Entre 1970 e 1980 ocorreu uma reformulação significativa no ensino de Língua Portuguesa no Brasil, influenciada pela teoria da comunicação e intervenção do Estado. Isso resultou na elaboração de novos documentos oficiais e priorização da comunicação e expressão em vez do conhecimento gramatical tradicional. A expansão educacional também trouxe desafios como a variedade linguística e o conflito entre normas. Publicações posteriores divulgaram essas ideias e defenderam uma abordagem que valoriza as diferenças linguísticas.
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Os estudos da linguagem e o ensino de LP no Brasil
1. OS ESTUDOS DA LINGUAGEM E O
ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
NO BRASIL
POR: ÉMERSON DE PIETRI
EQUIPE:
DIEGO PETRY
FERNANDA MAITÊ DOS PASSOS
LUCAS BERTOLDI
LUIZ GUSTAVO RETZLAFF
2. Entre 1970 e 1980,
ocorreram mudanças
significativas quanto
ao ensino de Língua
Portuguesa no Brasil.
Intervenção do Estado;
Teoria da comunicação;
Comunicação e expressão;
Elaboração de documentos oficiais, como o
Guia Curricular de Língua Portuguesa para
o 1º grau (São Paulo, 1975) e os Subsídios
para a Implementação do Guia Curricular
de Língua Portuguesa para o 1º grau (São
Paulo, 1977).
3. A INTERVENÇÃO DO ESTADO
Na época, a intervenção do
governo militar na educação
tinha como propósito coloca-la a
serviço de um programa de
desenvolvimento econômico.
4. TEORIA DA COMUNICAÇÃO
“A disciplina de Língua Portuguesa não
mais privilegiaria o conhecimento
gramatical tradicional ou a escrita
modelar da literatura, mas, fundado na
teoria da comunicação, o ensino de
língua se realizaria utilizando-se de
diversos códigos e modalidades.”
(PIETRI, 2013, p.516)
Reavaliação do valor da escrita e
oralidade e do saber gramático
tradicional;
Surge a matéria de Comunicação e
Expressão.
5. O ENCONTRO ENTRE A
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E O
ENSINO INSTITUCIONALIZADO
A expansão da educação se
deparou com dois problemas:
Alunos sem conhecimento algum em
gramática;
Conflito entre as variedades linguísticas
presentes no ambiente escolar.
6. A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
“Além do problema da evasão, pelo fato
de o aluno não conseguir se adaptar a
uma realidade muito diferente da sua,
feita para as classes privilegiadas, existia
ainda o silenciamento da voz desse aluno
com base na discriminação de seu dialeto,
distante da norma culta, e, então,
considerado errado pela escola.” (PIETRY,
2012, p. 21).
7. QUANTO À CIÊNCIA LINGUÍSTICA...
Fundamentou-se então
discussões acerca do ensino
da Língua Portuguesa.
“A gramática tradicional passou a ser
condenada como preconceituosa e acientífica,
até pelos próprios autores de gramáticas
pedagógicas tradicionais.” (PIETRI, 2012, p. 23)
8. SEGUNDO O LINGUISTA RODOLFO
ILARI, OS PROBLEMAS DE ENSINO:
“seriam resultantes da
inadequação nos modos
como as ideias linguísticas
eram apropriadas com o
objetivo de tratar de fatos de
linguagem e de ensino de
língua”. (PIETRI, 2012, p.24)
Além deste, o linguista aponta a
falta de espaço para a
publicação de livros difundindo
as ideias da linguística, a falta de
investimento na
profissionalização do professor e
o foco comercial dos livros
didáticos.
9. A linguista Mary Kato também diz
que essa adoção inadequada das
ideias linguistas influenciaram na
postura de professores e profissionais
envolvidos com o ensino de língua
(PIETRI, 2013).
10. A partir de 83, com a publicação do Boletim
4 da ABRALIN, a divulgação científica começa
a ser visada como uma forma de diálogo
entre a “comunidade dos linguistas e ‘a vida
nacional’”.
A NECESSIDADE DE DIVULGAÇÃO
11. As primeiras publicações no país,
pensando na alteração do ensino de
Língua Portuguesa, foram:
A DIVULGAÇÃO
Linguagem e escola (1986), de Magda Soares;
Língua e Liberdade (1993), de Celso Pedro Luft.
12. Pietri analisou as duas
publicações, apontando
semelhanças, como:
Modo de representação do destinatário, do
enunciador e a relação entre ambos;
O modo de construção da argumentação e
apresentação de concepções de linguagem e de
ensino;
13. LINGUAGEM E ESCOLA
POR MAGDA SOARES
Deficiência linguística;
Diferenças linguística;
Capital linguístico escolarmente
rentável.
15. REFERÊNCIAS
PIETRI, E. . OS ESTUDOS DA LINGUAGEM E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL. IN:
SIGNORINI, I.; FIAD, R.S.. (ORG.). ENSINO DE LÍNGUA - DAS REFORMAS, DAS INQUIETAÇÕES E DOS
DESAFIOS. 1A ED. BELO HORIZONTE: EDITORA UFMG, 2012, V. 01, P. 70-80.
PIETRI, E. . O CURRÍCULO E OS DISCURSOS SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: RELAÇÕES ENTRE
O ACADÊMICO, O PEDAGÓGICO E O OFICIAL NA DÉCADA DE 1970, NO BRASIL.. CURRÍCULO SEM
FRONTEIRAS, V. 13, P. 515-537, 2013.