Este documento resume um estudo sobre estratégias de cooperação para inovação em empresas do Nordeste brasileiro. O estudo analisou dados de 9.098 empresas da região usando estatística descritiva para avaliar a presença de redes de cooperação e seu impacto nos resultados das empresas. Os resultados mostraram pouca presença de redes de cooperação no desenvolvimento de inovações e impacto pouco relevante nos resultados das empresas.
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Estratégia de Cooperação para Inovação: Empresas do Nordeste Brasileiro
1. ROLIM, Germana F.
germanafrolim@gmail.com
Estratégia De Cooperação Para
Inovação:
Uma Análise Dos
Resultados De Empresas Do
Nordeste Brasileiro
GERMANA FERREIRA ROLIM
DIEGO DE QUEIROZ MACHADO
MIRNA MAIA DE ARAÚJO
2. ROLIM, Germana F.
germanafrolim@gmail.com
RESUMO No Brasil há compreensão de que a inovação está intensamente relacionada
ao resultado das empresas e que ela requer o enfrentamento de muitos
obstáculos: a complexidade da base de conhecimento requerida, a
concorrência com produtos e serviços de ciclo de vida cada vez menor e
recursos extras para investimentos e diante dessas dificuldades, por isso as
empresas com menos recursos precisam realizar parcerias com várias
organizações. O termo rede de cooperação tem sido utilizado para distinguir
um conjunto de fluxos como recursos e informações, entre um conjunto de
atores, por exemplo, indivíduos, grupos, organizações e sistemas de
informações. No contexto empresarial, a noção de rede é bastante abstrata,
são várias as formas e os objetivos pelos quais empresas se reúnem em
rede, na grande maioria dos casos, a intenção fundamental das redes é
somar esforços, nesse caso, para avanços na capacidade inovativa para
melhoria do resultado das empresas. O presente trabalho objetiva analisar
as redes de cooperação como estratégias de inovação para melhoria do
resultado das empresas do Nordeste do Brasil, utilizando dados de 2005 da
Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC) do IBGE. Através da análise
de dados secundários de 9.098 empresas, usou-se ferramentas de
estatística descritiva, em especial, medidas de associação de mediação de
intervalos e razões, como coeficientes de correlação. Porém, os resultados
encontrados mostraram a pouca presença das redes de cooperação no
desenvolvimento de inovações no campo empírico estudado e impacto nos
resultados é pouco relevante.
III Elbe/Slade Brasil
Fortaleza,
11 e 12 de novembro de 2010
Sala B44
Horário 16:30hs
Apresentação:
Germana Ferreira Rolim
4. ROLIM, Germana F.
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As empresas têm necessidade de atuarem de
forma conjunta e associada, baseadas em
modelos organizacionais fundamentados na
associação, complementaridade,
compartilhamento, troca e ajuda mútua.
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A noção de redes, no campo organizacional, é
abstrata.
Joint ventures, alianças estratégicas, relações de
terceirização e subcontratação, distritos
industriais, consórcios, redes sociais, redes de
cooperação entre pequenas e médias empresas,
entre outras.
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Cooperação pode ocorrer entre duas ou mais
organizações ao mesmo tempo: firma com firma,
firma com universidade ou com outro tipo de
organização.
Cooperação para a inovação, por sua vez, pode
assumir as formas de acordos de transferência de
tecnologia, acordos com universidades para
desenvolvimento ou exploração conjunta de uma
patente, e o desenvolvimento conjunto de produtos a
serem comercializados em parceria.
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Uma parte crescente da teorização observada
na literatura sobre o assunto tem apontado a
formação de redes de atores como fator
estratégico para a viabilização do processo de
inovação e para a competitividade.
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Diversos estudos têm indicado que as formações
em rede de cooperação proporcionam às
pequenas e médias empresas o alcance de
vantagens competitivas (CASAROTTO; PIRES,
1999; FACHINELLI; MARCON; MOINET, 2001;
FAYARD, 2000; JARILLO, 1988; MARCON;
MOINET, 2001).
9. ROLIM, Germana F.
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Porter (1998) defende que o sucesso de uma
rede de cooperação empresarial está no
equilíbrio entre competição e cooperação.
Muitos autores têm empregado a terminação co-
opetição (co-opetition) para denominar este
equilíbrio (PORTER, 1998; LEVY; LOEBBECKE;
POWELL, 2003).
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Analisar as redes de cooperação como
estratégias de inovação para melhoria do
resultado das empresas do Nordeste do Brasil a
partir de dados de 2005 da Pesquisa de
Inovação Tecnológica (PINTEC) realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
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IBGE, FINEP e do Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT
Afinidade metodológica com o Manual de Oslo
Fornecer informações para a construção de indicadores
nacionais e regionais das atividades de inovação tecnológica
das empresas brasileiras
Empresas do Território Nacional: registro no Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, do Ministério da
Fazenda, e que, no Cadastro Central de Empresas – CEMPRE
do IBGE
Empresas: classificadas como empresa industrial (principal
receita derivada da atuação nas atividades das indústrias
extrativas ou indústrias de transformação); ativas; e
empregando 10 ou mais pessoas
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O trabalho utiliza uma abordagem quantitativa e tem
caráter exploratório, como método de pesquisa,
utilizando dados secundários de um campo empírico
de 9.098 empresas da Região Nordeste do Brasil.
A análise dos dados se deu por estatística descritiva,
em especial, medidas de associação de mediação de
intervalos e razões, como coeficientes de correlação,
sendo possível identificar a direção e a magnitude de
tais relações entre as principais variáveis dos
processos de inovação em questão.
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Indústrias extrativas e de transformação
(parte 1)
Total de
empresas
Inovação de
produto e/ou
processo
%
Indústrias extrativas 208 26 12,50
Fabricação de produtos alimentícios 1.887 536 28,40
Fabricação de bebidas 151 75 49,67
Fabricação de produtos têxteis 437 125 28,60
Confecção de artigos do vestuário e acessórios 1.512 321 21,23
Fabricação de artefatos de couro 222 89 40,09
Edição, impressão e reprodução de gravações 437 273 62,47
Fabricação de coque, álcool e de combustíveis
nucleares
13 9 69,23
Fabricação de produtos químicos 350 170 48,57
Indústrias e inovações
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Indústrias extrativas e de transformação
(parte 2)
Total de
empresas
Inovação de produto
e/ou processo
%
Fabricação de artigos de borracha e plástico 520 174 33,46
Fabricação de produtos de minerais não-
metálicos
1.065 292 27,42
Produtos siderúrgicos 21 10 47,62
Fabricação de produtos de metal 560 141 25,18
Fabricação de máquinas e equipamentos 255 104 40,78
Fabricação de máquinas para escritório e
informática
38 25 65,79
Fabricação de máquinas, aparelhos e
materiais elétricos
73 9 12,33
Fabricação de artigos do mobiliário 348 170 48,85
Indústrias e inovações
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Regiões
Produto
Total de
empresas
A empresa %
Redes de
cooperação
%
Outras
empresas
ou
institutos
%
Brasil 17.784 16.181 90,99 891 5,01 712 4,00
Nordeste 1.525 1.305 85,57 76 4,98 144 9,44
Origem das inovações de produtos
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Produto
novo para a
empresa
Produto
novo para o
mercado
nacional
Produto
novo para o
mercado
mundial
Inovações
da empresa
Inovações
em
cooperação
Inovação de
outros
Inovações
da Empresa
0,979 b
0,637 0,369 1,000
Inovações
em
Cooperação
0,554 0,939 b
0,527 0,525 1,000
Inovação de
Outras
0,679 0,579 0,240 a
0,530 0,613 1,000
Recorte da matriz de correlação – inovações de produto
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Regiões
Produto
Total de
empresas
A empresa %
Redes de
cooperação
%
Outras
empresas
ou
institutos
%
Brasil 24.504 2.421 9,88 740 3,02 21.343 87,10
Nordeste 2.499 204 8,16 64 2,56 2.231 89,28
Origem das inovações de processo
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Produto novo
para a
empresa
Produto novo
para o
mercado
nacional
Produto novo
para o
mercado
mundial
Inovações da
empresa
Inovações em
cooperação
Inovação de
outros
Inovações da
Empresa
0,688 0,163 a -0,159 a 1,000
Inovações em
Cooperação
0,763 b 0,301 -0,291 a 0,747 b 1,000
Inovação de
Outras
0,989 b 0,509 -0,224 a 0,586 0,707 b 1,000
Recorte da matriz de correlação – inovações de processo
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A pouca presença das redes de cooperação no
desenvolvimento de inovações, seja em
produtos ou processos, sendo menor neste
último.
O grau inovador das inovações produzidas, a
presença das redes de cooperação destaca-se,
no geral, como possível incentivador para o
desenvolvimento de produtos novos no nível de
mercado nacional.