2. As nações todas são mistérios.
Cada uma é todo o mundo a sós.
Ó mãe de reis e avós de impérios.
Vela por nós!
Teu seio augusto amamentou
Com brutal e natural certeza
O que, imprevisto, Deus fadou
Por ela reza!
Dê tua prece outro destino
A quem fadou o instinto teu!
O homem que foi o teu menino
Envelheceu.
Mas todo vivo é eterno infante
Onde estás e não há o dia
No antigo seio, vigilante,
De novo o cria!
4. Estrutura Interna
• De acordo com o poeta, no primeiro verso, cada nação tem a sua história, e em cada história, uma mãe. No segundo verso
está presente uma metáfora que nos diz que para cada pessoa existe um mundo, sendo que o “mundo” é a mãe. No terceiro
verso o poeta diz que Dona Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, é a mãe de Portugal. No quarto verso, o poeta pede para
que Dona Teresa ilumine a escuridão que está presente em Portugal, por outras palavras, para que guie a nação.
• No quinto verso, o poeta afirma que Dona Teresa manteve viva a nação. No sexto e no sétimo verso, afirma-se que Dona
Teresa deu à luz um homem que tomou conta de Portugal como se fosse obra de Deus, de forma natural e inconsciente. No
oitavo verso, o poeta pede para que a nação reze por Dona Teresa, ou seja, pede para que a louvem, pois ela é digna.
• No nono e décimo verso, o poeta acredita em alguém que salve Portugal tal como o filho de Dona Teresa o fez. No décimo
primeiro e décimo segundo verso, é nos dito que o Filho de Dona Teresa, depois de ter evoluído de menino para homem,
cresceu e envelheceu, exercendo um significado de que D. Afonso Henriques perdeu as forças, ou seja, perdeu a capacidade
de tomar conta de Portugal.
• No décimo terceiro verso, ficamos a saber que a alma do filho de Dona Teresa é imortal. Por outras palavras, deixou marca,
fez história em Portugal. No décimo quarto, décimo quinto e décimo sexto verso, o poeta mostra-se confiante quanto ao
facto de reaparecer uma nova luz que tomará conta da escuridão alastrada por Portugal, ou seja, que salvará Portugal.