAGG, G. M.; NEWMAN, D. J. Natural products: A continuing source of novel drug leads. Biochimica Biophysica Acta. v. 1830, n. 6, p. 3670–
• 44% dos medicamentos foram desenvolvidos a partir de fontes naturais;
• 252 substâncias que são consideradas básicas pela OMS, 11% são originadas a
partir de plantas;
• Maior parte dos medicamentos antitumorais e anti-infecciosos são obtidos
de origem natural.
BRASIL. Ministerio da Saude. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. Brasilia, DF, 2005.
BUTLER, M. S. Natural products to drugs: natural product-derived compounds in clinical trials. Nat Prod Rep. v. 25, p. 475-516. 2008.
Catharanthus roseus
DESCOBERTA DE MOLÉCULAS BIOATIVAS
Química Combinatória:
• Fonte de aproximadamente 70% dos fármacos;
• Nexavar 1: aprovado pela FDA;
• BAY - 43-9006;
• Pequeno número de aprovações.
PLESTICH, M. Compostos naturais biologicamente ativos. Biotecnologia, ciência e desenvolvimento.
DESCOBERTA DE MOLÉCULAS BIOATIVAS
DESCOBERTA DE MOLÉCULAS BIOATIVAS
Análise das entidades aprovadas 2006 -2010
• Antitumorais
• Antibacterianos
• Antifúngicos
• Poucos antiparasitários.
• Durante 30 anos de análise - metade são provenientes produtos
naturais ou derivado.
PLANEJAMENTO DE MOLÉCULAS BIOATIVAS
Adaptado: Barreiro e Fraga, 2008
PLANEJAMENTO DE MOLÉCULAS BIOATIVAS
1. Escolha da doença
2. Escolha do alvo do fármaco
3. Identificar os bioensaios
4. Encontrar o composto
5. Isolar e identificar o composto e
determinar a sua estrutura
6. Identificar a relação entre a atividade e a
estrutura (REAs): identificar o farmacóforo
7. Melhorar as interações com o alvo
1. Melhorar as propriedades
farmacocinéticas
2. Estudo do metabolismo do fármaco
3. Patente
4. Testes de toxicidade
5. Processo de design e manufaturação
6. Ensaios pré-clínicos e clínicos
7. Medicamento
• A indústria farmacêutica concentra-se na procura de um novo fármaco ou em melhorar os já
existentes;
• Os projetos de investigação tendem a ser direcionados a fármacos utilizados em países
desenvolvidos, uma vez que é aí que se centra o poder econômico;
• As doenças com maior número de fármacos de origem natural são antitumorais, antimicrobianos...
PLANEJAMENTO DE MOLÉCULAS BIOATIVAS
ictq.com.br
Descoberta dos sítios alvos das drogas
• Definir se o alvo é um enzima, ou ácido nucleico ou um receptor e depois desenhar uma molécula
para o receptor ou o inibidor para a proteína.
• Exemplo do Prozac ( Principio ativo: fluoxetina) inibe a recaptação da serotonina ao ligar-se à sua
proteína transportadora. É usado como antidepressivo. Esta descoberta foi feita ao acaso.
PLANEJAMENTO DE MOLÉCULAS BIOATIVAS
Fluoxetina
Identificar os bioensaios
• Escolher o melhor teste: deve ser simples, rápido e permite tirar conclusões, dado que elevado número
de compostos vão ser analisados.
• Os testes podem ser
• in vitro (células isoladas, tecidos, enzimas ou receptores) ou
• in vivo (em animais).
PLANEJAMENTO DE MOLÉCULAS BIOATIVAS
http://revistagalileu.globo.com/
• Há que induzir a doença no animal de modo produzir sintomas observáveis. Esse animal é depois
tratado com o fármaco em estudo com o objetivo de alivio ou solução dos sintomas.
TESTES DE ATIVIDADE IN VIVO
www.makeoverday.com.br
1. É lento e causa sofrimento do animal;
2. Problemas de farmacocinética;
3. Os resultados obtidos podem ser enganadores e difíceis de racionalizar;
4. Resultados diferentes podem ser observados em diferentes animais;
exemplo ester-metil-penicilina que são hidrolisados no rato produzindo
penicilina ativa mas não são hidrolisados no coelho nem no cão ou
homem.
Desvantagens
TESTES DE ATIVIDADE IN VIVO
www.labnetwork.com.br
• São usados tecidos específicos, células ou enzimas.
• Inibidores de enzimas são testados em soluções da enzima;
• Fármacos são testados em tecidos isolados que expressam na sua superfície o receptor.
• A afinidade dos receptores ao fármaco pode ser feita fazendo a marcação radioativa do fármaco.
• Gene que codifica o enzima ou receptor é clonado e depois expresso em células de levedura ou de Escherichia Coli
ou em células tumorais. Ex: protease do HIV.
TESTES DE ATIVIDADE IN VITRO
m.megacurioso.com.br
FÁRMACOS
Novos fármacos a partir dos já existentes
1. Modificando a estrutura de modo a evitar os problemas com a patente, mas
mantendo ou aumentando a atividade terapêutica. Ex:
captopril enalapril
1. Penicilina
2. Viagra inicialmente testado para hipertensão e angina.
Descobertas por acaso
FÁRMACOS
pe.tuhistory.com
www.bancodasaude.com
Referências
• G. L. PATRICK, “AN INTRODUCTION TO MEDICINAL CHEMISTRY”, 2ND EDITION, OXFORD UNIVERSITY PRESS,
OXFORD, 2001.
• C. R. GANELLIN AND S.M. ROBERTS, “MEDICINAL CHEMISTRY” 2ND EDITION,ACADEMIC PRESS, LONDON, 1993.
• R. B. SILVERMAN, “ORGANIC CHEMISTRY OF DRUG DESIGN AND DRUG ACTION”, ACADEMIC PRESS, LONDON,
1992.
• LISA PELTASON; PREETI IYER; JÜRGEN BAJORATH; J. CHEM. INF. MODEL. 2010, 50, 1021- 1033.
• JOHN P. OVERINGTON, BISSAN AL-LAZIKANI AND ANDREW L. HOPKINS. NATURE REVIEWS DRUG
DISCOVERY 5, 993-996 (DECEMBER 2006).
• JOURNAL OF MEDICINAL CHEMISTRY, V. 43, N. 3, 2000.
• CRAGG, G. M.; NEWMAN, D. J. NATURAL PRODUCTS: A CONTINUING SOURCE OF NOVEL DRUG LEADS.
BIOCHIMICA BIOPHYSICA ACTA. V. 1830, N. 6, P. 3670–3695, 2013.
• EUROPEN OF JOURNAL PHARMACOLOGY, 553, 1-9, 2006.
• ELIEZER J. BARREIRO; CARLOS ALBERTO M. FRAGA. QUÍMICA MEDICINAL - AS BASES MOLECULARES DA AÇÃO
DOS FÁRMACOS. 2ª EDIÇÃO. EDITORA: ARTMED, 2008.
Introdução à Química Farmacêutica

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Questões de farmacologia (dissertativas e objetivas) [pré teste fcms]
Questões de farmacologia (dissertativas e objetivas) [pré teste fcms]Questões de farmacologia (dissertativas e objetivas) [pré teste fcms]
Questões de farmacologia (dissertativas e objetivas) [pré teste fcms]farnanda
 
Farmacologia 03 eliminação metabólica
Farmacologia 03   eliminação metabólicaFarmacologia 03   eliminação metabólica
Farmacologia 03 eliminação metabólicaJucie Vasconcelos
 
Resumo farmacologia-completo
Resumo farmacologia-completoResumo farmacologia-completo
Resumo farmacologia-completoTamara Garcia
 
2 aula de farmacologia
2 aula de farmacologia2 aula de farmacologia
2 aula de farmacologiamarigrace23
 
Farmacologia 04 farmacodinâmica
Farmacologia 04   farmacodinâmicaFarmacologia 04   farmacodinâmica
Farmacologia 04 farmacodinâmicaJucie Vasconcelos
 
Capítulo 01 farmacologia
Capítulo 01 farmacologiaCapítulo 01 farmacologia
Capítulo 01 farmacologiaRaquel Oliveira
 
Noções de farmacologia
Noções de farmacologiaNoções de farmacologia
Noções de farmacologiaSheilla Sandes
 
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)Renato Santos
 
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de EnfermagemIntrodução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de EnfermagemRAYANE DORNELAS
 
Farmacologia resumos
Farmacologia resumosFarmacologia resumos
Farmacologia resumosGleicee Silva
 
Especialização em Farmacologia e Toxicologia Forense Instituto Keynes Londrina
Especialização em Farmacologia e Toxicologia Forense Instituto Keynes LondrinaEspecialização em Farmacologia e Toxicologia Forense Instituto Keynes Londrina
Especialização em Farmacologia e Toxicologia Forense Instituto Keynes LondrinaInstituto Keynes
 

Mais procurados (20)

Questões de farmacologia (dissertativas e objetivas) [pré teste fcms]
Questões de farmacologia (dissertativas e objetivas) [pré teste fcms]Questões de farmacologia (dissertativas e objetivas) [pré teste fcms]
Questões de farmacologia (dissertativas e objetivas) [pré teste fcms]
 
Farmacologia 03 eliminação metabólica
Farmacologia 03   eliminação metabólicaFarmacologia 03   eliminação metabólica
Farmacologia 03 eliminação metabólica
 
Resumo farmacologia-completo
Resumo farmacologia-completoResumo farmacologia-completo
Resumo farmacologia-completo
 
Aula - Farmacologia básica - Adsorção
Aula - Farmacologia básica - AdsorçãoAula - Farmacologia básica - Adsorção
Aula - Farmacologia básica - Adsorção
 
2 aula de farmacologia
2 aula de farmacologia2 aula de farmacologia
2 aula de farmacologia
 
Farmacologia 04 farmacodinâmica
Farmacologia 04   farmacodinâmicaFarmacologia 04   farmacodinâmica
Farmacologia 04 farmacodinâmica
 
Capítulo 01 farmacologia
Capítulo 01 farmacologiaCapítulo 01 farmacologia
Capítulo 01 farmacologia
 
Básico de farmacologia
Básico de farmacologiaBásico de farmacologia
Básico de farmacologia
 
Noções de farmacologia
Noções de farmacologiaNoções de farmacologia
Noções de farmacologia
 
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
Introdução a farmacologia (tec. enfermagem)
 
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de EnfermagemIntrodução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
Introdução a Farmacologia - Curso Técnico de Enfermagem
 
Artigo bioterra v15_n2_01
Artigo bioterra v15_n2_01Artigo bioterra v15_n2_01
Artigo bioterra v15_n2_01
 
Aula
AulaAula
Aula
 
Artigo bioterra v15_n2_02
Artigo bioterra v15_n2_02Artigo bioterra v15_n2_02
Artigo bioterra v15_n2_02
 
Resumo farmacologia
Resumo farmacologia   Resumo farmacologia
Resumo farmacologia
 
Farmacologia resumos
Farmacologia resumosFarmacologia resumos
Farmacologia resumos
 
Especialização em Farmacologia e Toxicologia Forense Instituto Keynes Londrina
Especialização em Farmacologia e Toxicologia Forense Instituto Keynes LondrinaEspecialização em Farmacologia e Toxicologia Forense Instituto Keynes Londrina
Especialização em Farmacologia e Toxicologia Forense Instituto Keynes Londrina
 
Farmacodinâmica 2011 2
Farmacodinâmica 2011 2Farmacodinâmica 2011 2
Farmacodinâmica 2011 2
 
1 conceitos
1 conceitos1 conceitos
1 conceitos
 
Farmacologia
Farmacologia Farmacologia
Farmacologia
 

Semelhante a Introdução à Química Farmacêutica

Administração-de-medicamentos.pptx enffermagem
Administração-de-medicamentos.pptx enffermagemAdministração-de-medicamentos.pptx enffermagem
Administração-de-medicamentos.pptx enffermagemLuanMiguelCosta
 
Aula1 farmacologia de eicosanoides
Aula1 farmacologia de eicosanoidesAula1 farmacologia de eicosanoides
Aula1 farmacologia de eicosanoidesKaren Ferreira
 
Administração de-medicamentos
Administração de-medicamentosAdministração de-medicamentos
Administração de-medicamentosMadja Figueiredo
 
Aula 9 - Características importantes do medicamento.pptx
Aula 9 - Características importantes do medicamento.pptxAula 9 - Características importantes do medicamento.pptx
Aula 9 - Características importantes do medicamento.pptxAlbertoMaltaJunior
 
3. PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS_TÉCNICAS 1.pptx
3. PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS_TÉCNICAS 1.pptx3. PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS_TÉCNICAS 1.pptx
3. PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS_TÉCNICAS 1.pptxDafneRamos10
 
Farmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaFarmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaLeonardo Souza
 
06 atendente de farmácia (informação sobre medicamentos)
06   atendente de farmácia (informação sobre medicamentos)06   atendente de farmácia (informação sobre medicamentos)
06 atendente de farmácia (informação sobre medicamentos)Elizeu Ferro
 
Aula 1 curso de enfermagem
Aula 1 curso de enfermagemAula 1 curso de enfermagem
Aula 1 curso de enfermagemNito Joao Sunde
 
Ação dos compostos químicos no organismo
Ação dos compostos químicos no organismoAção dos compostos químicos no organismo
Ação dos compostos químicos no organismohmaires
 
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ
 
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ
 
Tratamento
TratamentoTratamento
TratamentoRannny
 

Semelhante a Introdução à Química Farmacêutica (20)

TALINA FARMACOLOGIA.pptx
TALINA FARMACOLOGIA.pptxTALINA FARMACOLOGIA.pptx
TALINA FARMACOLOGIA.pptx
 
Administração-de-medicamentos.pptx enffermagem
Administração-de-medicamentos.pptx enffermagemAdministração-de-medicamentos.pptx enffermagem
Administração-de-medicamentos.pptx enffermagem
 
Bases da farmacologia
Bases da farmacologiaBases da farmacologia
Bases da farmacologia
 
Aula1 farmacologia de eicosanoides
Aula1 farmacologia de eicosanoidesAula1 farmacologia de eicosanoides
Aula1 farmacologia de eicosanoides
 
Biossimilares show
Biossimilares showBiossimilares show
Biossimilares show
 
Administração de-medicamentos
Administração de-medicamentosAdministração de-medicamentos
Administração de-medicamentos
 
Antibiticos completo
Antibiticos completoAntibiticos completo
Antibiticos completo
 
Aula 9 - Características importantes do medicamento.pptx
Aula 9 - Características importantes do medicamento.pptxAula 9 - Características importantes do medicamento.pptx
Aula 9 - Características importantes do medicamento.pptx
 
3. PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS_TÉCNICAS 1.pptx
3. PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS_TÉCNICAS 1.pptx3. PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS_TÉCNICAS 1.pptx
3. PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS_TÉCNICAS 1.pptx
 
Farmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaFarmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinética
 
06 atendente de farmácia (informação sobre medicamentos)
06   atendente de farmácia (informação sobre medicamentos)06   atendente de farmácia (informação sobre medicamentos)
06 atendente de farmácia (informação sobre medicamentos)
 
Aula 1 curso de enfermagem
Aula 1 curso de enfermagemAula 1 curso de enfermagem
Aula 1 curso de enfermagem
 
Cartilha Biossimilares
Cartilha BiossimilaresCartilha Biossimilares
Cartilha Biossimilares
 
Ação dos compostos químicos no organismo
Ação dos compostos químicos no organismoAção dos compostos químicos no organismo
Ação dos compostos químicos no organismo
 
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
 
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
ANTONIO INACIO FERRAZ-ESTUDANTE DE FARMÁCIA EM CAMPINAS SP.
 
Cancer
CancerCancer
Cancer
 
Tratamento
TratamentoTratamento
Tratamento
 
Farmacologia geral
Farmacologia geralFarmacologia geral
Farmacologia geral
 
Aula 01
Aula 01Aula 01
Aula 01
 

Último

COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptxLinoReisLino
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 

Último (20)

COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 

Introdução à Química Farmacêutica

  • 1. INTRODUÇÃO A QUÍMICA FARMACÊUTICA JULIANA AZEVEDO DA PAIXÃO Doutoranda em Química de Produtos Naturais- UFBA MSc em Recursos Genéticos Vegetais- UEFS Especialista em Farmacologia Clínica- AVM Farmacêutica-UFBA SALVADOR 2020
  • 2. INTRODUÇÃO A QUÍMICA FARMACÊUTICA: Conceitos básicos • Química farmacêutica • Fármaco x droga x veneno • Classificação de fármacos • Alteração nos fármacos • Alvos terapêuticos • Mecanismo de ação • Descoberta e Planejamento de moléculas bioativas • Testes de atividade in vitro x in vivo • Fármacos
  • 3. É a ciência que procura descobrir e desenvolver novos químicos que possam ser úteis como medicamentos. Envolve: SÍNTESE; RELAÇÃO ESTRUTURA ATIVIDADE (REA); FARMACÓFORO; ATIVIDADES BIOLÓGICAS; ETC... QUÍMICA FARMACÊUTICA:
  • 5. QUÍMICA FARMACÊUTICA: Química farmacêutica x Química medicinal • Planejamento e desenvolvimento de novos fármacos (NCE) • Estudo de REA dos fármacos existentes Ligação de H entre as OH do oseltamivir e um resíduo de aminoácido
  • 6. FÁRMACO OU VENENO? • Venenos podem atuar como fármaco? (Paracelso 1493-1541) – Penicilina atua como veneno para as bactérias, etc. – Morfina em ↓doses é analgésico, em ↑doses veneno. FÁRMACO X DROGA X VENENO http://www.bbc.com/mundo/noticias/2013/10/131021_ciencia_medicamentos_hechos_de_veneno_botox_ch DOSE
  • 7. CLASSIFICAÇÃO DE FÁRMACOS • Por efeito farmacológico: Ex: analgésicos; anti-psicóticos; anti-hipertensivos; antiasmáticos; antibióticos, etc. • Por estrutura química: têm em comum a mesma estrutura; ex: penicilinas, barbitúricos, opiáceos, esteróides, catecolaminas, etc. • Por sitio alvo: são compostos que atingem o mesmo sistema no corpo, usualmente envolvem um mensageiro químico; ex: anti-histaminico, colinergico, etc. • Por sitio de ação: são agrupados de acordo com enzima ou receptor com o qual interagem. http://cadernomedicina.blogspot.com.br/2015_04_01_archive.html
  • 8. ALTERAÇÕES NOS FÁRMACOS • Modificações das propriedades físico químicas; • Melhoramento da biodisponibilidade; • Redução da toxicidade. Pequenas mudanças... Grandes diferenças. Digoxina R=OH Digitoxina R=H
  • 9. ALTERAÇÕES NOS FÁRMACOS: Propriedades físico- químicas: • HIDROSSOLUBILIDADE • LIPOFILICIDADE MORFINA INSOLÚVEL EM ÁGUA COMERCIALIZADA COMO SAL PASSAGEM ATRAVÉS DA MEMBRANA montillo.dominiotemporario.com
  • 10. ALVOS TERAPÊUTICOS • Proteínas (enzimas, receptores, canais iônicos) • Carboidratos • Lipídeos • Ácido nucléico INIBIDORES DE PLASMEPSINA II
  • 11. MODELO DE INTERAÇÃO NO ALVO • Chave fechadura ou Encaixe Induzido http://docentes.esalq.usp.br/luagallo/enzimas.html ENCAIXE INDUZIDO: Mudança conformacional, sinalização, catálise e resposta biológica
  • 12. MECANISMO DE AÇÃO • Mecanismo geral: Ação inespecífica: Não ocorre em um receptor específico (ex.:ANTIÁCIDOS); Ação específica: Ocorre através de uma interação com receptor específico. www.ierfh.org
  • 13. MECANISMO DE AÇÃO • Agonista provoca o mesmo efeito da molécula endógena (substrato) • Antagonista bloqueia o efeito da molécula endógena (inibidor) http://www.blogdemedicina.com/neurologia/diferencia-entre-agonista-y-antagonista.htm
  • 14. DESCOBERTA DE MOLÉCULAS BIOATIVAS • Recursos naturais; • Metabólitos secundários; • Úteis na saúde, alimentos, cosméticos etc.; • A biodiversidade do Brasil é fonte inestimável de produtos naturais; • Estudos fitoquímicos / ensaios biológicos. CRAGG, G. M.; NEWMAN, D. J. Natural products: A continuing source of novel drug leads. Biochimica Biophysica Acta. v. 1830, n. 6, p. 3670–
  • 15. • 44% dos medicamentos foram desenvolvidos a partir de fontes naturais; • 252 substâncias que são consideradas básicas pela OMS, 11% são originadas a partir de plantas; • Maior parte dos medicamentos antitumorais e anti-infecciosos são obtidos de origem natural. BRASIL. Ministerio da Saude. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. Brasilia, DF, 2005. BUTLER, M. S. Natural products to drugs: natural product-derived compounds in clinical trials. Nat Prod Rep. v. 25, p. 475-516. 2008. Catharanthus roseus DESCOBERTA DE MOLÉCULAS BIOATIVAS
  • 16. Química Combinatória: • Fonte de aproximadamente 70% dos fármacos; • Nexavar 1: aprovado pela FDA; • BAY - 43-9006; • Pequeno número de aprovações. PLESTICH, M. Compostos naturais biologicamente ativos. Biotecnologia, ciência e desenvolvimento. DESCOBERTA DE MOLÉCULAS BIOATIVAS
  • 17. DESCOBERTA DE MOLÉCULAS BIOATIVAS Análise das entidades aprovadas 2006 -2010 • Antitumorais • Antibacterianos • Antifúngicos • Poucos antiparasitários. • Durante 30 anos de análise - metade são provenientes produtos naturais ou derivado.
  • 18. PLANEJAMENTO DE MOLÉCULAS BIOATIVAS Adaptado: Barreiro e Fraga, 2008
  • 19. PLANEJAMENTO DE MOLÉCULAS BIOATIVAS 1. Escolha da doença 2. Escolha do alvo do fármaco 3. Identificar os bioensaios 4. Encontrar o composto 5. Isolar e identificar o composto e determinar a sua estrutura 6. Identificar a relação entre a atividade e a estrutura (REAs): identificar o farmacóforo 7. Melhorar as interações com o alvo 1. Melhorar as propriedades farmacocinéticas 2. Estudo do metabolismo do fármaco 3. Patente 4. Testes de toxicidade 5. Processo de design e manufaturação 6. Ensaios pré-clínicos e clínicos 7. Medicamento
  • 20. • A indústria farmacêutica concentra-se na procura de um novo fármaco ou em melhorar os já existentes; • Os projetos de investigação tendem a ser direcionados a fármacos utilizados em países desenvolvidos, uma vez que é aí que se centra o poder econômico; • As doenças com maior número de fármacos de origem natural são antitumorais, antimicrobianos... PLANEJAMENTO DE MOLÉCULAS BIOATIVAS ictq.com.br
  • 21. Descoberta dos sítios alvos das drogas • Definir se o alvo é um enzima, ou ácido nucleico ou um receptor e depois desenhar uma molécula para o receptor ou o inibidor para a proteína. • Exemplo do Prozac ( Principio ativo: fluoxetina) inibe a recaptação da serotonina ao ligar-se à sua proteína transportadora. É usado como antidepressivo. Esta descoberta foi feita ao acaso. PLANEJAMENTO DE MOLÉCULAS BIOATIVAS Fluoxetina
  • 22. Identificar os bioensaios • Escolher o melhor teste: deve ser simples, rápido e permite tirar conclusões, dado que elevado número de compostos vão ser analisados. • Os testes podem ser • in vitro (células isoladas, tecidos, enzimas ou receptores) ou • in vivo (em animais). PLANEJAMENTO DE MOLÉCULAS BIOATIVAS http://revistagalileu.globo.com/
  • 23. • Há que induzir a doença no animal de modo produzir sintomas observáveis. Esse animal é depois tratado com o fármaco em estudo com o objetivo de alivio ou solução dos sintomas. TESTES DE ATIVIDADE IN VIVO www.makeoverday.com.br
  • 24. 1. É lento e causa sofrimento do animal; 2. Problemas de farmacocinética; 3. Os resultados obtidos podem ser enganadores e difíceis de racionalizar; 4. Resultados diferentes podem ser observados em diferentes animais; exemplo ester-metil-penicilina que são hidrolisados no rato produzindo penicilina ativa mas não são hidrolisados no coelho nem no cão ou homem. Desvantagens TESTES DE ATIVIDADE IN VIVO www.labnetwork.com.br
  • 25. • São usados tecidos específicos, células ou enzimas. • Inibidores de enzimas são testados em soluções da enzima; • Fármacos são testados em tecidos isolados que expressam na sua superfície o receptor. • A afinidade dos receptores ao fármaco pode ser feita fazendo a marcação radioativa do fármaco. • Gene que codifica o enzima ou receptor é clonado e depois expresso em células de levedura ou de Escherichia Coli ou em células tumorais. Ex: protease do HIV. TESTES DE ATIVIDADE IN VITRO m.megacurioso.com.br
  • 26. FÁRMACOS Novos fármacos a partir dos já existentes 1. Modificando a estrutura de modo a evitar os problemas com a patente, mas mantendo ou aumentando a atividade terapêutica. Ex: captopril enalapril
  • 27. 1. Penicilina 2. Viagra inicialmente testado para hipertensão e angina. Descobertas por acaso FÁRMACOS pe.tuhistory.com www.bancodasaude.com
  • 28. Referências • G. L. PATRICK, “AN INTRODUCTION TO MEDICINAL CHEMISTRY”, 2ND EDITION, OXFORD UNIVERSITY PRESS, OXFORD, 2001. • C. R. GANELLIN AND S.M. ROBERTS, “MEDICINAL CHEMISTRY” 2ND EDITION,ACADEMIC PRESS, LONDON, 1993. • R. B. SILVERMAN, “ORGANIC CHEMISTRY OF DRUG DESIGN AND DRUG ACTION”, ACADEMIC PRESS, LONDON, 1992. • LISA PELTASON; PREETI IYER; JÜRGEN BAJORATH; J. CHEM. INF. MODEL. 2010, 50, 1021- 1033. • JOHN P. OVERINGTON, BISSAN AL-LAZIKANI AND ANDREW L. HOPKINS. NATURE REVIEWS DRUG DISCOVERY 5, 993-996 (DECEMBER 2006). • JOURNAL OF MEDICINAL CHEMISTRY, V. 43, N. 3, 2000. • CRAGG, G. M.; NEWMAN, D. J. NATURAL PRODUCTS: A CONTINUING SOURCE OF NOVEL DRUG LEADS. BIOCHIMICA BIOPHYSICA ACTA. V. 1830, N. 6, P. 3670–3695, 2013. • EUROPEN OF JOURNAL PHARMACOLOGY, 553, 1-9, 2006. • ELIEZER J. BARREIRO; CARLOS ALBERTO M. FRAGA. QUÍMICA MEDICINAL - AS BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS FÁRMACOS. 2ª EDIÇÃO. EDITORA: ARTMED, 2008.

Notas do Editor

  1. paisagens de atividade são definidos por distribuições de potência e de similaridade de compostos ativos e refletir a natureza das relações estrutura-actividade (SARS). Tridimensionais paisagens de atividade (3D) são uma reminiscência de mapas topográficos e representações particularmente intuitivos de composto de similaridade e distribuição de potência. A partir das suas topologias, características SAR pode ser deduzida. Por conseguinte, os modelos teóricos paisagem idealizadas têm sido utilizados para racionalizar as características de SAR, mas as "verdadeiras" paisagens 3d actividade ainda não foram descritos em detalhe. Aqui nós apresentamos uma abordagem computacional para derivar paisagens aproximados atividade 3D para conjuntos de dados composto reais e analisar as representações da paisagem exemplares. Estas paisagens de atividade são gerados dentro de um quadro de referência consistente, para que possam ser comparados entre diferentes classes de actividade. Mostramos que as características de SAR de conjuntos de dados de compostos pode ser derivado a partir da topologia de modelos de paisagem. Uma correlação notável é observada entre os fenótipos globais SAR, atribuídos com base SAR pontuação descontinuidade e topologias paisagem característicos. Mostramos também que as representações moleculares diferentes podem alterar substancialmente a topologia de paisagens de atividade para um determinado conjunto de dados e modular a formação de falésias de actividade, que representam as características da paisagem mais proeminentes. Dependendo da escolha das representações molecular, compostos de formação de um penhasco íngreme atividade em uma determinada paisagem pode ser separado em outro e já não formam um penhasco. No entanto, a comparação das paisagens atividade alternativa torna possível concentrar em subconjuntos composto com elevado teor de informação SAR
  2. paisagens de atividade são definidos por distribuições de potência e de similaridade de compostos ativos e refletir a natureza das relações estrutura-actividade (SARS). Tridimensionais paisagens de atividade (3D) são uma reminiscência de mapas topográficos e representações particularmente intuitivos de composto de similaridade e distribuição de potência. A partir das suas topologias, características SAR pode ser deduzida. Por conseguinte, os modelos teóricos paisagem idealizadas têm sido utilizados para racionalizar as características de SAR, mas as "verdadeiras" paisagens 3d actividade ainda não foram descritos em detalhe. Aqui nós apresentamos uma abordagem computacional para derivar paisagens aproximados atividade 3D para conjuntos de dados composto reais e analisar as representações da paisagem exemplares. Estas paisagens de atividade são gerados dentro de um quadro de referência consistente, para que possam ser comparados entre diferentes classes de actividade. Mostramos que as características de SAR de conjuntos de dados de compostos pode ser derivado a partir da topologia de modelos de paisagem. Uma correlação notável é observada entre os fenótipos globais SAR, atribuídos com base SAR pontuação descontinuidade e topologias paisagem característicos. Mostramos também que as representações moleculares diferentes podem alterar substancialmente a topologia de paisagens de atividade para um determinado conjunto de dados e modular a formação de falésias de actividade, que representam as características da paisagem mais proeminentes. Dependendo da escolha das representações molecular, compostos de formação de um penhasco íngreme atividade em uma determinada paisagem pode ser separado em outro e já não formam um penhasco. No entanto, a comparação das paisagens atividade alternativa torna possível concentrar em subconjuntos composto com elevado teor de informação SAR
  3. Os produtos naturais são compostos orgânicos derivados de diversas fontes, tais como plantas, animais e microrganismos terrestres e marinhos. Estes produtos têm importante papel na medicina tradicional, devido aos seus componentes poderem ser utilizados para prevenção e tratamento de diversas enfermidades ao redor do mundo, além da possibilidade de uso nas diversas outras áreas, como agronomia, insumos para a indústria de alimentos, entre outros (SOUZA, 2008). De acordo com Oliveira (2009), o uso de plantas na recuperação da saúde ao decorrer dos tempos tem evoluído, desde as formas mais simples utilizadas pelos homens das cavernas, incluindo as formas sofisticadas de fabricação industrial dos medicamentos utilizados pelo homem moderno. Estudos fitoquímicos associados a ensaios biológicos representam uma abordagem alternativa na descoberta de novos fármacos e para o aproveitamento racional de elementos de nossa biodiversidade, tendo em vista que a variedade de plantas reflete a diversidade dos seus metabólitos secundários, concomitantemente o potencial terapêutico. O Brasil é detentor de uma fonte inestimável de recursos naturais para obtenção de fármacos. Contudo, nossas espécies nativas têm sido pouco estudadas quanto ao potencial farmacológico. O presente estudo tem como tema a caracterização química e testes de atividade biológica in vitro de espécies de Bromeliaceae. A família Bromeliaceae inclui aproximadamente 57 gêneros e cerca de 3000 espécies, que são divididas em subfamílias: Pitcairnioideae, Bromelioideae e Tillandsioideae. O Brasil abriga cerca de 40% do total de espécies de Bromeliaceae, sendo 40 gêneros registrados no território nacional. A espécie mais conhecida é o Ananas comosus, chamada de abacaxi, é uma das frutas tropicais mais populares do mundo. Comumente, algumas das plantas desta família são utilizadas para tratamento de diversas afecções, como: bronquites, aftas, tosses e inflamações em geral. Além de existir relatos da presença de bromelina, proteases de cisteína, metabólitos secundários como: triterpenos, esteroides, flavonoides, gliceróis, derivados do ácido cinâmico, entre outros. Tal estudo terá como objetivo conhecer a composição química e as atividades: antioxidante, acetilcolinesterásica e citotóxica de espécies de Bromeliaceae utilizando diferentes extratos, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).
  4. Os produtos naturais são compostos orgânicos derivados de diversas fontes, tais como plantas, animais e microrganismos terrestres e marinhos. Estes produtos têm importante papel na medicina tradicional, devido aos seus componentes poderem ser utilizados para prevenção e tratamento de diversas enfermidades ao redor do mundo, além da possibilidade de uso nas diversas outras áreas, como agronomia, insumos para a indústria de alimentos, entre outros (SOUZA, 2008). De acordo com Oliveira (2009), o uso de plantas na recuperação da saúde ao decorrer dos tempos tem evoluído, desde as formas mais simples utilizadas pelos homens das cavernas, incluindo as formas sofisticadas de fabricação industrial dos medicamentos utilizados pelo homem moderno. Estudos fitoquímicos associados a ensaios biológicos representam uma abordagem alternativa na descoberta de novos fármacos e para o aproveitamento racional de elementos de nossa biodiversidade, tendo em vista que a variedade de plantas reflete a diversidade dos seus metabólitos secundários, concomitantemente o potencial terapêutico. O Brasil é detentor de uma fonte inestimável de recursos naturais para obtenção de fármacos. Contudo, nossas espécies nativas têm sido pouco estudadas quanto ao potencial farmacológico. O presente estudo tem como tema a caracterização química e testes de atividade biológica in vitro de espécies de Bromeliaceae. A família Bromeliaceae inclui aproximadamente 57 gêneros e cerca de 3000 espécies, que são divididas em subfamílias: Pitcairnioideae, Bromelioideae e Tillandsioideae. O Brasil abriga cerca de 40% do total de espécies de Bromeliaceae, sendo 40 gêneros registrados no território nacional. A espécie mais conhecida é o Ananas comosus, chamada de abacaxi, é uma das frutas tropicais mais populares do mundo. Comumente, algumas das plantas desta família são utilizadas para tratamento de diversas afecções, como: bronquites, aftas, tosses e inflamações em geral. Além de existir relatos da presença de bromelina, proteases de cisteína, metabólitos secundários como: triterpenos, esteroides, flavonoides, gliceróis, derivados do ácido cinâmico, entre outros. Tal estudo terá como objetivo conhecer a composição química e as atividades: antioxidante, acetilcolinesterásica e citotóxica de espécies de Bromeliaceae utilizando diferentes extratos, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).
  5. Ex: broncodilatores são testados no músculo liso traqueal para ver se há contração;
  6. As penicilinas contêm um anel activo, o anel beta-lactâmico, que partilham com as cefalosporinas. As penicilinas contêm um núcleo comum a todas elas e uma região que varia conforme o subtipo. Todas penicilinas têm a mesma estrutura básica: ácido 6 aminopenicilanico, um anel tiazolidina unido a um anel beta lactamico que leva um grupo amino livre