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MINICONTO
Miniconto é um tipo de conto muito
pequeno, digamos que com no máximo
uma página, ou um parágrafo. Nos últimos
anos este tipo de ficção ganhou muito
espaço na literatura de diversos países.
Nos Estados Unidos, antologias sucessivas foram lançadas
com textos cada vez menores culminando na chamada
microfiction, cuja antologia inaugural reúne textos de até
300 palavras. A literatura latino-americana, responsável
pela difusão inicial do gênero, tem não apenas apresentado
antologias como também estudos acadêmicos acerca do
que eles chamam de “microrelato”.
É de um hispano-americano, o guatemalteco Augusto
Monterroso, o micro mais famoso:
“Quando acordou,
o dinossauro
ainda estava lá.”
Alguns valores importantes para o miniconto são:
- concisão;
- narratividade;
- efeito,;
- abertura;
- exatidão.
Tá, e... isso significa...
Vou explicar melhor:
CONCISÃO :
Ser breve e ser conciso são coisas diferentes. O miniconto
precisa ser conciso, mais do que breve.
A história que ele conta precisa caber exatamente naquele
pequeno tamanho, não mais, não menos.
Não pode-se atrofiar uma narrativa, tampouco espichá-la.
Por isso nem todos os temas e enfoques podem ser
transformados em miniconto.
“Caiu da escada e foi
para o andar de cima.”
Adrienne Myrtes (2004)
NARRATIVIDADE
Ser narrativo significa, por óbvio, narrar algo, contar a
passagem de uma personagem de um estado a outro,
implicitamente, como o miniconto do dinossauro, ou
explicitamente., como o miniconto que você acabou de ler.
Sem essa narratividade, corre-se sempre o risco de fazer
uma simples descrição de cena em vez de um miniconto.
“Há um elefante morto na
caixa d’água do prédio.”
Demétrio Panarotto (2015)
EFEITO
O grande mestre do conto moderno, Edgar Allan Poe, talvez
tenha sido quem primeiro colocou o efeito pretendido no
topo dos objetivos do escritor.
Ainda hoje é considerado um bom conto aquele que
consegue provocar algo no leitor, seja medo, compaixão,
reflexão ou estranheza.
“Aviso
Leu, entendeu e ficou olhando. Aquelas
letras brancas sobre o fundo marrom da
madeira sobressaíam bem. Tudo bem claro,
bem explicado. Então, despeitada e cheia
de desrespeito, saiu pisoteando a grama.”
Jacqueline Aisenman(2011)
ABERTURA
Como pode um texto tão pequeno provocar efeito em quem lê? A
resposta está no próprio agente da questão: o leitor.
Cabe ao leitor preencher as lacunas a partir de seus conceitos e
experiências.
“- Desliga você.
– Ah, desliga você primeiro” –
sem o título não é a mesma
coisa:
‘Eutanásia’”
Felipe Borges Valério
EXATIDÃO
Tudo bem que a abertura do texto para o leitor seja aspecto
fundamental do miniconto, mas é importante que o autor seja
suficientemente claro para criar o efeito desejado no leitor, e não seu
oposto, sob o risco de não ser compreendido.
Para tanto a escolha de cada palavra em cada posição é fundamental,
quase como em um poema, pois disso depende o sucesso ou não da
narrativa.
O que você achou deste gênero
textual?
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O que é miniconto?

  • 2. Miniconto é um tipo de conto muito pequeno, digamos que com no máximo uma página, ou um parágrafo. Nos últimos anos este tipo de ficção ganhou muito espaço na literatura de diversos países.
  • 3. Nos Estados Unidos, antologias sucessivas foram lançadas com textos cada vez menores culminando na chamada microfiction, cuja antologia inaugural reúne textos de até 300 palavras. A literatura latino-americana, responsável pela difusão inicial do gênero, tem não apenas apresentado antologias como também estudos acadêmicos acerca do que eles chamam de “microrelato”.
  • 4. É de um hispano-americano, o guatemalteco Augusto Monterroso, o micro mais famoso: “Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá.”
  • 5. Alguns valores importantes para o miniconto são: - concisão; - narratividade; - efeito,; - abertura; - exatidão.
  • 6. Tá, e... isso significa... Vou explicar melhor:
  • 7. CONCISÃO : Ser breve e ser conciso são coisas diferentes. O miniconto precisa ser conciso, mais do que breve. A história que ele conta precisa caber exatamente naquele pequeno tamanho, não mais, não menos. Não pode-se atrofiar uma narrativa, tampouco espichá-la. Por isso nem todos os temas e enfoques podem ser transformados em miniconto.
  • 8. “Caiu da escada e foi para o andar de cima.” Adrienne Myrtes (2004)
  • 9. NARRATIVIDADE Ser narrativo significa, por óbvio, narrar algo, contar a passagem de uma personagem de um estado a outro, implicitamente, como o miniconto do dinossauro, ou explicitamente., como o miniconto que você acabou de ler. Sem essa narratividade, corre-se sempre o risco de fazer uma simples descrição de cena em vez de um miniconto.
  • 10. “Há um elefante morto na caixa d’água do prédio.” Demétrio Panarotto (2015)
  • 11. EFEITO O grande mestre do conto moderno, Edgar Allan Poe, talvez tenha sido quem primeiro colocou o efeito pretendido no topo dos objetivos do escritor. Ainda hoje é considerado um bom conto aquele que consegue provocar algo no leitor, seja medo, compaixão, reflexão ou estranheza.
  • 12. “Aviso Leu, entendeu e ficou olhando. Aquelas letras brancas sobre o fundo marrom da madeira sobressaíam bem. Tudo bem claro, bem explicado. Então, despeitada e cheia de desrespeito, saiu pisoteando a grama.” Jacqueline Aisenman(2011)
  • 13. ABERTURA Como pode um texto tão pequeno provocar efeito em quem lê? A resposta está no próprio agente da questão: o leitor. Cabe ao leitor preencher as lacunas a partir de seus conceitos e experiências.
  • 14. “- Desliga você. – Ah, desliga você primeiro” – sem o título não é a mesma coisa: ‘Eutanásia’” Felipe Borges Valério
  • 15. EXATIDÃO Tudo bem que a abertura do texto para o leitor seja aspecto fundamental do miniconto, mas é importante que o autor seja suficientemente claro para criar o efeito desejado no leitor, e não seu oposto, sob o risco de não ser compreendido. Para tanto a escolha de cada palavra em cada posição é fundamental, quase como em um poema, pois disso depende o sucesso ou não da narrativa.
  • 16. O que você achou deste gênero textual? Gostou dos minicontos lidos? Faça seu comentário na postagem.