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Fernão de Magalhães
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Fernão de Magalhães
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Fernão de Magalhães
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«Fernão de Magalhães»
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«Fernão de Magalhães»
No vale clareia uma fogueira.
Uma dança sacode a terra inteira.
E sombras disformes e
descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas,
Indo perder-se na escuridão.
De quem é a dança que a noite
aterra?
São os Titans, os filhos da Terra,
Que dançam da morte do
marinheiro
Que quis cingir o materno vulto
Cingi-lo, dos homens, o primeiro,
Na praia ao longe por fim sepulto.
Dançam, nem sabem que a alma
ousada
Do morto ainda comanda a
armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As naus no resto do fim do espaço:
Que até ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço.
Violou a Terra. Mas eles não
O sabem, e dançam na solidão;
E sombras disformes e
descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do vale pelas encostas
Dos mudos montes.
Análise do poema
No vale clareia uma fogueira.
Uma dança sacode a terra inteira.
E sombras disformes e
descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas,
Indo perder-se na escuridão.
De quem é a dança que a noite a
terra?
São os Titãs, os filhos da Terra,
Que dançam da morte do
marinheiro
Que quiz cingir o materno vulto
Cingi-lo, dos homens, o primeiro,
Protagonistas da dança
Celebram
Terra
Momento da morte
METÁFORA
Caracterização do
espaço e dos rituais
dos nativos OXÍMORO
Nativos filipinos
Análise do poema
Dançam, nem sabem que a alma
ousada
Do morto ainda comanda a armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As naus no resto do fim do espaço:
Que até ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço.
Violou a Terra. Mas eles não
O sabem, e dançam na solidão;
E sombras disformes e
descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do vale pelas encostas
Dos mudos montes.
Os titãs desconhecem
METÁFORA
METÁFORA
METÁFORA
METÁFORA
Magalhães desvendou o segredo de
que a Terra é redonda
(Metaforicamente)
Campo lexical de
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Os que o mataram permaneceram
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Mensagem do poema
As vidas mais importantes permanecem para além da morte ...
Como Luís de Camões disse nos “Lusíadas”: «Aqueles que se vão da lei da morte
libertando».
Homenagem a Fernão
Magalhães e à sua
primeira viagem de
circum-navegação.
Alterou a história da
Humanidade.
Estrutura Externa
- O poema é constituído por quatro estrofes, com seis versos cada (sextilhas);
- A métrica é livre;
- A rima é emparelhada nos dois primeiros versos de cada estrofe e cruzada nos
quatro últimos;
EXEMPLO:
No vale clareia uma fogueira.
Uma dança sacode a terra inteira.
E sombras disformes e descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas,
Indo perder-se na escuridão.
A
A
B
C
B
C
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A primeira viagem de circum-navegação ao globo por Fernão de Magalhães

  • 1. Fernão de Magalhães «A Mensagem» de Fernando Pessoa Escola Secundária Francisco de Holanda Trabalho realizado por Isabel Costa, nº 20 Marta Costa, nº 23
  • 2. Fernão de Magalhães (1480 – 1521) Foi um navegador Português que se notabilizou por ter organizado a primeira viagem de circum- navegação ao globo de 1519 até 1522. Elaborou um plano que pretendia atingir as Molucas navegando para poente e procurando uma passagem para o Pacífico na América do Sul e para além do rio de Prata. Morreu numa emboscada aos arquipélagos filipinos e é Sebastião de El Cano que regressa a Espanha, completando a primeira viagem de circum- navegação.
  • 4. «Fernão de Magalhães» - O poema «Fernão de Magalhães» insere-se na obra a Mensagem de Fernando Pessoa; - É o oitavo poema da segunda parte, Mar Português, e está relacionado com os
  • 5. «Fernão de Magalhães» No vale clareia uma fogueira. Uma dança sacode a terra inteira. E sombras disformes e descompostas Em clarões negros do vale vão Subitamente pelas encostas, Indo perder-se na escuridão. De quem é a dança que a noite aterra? São os Titans, os filhos da Terra, Que dançam da morte do marinheiro Que quis cingir o materno vulto Cingi-lo, dos homens, o primeiro, Na praia ao longe por fim sepulto. Dançam, nem sabem que a alma ousada Do morto ainda comanda a armada, Pulso sem corpo ao leme a guiar As naus no resto do fim do espaço: Que até ausente soube cercar A terra inteira com seu abraço. Violou a Terra. Mas eles não O sabem, e dançam na solidão; E sombras disformes e descompostas, Indo perder-se nos horizontes, Galgam do vale pelas encostas Dos mudos montes.
  • 6. Análise do poema No vale clareia uma fogueira. Uma dança sacode a terra inteira. E sombras disformes e descompostas Em clarões negros do vale vão Subitamente pelas encostas, Indo perder-se na escuridão. De quem é a dança que a noite a terra? São os Titãs, os filhos da Terra, Que dançam da morte do marinheiro Que quiz cingir o materno vulto Cingi-lo, dos homens, o primeiro, Protagonistas da dança Celebram Terra Momento da morte METÁFORA Caracterização do espaço e dos rituais dos nativos OXÍMORO Nativos filipinos
  • 7. Análise do poema Dançam, nem sabem que a alma ousada Do morto ainda comanda a armada, Pulso sem corpo ao leme a guiar As naus no resto do fim do espaço: Que até ausente soube cercar A terra inteira com seu abraço. Violou a Terra. Mas eles não O sabem, e dançam na solidão; E sombras disformes e descompostas, Indo perder-se nos horizontes, Galgam do vale pelas encostas Dos mudos montes. Os titãs desconhecem METÁFORA METÁFORA METÁFORA METÁFORA Magalhães desvendou o segredo de que a Terra é redonda (Metaforicamente) Campo lexical de desconhecimento Os que o mataram permaneceram ignorantes Desvendou Invencibilidade do herói
  • 8. Mensagem do poema As vidas mais importantes permanecem para além da morte ... Como Luís de Camões disse nos “Lusíadas”: «Aqueles que se vão da lei da morte libertando». Homenagem a Fernão Magalhães e à sua primeira viagem de circum-navegação. Alterou a história da Humanidade.
  • 9. Estrutura Externa - O poema é constituído por quatro estrofes, com seis versos cada (sextilhas); - A métrica é livre; - A rima é emparelhada nos dois primeiros versos de cada estrofe e cruzada nos quatro últimos; EXEMPLO: No vale clareia uma fogueira. Uma dança sacode a terra inteira. E sombras disformes e descompostas Em clarões negros do vale vão Subitamente pelas encostas, Indo perder-se na escuridão. A A B C B C

Notas do Editor

  1. Contudo só conseguiu atingir o Pacífico, navegando o estreito que hoje tem o seu nome, Estreito de Magalhães.
  2. Trata-se de um poema que pretende sublinhar a persistência do espírito aventureiro de Fernão de Magalhães, mesmo após a sua morte.
  3. O tema central deste poema é a morte de Fernão de Magalhães, como demonstram as seguintes expressões: “morte do marinheiro”, “Na praia ao longe por fim sepulto” e “Pulso sem corpo”. O projecto de Magalhães referido no poema é o da circum-navegação como podemos comprovar: “Que quis cingir o materno vulto” e “Que até ausente soube cercar / A terra inteira com o seu abraço.”.
  4. O sujeito poético, neste poema, não se refere directamente aos feitos de Fernão de Magalhães, mas aborda apenas um momento da sua vida, a sua morte. Trata-se da materialização da  ideia de Fernando Pessoa - uma vida sem sonho não vale a pena e só no momento da morte é que se podem contabilizar as valias de cada vida. Os Titãs eram seres míticos, considerados selvagens, antigos deuses da terra que, na mitologia grega, antecederam os deuses do céu.
  5. A vontade de concretizar o projecto de circum-navegação era mais forte que a própria morte, porque mesmo depois de morte o sonho de Fernão de Magalhães permaneceu vivo, tendo sido determinante para o êxito deste efeito. A concretização deste projecto teve como consequência maior a mudança da Terra, dos seus habitantes e da maneira como vivem. Os dois últimos versos da última estrofe, ilustram a profundidade dessa mudança. Tudo vai mudar, ainda que, o nativos pensem que permanecem isolados, a conquista de Magalhães abriu novos caminhos que determinarão mudanças a diferentes níveis.
  6. Trata-se de um poema que pretende sublinhar a persistência do espírito aventureiro de Fernão de Magalhães, mesmo após a sua morte.