5. O sujeito poético na 1ª estrofe caracteriza
a situação em que a nação estava
naquela altura.
Na 2ª estrofe pretendeu acentuar a antítese
entre desânimo nacional do presente e a
esperança de que o país melhorasse no
futuro.
6. 1ª Estrofe
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Crise a nível
Define com perfil e ser político
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer – Crise de identidade
Brilho sem luz e sem arder, Aspecto durativo
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ilusão de algum
brilho ocasional
7. Ninguém sabe que coisa quer. 2ª Estrofe
Ninguém conhece que alma tem, Crise de
Nem o que o é mal nem o que é bem. valores
morais
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro. Passagem para
a positividade
Tudo é disperso, nada é derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro…
É a hora! (10/12/1928)
Valete Frates
8. (Que ânsia distante
perto chora ?)
Abre-se expectativas para
um futuro radiante
“É a Hora !”
Exortação profética para a
mudança – abanão para que É o momento de uma nova Índia, é o
Quinto Império, é o super-Portugal
Portugal acorde de que pessoa seria o super-Poeta
9. “Valete ,Frates
Fecho da obra e
“felicidades, irmãos” acentuação do mito
Sebastianista
Despedida normal dos membros de certas
sociedades secretas e dos frades das ordens
religiosas
Neste contexto “Valete , Frates” irá ser um incentivo os
portugueses a lutar por um Portugal melhor
10. Recursos Estilísticos
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer- Anáfora
Brilho sem luz e sem arder, Antítese
Comparação
Como o que o fogo-fátuo encerra. Apóstrofe
Paradoxo
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
11. Estrutura Externa
Três estrofes
1ª - sextilha
2ª - Septilha Esquema rimático:
3ª - Monóstico - 1ª estrofe: a,b,a,b,b,a – cruzado e emparelhado
- 2ª estrofe: b,c,c,d,d,d – emparelhado
Versos com seis, oito e dez sílabas métricas
12. Os Lusíadas/Mensagem
Canto X – Estrofe 145 / O Nevoeiro
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer-
"No mais Musa, no mais que Lyra tenho Brilho sem luz e sem arder,
Destemperada e a voz enrouquecida, Como o que o fogo-fátuo encerra.
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida Ninguém sabe que coisa quer.
O favor com que mais se acende o Ninguém conhece que alma tem,
engenho Nem o que é mal nem o que é bem.
Não no dá a pátria, não que esta metida (Que ânsia distante perto chora?)
No gosto da cobiça e na rudeza Tudo é incerto e derradeiro.
Dhua austera, apagada e vil tristeza Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!