PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
"D. Sebastião, Rei de Portugal" - análise
1. M E N S A G E M
Grupo 4
"D. Sebastião, Rei
de Portugal"
2. "D. Sebastião, Rei de Portugal"
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
qual a Sorte não dá.
Não coube em mim minha certeza;
por isso onde o areal está
ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
mais que a besta sadia,
cadáver adiado que procria?
3. Análise
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
qual a Sorte não dá.
Não coube em mim minha certeza;
por isso onde o areal está
ficou meu ser que houve, não o que há.
O sujeito poético começa por
autocaracterizar-se como louco, ao
mesmo tempo que assume a identidade
de D. Sebastião. Este baseia a sua
loucura na grandeza que procurou
atingir, grandeza essa que "a Sorte não
dá", exigindo esforço do mesmo. Fruto
da sua enorme ambição, D. Sebastião
encontrava-se convicto de que
conseguiria vencer a Batalha de Alcácer
Quibir ("Não coube em mim minha
certeza") e, por isso, partiu para o
"areal", admitindo que lá ficou o ser
"louco" e exageradamente ambicioso e
que a batalha o transformou ("Ficou
meu ser que houve, não o que há").
4. Análise
Minha loucura, outros que me a tomem
com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
mais que a besta sadia,
cadáver adiado que procria?
No entanto, na segunda estrofe, o
sujeito poético admite que a loucura é
essencial num ser. Sem ela, o homem
não é nada (“Sem a loucura que é o
homem?”) Desta forma, o sujeito
poético faz uma exortação da loucura e
apela a que os homens deem
continuidade ao seu legado (ou seja, que
sejam ambiciosos), através da loucura
por ele deixada.