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Mensagem
de Fernando Pessoa
Análise do poema “Escrevo o meu livro à beira-
mágoa”
Poema: “Escrevo meu livro à beira-
mágoa”Escrevo meu livro à beira-mágoa.
Meu coração não tem que ter.
Tenho meus olhos quentes de água.
Só tu, Senhor, me dás viver.
Só te sentir e te pensar
Meus dias vácuos enche e doura.
Mas quando quererás voltar?
Quando é o Rei? Quando é a Hora?
Quando virás a ser o Cristo
De a quem morreu o falso Deus,
E a despertar do mal que existo
A Nova Terra e os Novos Céus?
Quando virás, ó Encoberto,
Sonho das eras português,
Tornar-me mais que o sopro incerto
De um grande anseio que Deus fez?
Ah, quando quererás, voltando,
Fazer minha esperança amor?
Da névoa e da saudade quando?
Quando, meu Sonho e meu Senhor?
Análise externa
◦ Regularidade métrica, estrófica e rimática:
- Cinco quadras
- Versos octossilábicos
- Rima cruzada (ABAB)
Análise interna
O poema divide-se em duas partes:
◦ Primeira parte: versos 1 a 6
◦ Segunda parte: versos 7 a 20
Análise interna
Escrevo meu livro à beira-mágoa.
Meu coração não tem que ter.
Tenho meus olhos quentes de água.
Só tu, Senhor, me dás viver.
Só te sentir e te pensar
Meus dias vácuos enche e doura.
Dor, tristeza, sofrimento
Crença no Senhor como única entidade capaz
de inspirar esperança no futuro e de dar vida
ao sujeito poético
Análise interna
Mas quando quererás voltar?
Quando é o Rei? Quando é a Hora?
Quando virás a ser o Cristo
De a quem morreu o falso Deus,
E a despertar do mal que existo
A Nova Terra e os Novos Céus?
Quando virás, ó Encoberto,
Sonho das eras português,
Tornar-me mais que o sopro incerto
De um grande anseio que Deus fez?
Ah, quando quererás, voltando,
Fazer minha esperança amor?
Da névoa e da saudade quando?
Quando, meu Sonho e meu Senhor?
Várias perguntas iniciadas por “Quando” na qual o
sujeito poético se refere à entidade mítica através de
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  • 3. Análise externa ◦ Regularidade métrica, estrófica e rimática: - Cinco quadras - Versos octossilábicos - Rima cruzada (ABAB)
  • 4. Análise interna O poema divide-se em duas partes: ◦ Primeira parte: versos 1 a 6 ◦ Segunda parte: versos 7 a 20
  • 5. Análise interna Escrevo meu livro à beira-mágoa. Meu coração não tem que ter. Tenho meus olhos quentes de água. Só tu, Senhor, me dás viver. Só te sentir e te pensar Meus dias vácuos enche e doura. Dor, tristeza, sofrimento Crença no Senhor como única entidade capaz de inspirar esperança no futuro e de dar vida ao sujeito poético
  • 6. Análise interna Mas quando quererás voltar? Quando é o Rei? Quando é a Hora? Quando virás a ser o Cristo De a quem morreu o falso Deus, E a despertar do mal que existo A Nova Terra e os Novos Céus? Quando virás, ó Encoberto, Sonho das eras português, Tornar-me mais que o sopro incerto De um grande anseio que Deus fez? Ah, quando quererás, voltando, Fazer minha esperança amor? Da névoa e da saudade quando? Quando, meu Sonho e meu Senhor? Várias perguntas iniciadas por “Quando” na qual o sujeito poético se refere à entidade mítica através de diferentes nomes